A cerca de 80 anos
surgiu a idéia da construção
de um lago artificial
no Planalto Paulista.
Essa água represada,
seria lançada por meio
de tubulações serra abaixo.
Atingiria uma usina em Cubatão
e geraria assim
eletricidade a baixo custo.
Surgiram assim
a represa Billings
e a usina hidroelétrica
Henry Borden,
uma das mais simples
e eficientes do mundo.
Situada na porção sudeste
da região metropolitana de SP,
a represa Billings
faz limite a oeste
com a bacia hidrográfica
de Guarapiranga
e ao sul com a Serra do Mar
onde há a maior área contínua
de mata atlántica
preservada no Brasil,
rica em diversidade
de fauna e flora.
A represa Billings é hoje
o maior reservatório de água
da região metropolitana de SP,
com cerca de 100 km².
Sua bacía hidrográfica, ou seja
conjunto de rios e nascentes
que direcionam a água
para o reservatório
estende-se por mais de 500 km²
e abrange os municípios
de São Paulo, Santo André,
São Bernado do Campo,
Diadema, Ribeirão Pires
e Rio Grande da Serra.
Para acumular a água nescessária
para que a usina H. Borden
operasse a plena carga.
Foi preciso criar uma ligação
entre a represa Billings
e o rio Pinheiros.
Pois os riachos
que alimentavam o reservatório
não eram suficientes.
No passado, quando
o Rio Pinheiros era limpo,
isto não era um problema,
mas após sua poluição,
este bombeamento tornou se
um grande poluidor da represa.
Desde 1988
a reversão da poluição
do Rio Pinheiros foi paralizada.
Em 1992
as secretarias de recursos
hídricos e meio ambiente
decidiram que o bombeamento
das águas do Rio Pinheiros
seria realizado somente
para o controle das cheias.
Nesses períodos
a qualidade da água da represa
atinge condições que
impedem até a sua navegação.
Pois a quantidade de despejos
é tão grande que interfere
nos motores das embarcações.
Após o fim do bombeamento
do Rio Pinheiros
a qualidade da
água da represa melhorou.
Hoje outro fator
ameaça sua existência,
a crescente ocupação
irregular de seu entorno.
Processo que há pelo menos
40 anos, cresce sem controle.
Cerca de 900 mil pessoas vivem
nas margens da represa Billigns
gerando problemas ambientais
decorrentes do despejo
de esgoto doméstico
e do desmatamento de
sua cobertura florestal nativa.
Essas invasões apesar de
notadas pelo poder público,
não tem sido
eficientemente contidas,
gerando uma
sensação de impunidade
que estimula a ocorrência
de novas agressões.
Ocupações em áreas naturais
como esta, exige-se cautela
e cuidados especiais ignorados
nas ocupações da represa.
Sendo assim o problema
tende a se agravar
caso não se adote medidas
urgentes para essa situação.
Tais medidas
dependem de planejamento
e políticas públicas eficazes.
Ação efetiva é constante
dos orgãos de fiscalização,
mobilização das organizações
da sociedade civil.
Sobretudo,
investimentos financeiros
em programas de
desenvolvimento sustentável.
A água é um recurso finito
e indispensável a qualquer ser.
Sendo assim,
o futuro da represa Billings
depende de ações do presente.
E trás para toda sociedade atual
a responsabilidade
pela qualidade de vida
das gerações futuras.