♪ (música eletrônica enérgica) ♪
Eu acho que ser uma artista foi uma
determinação que eu fiz só porque eu gosto
de fazer coisas.
♪ (música) ♪
Foi realmente essa necessidade de me expressar,
de fazer uma marca que era minha.
Msa eu nunca conscientemente fiz isso.
Só parecia ser parte do meu ADN.
E eu só continuei indo e indo e indo.
E se você quer ser quem você é, você só precisa
acreditar em o que está dentro de você.
Meu pai era um policial em Chicago.
Minha mãe era uma atendente de vendas.
Eu tive uma infância reamlente ótima.
Eu estava em uma escola
de gramática paroquial católica.
E uma das freiras, que era uma pintora ela mesma,
viu algum talento em o que eu estava fazendo.
Eu acho que o objetivo final dela era me fazer uma
outra freira, mas... (ri) isso era provavelmente parte
do plano.
Mas ela me encorajou a pintar e me deu algumas
lições ela mesma e também me levou ao
Instituto de Arte em Chicago.
E então a partir daquele momento, eu pensei
em mim mesmo como sendo uma artista.
Eu não fiquei interessada em fotografia até quando
eu fui matriculada no California Colegge of
Arts and Crafts em pós graduação, e experimentei
ali com algumas técnicas fotográficas mas
em têxteis.
Eles eram como serigrafia fotográfica.
Então eu brinquei com fotografia mas nunca
resultando em fotografia, sempre resultando
em um objeto.
Eu nunca pensei em fotografia
como gravando vida em geral.
Para mim, fotografia
era um meio experimental.
Então isso foi feito em 1975.
E isso é minha primeira
tentativa de fotografia.
E é um processo fotográfico básico.
É chamado de cianótipo.
E eu tenho usado
esse processo de novo e de novo.
Não há nenhuma câmera envolvida.
Quando é exposto
e quando é lavado, se torna azul.
Isso é material colocado diretamente
em papel e então exposto à luz.
O material que parece como rede
muito fina é na verdade telas de janelas industriais.
Então havia bastante experimentação
de materiais e bastante mistura de mídia entre pinturas
e desenhos e técnicas fotográficas.
Não até vários anos depois eu peguei uma câmera.
A câmera grava algo.
Precisa ser um objeto.
E ainda minha direção é questionar a realidade
daquele objeto, fazer aquele objeto parecer
enganoso.
E isso acontece com o uso de luz.
Muitas das minhas obras são baseadas
na ideia de traduzir 3-D em 2-D.
Eu não tenho usado manipulação digital.
Não há mudança da imagem.
Não há movimento de formas.
Não há coloração reversa.
O que você vê na parte de trás
da câmera é o que é gravado no filme.
E isso é a imagem que eu produzo.
A fisicalidade da folha transparente
de Plexiglas não tem valor representacional.
Só é algo que você ohla através.
É transparente.
Mas quando você bate com luz,
a fisicalidade dele se manifesta.
E então você vê as sombras.
Eu seleciono a posição para a câmera.
E então eu usualmente deixo
a câmera naquela posição.
Eu coloco junto as peças e encontro um ponto
no qual elas ficam por conta própria e então há
um pouco de tensão ali
mas suficiente para qual elas vão ficar.
E se é uma fração de uma polegada longe
ou outra, a coisa inteira vai desmoronar,
o que já fez em mim
várias vezes, na verdade.
E eu começo tudo de novo.
Então é um processo constante de estar no set,
movendo as luzes, indo atrás da câmera,
olhando para a imagem que está resultando.
Eu quero dizer, isso poderia
levar horas, na verdade.
E quando eu chego a um ponto onde eu acho
que parece bem interessante, então eu vou fazer
uma exposição em um pedaço de filme.
♪ (música eletrônica leve) ♪
Eu sempre penso de mim mesmo como
realmente fotografando as sombras, não a luz.
♪ (música) ♪
(conversa indistinta)
Eu acho que o fato de que eu estava experimentando
em fotografia--e eu estava fazendo isso por
tantos anos--contra o convencional do que
fotografia tem sido sobre, tem realmente atraido
muitas mulheres jovens e homens
que estão trabalhando na mesma maneira.
