1 00:00:00,919 --> 00:00:03,896 (Portuguese translation by Liliane Tambasco and Andre Scholze) Nesta sessão, nós seremos introduzidos a redução do risco de desastres como o ponto principal no preparo 2 00:00:04,311 --> 00:00:11,000 para emergências de saúde pública. 3 00:00:11,000 --> 00:00:15,869 Recordem, o risco de desastres é definido pelo perigo multiplicado pela vulnerabilidade dividido pela capacidade. 4 00:00:15,869 --> 00:00:31,829 Vulnerabilidade a Desastres Naturais. 5 00:00:31,829 --> 00:00:35,045 95% das mortes por desastres naturais ocorrem entre 66% dos países mais pobres. 6 00:00:35,045 --> 00:00:45,099 De 1965 a 1992, mais de 90% de todas as vítimas de desastres viviam na Ásia e na África. 7 00:00:45,099 --> 00:01:04,081 Completando o Ciclo de Gestão de Desastres. 8 00:01:04,081 --> 00:01:08,013 O ciclo inclui preparação, resposta, recuperação e atenuação. 9 00:01:08,013 --> 00:01:17,008 Há uma abordagem evolutiva de resposta e auxílio até a redução de riscos. 10 00:01:17,008 --> 00:01:28,067 Então o que é a Redução de Risco de Desastres? 11 00:01:28,067 --> 00:01:34,031 É a estrutura conceitual de elementos com possibilidades de minimizar as vulnerabilidades 12 00:01:34,031 --> 00:01:40,025 e os riscos de desastres para evitar, (ou seja, prevenir) ou limitar, (atenuar e preparar para) os impactos adversos 13 00:01:40,025 --> 00:01:48,036 dos perigos no contexto amplo do desenvolvimento sustentável. 14 00:01:48,036 --> 00:01:56,084 Gestão de risco inclui atenuação, preparação, resposta e recuperação. 15 00:01:56,084 --> 00:02:04,054 Redução de risco, por outro lado, inclui atenuação e preparação. 16 00:02:04,054 --> 00:02:10,078 A Redução de risco é mais eficiente, mais eficaz em termos de custos e mais humana. 17 00:02:10,078 --> 00:02:18,006 Este é o ciclo de redução de risco. 18 00:02:18,006 --> 00:02:22,349 Da análise de perigo e da vulnerabilidade, para a avaliação de riscos e para a redução de riscos, 19 00:02:22,349 --> 00:02:31,084 que inclui a atenuação de perigo e redução de vulnerabilidade, e que resulta 20 00:02:31,084 --> 00:02:39,023 no desenvolvimento sustentável e na repetição do ciclo. 21 00:02:39,023 --> 00:02:47,033 A figura apresenta uma abordagem para a redução do risco. 22 00:02:47,033 --> 00:02:53,042 A abordagem de gestão integrada de emergência inclui a identificação de perigos e a avaliação de riscos 23 00:02:53,042 --> 00:03:00,042 além da análise de vulnerabilidade que leva ao estabelecimento de prioridades. 24 00:03:00,042 --> 00:03:07,379 Isto segue em direção às estratégias de atenuação e prevenção que vão reduzir o impacto das doenças. 25 00:03:07,379 --> 00:03:13,005 Esto continua se preparando para seguir se o perigo permanece. 26 00:03:13,005 --> 00:03:21,005 Isso resulta em educação preparatória, planos de contingência, resposta eficaz, e rápida recuperação. 27 00:03:21,005 --> 00:03:30,002 Tudo isto está subjacente ao retorno obtido em todas as etapas. 28 00:03:30,002 --> 00:03:37,098 A preparação é realizada com ações que resultam em pessoas que sabem o que fazer e como responder depois 29 00:03:37,098 --> 00:03:43,099 que um desastre ocorreu. 30 00:03:43,099 --> 00:03:49,819 A abordagem para programas de preparação é de longo prazo, e faz parte de um programa maior 31 00:03:49,819 --> 00:03:56,072 de redução de riscos, de aplicação global do desenvolvimento sustentável, de planejamento de todos os perigos, 32 00:03:56,072 --> 00:04:05,058 e deve ser multi-setorial, de fácil utilização e culturalmente sensível e 33 00:04:05,058 --> 00:04:10,269 específica. 34 00:04:10,269 --> 00:04:12,959 Os objetivos de preparação para emergências incluem prevenção de morbidade e mortalidade, cuidado 35 00:04:12,959 --> 00:04:21,003 com feridos, gestão de condições climáticas e de meio ambiente adversas, assegurando a restauração 36 00:04:21,003 --> 00:04:27,027 da saúde normal, o restabelecimento dos serviços de saúde, e protegendo os funcionários, 37 00:04:27,027 --> 00:04:33,005 a saúde pública e os bens medicinais. 