Vocês pararam para pensar
como a tecnologia vem avançando
de forma acelerada
nos últimos anos?
Para a gente entender
um pouco melhor esse avanço,
precisamos analisar
um pouco mais o passado.
Quando analisamos esse passado,
vemos que, no começo do século,
o nosso foco era lançar tecnologias
que eram, basicamente, hardware.
A partir da era espacial,
com a partida do homem
em direção à Lua,
nós começamos a desenvolver
projetos mais complexos de tecnologia
que precisavam de softwares
e sistemas de informação
um pouco mais sofisticados.
E o surgimento desses
softwares mais avançados
veio dando espaço
à desmaterialização das coisas.
Sim, o hardware foi começando,
aos poucos, a ser deixado de lado.
A partir do momento, por exemplo,
que surgiu o smartphone,
onde um único aparelho
consegue concentrar
uma gama enorme
de produtos e serviços,
a gente percebe que o mundo já
começa a ficar um pouco diferente
e isso afeta a forma como nós
nos comportamos.
Essas mudanças de comportamento
se dão de forma não intencional,
se dão, muitas vezes, pela
praticidade das tecnologias
que nós temos
ao nosso dispor.
Muitas vezes é comum mudarmos,
por exemplo, a forma de trabalho.
Hoje em dia, as pessoas estão
aderentes ao modelo home office,
onde proporcionam
maior flexibilidade
e, até mesmo, tempo maior
para a prática de atividades físicas,
cuidando, assim,
da sua saúde.
E essa mudança de comportamento
muitas vezes vai além:
a forma como nós nos comunicamos
com as outras pessoas.
Nos dias atuais,
é muito estranho quando você
recebe uma ligação do nada,
provavelmente é uma ligação
de telemarketing
ou alguma coisa indesejada, porque
para quem realmente te conhece,
ou pessoas que queiram
falar com você,
é muito mais fácil, hoje, te acionar
via mensagens de texto,
através de aplicativos
como o WhatsApp
ou inbox das redes sociais.
Esses impactos também
estão sendo percebidos
na forma como consumimos
produtos ou serviços.
O que era antes relações firmadas
a partir de apertos de mão,
hoje, passaram
a ser um clique,
você está a um clique
de distância de comprar algo,
então as relações comerciais
também foram facilitadas
ou impactadas positivamente
por essa revolução.
Como nem tudo são flores,
é preciso entender os desafios
que temos por trás
desse avanço na tecnologia, dessa
digitalização dos nossos negócios.
Para que você possa
embarcar nessa jornada,
é preciso que tenha processos
mais flexíveis, processos mais ágeis.
Quando falamos de agilidade,
preciso abrir um parêntese aqui
para comparar agilidade
com velocidade.
Uma coisa é muito
parecida com a outra,
mas são diferentes
significados.
Exemplo: um trem é veloz,
ele anda nos seus trilhos
e ele atinge uma velocidade
considerável,
porém ele não tem flexibilidade para
mudar a sua rota de forma urgente.
Exemplo: quando tem alguma
coisa caída no meio dos trilhos,
ele fatalmente vai
passar por cima.
Já um animal como o puma,
quando persegue sua presa,
consegue ser ágil,
por quê?
Ele vai desviando, corrigindo
a sua rota para atingir o objetivo
que é capturar aquela
caça, aquela presa.
Então, dessa forma,
nós temos, por um lado,
o trem, que é muito veloz, mas
que, em determinados momentos,
não consegue se desviar.
Já o puma, por exemplo, consegue
sim uma agilidade maior,
porque ele é flexível.
Então, quando eu
falo em agilidade,
eu estou falando justamente
dessa flexibilidade maior
para se adaptar
às circunstâncias.
E aí, você pode estar
se perguntando:
"para que eu preciso
dessa agilidade?"
Essa agilidade,
durante o desenvolvimento
de um novo produto, por exemplo,
é necessária para se adaptar
à velocidade
com que o mercado
está mudando.
Eu posso começar o desenvolvimento
de um produto hoje
e, quando ele for lançado,
o mercado já mudou
e eu já perdi
aquela oportunidade.
