Passagem Secreta Apresenta
Sonic CD
♪ Ten, ten!
♪ Y' can go again!
♪ Nine, nine!
♪ Don't fall behind!
♪ Eight, eight!
♪ Say, don't be late!
♪ Seven, seven!
♪ Destination heaven!
♪ Six, five!
♪ So, stay alive!
♪ Four, three!
♪ Now it's you and me!
♪ Two, one!
♪ We're gonna have fun
♪ Say, blast off!
♪ It's Sonic Boom!
♪ Toot, toot, Sonic Warrior!
♪ Toot, toot, Sonic Warrior!
♪ The power is in your mind,
♪ to shake the planets and conquer time
♪ Yay!
♪ Toot, toot, Sonic Warrior
♪ Always takes a chance
♪ Toot, toot, Sonic Warrior
♪ Never says he can't
♪ Nothing can survive the will to stay alive
♪ 'cause if your try, you can do anything!
Sonic CD Video Review
>>Rafael Fernandes: O ano era 1991, há vinte anos atrás.
Sonic the Hedgehog, lançado no dia 21 de junho,
tornou-se um enorme sucesso de público e crítica.
A decisão de Tom Kalinske de vender o jogo junto com o Mega Drive também provou ser muito importante
para retirar a Nintendo da liderança suprema do mercado, que já possuía há muitos anos.
Tudo isso aconteceu graças ao carisma do personagem criado por Naoto Oshima e pela programação impecável de Yuji Naka,
responsável por um dos jogos mais rápidos e fluidos até aquele momento.
No entanto, Naka se sentiu injustiçado por não receber da Sega o devido crédito que achava que merecia pelo sucesso do jogo,
e após não conseguir um acordo com a direção da empresa,
decidiu pedir demissão e correr atrás de outro trabalho.
Ao mesmo tempo, a divisão americana da Sega estava inaugurando o Sega Technical Institute,
que contrataria artistas e programadores inexperientes para ensiná-los e, assim,
desenvolver novos jogos por conta própria.
Um dos diretores de Sonic the Hedgehog, Hirokazu Yasuhara,
foi convidado para os Estados Unidos para instruir os novos funcionários e assim que soube da demissão de Yuji Naka,
o convidou para trabalhar com ele oferecendo maior poder executivo,
um salário decente e também uma Ferrari, da qual o programador era aficionado.
A tentação era grande demais, e Naka logo se viu trabalhando nos Estados Unidos e,
consequentemente, produzindo Sonic the Hedgehog 2,
lançado para o Mega Drive em novembro de 1992 e tornando-se um enorme sucesso,
com mais de 6 milhões de unidades vendidas.
Ao mesmo tempo, Naoto Oshima ficou no Japão com a difícil tarefa de comandar o que restou do Sonic Team original
para a produção de um jogo do ouriço para o Sega CD.
O projeto, que teve o nome inicial de CD Sonic,
incorporou várias ideias descartadas pelos americanos durante o desenvolvimento de Sonic 2,
e trouxe também algumas inovações próprias…
Assim, em setembro de 1993,
quase um ano após o segundo jogo de Mega, Sonic CD foi lançado,
sendo uma continuação paralela do primeiro Sonic adicionando outras mecânicas de jogo e uma nova história.
No último mês de cada ano, um lugar chamado Little Planet surge,
aonde Sonic e Amy vão e encontram o local totalmente coberto com máquinas e metais,
o que indica que Robotnik também está por lá.
Assim, o ouriço tem a missão de recuperar todas as pedras temporais,
o que seriam equivalentes as esmeraldas que a gente conhece bem,
destruir todas as instalações do vilão, e resgatar a Amy,
que foi sequestrada por uma versão mecânica do herói, chamada aqui de Metal Sonic.
Sonic CD traz uma novidade com as múltiplas versões de cada fase.
Em partes específicas do mapa, alguns postes estão instalados indicando o passado ou o futuro.
Após passar por um deles, Sonic precisa correr em alta velocidade por pelo menos uns dois segundos,
para assim ser teletransportado para o outro espaço temporal.
A fase muda de aparência e layout, introduzindo novos obstáculos e inimigos,
que variam de acordo com o tempo onde o jogador se encontra.
Cada fase no presente possui uma variação para o passado e duas para o futuro,
sendo um bom e outro ruim, e o que define isso é se o jogador consegue destruir esses geradores que estão no passado do mapa.
Traduzindo para quem não entendeu, a missão é ir para o passado da fase,
procurar o gerador e destruí-lo, e terminar a fase.
Caso o jogador consiga destruir o gerador das duas primeiras fases da zona inteira, a terceira,
que é uma batalha contra o chefão, será no futuro bom, que não afeta diretamente no confronto com o Robotnik,
mas altera de forma interessante o design da fase e dos chefes, como nessa versão meio GLS do vilão.
>>Dan Forden: Toasty!
>>Rafael Fernandes: O melhor final do Sonic CD então pode ser conseguido de duas formas:
uma é seguindo esse esquema que eu expliquei, e a outra é no modo tradicional,
através do Special Stage, que consiste em destruir todos os objetos que voam nesse plano em 3D.
