Muitas vezes nas minhas pinturas poderá ver uma forma que se parece com uma vagina, mas após um olhar mais aprofundado, também poderá ser um pénis com bolas. Não sei se quer incluir tudo isto. O meu trabalho é uma expressão da essência da minha sensualidade. Sou um corpo que experiencia desejo, experiencia prazer. É sensual e carente e sujo e expressivo. Sou um corpo que está grávido, mas não é necessáriamente a mulher ou o corpo grávido que a sociedade me possa atribuir. Experiencio prazer e dor, que todos podem experienciar, é por essa razão que a ponho no meu trabalho. ["Loie Hollowell's Transcendent Bodies"] Nove meses depois. Tive o meu bebé em casa, Juniper. Ela tem seis meses de idade. Dei à luz durante a pandemia. Estou de volta ao estúdio. E algumas coisas mudaram no mundo. Creio que por volta dos oito ou nove anos o meu pai deu-me o meu próprio estúdio. Era um armário. Com um cavalete pequenino e uma tela em branco. Lembro-me claramente do espaço. Ter o meu próprio quarto ao lado do meu pai e da minha mãe, foi bastante transformador. Sempre me centrei na pintura e no desenho porque ele me deu aquele espaço tão cedo. A cor e a luz são personagens centrais na minha pintura.