Oi, pessoal. Como está todo mundo?
Plateia: Bem.
Dianna Martinez: Bom,
aqui vai minha história.
Eu sou Dianna Martinez,
eu sou filha de dois pais
que ousaram atravessar
a fronteira para os Estados Unidos
e ter uma vida melhor
para eles e para mim.
Eu faço parte do Boyle Heights.
E a minha história começa
quando eu era apenas uma jovem
garota e meu pai me dizia:
"Você tem que falar com as pessoas,
contar o que pensa, suas opiniões".
E eu lembro que ele ficava
de frente para mim e perguntava:
"Certo, se apresente, me diga
seu nome, de onde você vem
e quem são seus pais".
Simples assim, e eu começava a chorar
porque não conseguia nem dizer meu nome.
Eu começava a chorar e soluçar, dizendo:
"Eu preciso mesmo?
Você sabe meu nome, não sabe?"
Mas isso era só o ponto de partida,
onde tudo começou.
Eu comecei a falar com outras pessoas,
saindo, aos poucos,
da minha concha introvertida.
E comecei a me envolver
com a comunidade de Boyle Heights,
mas eu não sabia o que queria ser,
o que queria fazer.
E tudo mudou quando eu entrei
em um jardim comunitário,
aprendendo sobre a comunidade,
e isso me deixou pensando:
"Por que não fazer algo
por conta própria?"
Foi aí que criamos o projeto Alebrije
na Casa del Mexicano.
Ele durou três anos.
Eu tenho sido mentora, neste último ano,
para o Las Fotos Project.
É algo em que eu simplesmente
apareço lá, e digo:
"Sim, por que não, vamos nessa!"
E tem sido um lugar onde eu estou
crescendo, crescendo e aprendendo.
Eu me vejo fazendo algo por conta própria,
criando meu futuro e o futuro de outros,
ensinando a eles que sonhar é possível,
e que qualquer coisa
que você pense pode ser feita.
E eu tenho um truquezinho para mostrar
a vocês como evoluí nestes 20 anos.
Como todos sabem, nós crescemos
com um pedaço branco de papel.
Um livro não escrito,
porque a história não foi contada.
E com isso eu só quero mostrar a vocês:
nós somos esta página,
não há nada falado ou feito,
mas, graças às pessoas ao nosso redor,
que começam a nos moldar e falar:
"Você consegue",
você começa a pensar além.
E aí você começa a ver imagens,
coisas diferentes.
(Aplausos)
Mas não é só eles te dizerem,
você também precisa agir,
precisa fazer algo.
E todos esses mentores e pessoas
ao meu redor me disseram: "Você consegue".
E eu não só os escutei,
mas na verdade fiz algo
para criar a mudança: eu comecei
a adicionar cores na minha vida.
(Risos)
(Aplausos)
E, se eu não tivesse feito tudo isso,
minha vida seria apenas branca.
(Risos)
(Aplausos)
Então eu agradeço a todos aqui,
eu sei que altura não é da cabeça
ao dedão, até porque só tenho 1,50m,
mas é medida da cabeça até o céu.
Obrigada.
(Aplausos)