Nós estamos tendo
um momento Barbara agora.
Eu acho que a Barbara é algo
de uma artista de uma artista.
Para uma generação mais jovem de artistas
trabalhando hoje, eu acho que eles acharam uma modelo
na Barbara, alguém que está realmente
trabalhando na interseção de escultura, fotografia,
performance.
E eles também acharam uma nova colega.
♪ (música enérgica) ♪
Realmente, ela foi a primeira que me tinha
pensando sobre o que uma fotografia poderia
mesmo ser, como poderia empurrar os limites entre
escultura e espaço, e que
não precisa necessariamente
falar sobre uma cena fora do mundo.
Poderia ser algo construído.
E isso foi realmente influente
para minha própria prática.
Eu gosto da ideia de questionar.
Eu acho que relaciona a tudo
que nós fazemos na vida, na verdade.
Nós deveriamos poder olhar a o que está acontecendo
em nossa volta e encontrar outras maneiras de olhar para
isso e encontrar outros
meios de interpretação.
Eu acho que a parte de ampliação do trabalho é,
tipo, por exemplo, como entrar em vídeo
e fazer instalações de vídeos.
É ainda a mesma visão, mas é traduzida
em uma maneira diferente.
♪ (música de sintetizador) ♪
Vídeo na verdade foi provavelmente
resultado da colaboração de dança
que eu fiz com Margaret
Jenkins Dance Company.
Eu projetei o set.
Eu projetei os figurinos.
E os--os elementos do set eram todos
muito móveis, então a figura, a forma estava
movendo esses itens dentro do espaço.
E isso é o que eu posso
fazer agora com o vídeo.
No momento. eu estou trabalhando com cantos
e ativando um elemento arquitetônico muito básico.
Então agora eu posso alternar
entre cada uma dessas cores.
E então eu posso trazer
essa de volta para baixo.
Ok. É, faça cada cor e alterne elas.
Ok.
No meu trabalho, eu tento
encontrar essa singularidade de
o que está no mundo e destacar com luz.
Quando você liga o projetor,
a luz penetra a atmosfera, e, de repente,
há pó, há partículas.
Há coisas que vivem ali que
nós não vemos até que a luz atinja.
Isso é o tipo de descoberta
que eu gosto de fazer.
Isso é tão alinhado com o canto
quanto você pode conseguir, certo?
Eu acho que sim. Eu acho que
se nós chegamos mais perto, nós...
Enquanto eu continuo a fazer
os vídeos agora, eu estou adicionando
formas tridimensionais dentro do vídeo.
Então elas são muito bem
esculturas, bem como vídeo.
♪ (música pulsante) ♪
Eu cresci em Bridgeport, que é tipo
dez minutos longe de downtown Chicago.
Eu tenho sempre amado morar na cidade.
Chicago é uma cidade de arquitetura,
então teve uma influência em mim.
Eu acho que há uma identidade com a paisagem
urbana de arranha-céus para o trabalho
que eu faço porque, em primeiro lugar,
a maioria das minhas imagens são verticais.
E a geometria adiciona
para parecer muito arquitetônico.
♪ (música) ♪
(conversa indistinta)
É tanto um prazer receber todos vocês aqui
para a abertura de
"Barbara Kasten: Stages."
(conversa indistinta)
É incrível ver esse tipo de resposta
nesse ponto em tempo.
E eu estou feliz que
há inspiração em o que eu faço.
Mas eu acho que é realmente o fato de que eu tenho
durado esse longo, que eu estou determinada em ser
uma artista e só continuei
trabalhando nisso e trabalhando nisso.
E isso é o que minha vida tem sido sobre.
A parte mais importante que eu continuo
voltando para é que é o processo.
É o viver real e fazer e fazer
que é a parte gratificante.
Para mim, é um prazer.
É frustante. É fabuloso.
É horrível.
É todas essas emoções embrulhadas em uma.
Mas eu não poderia
fazer qualquer outra coisa.
(câmera clica)
♪ (música eletrônica calma) ♪