38 00:04:33,005 --> 00:04:40,006 Mark Keim do Centro de Controle de Doenças (CDC- sigla em Inglês) propõe 11 E's de preparação de emergência, incluindo incentivos econômicos, 39 00:04:40,006 --> 00:04:48,043 epidemiologia, cumprimento de códigos, planos de emergência, armazenagem de equipamentos, educação, exercícios 40 00:04:48,043 --> 00:04:55,043 e treinamentos, alerta preventivo, evacuação, avaliação e a utilização da eletrônica (e-health). 41 00:04:55,043 --> 00:05:10,001 Gestão de riscos. 42 00:05:10,001 --> 00:05:11,091 O que é risco? 43 00:05:11,091 --> 00:05:13,024 É a probabilidade de um perigo causar danos à vida, à propriedade, ocasionando rupturas econômicas e 44 00:05:13,024 --> 00:05:19,034 ambientais, em uma determinada área e período de referência. 45 00:05:19,034 --> 00:05:25,025 O Risco é o produto do perigo e da vulnerabilidade. 46 00:05:25,025 --> 00:05:32,049 A gestão de riscos é definida como o processo de identificação, análise e quantificação 47 00:05:32,049 --> 00:05:37,032 da probabilidade de perdas, a fim de realizar ações preventivas e corretivas. 48 00:05:37,032 --> 00:05:45,389 Ela envolve principalmente dois tipos de atividades; planejar ações para reduzir a vulnerabilidade em 49 00:05:45,389 --> 00:05:50,449 áreas onde o risco pode ser controlado, e estabelecer mecanismos de proteção contra potenciais 50 00:05:50,449 --> 00:05:58,007 perdas econômicas por fatores incontroláveis de riscos naturais. 51 00:05:58,007 --> 00:06:11,011 Sobre o que é a gestão de risco de desastres? 52 00:06:11,011 --> 00:06:17,001 Gestão de risco de desastres envolve colocar em prática esforços e medidas para reduzir o risco em caso 53 00:06:17,001 --> 00:06:22,065 de acontecer um desastre. 54 00:06:22,065 --> 00:06:25,069 Envolve também compromissos relacionados a desastres, redução da vulnerabilidade, 55 00:06:25,069 --> 00:06:33,069 e melhora do alerta preventivo. 56 00:06:33,069 --> 00:06:40,055 Na medida em que pouco pode ser feito para prevenir a ocorrência da maioria dos desastres naturais, ações e atividades 57 00:06:40,055 --> 00:06:46,055 devem se concentrar em reduzir as vulnerabilidades, presentes e futuras, à perdas e danos.. 58 00:06:46,055 --> 00:06:53,088 Existem três categorias principais e inter-relacionadas em gestão de riscos: identificação de riscos, 59 00:06:53,088 --> 00:07:01,027 redução de riscos e transferência de riscos. 60 00:07:01,027 --> 00:07:06,052 Estes são relacionados principalmente a fases pré-desastre da gestão de desastres. 61 00:07:06,052 --> 00:07:15,039 A fase de pré-desastre da gestão de risco de desastres envolve quatro componentes distintos, mas interligados: 62 00:07:15,039 --> 00:07:22,039 identificação de riscos, redução / atenuação de riscos, a transferência de riscos e preparação. 63 00:07:22,039 --> 00:07:31,008 Identificação de risco é uma análise profunda das vulnerabilidades existentes,a localização, severidade 64 00:07:31,008 --> 00:07:38,046 e intensidade da ameaça. 65 00:07:38,046 --> 00:07:45,569 As seguintes atividades ajudam a identificar e compreender o risco de perigos naturais: 66 00:07:45,569 --> 00:07:50,037 coleta de dados e mapeamento de perigo, que diz respeito a frequência, a magnitude e a localização, 67 00:07:50,037 --> 00:07:57,037 a avaliação de vulnerabilidades (população e os bens expostos), e a avaliação de riscos (probabilidade de perdas esperadas). 68 00:07:57,037 --> 00:08:10,389 Redução de risco ou prevenção / atenuação são as medidas tomadas para eliminar ou reduzir 69 00:08:10,389 --> 00:08:16,091 a intensidade de um evento perigoso. 70 00:08:16,091 --> 00:08:19,053 Estas medidas tratam as vulnerabilidades existentes, através de medidas como o alerta preventivo, que incluem 71 00:08:19,053 --> 00:08:25,049 ações como a implementação e aplicação de normas de construção, medidas de proteção ambiental, 72 00:08:25,049 --> 00:08:31,099 práticas de gestão de recursos e controle de atividades da população que predispõem 73 00:08:31,099 --> 00:08:39,939 ao risco. 