Obrigado à Brilliant por esse episódio de SciShow. Se você quer melhorar em STEM esse ano, acesse brilliant.org/SciShow e confira o curso de Fundamentos de Geometria. Esse episódio foi filmado em 19 de janeiro de 2022. Para informação atualizada sobre a pandemia de COVID-19, veja a playlist que está na descrição. [♪ INTRODUÇÃO] Durante a pandemia de COVID-1 vimos novas variantes do vírus SARS-CoV-2, o vírus que causa a COVID-19. A Oganização Mundial de Saúde dá nome para as novas versões do vírus que consideram que podem causar mais impacto nas pessoas se espalhando mais rápido, causando doenças mais severas, ou contornando mais as defesas do corpo. A última variante nas manchetes é a Ômicron. Ela foi identificada ao final de novembro de 2021. Mas nessa pandemia, estamos aprendendo sobre os efeitos, e sobre o que essa nova variante significa para o curso geral da pandemia. Isso é o que sabemos. A Ômicron se espalha rapidamente e a ciência acha que irá superar a Delta como a variante dominante do SARS-CoV-2 no mundo. Você ou sua família podem ter sido afetados dada a rápida contaminação. A rápida propagação se deve em parte à nova versão do vírus, que é mais infecciosa e transmissível de pessoa à pessoa. Dados da Dinamarca e UK sugerem que ela irá se espalhar mais que a Delta mesmo nos domicílios onde todas as pessoas já foram vacinadas, inclusive com reforço. O estudo dinamarquês é preliminar, ainda não foi publicado ou revisado mas já foi disponibilizado como uma pré-publicação. Não há garantia de que os dados estejam corretos, pois ainda não passaram pelo processo de escrutínio científico, mas são uma forma de compartilhar rapidamente uma informação importante. Vamos falar mais hoje sobre estudos similares. Deixando isso de lado, a razão para o aumento do contágio pode ser pela facilidade de se esquivar das defesas providas pelas vacinas. Veja o estudo publicado na revista Cell, com pessoas totalmente vacinadas com as vacinas de mRNA da Moderna e da Pfizer/Biontech, ou de vetor viral da Janssen. Metade das pessoas vacinadas, mas que não tomaram o reforço, não tinham defesa imunológica contra a Ômicron. Além disso, dados prévios da África do Sul sugerem que uma contaminação anterior com uma variante diferente do vírus, dá pouca imunidade contra a Ômicron. Eles também indicaram que as pessoas podem ser contaminadas novamente. Entretanto, outros dados sugerem que a vacina da Janssen protege contra hospitalização, o que ainda precisa ser entendido. Por que? A maioria dos artigos olhou para os anticorpos neutralizantes que nosso sistema produz, devido ao vírus ou às vacinas, além de outras coisas. As vacinas podem ajudar nosso sistema a nos proteger da Ômicron de outra forma. Como as variantes anteriores, a Ômicron tem várias mutações comparadas com as versões anteriores, incluindo as que afetam a proteína spike. Isso a ajuda a infectar mais, e a evitar anticorpos que miram na spike. Também afeta outras partes do corpo, comparada com as variantes anteriores. Dados prévios de Hong Kong e UK indicam que ela se replica 70 vezes mais no nariz e vias aéreas do que a Delta, que permanece mais no pulmão. Mais partículas nesses locais provocam mais espirros e tosse, ajudando o vírus a se espalhar. Permanecer nas vias superiores também pode ser o motivo da variante causar doenças menos graves. Talvez por isso, os sintomas da Ômicron sejam um pouco diferentes: mais nariz escorrendo, dor de garganta e dores de ouvido, já que tudo congestiona aqui encima. Parece haver menos internações no mundo em relação à Delta, especialmente para pessoas vacinadas. Quando as internações ocorrem, as pessoas tendem a ficar no hospital 70% menos tempo, independente da vacinação, segundo um estudo preliminar na Califórnia. Um estudo britânico de dezembro de 2021 indicou que o risco de ser hospitalizado, devido a uma infecção pela Ômicron, foi cerca de um terço do risco da Delta. Foi um estudo muito pequeno, estatisticamente ainda é muito pouco. Porém, o número de hospitalizações está aumentando, e rapidamente. Ainda haverá pessoas que ficarão muito doentes, mesmo que a variante seja mais leve. Se o número de casos está alto, muita gente precisará de ajuda médica, e poderá desenvolver sintomas de longo prazo, uma COVID estendida. Muitos se questionam agora sobre o significado da Ômicron para o futuro da pandemia. Uma das grandes questões é como o vírus irá evoluir. Se continuaremos vendo novas variantes, porém variantes menos perigosas. Pesquisadores alertam que enquanto o vírus se espalhar sem controle pelo mundo, haverá oportunidades para novas mutações que podem se tornar novas variantes. Reduzir a transmissão é mais importante do que nunca. Felizmente, não voltamos à estaca zero. Sabemos mais do que esse vírus do que sabíamos no início de 2020. Sabemos que medidas não farmacológicas como distanciamento social, limitar o número de pessoas em espaços fechados, políticas de testes e rastreamento continuarão a ser importantes. Algumas pessoas previram que a COVID-19 se tornará uma doença endêmica. Ou seja, aquela que está sempre presente, causando infecções em algum grau. No entanto, outros especialistas não consideram que isso seja bom. A gripe sazonal é um exemplo de uma doença endêmica que ainda tem um número significativo de mortes a cada ano. Endemismo não é imunidade de rebanho, da qual você deve ter ouvido falar. Quando boa parte das pessoas tem imunidade e a doença só pode se espalhar em determinadas subpopulações que não estão imunes. Isso é algo com que os especialistas nunca contaram, apesar de se falar muito. Já que o vírus é muito bom em mutar contras as defesas das vacinas, ou contra infecções anteriores, para escapar completamente. É diferente do sarampo, para o qual a vacina é eficaz em prevenir a doença na maioria das pessoas. A vacinação ainda será uma ferramenta valiosa. Expandir a vacinação no mundo dará ao vírus menos oportunidades para se transformar em novas variantes, enquanto as infecções diminuem. Além disso, alguns cientistas estão usando dados de variantes anteriores para construir modelos preditivos do que pode acontecer no futuro. Um estudo recente indicou como as mutações ajudaram um determinado vírus a se espalhar no passado. Os cientistas analisaram que fatores da mutação o ajudaram a se espalhar, e desenvolveram um modelo computacional que eles criaram para prever que mutações se espalhariam com quatro meses de antecedência. Agora, esperam usar o modelo como ponto de partida para nos ajudar a preparar e identificar novas variantes. Quando se trata da Ômicron, não estamos revivendo março de 2020. Mas há muitas incógnitas e esse vírus ainda é muito perigoso. Portanto, fiquem todos seguros. 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