Vale lembrar que ambas as tarefas são bem difíceis,
tornando o jogo como um dos mais desafiadores da série.
Os gráficos tiram proveito dos efeitos especiais do hardware do Sega CD,
com efeitos de rotação e escala, paralax,
e cenários bem detalhados e coloridos do que qualquer outro jogo do Sonic para o Mega Drive.
Infelizmente, em alguns momentos, as fases possuem detalhes até demais,
causando uma certa poluição visual e desorientação, o que atrapalha de certa forma durante o jogo.
Isso sem falar da câmera lenta, que ocorre em diversos momentos do game e que é inadmissível num jogo do Sonic,
já que, além de quebrar o ritmo, acaba por confundir mais ainda a navegação durante a fase.
Falando nelas, outro problema se refere aos temas utilizados para retratar o universo de Little Planet no jogo.
Há um certo exagero em retratar as fases com um certo aspecto metálico,
o que se torna bastante repetitivo nas últimas fases, com excesso de sobriedade e poucas variações no design.
Ainda assim, Sonic CD é um dos jogos mais bonitos do Sega CD, mas,
se você pensar bem, isso também não quer dizer grande coisa, infelizmente.
A trilha sonora é uma das melhores da série, utilizando a capacidade de armazenamento do CD
para produzir músicas com arranjos de altíssima qualidade sonora e melódica.
Produzidas por Naofumi Hataya e Masafumi Ogata, as composições seguem o estilo eletrônico da época,
com direito até a uso de samples de vozes e de outras canções nas músicas do jogo.
O mais reconhecido é esse que toca durante a luta contra os chefes,
sendo uma regravação de um trecho de Work That Sucker To Death, uma música no estilo disco lançada em 1981. Confira só.
♪ Work that sucker to death, c'mon now
♪ Work that sucker to death
♪ Work that sucker to death, c'mon now
♪ Work that sucker to death
♪ Work that sucker to death, c'mon now
♪ Work that sucker to death
♪ Work that sucker to death, c'mon now
♪ Work that sucker to death
♪ Work that sucker to death, c'mon now
♪ Work that sucker to death
♪ Work that sucker to death, c'mon now
♪ Work that sucker to death
>>Rafael Fernandes: Vale lembrar que as músicas referentes à versão no passado de cada fase não são no formato Red Book do CD,
sendo geradas pelo chip de som PCM do Sega CD, de forma semelhante ao que a gente ouve no Super Nintendo.
Não se sabe por que essas composições foram produzidas nesse formato,
mas elas dão um ar digamos, mais old-school e simples, que servem para representar bem o passado de cada zona.
Mas o destaque mesmo da trilha sonora vai para o tema principal do jogo.
♪ Toot, toot, Sonic Warrior!
♪ Deep in space and time
♪ Toot, toot, Sonic Warrior!
♪ Forever in your mind
>>Rafael Fernandes: A canção You Can Do Anything, interpretada por Keiko Utoku,
é baseada na música da Green Hills Zone do Sonic 2 de Master System, que foi composta pelos mesmos caras do Sonic CD.
No geral, a trilha sonora não é tão brilhante e memorável quanto as que o Masato Nakamura compôs para os jogos de Mega (até porque essa é uma tarefa bem difícil),
mas ainda assim pode ser considerado um trabalho excelente e coerente,
já que cada fase do jogo tinha pelo menos quatro variações de um mesmo tema, um para cada época.
Porém, assim que a Sega dos Estados Unidos ouviu as músicas,
chegou à conclusão de que os americanos não iriam receber bem uma trilha inspirada em Techno,
estilo que naquela época já era bastante difundido.
Mesmo assim, a empresa deu a Spencer Nielsen a difícil tarefa de produzir uma trilha sonora totalmente nova para o jogo.
O músico, que já havia feito as músicas de outros jogos do Sega CD, como nas conversões de Batman Returns e Ecco the Dolphin,
teve apenas um mês para compor e arranjar todas as músicas, incluindo aí uma nova canção-tema.
Chamada de Sonic Boom e cantada pela banda Pastiche, a música é mais ou menos assim.
♪ Sonic Boom, Sonic Boom, Sonic Boom
(trouble keeps you runnin' faster)
♪ Sonic Boom, Sonic Boom, Sonic Boom
(save the planet from disaster)
>>Rafael Fernandes: O tema final do jogo foi substituído por uma variação dessa mesma música,
que serve para ilustrar bem a trilha sonora americana de Sonic CD: genérica, sem inspiração e pouco empolgante.
Com um estilo semelhante a rock progressivo, as faixas infelizmente não chegam aos pés da trilha sonora japonesa,
e inclusive as faixas geradas pelo chip PCM do Sega CD não foram substituídas, ou seja,
quando você vai para o tempo passado da fase, o que toca é a composição original japonesa, cuja melodia não tem nada a ver com as novas músicas americanas.
