(Portuguese/Português translation by Liliane Tambasco) Assentamento de populações deslocadas. Um refugiado é uma pessoa que, por medo de perseguição, está fora de seu país de origem e não quer ou não pode voltar para casa. Pessoas deslocadas internamente, por outro lado, são pessoas que, por diferentes motivos, foram obrigadas a deixar suas casas e vivem fora de seu país de origem mas não são legalmente consideradas como refugiados, e a maioria está dentro de seu próprio país. Os assentamentos devem ser a última opção, porque têm inconvenientes. Eles geralmente são soluções de longo prazo, e estão associados a problemas de saúde, de segurança, logísticos, geralmente problemas políticos, e afetam a comunidade local. Outras opções podem ser abrigo no próprio local ou com amigos, hotéis ou em outros edifícios disponíveis, como escolas; distribuição de alimentos e doações. As questões de seleção do local são importantes para o assentamento de pessoas deslocadas. Uma série de fatores influenciam essa escolha. Propriedade e aluguel, seguro, acesso, questões ambientais, questões transculturais e de segurança. Critérios para seleção de áreas de assentamento: disponibilidade de água, topografia, superfície da área, segurança e proteção, acessibilidade, fatores ambientais, condições do solo, fatores socioculturais. A gestão de campo é muito importante. É como gerenciar uma pequena cidade. Envolve administração, planejamento local, sistemas de triagem e recepção de pessoas que chegam, sistema de distribuição e logística, de administração e de pessoal. Componentes administrativos de assentamento: a própria administração, saúde, alimentação e nutrição, água, saneamento, serviços sociais e questões de segurança. Inclua estes aspectos no planejamento para as possibilidades de desastres que envolvam deslocamento em massa de pessoas. Administração envolve coordenação e funções internas, coordenação externa, mídia, funcionários e pessoal de segurança. Programas de saúde incluem atendimento imediato do trauma, campanhas de vacinação, serviços de maternidade, serviços de saúde reprodutiva, vigilância e controle de doenças, informações e gestão sanitária, e cuidados com as crianças. Programas de água incluem: tratamento e distribuição da água, sistemas hidráulicos, incluindo reparo, instalação e promoção. Programas de saneamento incluem: instalação de latrinas, limpeza dos resíduos sólidos, drenagem de águas paradas e controle de vetores. Operações de abrigo incluem abrigos temporários, reabilitação de abrigos danificados, abastecimento de água nas casas, equipamentos de cozinha, roupas e cobertores, e higiene. Operações de alimentação e nutrição incluem a disponibilidade de alimentos em geral e segurança alimentar, atenção especial aos grupos vulneráveis, especialmente os mais vulneráveis à desnutrição grave, alimentação suplementar e terapêutica especialmente para grupos vulneráveis, vigilância, e segurança alimentar. Operações de logística incluem armazenagem, gestão da cadeia de fornecimento e transporte. Serviços sociais incluem educação, aconselhamento de trauma, cuidados infantis e serviços de apoio especialmente para órfãos e outras crianças vulneráveis, apoio religioso, esporte e recreação. Questões de segurança incluem, questões sobre o campo estar aberto ou fechado, segurança perimetral, segurança interna, iluminação, identificação da equipe/residente, regras do acampamento, áreas de acesso proibido. Estes são problemas comuns de locais e abrigos. Dez problemas em geral afetam a gestão de emergência de locais, acampamentos e abrigos. Primeiro: falta de recursos para gerenciar o local e o abrigo. Segundo: conflitos sobre a localização, as prioridades e o projeto. Três: a exposição a chuva, sol, vento e poeira, enquanto se espera os recursos materiais, Quatro: a más condições do local. Cinco: soluções de curto prazo para problemas de longo prazo. Seis: trabalho constante no local. Sete: diferentes tipos de abrigo e estratégias em um mesmo local. Oito: superlotação, que pode promover a propagação de doenças. Nove: estupro e violência sexual e de gênero. Dez: incapacidade de construir ou ocupar os abrigos de emergência.