As mulheres têm os mesmos direitos dos homens. Se um homem e um rapaz podem ir à escola, porque é uma menina não pode? [A heroína das meninas Mulher do ano, 2013] Se não fosse à escola, estaria a obedecer ao meu irmão e ao meu pai, estaria a lavar roupa todos os dias depois casaria, tomaria conta de crianças e a minha vida acabaria. As pessoas que nos impedem de receber educação, têm medo de mulheres poderosas e com educação. Um correspondente da BBC perguntou ao meu pai: "Quero alguém de Swat que possa falar comigo e me possa dizer o que está a acontecer lá". Assim, comecei a fazer blogues para a BBC. Costumava falar com ele ao telefone todas as noites. Todas queríamos uma educação, mas tantas pessoas estavam silenciosas porque tinham medo dos Talibãs, tinham medo de morrer. Mas a coragem derrotou esse medo. Foi por isso que falei. Não estava à espera de ninguém. Fi-lo sozinha. [9 de outubro de 2012] Penso que eram 12:00, estávamos no autocarro escolar quando perguntei ao motorista: "Pode fazer truques de magia?". Ele estava a esconder uma pedra na mão e nós tínhamos de a encontrar. A partir daí, não sei. Abri os olhos e estava no hospital. Sabia que tinha sido alvejada e a primeira coisa que fiz, foi agradecer a Deus por estar viva. No meu país do Paquistão e em todo o mundo, as meninas são criadas sob o lema "Sou Malala". Essa é a sua voz para a educação e elevaram a sua voz contra o terrorismo. É uma honra para mim, porque preciso cada vez mais de meninas e mulheres, e de cada vez mais meninos a promoverem a minha campanha por educação. [Em 2014, Malala venceu o prémio Nobel da Paz.] Os Talibãs alvejaram-me e pensaram que as outras meninas que também reivindicam os seus direitos também iam parar. Pensaram que iam espalhar medo, terror, mas falharam. Acredito que se forem fiéis aos vossos ideais conseguem fazer tudo. E eu consigo fazer tudo.