WEBVTT 00:00:03.000 --> 00:00:06.000 Alisa Volkman: Então é aqui que a nossa história começa... 00:00:06.000 --> 00:00:08.000 os dramáticos momentos do nascimento 00:00:08.000 --> 00:00:10.000 do nosso primeiro filho, Declan. 00:00:10.000 --> 00:00:12.000 Obviamente, foi um momento realmente profundo, 00:00:12.000 --> 00:00:14.000 e que mudou as nossas vidas de várias formas. 00:00:14.000 --> 00:00:16.000 Também mudou as nossas vidas de maneiras bastante inesperadas, 00:00:16.000 --> 00:00:19.000 e mais tarde viemos a reflectir sobre essas formas inesperadas, 00:00:19.000 --> 00:00:21.000 que eventualmente nos levou a criar uma ideia de negócio entre os dois, 00:00:21.000 --> 00:00:23.000 e um ano mais tarde, lançámos o Babble, 00:00:23.000 --> 00:00:25.000 um site de internet para pais. NOTE Paragraph 00:00:25.000 --> 00:00:27.000 Rufus Griscom: Ora eu acho que a nossa história 00:00:27.000 --> 00:00:30.000 começou alguns anos antes. (AV: É verdade.) NOTE Paragraph 00:00:30.000 --> 00:00:33.000 RG: Deves-te lembrar, nós apaixonámo-nos loucamente. NOTE Paragraph 00:00:33.000 --> 00:00:35.000 AV: Pois foi. NOTE Paragraph 00:00:35.000 --> 00:00:37.000 RG: E na altura geríamos um tipo completamente diferente de site. 00:00:37.000 --> 00:00:39.000 Era um site chamado "Nerve.com", 00:00:39.000 --> 00:00:42.000 que era... a sua categoria era "obscenamente alfabetizado". 00:00:42.000 --> 00:00:45.000 Era, na teoria, e esperançosamente na prática, 00:00:45.000 --> 00:00:47.000 uma revista elegante online 00:00:47.000 --> 00:00:50.000 sobre sexo e cultura. NOTE Paragraph 00:00:50.000 --> 00:00:53.000 AV: Que gerou um site de encontros online. 00:00:53.000 --> 00:00:55.000 Mas podem imaginar as piadas a que éramos sujeitos. Sexo gera bebés. 00:00:55.000 --> 00:00:58.000 Sigam as instruções no Nerve e terminam de certeza no Babble, 00:00:58.000 --> 00:01:00.000 tal como nós. 00:01:00.000 --> 00:01:03.000 E havemos de lançar um terceiro site, de geriatria. Veremos. NOTE Paragraph 00:01:04.000 --> 00:01:07.000 RG: Mas para nós, a ligação entre o Nerve e o Babble 00:01:07.000 --> 00:01:09.000 não se resumia às fases da vida, 00:01:09.000 --> 00:01:11.000 que é, obviamente, relevante, 00:01:11.000 --> 00:01:13.000 mas tinha mais a ver com 00:01:13.000 --> 00:01:15.000 o nosso desejo de falar muito honestamente 00:01:15.000 --> 00:01:18.000 sobre assuntos de que as pessoas têm dificuldade em falar honestamente. 00:01:18.000 --> 00:01:20.000 Parece-nos que, 00:01:20.000 --> 00:01:23.000 quando as pessoas começam a dissimular, começam a mentir acerca das coisas, 00:01:23.000 --> 00:01:25.000 e é nesta altura que o assunto se torna interessante, 00:01:25.000 --> 00:01:27.000 e esse é um tema que queremos aprofundar. 00:01:27.000 --> 00:01:29.000 E nós ficamos surpreendidos por descobrir, como jovens pais, 00:01:29.000 --> 00:01:32.000 que afinal existem quase tantos tabus à volta da paternidade 00:01:32.000 --> 00:01:34.000 quanto aqueles que existem à volta do sexo. NOTE Paragraph 00:01:34.000 --> 00:01:36.000 AV: É verdade. Tal como dissemos, 00:01:36.000 --> 00:01:38.000 os anos iniciais foram realmente fantásticos, 00:01:38.000 --> 00:01:40.000 mas também foram realmente difíceis. 00:01:40.000 --> 00:01:42.000 E sentimos que alguma dessas dificuldadea 00:01:42.000 --> 00:01:45.000 foram provocadas por estes falsos mitos à volta da parentalidade. 00:01:45.000 --> 00:01:47.000 (Risos) 00:01:47.000 --> 00:01:50.000 Subscrevemos muitas revistas, fizemos o nosso trabalho de casa, 00:01:50.000 --> 00:01:53.000 mas na verdade, para qualquer lado que olhássemos, estávamos rodeados de imagens como esta. 00:01:53.000 --> 00:01:55.000 E mergulhámos na parentalidade 00:01:55.000 --> 00:01:57.000 na expectativa de que as nossas vidas seriam assim. 00:01:57.000 --> 00:02:00.000 O sol estaria sempre a brilhar, e as nossas crianças nunca chorariam. 