Transcrito do Ing. para o Port.
por axies (Manuel Seixo)
[ O SOM DE AMBULANCIAS,
CAOS E CONFUSÃO]
Senhor Presidente, Senhores ministros
Estou hoje farta
de ouvir como
se tornou banal
o meu ministério.
Porque razão ter os agentes?
A secção dupla-O?
Não acham isso estranho?
Bem, penso que veja um mundo
diferente do vosso.
E a verdade é que aquilo
que vejo dá-me rceio.
Tenho medo porque já não conhecemos
os nossos inimimigos.
Não existem num mapa.
Não se trata de nações.
Trata-se de individuos.
Olhem ao vosso redor.
Quem receiam vocês?
Conseguem ver um rosto?
Um uniforme? Uma bandeira? Não.
Hoje o nosso mundo não
é mais transparente.
É mais obscuro.
Na obscuridão.
É aí que temos
que lutar.
Assim, antes de nos cosiderarem
como banais,
vocês sentem-se safos?
Tenho mais uma
coisa a dizer-vos.
O meu falecido marido
amava a poesia.
E, ora...
creio que memorizei um tanto,
mesmo que não fosse essa a intenção.
E aqui hoje lembro-me disto,
penso derivar de Tennessee:
'' Hoje não possuimos
aquela força,
''Que tempos atrás
fazia abalar a terra e os céus;
''Aquilo que nós somos, nós somos;
''Uma tal rigeza
de corações nobres,
''Tornando-se debeis com o tempo
e o destino, mas forte de vontade
'' Para lutar, tentar descobrir,
''Trovar e não se render nunca.''