Então, essa agilidade
vai permitir
que eu vá fazendo inspeção
e adaptação constantemente,
e adaptando o desenvolvimento
desse produto em pleno voo.
E podemos citar vários cases
de mudança disruptiva.
A relação mercado
de trabalho foi uma delas
durante a temporada de pandemia
que nós vivemos do COVID-19,
onde as pessoas
estavam acostumadas,
principalmente, ao modelo
de trabalho presencial,
modelo CLT, onde uma pessoa
trabalha para uma empresa só,
depois da pandemia, nós aderimos,
forçadamente, ao modelo home office
e, depois que a pandemia parou,
muitas pessoas ainda continuaram
nesse modelo e foram além.
Hoje em dia, elas querem
flexibilidades ainda maiores.
É muito comum ter pessoas
trabalhando em vários projetos
para várias empresas ao mesmo
tempo, os famosos freelancers.
Então, todas essas relações
de mudanças impactam diretamente
na nossa forma de competir
no novo mercado digital.
Por outro lado,
a digitalização dos negócios
trouxe uma série de vantagens.
Uma delas é a sustentabilidade:
o planeta ganhou muito
na conservação ambiental,
pois imagina a quantidade
de papel que deixamos de utilizar
a partir do surgimento
da nota fiscal eletrônica,
que deixa aquela
pilha de papel de lado
e passa a funcionar com leitores
de código de barras
e um processo muito
mais simplificado.
Outra vantagem desse tipo de modelo
de negócios é o alcance de mercado,
eu posso lançar produtos e serviços
que têm uma abrangência global,
eu não fico mais preso
a barreiras físicas
que antes tinha
com o modelo físico,
em que eu precisava
abrir uma loja
e ter uma recepção, ali,
para atender os meus clientes.
Por falar em cliente, conhecer
melhor o cliente é outra vantagem.
Com práticas e abordagens
de experiência do cliente,
eu consigo entender
o seu comportamento,
criar linguagens personalizadas
que vão, de fato,
conectar a necessidade
a uma solução
e, dessa forma, as empresas
conseguem personalizar,
ainda mais, a sua
linha de serviços.
O aumento desse
tipo de oferta se dá
à abertura de mercados
emergentes,
através de negócios
replicáveis e escaláveis,
são as famosas startups.
A expansão desse mercado
vem trazendo muitos benefícios
para outros novos negócios,
porque facilita o processo
através da desburocratização,
o aumento a incentivos,
a maior presença de inovação
nas soluções que nós compramos,
e isso impacta diretamente
o nosso dia a dia,
trazendo benefícios não só
para o mercado corporativo,
mas também
para a nossa vida pessoal.
E qual a importância
da inovação?
A principal delas tem a ver
com a rentabilidade.
Quando eu crio produtos
e serviços mais arrojados,
a tendência é que eu
me destaque da concorrência.
De acordo com o Ipea,
produtos e serviços desenvolvidos
com características inovadoras
tendem a ser 30% mais caros
do que aqueles produtos
comoditizados,
aqueles produtos padronizados.
Nesse sentido, o investimento
em pesquisa e desenvolvimento
também vem crescendo
e isso tem causado um grande
alvoroço no mercado.
O case talvez muito conhecido
da maioria é o da Kodak,
uma empresa que,
nos anos 2000,
tinha a solução
das câmeras digitais,
mas acreditem só:
eles não aproveitaram,
eles engavetar esse projeto.
E essa terrível falha na estratégia
fez com que a Kodak
perdesse o protagonismo que ela
tinha no mercado de filmes,
porque ela não podia imaginar
que a câmera digital,
e em um futuro tão breve, viria
a substituir a câmera tradicional.
E digo mais: hoje em dia,
as câmeras digitais
também já perderam
o protagonismo,
elas deram espaço
aos smartphones,
que têm tecnologia
muito mais avançada
e uma qualidade
de fotos ainda superior.
Entendendo
dessa importância,
muitas leis de incentivos
foram criadas
para desenvolver pesquisas
e desenvolvimento de novos produtos
e, principalmente,
incentivar empresas
que têm esse setor avançado
em seus departamentos.