00:02:00.000 --> 00:02:03.000 Eu estaria sempre perfeitamente penteada e bem descansada. 00:02:04.000 --> 00:02:06.000 E na realidade, não é nada assim. NOTE Paragraph 00:02:06.000 --> 00:02:09.000 RG: Quando pousámos as nossas revistas de parentalidade 00:02:09.000 --> 00:02:11.000 que andávamos a ler, com estas lindas imagens, 00:02:11.000 --> 00:02:13.000 e olhámos para o cenário da nossa sala de estar, 00:02:13.000 --> 00:02:15.000 era mais parecido com isto. 00:02:15.000 --> 00:02:17.000 Estes são os nossos três filhos. 00:02:17.000 --> 00:02:19.000 E claro, não estão sempre a chorar e aos gritos. 00:02:19.000 --> 00:02:21.000 Mas com três rapazes, há uma alta probabilidade 00:02:21.000 --> 00:02:23.000 de pelo menos um deles não se querer comportar 00:02:23.000 --> 00:02:25.000 exactamente como deveria. NOTE Paragraph 00:02:25.000 --> 00:02:28.000 AV: Sim, podem ver o quão afastados estávamos da realidade. 00:02:28.000 --> 00:02:31.000 Sentimos mesmo que as nossas expectativas 00:02:31.000 --> 00:02:34.000 não tinham nada a ver com o que na realidade estávamos a experienciar. 00:02:34.000 --> 00:02:37.000 Por isso nós decidimos que queríamos transmitir a realidade aos pais. 00:02:37.000 --> 00:02:40.000 Nós queríamos mesmo que eles percebessem 00:02:40.000 --> 00:02:43.000 quais são as realidades da parentalidade de uma forma honesta. NOTE Paragraph 00:02:43.000 --> 00:02:45.000 RG: Então hoje, o que queremos fazer 00:02:45.000 --> 00:02:48.000 é partilhar com vocês os quatro tabus da parentalidade. 00:02:48.000 --> 00:02:50.000 E claro, há muito mais do que quatro coisas 00:02:50.000 --> 00:02:52.000 que se podem dizer sobre a parentalidade. 00:02:52.000 --> 00:02:54.000 Mas hoje gostávamos de partilhar com vocês 00:02:54.000 --> 00:02:57.000 quatro que são particularmente relevantes para nós pessoalmente. 00:02:57.000 --> 00:03:00.000 Então o primeiro, tabu número um: 00:03:00.000 --> 00:03:03.000 não podem dizer que não se apaixonaram pelo vosso bebé 00:03:03.000 --> 00:03:05.000 desde o primeiro minuto. 00:03:05.000 --> 00:03:08.000 Recordo vividamente, sentada ali no hospital. 00:03:08.000 --> 00:03:11.000 Nós estávamos no processo de dar à luz o nosso primeiro filho. NOTE Paragraph 00:03:11.000 --> 00:03:13.000 AV: Nós, ou eu? NOTE Paragraph 00:03:13.000 --> 00:03:15.000 RG: Desculpa. 00:03:15.000 --> 00:03:17.000 Mau uso do pronome. 00:03:17.000 --> 00:03:19.000 A Alisa estava generosamente no processo 00:03:19.000 --> 00:03:21.000 de dar à luz o nosso primeiro filho... (AV: Obrigada.) 00:03:21.000 --> 00:03:23.000 ... e eu estava ali com uma luva de baseball. 00:03:23.000 --> 00:03:25.000 E ali estava eu de braços abertos. 00:03:25.000 --> 00:03:27.000 A enfermeira veio ter comigo 00:03:27.000 --> 00:03:29.000 com esta linda, maravilhosa criança. 00:03:29.000 --> 00:03:31.000 E eu a rercordar-me, ao vê-la aproximar-se de mim, 00:03:31.000 --> 00:03:34.000 das vozes dos amigos a dizer 00:03:34.000 --> 00:03:36.000 "O momento em que eles te põem o bebé nos braços, 00:03:36.000 --> 00:03:39.000 vais sentir uma onda de amor enorme a atingir-te 00:03:39.000 --> 00:03:41.000 que tem uma magnitude mais poderosa 00:03:41.000 --> 00:03:44.000 do que tudo o que já sentiste durante toda a tua vida." 00:03:44.000 --> 00:03:46.000 Então eu estava-me a preparar para o momento. 00:03:46.000 --> 00:03:48.000 O bebé vinha aí, 00:03:48.000 --> 00:03:50.000 e eu pronto para a onda de amor do tamanho de um camião TIR 00:03:50.000 --> 00:03:53.000 que me ia atirar ao chão. 00:03:53.000 --> 00:03:56.000 Em vez disso, quando me puseram o bebé nos braços, 00:03:56.000 --> 00:03:58.000 foi um momento extraordinário. 00:03:58.000 --> 00:04:01.000 Esta fotografia foi literalmente tirada uns segundos depois 00:04:01.000 --> 00:04:04.000 do bebé estar nos meus braços, e eu o ter passado à mãe. 00:04:04.000 --> 00:04:06.000 E como podem ver, os nossos olhos estavam a brilhar. 