Priyanka Chopra Jonas:
Os jovens estão a pedir para agirmos já.
Uma dessas pessoas é Miao Wang,
uma jovem campeã das Nações Unidas,
que lidera Better Blue,
uma organização de conservação do oceano.
Ela tem uma mensagem para todos nós,
da sua casa na China.
Miao Wang: As pessoas perguntam porque
os jovens estão a pedir urgentes mudanças.
Estamos a pedir uma mudança,
porque sabemos que é possível.
Eu vi pessoalmente os benefícios
de cientistas a restaurar recifes de coral
e a recuperar a vida dos recifes.
Imaginem um mundo onde o ar é puro;
onde todos têm acesso a energia limpa
para cozinhar, viver e aprender;
onde os mais vulneráveis são cuidados;
onde as nossas cidades são protegidas
da subida do nível do mar
e onde as florestas
são protegidas e reflorestadas.
Por isso, juntamente com a minha geração,
estou a pedir aos líderes
para agirem com rapidez e urgência
para criarem um futuro
mais justo e mais saudável
para todas as pessoas
e para o nosso planeta.
Obrigada.
Chris Hemsworth: Durante
a primeira sessão há umas horas,
o Secretário Geral da ONU,
mencionou uma iniciativa
chamada a Corrida para o Zero.
Quero voltar a isso por instantes
porque é a corrida crucial
para a Humanidade
e requer que os governos,
as cidades, as empresas
e todos nós trabalhemos em conjunto.
Para nos contar mais coisas
vou trazer o Secretário de Estado
do Reino Unido, Alok Sharma,
para uma estratégia de empresas,
de energia e de indústria.
Ele também é presidente
da Conferência do Clima, COP26,
das Nações Unidas,
que se realizará em Glasgow
no próximo ano.
Alok Sharma: Enquanto recuperamos
do impacto da pandemia de coronavírus,
o mundo tem a oportunidade
de construir um futuro
mais saudável e mais resiliente,
para criar uma sociedade
mais justa e mais próspera
e para reduzir o risco
de choques futuros.
Muitas organizações e instituições
já começaram a agir.
Fizeram compromissos específicos
baseados na ciência
para um mundo com zero emissões.
Desde o final de Setembro,
mais de 1100 grandes empresas
comprometeram-se a zero emissões
até 2050, o mais tardar,
atingindo 100% de energias renováveis,
mudando as suas frotas
para veículos eléctricos,
tornando os seus edifícios
mais eficientes em energia
e trabalhando com fornecedores
para reduzir as suas emissões.
Quarenta e cinco dos maiores
investidores do mundo
comprometeram-se em garantir
investimentos responsáveis.
452 cidades, 22 regiões,
549 universidades do mundo
juntaram-se à Corrida para Zero,
e muitos mais estão-se
a preparar para fazer o mesmo.
Mas precisamos de ir mais longe.
Até à Conferência do Clima da ONU,
COP26, em Novembro de 2021,
queremos acelerar o ritmo
de toda a economia global.
Estamos num ponto de viragem.
Não temos tempo a perder.
E vocês podem ajudar
certificando-se que a empresa
ou comunidade onde trabalham
se juntam à corrida já hoje.
PCJ: Muito obrigada, Alok.
A Corrida para Zero é uma corrida
que vamos ganhar
ou perder juntos.
Ninguém melhor que um campeão em clima
para explicar o que isso significa.
O seu título oficial de facto,
é campeão de acção de alto nível
do Reino Unido
da Conferência do Clima
do próximo ano na ONU.
Por favor, deem as boas-vindas
a Nigel Topping.
Nigel Topping: Quero dizer porque é
que esta é uma corrida que podemos ganhar.
Podemos ver os caminhos
para zero em todos os sectores,
do cimento e aço
aos transportes e aviação.
Sim, há problemas técnicos para resolver,
mas são conhecidos, bem definidos.
É por isso que há engenheiros.
Nós temos líderes corajosos
em todos os sectores da economia
que se comprometeram a transformar
toda a sua cadeia de valores
para ganhar uma corrida pessoal
para o zero.
2050 é a meta para LafargeHolcim,
a maior companhia de cimento do mundo,
e para os transportes Maersk.
2040 é a meta para a Amazon,
e 2039, para o inventor
do primeiro motor automóvel
de combustão interna, a Mercedes.
E 2030 para a Apple
e para a Natura, a companhia
brasileira de cosméticos.
Se estas empresas conseguirem,
os seus concorrentes também conseguirão.
E conhecemos qual a forma
de transformação industrial:
todas as transações
— dos cavalos aos carros,
das válvulas aos transístores,
dos filmes analógicos aos digitais,
e agora dos motores de combustão
aos veículos eléctricos —
demoram muito tempo a arrancar
e depois tornam-se exponenciais,
antes de estabilizarem
na adopção total do mercado.
Vemos aumentar
este crescimento exponencial
sector após sector
enquanto os volumes aumentam
e os custos diminuem.
Não prestem atenção a ninguém que diga:
"Mas só tem 4% do mercado"
A questão chave é esta:
quão depressa esse número
duplicou de 2% para 4%?
Essa duplicação é o que permanece
constante num crescimento exponencial.
Se forem dois anos, então é essa a chave
e a quota de mercado irá duplicar
para 8, 16, 32, 64
e a transição terminará dentro de 10 anos.
Sabemos como ganhar a Corrida para Zero,
mas apenas iremos conseguir
se muitos mais de vocês aderirem
— cada empresa, cada investidor,
cada cidade, cada região e cada país,
cada escola, cada universidade,
cada clube de desporto e cada cidadão.
Podemos contar com vocês?
CH: Claro que podes, Nigel,
Falo por mim, meu amigo.