Você sabia que toda vez que
um músico pega um instrumento
seus cérebros acendem
como fogos de artifício?
Por fora ele pode até parecer
calmo e concentrado
enquanto lê a partitura
e faz os movimentos necessários
Mas dentro do seu cérebro
tudo está em festa!
Como sabemos disso?
Bem, nas últimas descobertas,
os neurocientistas
fizeram enormes progressos
para entender como
o nosso cérebro funciona,
monitorando o cérebro em tempo real
com instrumentos
como a IRM Funcional e scanner PET.
Com as pessoas conectadas
a essas máquinas
tarefas como ler ou resolver
problemas de matemática
têm áreas corespondentes no cérebro,
onde se pode observar a atividade.
Quando os participantes ouviram música,
eles viram fogos de artifício:
múltiplas áreas do cérebro acenderam
de uma só vez enquanto processavam o som
separando os elementos
como melodia e ritmo, para entendê-los,
e então juntando-os de novo
numa experiência unificada
de ouvir música.
Tudo é feito entre o segundo em que
começarmos a ouvir a música
e começar a marcar o rítmo com os pés.
Quando os cientistas trocaram observar
o cérebro de quem ouve música
por analisar o de um músico que a executa,
houve um festival de fogos de artifício.
Se ouvir música faz o cérebro
executar tarefas interessantes,
tocar música é equivalente
a fazer ginástica com o corpo inteiro.
Os neurocientistas viram que
muitas áreas do cérebro se acendem
simultâneamente processando
várias ainformações,
de forma complexa, cheia de
relações em sequências rápidas.
Mas o que acontece ao se tocar música
que acende o cérebro de tal forma?
As pesquisas ainda são muito recentes,
mas os neurocientistas têm uma boa ideia.
Tocar um instrumento envolve praticamente
todas as áreas do cérebro de uma só vez.
Principalmente as áreas
visual, auditiva e motora.
E como todo exercício, a prática
disciplinada e estruturada de tocar
faz que essas funções
do cérebro fiquem mais fortes
permitindo-nos aplicar essa força
em outras atividades.
A diferença mais óbvia
entre ouvir e tocar música
é que tocar envolve habilidades
de movimento muito delicadas
e essas habilidades são controladas
pelos dois lados do cérebro.
Essa atividade também combina
a área da línguagem e cálculos matemáticos
controlados pelo lado esquerdo.
com os conteúdos novos e criativos,
domínio do lado direito.
Por isso, descobriu-se que tocar música
aumenta o tamanho e a atividade
do corpo caloso no cérebro
a ponte que liga os dois hemisférios
e permite à informações circularem
rapidamente e em rotas mais diversificadas
e pode ajudar os músicos
a solucionar problemas
de forma mais efetiva e criativa,
tanto na área acadêmica quanto social.
Porque fazer música exige criar e entender
seu conteúdo emocional e a mensagem,
os músicos também tem níveis
mais altos de "função executiva",
uma categoria de tarefas interligadas
que envolvem planejamento,
estratégia e atenção a detalhes
e que requerem análise simultânea
dos aspectos cognitivos e emocionais.
Essa habilidade também tem tem impacto
em como funciona
nosso sistema de memorização.
De fato, músicos mostram
memória melhorada.
Eles criam, mantêm e acessam memória
de forma mais rápida e eficiente.
Estudos demonstram
que músicos parecem usar
seus cérebros altamente conectados
para colocar várias
"etiquetas" em cada memória.
Uma etiqueta conceitual, outra emocional,
uma auditiva e outra contextual,
como se fosse um bom
mecanismo de busca na internet.
Como saber que esses benefícios
se aplicam somente à música
e não aos esportes ou à pintura?
As pessoas que gostam de música
são naturalmente mais inteligentes?
Neurocientistas exploraram
essas questões
e até agora perceberam que
os aspectos artísticos e estéticos
envolvidos em aprender a tocar
um instrumento musical
são diferentes de todas outras atividades
de estudo, mesmo as outras artes.
Em diversos estudos aleatórios
com pessoas que tinham o mesmo nível
de cognição e processamento neural,
as pessoas que foram expostas a
um período de aprendizado de música
mostraram melhoras em várias áreas
do cérebro, quando comparadas com outras.
Essa pesquisa recente sobre
os benefícios mentais de se tocar música
melhorou nosso entendimento
sobre as funções mentais
revelando os ritmos internos
e as complexas interações
que fazem a incrível
orquestra do nosso cérebro.