00:04:06.000 --> 00:04:09.000 Eu estava assoberbado de amor e afecto pela minha mulher, 00:04:09.000 --> 00:04:11.000 e uma grande, grande gratidão 00:04:11.000 --> 00:04:13.000 por termos o que parecia ser uma criança saudável. 00:04:13.000 --> 00:04:15.000 E também foi, claro, muito surreal. 00:04:15.000 --> 00:04:17.000 Quer dizer, eu tive de verificar as pulseiras para ter a certeza. 00:04:17.000 --> 00:04:19.000 Estava incrédulo, "Têm a certeza de que é o nosso filho?" 00:04:19.000 --> 00:04:22.000 E isto era tudo extraordinário. 00:04:22.000 --> 00:04:25.000 Mas o que senti pela criança naquele momento era um grande afecto, 00:04:25.000 --> 00:04:28.000 mas nada do que viria a sentir por ele agora, cinco anos depois. NOTE Paragraph 00:04:28.000 --> 00:04:30.000 E por isso fizemos uma coisa aqui 00:04:30.000 --> 00:04:32.000 que é herético. 00:04:32.000 --> 00:04:35.000 Fizemos um gráfico 00:04:35.000 --> 00:04:38.000 do nosso amor pelos nossos filhos ao longo dos anos. 00:04:38.000 --> 00:04:40.000 (Risos) 00:04:40.000 --> 00:04:43.000 Isto, como sabem, é um acto de heresia. 00:04:43.000 --> 00:04:45.000 É proibido fazer um gráfico do amor. 00:04:45.000 --> 00:04:47.000 A razão pela qual não é permitido fazer isto 00:04:47.000 --> 00:04:49.000 é porque pensamos no amor como uma coisa binária. 00:04:49.000 --> 00:04:51.000 Ou estamos apaixonados, ou não estamos. 00:04:51.000 --> 00:04:53.000 Amamos, ou não amamos. 00:04:53.000 --> 00:04:56.000 E eu acho que na verdade o amor é um processo. 00:04:56.000 --> 00:04:58.000 E acho que o problema de pensar no amor 00:04:58.000 --> 00:05:00.000 como uma coisa que é binária 00:05:00.000 --> 00:05:02.000 é que isso faz com 00:05:02.000 --> 00:05:04.000 nos preocupemos excessivamente 00:05:04.000 --> 00:05:07.000 que o amor é fraudulento, ou inadequado, ou seja o que for. 00:05:07.000 --> 00:05:10.000 E aqui estou obviamente a falar da experiência de ser pai. 00:05:10.000 --> 00:05:12.000 Mas acho que muitos homens sentem a mesma coisa 00:05:12.000 --> 00:05:15.000 nos primeiros meses, talvez no primeiro ano, 00:05:15.000 --> 00:05:18.000 a sua resposta emocional é de uma forma qualquer inadequada. NOTE Paragraph 00:05:18.000 --> 00:05:20.000 AV: Bem, ainda bem que o Rufus fala nisto, 00:05:20.000 --> 00:05:23.000 porque podem quando a curva dele é baixa nos primeiros anos 00:05:23.000 --> 00:05:26.000 onde acho que era eu a fazer a maior parte do trabalho. 00:05:26.000 --> 00:05:28.000 Mas gostamos de brincar, 00:05:28.000 --> 00:05:30.000 nos primeiros meses de vida dos nossos filhos, 00:05:30.000 --> 00:05:32.000 existe o Tio Rufus. 00:05:32.000 --> 00:05:34.000 (Risos) NOTE Paragraph 00:05:34.000 --> 00:05:36.000 RG: Sou um tio muito afectuoso, um tio muito afectuoso. NOTE Paragraph 00:05:36.000 --> 00:05:39.000 AV: Sim, eu costumo brincar com o Rufus quando ele chega a casa 00:05:39.000 --> 00:05:42.000 porque acho que ele nunca conseguiria distinguir um filho nosso numa linha 00:05:42.000 --> 00:05:44.000 de identificação de bebés. 00:05:44.000 --> 00:05:46.000 Por isso preparei um teste surpresa para o Rufus. NOTE Paragraph 00:05:46.000 --> 00:05:48.000 RG: Uh-ho... NOTE Paragraph 00:05:48.000 --> 00:05:51.000 AV: Eu não o quero envergonhar muito. Mas vou-lhe dar três segundos para responder. NOTE Paragraph 00:05:51.000 --> 00:05:54.000 RG: Não é justo. É uma pergunta com rasteira. Ele não está ali, pois não? NOTE Paragraph 00:05:54.000 --> 00:05:57.000 AV: O nosso filho de oito semanas está algures ali. 00:05:57.000 --> 00:05:59.000 E eu gostava de ver se o Rufus é capaz de o identificar. NOTE Paragraph 00:05:59.000 --> 00:06:01.000 RG: O último da esquerda (AV: Não!) NOTE Paragraph 00:06:01.000 --> 00:06:08.000 (Risos) NOTE Paragraph 00:06:08.000 --> 00:06:10.000 RG: Má! NOTE Paragraph 00:06:10.000 --> 00:06:12.000 AV: Não é preciso dizer mais nada. NOTE Paragraph 00:06:12.000 --> 00:06:14.000 (Risos) NOTE Paragraph 00:06:14.000 --> 00:06:16.000 Vou avançar para o tabu número dois. 00:06:16.000 --> 00:06:19.000 Não se pode dizer que ter um bebé é uma tarefa solitária. 