♪ música suave e inspiradora ♪
[barulho de soldagem]
♪ música ambiente etérea ♪
[Rose B. Simpson]
Existe uma importância em testemunhar.
Tudo é uma testemunha,
até objetos inanimados,
ou o que consideramos
ser objetos inanimados.
Isso é uma ideia que eu estava trabalhando
para um projeto de arte pública onde...
esses seres ancestrais
estão nos observando.
Minha arte é basicamente tirar
um momento dessa experiência.
♪ música etérea inspiradora ♪
Eu estou fazendo esses seres
que então refletem meu processo
de volta pra mim,
mas eles também saem
para o mundo para obervar.
♪♪♪
[Rose] É isso.
Eu percebi que se eu usar argila bem fina,
eu preciso ser bem presente com o processo
e tenho que fazer de uma vez.
Você não pode voltar atrás
e arrumar depois,
não da pra tirar material.
ele não tem...
perdão, de certo modo,
o jeito que ficou, ficou.
Então você tem que aceitar.
Então como eu comecei isso,
eu tenho que terminar hoje.
Essa é Argila New Mexico,
é onde eu compro minhar argila.
Eu gosto de colocar
argilas diferentes juntas,
não só como estética,
mas também a ideia de
nós somos feitos de
muitas coisas diferentes,
e estamos tentanos nos entender e ser...
compassivo e ser elegante
em aceitar os outros
e as tantas coisas que nos definem.
Por ser mestiça, eu sempre
fui muito consciente em como
eu não me encaixava.
E por ser uma
dois-espíritos multicultural,
eu estou sempre navegando com um pé
em dois mundos. [risada]
E então, a argila faz isso também.
♪ música ambiental etérea ♪
Eu estou tendando mostrar a
verdade profunda, e ela é o processo,
então por que eu esconderia?
Por que esconder o processo?
♪♪♪
Deixar a marca dos dedos
e mostrar os toques e
o processo, o processo real de criar algo,
É nosso poder, não é?
É nossa grandeza.
É por isso que eu amo ir para
as ruinas e casa ancestrais.
E ver as marcas dos dedos no gesso.
É tipo: "Nossa, esses são as mãos
dos meus antepassados,
que faziam como nós fazemos" Entende?
Nós estamos na pátria ancestral
em Santa Clara,
Muitas pessoas viveram aqui
entre essas serras
ao redor do rio, por milhares de anos.
Essa era nosso local
muito antes dos europeus chegarem.
Hoje é considerado um lugar tricultural,
nos temos a acentralidade indígena,
a herança espanhola
e também os colonizadores ingleses.
Muitos são descendentes de todos, como eu.
Ainda tem muito ódio e dor.
As pessoas ainda estão
navegando esse trauma histórico herdado.
Mas também é lar,
eu sou profundamente daqui.
— Isso.
Mas você não vai cair.
Eu segurar sua mão é por que eu te amo.
Consegue ver aquilo ali?
Isso era uma grande reservatório.
A água descia, os antepassados pegavam
a água daqui para beber e outras coisas,
até para agricultura.
— Então essa pedra era uma cachoeira, mãe?
— Aham
Eu venho aqui desde criança.
— Agora sim, tenta denovo.
A prova da interação do corpo
das pessoas com o lugar,
em locais antigos você consegue ver
gesso nas paredes com marcas de mãos ou
impressões digitais em
pedaços de cerâmica, ou algo assim,
é um momento que conecta.
Isso é a criação da ancestralidade
e nós estamos dentro disso, não é?
Nos deram essa linhagem, essa herança
e essa hitória para continuar.
♪ música ambiente suave ♪
[Rose] Por que eles são bonitinhos?
[Cedar] Sim.
[Roxanne] Muito bom.
[Cedar] Eu fiz um caracol.
[Rose] Você fez mesmo.
Que bonitinho! Olha o olho dele.
[Rose] Minha mãe é a pessoa que eu
mais gosto de fazer coisas juntas.
Ela aprendeu a se comunicar pela argila.
E foi a mãe dela que a deu argila.
É um presente matrilinear.
♪♪♪
[Roxanne] É um pular sela diferente,
por que ela aprendeu comigo,
e depois eu aprendi com ela
por que ela tentou coisas
que eu nunca tentei.
é uma benção ter filhos que
seguem [risada] a mesma trilha que você.
♪♪♪
[Rose] Em colocar gesso na casa
ou colocar adobes
ou plantando um campo,
poder fazer trabalhos
constroem uma conversa é uma
ferramenta linda para nos curar.
Eu regularmente penso nos
relacionamentos no mundo indígena,
nós temos esse enorme coração