ANISH KAPOOR: Ceio que todos objetos
são ilusórios
Eles nunca são
o que parecem à primeira vista.
Olhamos para eles,
na maioria das vezes,
com amor, ódio, desejo, nojo,
ou o qualquer emoção.
O espectador se envolve,
sempre há interação.
Uma das coisas que acredito
ter encontrado, no meu processo,
é essa incerteza
sobre o que é o objeto.
O espaço deste objeto
fica lá dentro ou aqui fora?
Parece que está
em algum lugar aqui fora.
Por que não vemos a câmera?
Talvez não haja
outra opção aqui.
Até ali, você vê?
Ela está lá dentro [risos].
Objetos polidos já têm
um passado longo na arte,
mas eram todos convexos.
Tenho trabalhado
com a concavidade.
Ela tem um foco.
O foco amplifica
e inverte a imagem.
Quando isso acontece,
a sensação é de vertigem.
O que realmente desperta
meu interesse é essa sensação
de que o objeto
é virado ao avesso.
Nós encaramos a geometria
como algo compreensível.
É curioso que,
quando elevamos a geometria
ao grau N do conhecimento,
ela se torna incompreensível.
Outro exemplo,
que faz uma coisa parecida
de um jeito diferente.