00:06:19.000 --> 00:06:21.000 Eu adorei estar grávida; amei estar grávida. 00:06:21.000 --> 00:06:24.000 Senti-me incrivelmente ligada à comunidade à minha volta. 00:06:24.000 --> 00:06:27.000 Senti que toda a gente participava na minha gravidez, à minha volta, 00:06:27.000 --> 00:06:30.000 seguindo-a até à data do parto. 00:06:31.000 --> 00:06:34.000 Eu senti que era um receptáculo do futuro da humanidade. 00:06:34.000 --> 00:06:37.000 E isso continuou quando fui para o hospital; foi realmente emocionante. 00:06:37.000 --> 00:06:40.000 Fui inundada de presentes e flores e de visitas. 00:06:40.000 --> 00:06:43.000 Foi uma experiência mesmo maravilhosa. 00:06:43.000 --> 00:06:45.000 Mas quando fui para casa, 00:06:45.000 --> 00:06:47.000 de repente senti-me desligada 00:06:47.000 --> 00:06:50.000 e subitamente isolada e ignorada. 00:06:50.000 --> 00:06:52.000 Fiquei muito surpreendida com aqueles sentimentos. 00:06:52.000 --> 00:06:54.000 Eu já esperava que fosse difícil, 00:06:54.000 --> 00:06:56.000 passar noites em branco, amamentar constantemente, 00:06:56.000 --> 00:06:58.000 mas não contava com os sentimentos 00:06:58.000 --> 00:07:01.000 de isolamento e solidão que eu senti. 00:07:01.000 --> 00:07:03.000 E fiquei muito surpreendida por ninguém me ter avisado, 00:07:03.000 --> 00:07:05.000 que eu me ia sentir daquela maneira. 00:07:05.000 --> 00:07:07.000 E telefonei à minha irmã 00:07:07.000 --> 00:07:10.000 de quem sou muito próxima... e teve três crianças... 00:07:10.000 --> 00:07:12.000 e perguntei-lhe, "Porque é que não me disseste 00:07:12.000 --> 00:07:14.000 que eu me ia sentir desta maneira, 00:07:14.000 --> 00:07:17.000 que eu ia sentir isto... sentir-me incrivelmente isolada?" 00:07:18.000 --> 00:07:20.000 E ela respondeu... nunca me hei-de esquecer... 00:07:20.000 --> 00:07:22.000 "Não é uma coisa que queiras dizer a uma mãe 00:07:22.000 --> 00:07:25.000 que vai ter um bebé pela primeira vez." NOTE Paragraph 00:07:25.000 --> 00:07:27.000 RG: E claro, nós pensamos 00:07:27.000 --> 00:07:30.000 que é precisamente o que devemos mesmo dizer 00:07:30.000 --> 00:07:33.000 às mães que têm filhos pela primeira vez. 00:07:33.000 --> 00:07:36.000 E este é, claro, um dos temas que para nós, 00:07:36.000 --> 00:07:38.000 nós pensamos 00:07:38.000 --> 00:07:40.000 que a sinceridade e honestidade brutal 00:07:40.000 --> 00:07:42.000 é fundamental para todos nós 00:07:42.000 --> 00:07:44.000 sermos pais excelentes. 00:07:44.000 --> 00:07:46.000 E é difícil não pensar 00:07:46.000 --> 00:07:48.000 que parte do que conduz a esse sentimento de isolamento 00:07:48.000 --> 00:07:50.000 é o nosso mundo moderno. 00:07:50.000 --> 00:07:52.000 A experiência da Alisa não é um caso isolado. 00:07:52.000 --> 00:07:54.000 Temos 58 por cento de mães pesquisadas 00:07:54.000 --> 00:07:56.000 que relatam sentimentos de solidão. 00:07:56.000 --> 00:07:58.000 Destas, 67 por cento sente-se mais sós 00:07:58.000 --> 00:08:01.000 quando têm filhos dos zero a cinco anos... mais provavelmente dos zero aos dois. 00:08:01.000 --> 00:08:03.000 No processo de preparamos isto, 00:08:03.000 --> 00:08:05.000 observámos como algumas outras culturas do mundo 00:08:05.000 --> 00:08:08.000 lidam com este período de tempo, 00:08:08.000 --> 00:08:10.000 porque aqui no mundo Ocidental, 00:08:10.000 --> 00:08:13.000 menos de 50 por cento de nós vive perto dos nossos familiares, 00:08:13.000 --> 00:08:16.000 e acho que em parte é por isso que é um período tão duro. 00:08:16.000 --> 00:08:18.000 Consideremos um exemplo entre muitos: 00:08:18.000 --> 00:08:20.000 no Sul da Índia 00:08:20.000 --> 00:08:22.000 existe uma prática conhecida por jholabihari, 00:08:22.000 --> 00:08:25.000 na qual a mulher grávida, quando está grávida de sete ou oito meses, 00:08:25.000 --> 00:08:27.000 vai viver com a sua mãe 00:08:27.000 --> 00:08:29.000 e atravessa uma série de rituais e cerimónias, 00:08:29.000 --> 00:08:32.000 dá à luz e volta a casa à sua família nuclear 00:08:32.000 --> 00:08:34.000 alguns meses depois da criança nascer. 