Apesar de não ser algo tão importante, só mostra como a versão americana de Sonic CD tem uma trilha sonora bem medíocre
e pouco coesa entre si própria, gerando um equívoco sem precedentes da Sega a ponto de inclusive uma revista americana chamada GameFan,
após dar nota 10 para a versão japonesa, desse nota 7 para o jogo americano apenas por causa da mudança na trilha sonora.
Não é que ela seja tão ruim a ponto de ser radical como a revista foi, mas,
comparando com as composições originais, o trabalho de Spencer Nielsen deixa muito a desejar.
Com tanta controvérsia, pelo menos uma coisa foi mantida: a jogabilidade, certo?
Bem, mais ou menos.
Sonic CD é muito mais um jogo de plataforma do que todos os outros, e na verdade,
existem poucos daqueles momentos dos jogos anteriores em que o ouriço passava em velocidade mais rápida do que a própria tela, às vezes.
As fases foram construídas de forma com que o jogador tenha que explorá-las de forma minuciosa,
caso ele queira completar o jogo no melhor final, é claro.
O ritmo de jogo não é tão rápido quanto antes,
o que pode trazer bastante decepção para aqueles que curtiram muito as continuações de Mega Drive,
e só depois resolveram voltar e pegar o Sonic CD para jogar.
Pode-se dizer que esse jogo precisa ser compreendido antes de ser jogado,
assim muita da estranheza causada na primeira impressão pode dar lugar à diversão que o game pode proporcionar.
No entanto, nem tudo é perfeito, já que existem diversas falhas de design e construção de fases,
como partes sem sentido algum, situações diferentes de jogo que não são totalmente intuitivas, bugs e trechos muito estranhos,
enfim, várias coisas que indicam que o jogo não foi bem polido ou executou mal suas ideias.
Já os controles são praticamente iguaizinhos aos do primeiro Sonic, com a adição do Spindash, inaugurado em Sonic 2,
e um outro movimento, chamado Super Peel-out, mais rápido porém vulnerável a ataques.
O grande problema é que, diferente do Sonic 2, ambos os movimentos exigem um certo tempo de carregamento,
o que é um grande problema em certas situações que exigem rápidos reflexos, como na corrida contra o Metal Sonic, perto do fim do jogo.
Mas com todas essas falhas que citei acima, o jogo pode ser considerado uma bomba?
É claro que não!
Longe de ser o melhor jogo da série, Sonic CD ainda é um jogo divertidíssimo,
sendo uma ótima alternativa para quem é fã dos jogos de Mega Drive e procura por uma experiência diferente.
Infelizmente, o game é carregado de ideias experimentais que não foram muito bem executadas,
talvez pela própria ausência do Yuji Naka na produção.
Aliás, vale lembrar que o game tem alguns segredos bem esquisitos,
como essas telas medonhas que são habilitadas após tocar algumas músicas específicas no Sound Test.
Medo.
Após a versão do Sega CD, o jogo foi convertido para o Windows 95,
de onde se baseou a versão presente na coletânea Sonic Gems,
lançada em 2005 para os consoles da época, como o PlayStation 2.
Nessa conversão, os slowdowns foram eliminados,
mas os efeitos sonoros e os sons gerais do jogo, com exceção das músicas, estão a 22 kHz, o que, para quem não entendeu,
significa que estão abaixo da qualidade do original.
Fora isso, existem rumores por aí de que o jogo será relançado em breve no Steam,
o que é mais uma oportunidade para conferir um jogo desafiante, bonito de se ver e,
como a gente sabe bem, muito melhor que vários dos jogos mais atuais do Sonic.
>>Sonic: I'm outta here!
♪ Believe in yourself
♪ Yourself, yourself! Hey!
♪ Extraordinary things can happen if you believe in yourself
Produzido por Rafael Fernandes
♪ Extraordinary things can happen if you believe in yourself
Produzido por Rafael Fernandes
Produzido por Rafael Fernandes
♪ You've got to have some faith in yourself
♪ You've got to have some faith in yourself
♪ If you want respect from your friends
Agradecimentos
Sonic Retro
♪ If you want respect from your friends
Agradecimentos
Sonic Retro
♪ When you feel tight, look at yourself!
Agradecimentos
GameTap
♪ When you feel tight, look at yourself!
Agradecimentos
GameTap
♪ Inside your heart you will find a special place to unwind
Agradecimentos
KobayashiBR
♪ Inside your heart you will find a special place to unwind
Agradecimentos
KobayashiBR
Video Game Ephemera
♪ Inside your heart you will find a special place to unwind
Agradecimentos
KobayashiBR
Video Game Ephemera
♪ When you feel right, look at yourself!
Agradecimentos
Agradecimentos
♪ Inside your mind you will see
Agradecimentos
BO
♪ Inside your mind you will see
Agradecimentos
BO
♪ Cosmic eternity
Agradecimentos
♪ Cosmic eternity
Agradecimentos
A todos que assistiram até aqui :)
♪ Cosmic eternity
Agradecimentos
A todos que assistiram até aqui :)
♪ When you feel tight, look at yourself!
♪ Inside your heart you will find a special place to unwind
♪ When you feel right, look at yourself!
♪ Inside your mind you will see
♪ Cosmic eternity
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