Em 1952, Batista, o presidente cubano liderou um golpe militar e apoderou-se do poder, quando se tornou evidente que ele não ia ser reeleito. Colocou Cuba sob uma ditadura militar repressiva e começou a estabelecer relações estreitas com os EUA. Isso permitiu que companhias americanas comprassem a maior parte dos recursos naturais de Cuba, e, sob o seu governo, o país tornou-se num paraíso para organizações criminosas. Tudo isto irritou um jovem advogado chamado Fidel Castro. Castro reuniu um grupo de 138 homens, e, a 26 de julho de 1953, atacou um quartel isolado em Moncada na esperança de se apoderar de mais armas. O ataque foi um fracasso e os rebeldes foram repelidos. A maior parte dos que não morreram foram capturados, como Fidel Castro e o irmão Raúl. O julgamento público dos rebeldes presos virou a opinião pública a favor de Castro, quando ele argumentou: "A História me absolverá." Foi condenado a 15 anos de prisão, mas Batista, sob pressão, e abreviou o processo para dois anos. Fidel e Raúl fugiram para o México e fizeram novos planos para a revolução. Reuniram com outros exilados cubanos e com um médico argentino chamado Che Guevara, que se juntou ao 'Movimento de 26 de julho'. Entretanto, umas eleições polémicas e o desemprego crescente em Cuba originaram cada vez mais motins contra Batista, embora não fossem todos socialistas. Batista tornava-se cada vez mais opressivo, o que provocava cada vez mais exigência para ele resignar. De volta ao México, os revolucionários compraram um iate chamado "Granma" e, em novembro de 1956, 82 homens partiram para Cuba. O governo cubano teve conhecimento de que os rebeldes estavam de volta a Cuba e atacou-os. Os poucos sobreviventes refugiaram-se nas montanhas. onde reuniram novos apoiantes e desencadearam ataques de guerrilha a alvos militares. Permitiram que jornalistas estrangeiros os visitassem e juntamente com a sua estação de rádio pirata chamaram a atenção internacional para a sua luta e aumentaram a sua popularidade. Entretanto, também nas cidades novos grupos de rebeldes atacavam Batista. Irritado e desesperado, em 1958, Batista enviou um grande exército às montanhas para tentar expulsar os rebeldes de uma vez por toda. Contudo, isso foi um desastre e os guerrilheiros conseguiram repeli-los, e fazendo com que muitos do exército mudassem de campo. Os rebeldes concluíram que era perfeitamente oportuno desencadearem um contra-ataque. Che Guevara chefiou uma parte do exército rebelde, e dirigiu-se para Santa Clara. Cienfuegos encabeçou outro e marchou para Yaguajay e Castro seguiu com os reforços. À medida que passavam por cidades e aldeias eram muito bem acolhidos, demonstrando ao mundo que o regime de Batista estava prestes a cair. A comunidade internacional convenceu Batista a fugir, permitindo que os rebeldes entrassem em Havana em janeiro de 1959 quase sem oposição. Os revolucionários assumiram o controlo de Cuba e Fidel, Raúl e Che consolidaram o seu poder eliminando da ilha todos os restos de Batista, e prenderam e mataram muitos dos seus antigos apoiantes. Isso, assim como algumas leis repressivas, levaram a que um grande número de pessoas fugisse para os EUA. Por outro lado, nacionalizaram a terra que estava nas mãos de empresas americanas, fechou os casinos controlados pela Máfia e começou a melhorar as instituições de saúde, a habitação e as escolas. Estas políticas alarmaram os americanos, que decidiram lançar sanções Os EUA também ajudaram um grupo de exilados cubanos numa tentativa de expulsar Fidel Castro, em 1962. Mas a vergonhosa invasão na Baía dos Porcos foi um fracasso. Na sequência da invasão da Baía dos Porcos Castro anunciou que Cuba era uma República Socialista e apressou-se a procurar uma aliança com os soviéticos. A sua amizade levou a uma das consequências mais terríveis da revolução: "A crise dos mísseis cubanos". A revolução estimulou os idealistas de esquerda na América Latina cujas ações, indiretamente, levaram a países com ditaduras reacionárias da extrema direita como a Argentina e o Chile.