00:08:34.000 --> 00:08:36.000 E esta é uma das muitas formas 00:08:36.000 --> 00:08:39.000 que achamos como as outras culturas compensam este período de solidão. NOTE Paragraph 00:08:39.000 --> 00:08:41.000 AV: Então o tabu número três: 00:08:41.000 --> 00:08:44.000 não se pode falar sobre os vossos abortos espontâneos... por isso hoje vou falar-vos do meu. 00:08:44.000 --> 00:08:46.000 Então depois de termos o Declan, 00:08:46.000 --> 00:08:48.000 nós repensámos as nossas expectativas. 00:08:48.000 --> 00:08:51.000 Pensámos que podíamos passar por tudo isto outra vez 00:08:51.000 --> 00:08:54.000 e pensámos que sabíamos que íamos enfrentar. 00:08:54.000 --> 00:08:57.000 E ficámos agradecidos que pude engravidar de novo. 00:08:57.000 --> 00:08:59.000 Fiquei a saber que íamos ter um menino. 00:08:59.000 --> 00:09:01.000 E então, quando estava de cinco meses, 00:09:01.000 --> 00:09:03.000 soubemos que tínhamos perdido o nosso bebé. 00:09:03.000 --> 00:09:06.000 Esta é na verdade a última imagem que temos dele. 00:09:07.000 --> 00:09:09.000 E é óbvio que foram tempos muito difíceis... 00:09:09.000 --> 00:09:12.000 muito dolorosos. 00:09:12.000 --> 00:09:15.000 E enquanto estava a atravessar o processo de luto, 00:09:15.000 --> 00:09:18.000 fiquei espantada porque não queria ver ninguém. 00:09:18.000 --> 00:09:21.000 Eu só queria rastejar para um buraco. 00:09:21.000 --> 00:09:23.000 E não fazia a mínima ideia de como é que 00:09:23.000 --> 00:09:26.000 eu ia voltar para a comunidade que me rodeava. 00:09:26.000 --> 00:09:29.000 Depois percebi, penso, que me estava a sentir assim, 00:09:29.000 --> 00:09:31.000 sente-se muito profundamente, 00:09:31.000 --> 00:09:34.000 o que eu sentia era muita vergonha... 00:09:34.000 --> 00:09:36.000 francamente, estava embaraçada, 00:09:36.000 --> 00:09:38.000 porque, de alguma forma, eu falhei 00:09:38.000 --> 00:09:41.000 em trazer ao mundo aquilo para que estou geneticamente desenhada para fazer. 00:09:41.000 --> 00:09:43.000 E claro, isso fez-me questionar, 00:09:43.000 --> 00:09:45.000 se eu não era capaz de ter outra criança, 00:09:45.000 --> 00:09:47.000 o que significaria isso para o meu casamento, 00:09:47.000 --> 00:09:49.000 e para mim como mulher. 00:09:49.000 --> 00:09:51.000 Por isso foi um tempo muito difícil. 00:09:51.000 --> 00:09:53.000 Enquanto tentava compreender mais isso, 00:09:53.000 --> 00:09:56.000 comecei a sair daquele buraco e a falar com outras pessoas. 00:09:56.000 --> 00:09:58.000 Fiquei muito espantada 00:09:58.000 --> 00:10:00.000 com todas as histórias que começaram a emergir. 00:10:00.000 --> 00:10:02.000 Pessoas com quem interagia diáriamente, 00:10:02.000 --> 00:10:04.000 com quem trabalhava, de quem era amiga, 00:10:04.000 --> 00:10:06.000 membros da família que conhecia há muitos anos, 00:10:06.000 --> 00:10:08.000 nunca partilharam comigo as suas histórias. 00:10:08.000 --> 00:10:11.000 E eu lembro-me da sensação de descobrir essas histórias saídas do armário. 00:10:11.000 --> 00:10:13.000 E senti como se tivesse entrado 00:10:13.000 --> 00:10:16.000 numa sociedade secreta de mulheres da qual agora fazia parte, 00:10:16.000 --> 00:10:19.000 o que era reconfortante mas também algo preocupante. 00:10:20.000 --> 00:10:22.000 E eu acho, 00:10:22.000 --> 00:10:24.000 aborto espontâneo é uma perda invisível. 00:10:24.000 --> 00:10:26.000 Não existe muito apoio da comunidade sobre isso. 00:10:26.000 --> 00:10:28.000 Não existe uma cerimónia, 00:10:28.000 --> 00:10:30.000 rituais, ou ritos. 