74 00:08:39,939 --> 00:08:47,022 Questões fundamentais a serem observadas com a gestão de riscos incluem: Mesmo quando as medidas efetivas de redução de desastres 75 00:08:47,022 --> 00:08:55,559 estão em vigor, muitas vezes irá aparecer um elemento de risco que é residual. 76 00:08:55,559 --> 00:09:02,759 A preparação é um componente importante de redução de risco de desastres que trata com riscos residuais 77 00:09:02,759 --> 00:09:10,019 e não gerenciados 78 00:09:10,019 --> 00:09:13,066 Transferência de risco são mecanismos que visam a reduzir a vulnerabilidade financeira, 79 00:09:13,066 --> 00:09:19,092 a fim de garantir que haverão fundos disponíveis quando ocorrerem perdas em um desastre. 80 00:09:19,092 --> 00:09:29,319 Mecanismos de transferência de risco são muitas vezes ineficientes do ponto de vista de custo, por isso é importante 81 00:09:29,319 --> 00:09:35,199 tomar todas as medidas necessárias para reduzir a vulnerabilidade dos ativos a serem cobertos 82 00:09:35,199 --> 00:09:39,929 antes da transferência do risco. 83 00:09:39,929 --> 00:09:48,989 Sem entrar em detalhes, os principais métodos de transferência / financiação de risco incluem 84 00:09:48,989 --> 00:09:55,023 mercado de seguros e resseguros. 85 00:09:55,023 --> 00:09:58,929 Este seguro oferece cobertura para danos e despesas que estão além do potencial 86 00:09:58,929 --> 00:10:03,061 orçamento de auto-seguro. Ele envolve o pagamento de bonificação a uma empresa de seguros. 87 00:10:03,061 --> 00:10:10,061 88 00:10:10,061 --> 00:10:11,369 E os prémios são calculados de uma maneira que propagam o risco. 89 00:10:11,369 --> 00:10:16,209 Isto ainda não é possível em muitos países em desenvolvimento. 90 00:10:16,209 --> 00:10:24,839 Métodos de transferência de risco também incluem orçamento de auto-seguro, onde uma pequena proporção 91 00:10:24,839 --> 00:10:30,041 do orçamento é alocado para ser gasto em manutenção e melhorias. 92 00:10:30,041 --> 00:10:34,959 Isso pode ser feito ao nível do governo local, a nível de agência, e mesmo a nível doméstico. 93 00:10:34,959 --> 00:10:43,529 Ele também inclui políticas de remuneração, e devem atingir as populações mais vulneráveis 94 00:10:43,529 --> 00:10:51,259 e as causas da vulnerabilidade. 95 00:10:51,259 --> 00:10:59,089 O Seguro comunidade inclui cooperativas, contas de poupança comunitarias, celeiros comunitários, 96 00:10:59,089 --> 00:11:05,389 policiamento comunitário, e conservação de recursos. 97 00:11:05,389 --> 00:11:08,079 Este é um mecanismo viável de transferência de risco em países e sociedades com recursos limitados. 98 00:11:08,079 --> 00:11:17,067 Existem também mecanismos de seguros domésticos de subsistência como poupança, segurança alimentar, 99 00:11:17,067 --> 00:11:27,529 assentamento adequado, e métodos modernos de produção. 100 00:11:27,529 --> 00:11:40,459 O Quadro de Acção de Hyogo auxilia os esforços das nações e comunidades para se tornarem 101 00:11:40,459 --> 00:11:46,319 mais resistente e lidar melhor com os perigos que enfrentam. 102 00:11:46,319 --> 00:11:51,989 Embora a responsabilidade por sua implementação cabe principalmente aos governos, 103 00:11:51,989 --> 00:11:57,549 a colaboraçao e cooperação entre todos os interventores na gestão do risco é fundamental. 104 00:11:57,549 --> 00:12:07,429 O Quadro de Acção de Hyogo compromete os governos centrais e regionais, internacionais e as ONGs 105 00:12:07,429 --> 00:12:13,259 garantindo que a redução dos riscos de desastres seja uma prioridade local e nacional, identificando, 106 00:12:13,259 --> 00:12:19,989 avaliando e monitorizando os riscos de desastres, e reforçando o sistema de alerta precoce , utilizando o conhecimento, 107 00:12:19,989 --> 00:12:26,989 a inovação e a educação para criar uma cultura de segurança e resistência a todos os níveis, reduzindo 108 00:12:26,989 --> 00:12:33,097 os fatores de risco subjacentes, e fortalecendo a preparação para desastres gerando uma resposta eficaz 109 00:12:33,097 --> 00:12:39,022 em todos os níveis (comunidade, sub concelho, distrital, regional e nacional).