(em espanhol) Digo para todo mundo: olhe para o mar e, depois, olhe de novo para as pessoas. Porque, sem recursos, não há vida. Quando eu era criança, eu caminhava pela praia e podia ver tantos peixes ao longo da beira do mar, da praia... Lentamente, começou a pesca comercial. Essa foi a pior coisa que poderíamos ter feito. Hoje, poderíamos ficar o dia inteiro pescando e, com sorte, pegar um atum. Precisamos voltar para aquela mentalidade. Por favor, pegue o que você precisa, não o que você quer. Um bom pescador não é aquele que pesca tudo que vê, mas sim, aquele que cuida do oceano. De fato, há mais lagostas a cada ano. Quando você percebe que esse sistema te mantém vivo, você passa a nutri-lo. Hoje, em Cabo Pulmo, não trabalhamos mais com a pesca comercial. Nós trabalhamos com ecoturismo. Todos são beneficiados com esse recife. Ele já se recuperou. Não em 100%, mas sim, em 500%. Os benefícios daquela área de conservação são múltiplos. Aquele peixe vale mais vivo. As próximas gerações verão isso, quando não estivermos mais aqui. Somos sentinelas, vigiando e tomando conta disso. Para que continuemos assim no futuro, e pela nova geração, temos que ter certeza de ajudar a preservar o meio ambiente. Adoraria envelhecer e dizer para as crianças: "Nós fizemos tudo isso. Vejam esse paraíso. Somos um exemplo para o mundo. E conseguimos porque somos nós mesmos." Desde 2008, Pristine Seas trabalhou com estas e outras comunidades para criar 23 reservas marinhas, cobrindo 6,5 milhões de km² de oceano. Na próxima década, estamos comprometidos a ajudar comunidades, do mundo inteiro a estabelecer áreas marinhas protegidas que irão beneficiar todo o mundo.