00:10:30.000 --> 00:10:33.000 E eu penso, com uma morte, há um funeral, celebramos a vida, 00:10:33.000 --> 00:10:35.000 e há muito apoio da comunidade. 00:10:35.000 --> 00:10:37.000 E é uma coisa que as mulheres não têm quando abortam. NOTE Paragraph 00:10:37.000 --> 00:10:39.000 RG: O que é muito mal, porque claro, 00:10:39.000 --> 00:10:41.000 é uma experiência muito comum e muito traumática. 00:10:41.000 --> 00:10:44.000 15 a 20 por cento de todas as gestações acabam em aborto espontâneo. 00:10:44.000 --> 00:10:46.000 Eu acho isto impressionante. 00:10:46.000 --> 00:10:48.000 Numa pesquisa, 74 das mulheres disseram 00:10:48.000 --> 00:10:51.000 que sentiram que o aborto espontâneo foi em parte por sua culpa, o que é horrível. 00:10:51.000 --> 00:10:53.000 Ainda mais impressionante, 22 por cento 00:10:53.000 --> 00:10:55.000 disseram que esconderiam o aborto espontâneo do seu cônjuge. NOTE Paragraph 00:10:55.000 --> 00:10:57.000 Agora o tabu número quatro: 00:10:57.000 --> 00:11:00.000 não podem dizer que a vossa média de felicidade 00:11:00.000 --> 00:11:03.000 diminuiu ao terem tido um filho. 00:11:03.000 --> 00:11:06.000 A verdade é que cada aspecto da minha vida 00:11:06.000 --> 00:11:08.000 tornou-se radicalmente melhor 00:11:08.000 --> 00:11:10.000 desde que eu participei 00:11:10.000 --> 00:11:13.000 no milagre que é o nascimento de uma criança e de uma família. 00:11:14.000 --> 00:11:17.000 Nunca me esquecerei, lembro-me perfeitamente até hoje, 00:11:17.000 --> 00:11:20.000 o nosso primeiro filho, Declan, tinha nove meses, 00:11:20.000 --> 00:11:22.000 e eu estava sentado no sofá, 00:11:22.000 --> 00:11:25.000 e estava a ler um livro espectacular do Daniel Gilbert, "Tropeçar na Felicidade." 00:11:25.000 --> 00:11:27.000 E eu já ia a cerca de dois terços da leitura, 00:11:27.000 --> 00:11:30.000 e tinha um gráfico do lado direito... 00:11:30.000 --> 00:11:32.000 na página do lado direito... 00:11:32.000 --> 00:11:34.000 que nós intitulámos aqui 00:11:34.000 --> 00:11:36.000 "O Gráfico mais Aterrorizador que é possível Imaginar 00:11:36.000 --> 00:11:38.000 para Pais de Primeira Viagem". 00:11:38.000 --> 00:11:41.000 Era constituído por quatro estudos completamente independentes. 00:11:41.000 --> 00:11:44.000 Basicamente, está aqui esta queda brutal 00:11:44.000 --> 00:11:46.000 da satisfação marital, 00:11:46.000 --> 00:11:49.000 que está alinhada muito, como sabemos, com uma maior felicidade 00:11:49.000 --> 00:11:51.000 que não sobe de novo 00:11:51.000 --> 00:11:54.000 até ao vosso primeiro filho entrar na universidade. 00:11:54.000 --> 00:11:57.000 Então eu estava sentado a olhar para as próximas duas décadas da minha vida, 00:11:57.000 --> 00:11:59.000 este abismo de felicidade 00:11:59.000 --> 00:12:02.000 para onde estávamos a conduzir o nosso descapotável proverbial. 00:12:02.000 --> 00:12:05.000 Ficámos desanimados. NOTE Paragraph 00:12:05.000 --> 00:12:07.000 AV: Vocês podem imaginar, volto a dizer, os primeiros meses foram difíceis, 00:12:07.000 --> 00:12:09.000 mas conseguimos ultrapassá-los, 00:12:09.000 --> 00:12:11.000 e ficámos muito chocados por ver este estudo. 00:12:11.000 --> 00:12:14.000 E nós quisemos estudá-lo mais profundamente 00:12:14.000 --> 00:12:16.000 na esperança de encontrar a luz ao fundo do túnel. NOTE Paragraph 00:12:16.000 --> 00:12:18.000 RG: E é nestas alturas que é óptimo ter um site para pais, 00:12:18.000 --> 00:12:21.000 porque nós temos esta incrível reporter 00:12:21.000 --> 00:12:24.000 que foi entrevistar os cientistas todos 00:12:24.000 --> 00:12:26.000 que conduziram estes quatro estudos. 00:12:26.000 --> 00:12:28.000 Dissemos, está aqui qualquer coisa de errado. 00:12:28.000 --> 00:12:30.000 Há alguma coisa que falta nestes estudos. 00:12:30.000 --> 00:12:33.000 Não é possível ser assim tão mau. 00:12:34.000 --> 00:12:37.000 Pois a Liz Mitchell fez um excelente trabalho sobre isto. 00:12:37.000 --> 00:12:40.000 Ela entrevistou os quatro cientistas, 00:12:40.000 --> 00:12:42.000 e também entrevistou o Daniel Gilbert. 00:12:42.000 --> 00:12:44.000 E acabámos por encontrar a luz ao fundo do túnel. 00:12:44.000 --> 00:12:46.000 Aqui está o nosso palpite 00:12:46.000 --> 00:12:49.000 sobre o que esta linha base da média de felicidade 00:12:49.000 --> 00:12:51.000 provavelmente parecerá ao longo da vida. 00:12:51.000 --> 00:12:53.000 A média de felicidade é, claro, inadequada, 00:12:53.000 --> 00:12:55.000 porque não menciona 00:12:55.000 --> 00:12:57.000 as experiências momento a momento. 00:12:57.000 --> 00:13:00.000 Então isto é o que achamos que parece 00:13:00.000 --> 00:13:02.000 quando introduzimos 00:13:02.000 --> 00:13:05.000 as experiências momento a momento. 00:13:05.000 --> 00:13:07.000 E todos nos lembramos como as crianças, 00:13:07.000 --> 00:13:10.000 a coisa mais pequena... e vemos isso nas caras dos nossos filhos... 00:13:10.000 --> 00:13:12.000 as coisas mais pequenas 00:13:12.000 --> 00:13:14.000 podem projectá-los para aquelas alturas 00:13:14.000 --> 00:13:16.000 de adoração absoluta, 00:13:16.000 --> 00:13:18.000 e depois a mais pequena das coisas 00:13:18.000 --> 00:13:20.000 pode fazê-los caír a pique nas profundezas do desespero. 00:13:20.000 --> 00:13:23.000 E é uma coisa extraordinária de observar, e lembramo-nos disso em nós mesmos. 00:13:23.000 --> 00:13:25.000 E depois, claro, quando ficamos mais velhos, 00:13:25.000 --> 00:13:27.000 é como se a idade fosse uma forma de lítio. NOTE Paragraph 00:13:27.000 --> 00:13:30.000 Quando envelhecemos, tornamo-nos mais estáveis. 00:13:30.000 --> 00:13:33.000 E parte do que acontece, acho eu, nos nossos 20 e 30 anos 00:13:33.000 --> 00:13:35.000 é que começamos a aprender os limites da nossa felicidade. 00:13:35.000 --> 00:13:37.000 Começamos a perceber que 00:13:37.000 --> 00:13:40.000 "Hey, eu podia ir àquele concerto ao vivo 00:13:40.000 --> 00:13:42.000 e ter uma experiência completamente transformadora 00:13:42.000 --> 00:13:45.000 que cobrirá o meu corpo inteiro de pele de galinha, 00:13:45.000 --> 00:13:47.000 mas é mais provável que me vá sentir claustrofóbico 00:13:47.000 --> 00:13:50.000 e nem consiga beber uma cerveja. 00:13:50.000 --> 00:13:52.000 Por isso acho que não vou. 00:13:52.000 --> 00:13:55.000 Tenho uma boa aparelhagem em casa. Por isso, não vou." 00:13:55.000 --> 00:13:58.000 Então a vossa média de felicidade sobe, 00:13:58.000 --> 00:14:00.000 mas perdem-na naqueles momentos transcendentes. NOTE Paragraph 00:14:00.000 --> 00:14:03.000 AV: Sim, e quando têm o vosso primeiro filho. 00:14:03.000 --> 00:14:05.000 Então têm mesmo de se submeter 00:14:05.000 --> 00:14:07.000 àqueles altos e baixos... 00:14:07.000 --> 00:14:10.000 os altos sendo os primeiros passos, o primeiro sorriso, 00:14:10.000 --> 00:14:12.000 o vosso filho a ler para vocês pela primeira vez... 00:14:12.000 --> 00:14:15.000 os baixos estar em nossa casa a qualquer hora das seis às sete, todas as noites. 00:14:17.000 --> 00:14:19.000 Depois percebemos que nos submetemos 00:14:19.000 --> 00:14:22.000 a perder o controle de uma forma realmente maravilhosa, 00:14:22.000 --> 00:14:24.000 o que pensamos nos dá muito significado às nossas vidas 00:14:24.000 --> 00:14:26.000 e é muito gratificante. NOTE Paragraph 00:14:26.000 --> 00:14:28.000 RG: Então de facto, 00:14:28.000 --> 00:14:30.000 nós negociamos a média de felicidade. 00:14:30.000 --> 00:14:32.000 Nós negociamos o sentido de segurança e protecção 00:14:32.000 --> 00:14:34.000 de certos níveis de contentamento 00:14:34.000 --> 00:14:37.000 por estes momentos transcendentes. 00:14:37.000 --> 00:14:39.000 Então onde é que isto nos deixa a nós 00:14:39.000 --> 00:14:41.000 numa família com os nossos três rapazes 00:14:41.000 --> 00:14:43.000 no meio disto tudo? 00:14:43.000 --> 00:14:45.000 Há outro factor no nosso caso. 00:14:45.000 --> 00:14:47.000 Nós violámos ainda mais um tabu 00:14:47.000 --> 00:14:49.000 nas nossas vidas. 00:14:49.000 --> 00:14:52.000 E este tabu é um bónus. NOTE Paragraph 00:14:52.000 --> 00:14:55.000 AV: Um tabu bónus para vocês, é que nós não devíamos trabalhar juntos, 00:14:55.000 --> 00:14:57.000 especialmente com três crianças... 00:14:57.000 --> 00:14:59.000 e nós trabalhamos juntos. NOTE Paragraph 00:14:59.000 --> 00:15:02.000 RG: E tínhamos reservas sobre isto logo no início. 00:15:02.000 --> 00:15:05.000 Toda a gente sabe, não devemos de forma nenhuma trabalhar com o nosso cônjuge. 00:15:05.000 --> 00:15:08.000 Na verdade, quando começámos a juntar dinheiro para lançar o Babble, 00:15:08.000 --> 00:15:10.000 os capitalistas de risco disseram, 00:15:10.000 --> 00:15:12.000 "Nós não investimos de forma alguma 00:15:12.000 --> 00:15:14.000 em companhias compostas por maridos e mulheres, 00:15:14.000 --> 00:15:16.000 porque há uma possibilidade extra de falharem. 00:15:16.000 --> 00:15:18.000 É uma má ideia. Não façam isso." 00:15:18.000 --> 00:15:20.000 Obviamente nós avançámos. Avançámos. 00:15:20.000 --> 00:15:23.000 Juntámos o dinheiro, e estamos felizes por o termos feito, 00:15:23.000 --> 00:15:25.000 porque nesta fase das nossas vidas, 00:15:25.000 --> 00:15:28.000 o recurso incrivelmente mais escasso é o tempo. 00:15:28.000 --> 00:15:31.000 E se formos mesmo apaixonados pelo que fazemos no dia a dia - o que nós somos - 00:15:31.000 --> 00:15:33.000 e também somos apaixonados pela nossa relação, 00:15:33.000 --> 00:15:36.000 esta é a única forma que sabemos como fazer isto. 00:15:36.000 --> 00:15:38.000 Por isso a questão final que perguntamos é: 00:15:38.000 --> 00:15:41.000 podemos colectivamente moldar aquele gráfico da felicidade para cima? 00:15:41.000 --> 00:15:44.000 É óptimo que tenhamos aqueles momentos transcendentes de alegria, 00:15:44.000 --> 00:15:47.000 mas às vezes são muito rápidos. 00:15:47.000 --> 00:15:50.000 Então e se moldarmos a linha base da média de felicidade? 00:15:50.000 --> 00:15:52.000 Podemos subi-la um bocadinho? NOTE Paragraph 00:15:52.000 --> 00:15:55.000 AV: E nós sentimos que esta lacuna de felicidade, da qual falámos, 00:15:55.000 --> 00:15:57.000 é na verdade o resultado de sermos pais... 00:15:57.000 --> 00:15:59.000 e na verdade de qualquer parceria a longo termo se pensarmos... 00:15:59.000 --> 00:16:01.000 com as expectativas erradas. 00:16:01.000 --> 00:16:04.000 E se vocês tiverem as expectativas certas, e gerirem as expectativas, 00:16:04.000 --> 00:16:07.000 sentimos logo que vai ser uma experiência muito gratificante. NOTE Paragraph 00:16:07.000 --> 00:16:09.000 RG: E tudo resume-se a isso... 00:16:09.000 --> 00:16:11.000 E achamos que muitos pais 00:16:11.000 --> 00:16:13.000 quando entramos nisto... como de qualquer forma, foi o nosso caso, 00:16:13.000 --> 00:16:16.000 fazemos as nossas malas para uma viagem à Europa, e ficamos empolgados com isso. 00:16:16.000 --> 00:16:18.000 E quando saímos do avião 00:16:18.000 --> 00:16:20.000 afinal vamos caminhar pelo Nepal. 00:16:20.000 --> 00:16:23.000 E fazer caminhadas no Nepal é uma experiência extraordinária, 00:16:23.000 --> 00:16:25.000 particularmente se as nossas bagagens estão bem arrumadas 00:16:25.000 --> 00:16:27.000 e se soubermos no que nos vamos meter e estamos preparados para isso. 00:16:27.000 --> 00:16:29.000 Então o ponto de tudo isto para nós hoje 00:16:29.000 --> 00:16:32.000 é não esperar a honestidade pelo bem da honestidade, 00:16:32.000 --> 00:16:35.000 mas uma esperançar de por ser mais honesto e sincero sobre estas experiências, 00:16:35.000 --> 00:16:37.000 que nós podemos colectivamente 00:16:37.000 --> 00:16:40.000 moldar a linha base da felicidade um bocadinho para cima. NOTE Paragraph 00:16:40.000 --> 00:16:42.000 RG + AV: Obrigado. NOTE Paragraph 00:16:42.000 --> 00:16:47.000 (Aplausos)