(Portuguese translation by Liliane Tambasco and Andre Scholze)
Nesta sessão, nós seremos introduzidos a redução do risco de desastres como o ponto principal no preparo
para emergências de saúde pública.
Recordem, o risco de desastres é definido pelo perigo multiplicado pela vulnerabilidade dividido pela capacidade.
Vulnerabilidade a Desastres Naturais.
95% das mortes por desastres naturais ocorrem entre 66% dos países mais pobres.
De 1965 a 1992, mais de 90% de todas as vítimas de desastres viviam na Ásia e na África.
Completando o Ciclo de Gestão de Desastres.
O ciclo inclui preparação, resposta, recuperação e atenuação.
Há uma abordagem evolutiva de resposta e auxílio até a redução de riscos.
Então o que é a Redução de Risco de Desastres?
É a estrutura conceitual de elementos com possibilidades de minimizar as vulnerabilidades
e os riscos de desastres para evitar, (ou seja, prevenir) ou limitar, (atenuar e preparar para) os impactos adversos
dos perigos no contexto amplo do desenvolvimento sustentável.
Gestão de risco inclui atenuação, preparação, resposta e recuperação.
Redução de risco, por outro lado, inclui atenuação e preparação.
A Redução de risco é mais eficiente, mais eficaz em termos de custos e mais humana.
Este é o ciclo de redução de risco.
Da análise de perigo e da vulnerabilidade, para a avaliação de riscos e para a redução de riscos,
que inclui a atenuação de perigo e redução de vulnerabilidade, e que resulta
no desenvolvimento sustentável e na repetição do ciclo.
A figura apresenta uma abordagem para a redução do risco.
A abordagem de gestão integrada de emergência inclui a identificação de perigos e a avaliação de riscos
além da análise de vulnerabilidade que leva ao estabelecimento de prioridades.
Isto segue em direção às estratégias de atenuação e prevenção que vão reduzir o impacto das doenças.
Esto continua se preparando para seguir se o perigo permanece.
Isso resulta em educação preparatória, planos de contingência, resposta eficaz, e rápida recuperação.
Tudo isto está subjacente ao retorno obtido em todas as etapas.
A preparação é realizada com ações que resultam em pessoas que sabem o que fazer e como responder depois
que um desastre ocorreu.
A abordagem para programas de preparação é de longo prazo, e faz parte de um programa maior
de redução de riscos, de aplicação global do desenvolvimento sustentável, de planejamento de todos os perigos,
e deve ser multi-setorial, de fácil utilização e culturalmente sensível e
específica.
Os objetivos de preparação para emergências incluem prevenção de morbidade e mortalidade, cuidado
com feridos, gestão de condições climáticas e de meio ambiente adversas, assegurando a restauração
da saúde normal, o restabelecimento dos serviços de saúde, e protegendo os funcionários,
a saúde pública e os bens medicinais.
Mark Keim do Centro de Controle de Doenças (CDC- sigla em Inglês) propõe 11 E's de preparação de emergência, incluindo incentivos econômicos,
epidemiologia, cumprimento de códigos, planos de emergência, armazenagem de equipamentos, educação, exercícios
e treinamentos, alerta preventivo, evacuação, avaliação e a utilização da eletrônica (e-health).
Gestão de riscos.
O que é risco?
É a probabilidade de um perigo causar danos à vida, à propriedade, ocasionando rupturas econômicas e
ambientais, em uma determinada área e período de referência.
O Risco é o produto do perigo e da vulnerabilidade.
A gestão de riscos é definida como o processo de identificação, análise e quantificação
da probabilidade de perdas, a fim de realizar ações preventivas e corretivas.
Ela envolve principalmente dois tipos de atividades; planejar ações para reduzir a vulnerabilidade em
áreas onde o risco pode ser controlado, e estabelecer mecanismos de proteção contra potenciais
perdas econômicas por fatores incontroláveis de riscos naturais.
Sobre o que é a gestão de risco de desastres?
Gestão de risco de desastres envolve colocar em prática esforços e medidas para reduzir o risco em caso
de acontecer um desastre.
Envolve também compromissos relacionados a desastres, redução da vulnerabilidade,
e melhora do alerta preventivo.
Na medida em que pouco pode ser feito para prevenir a ocorrência da maioria dos desastres naturais, ações e atividades
devem se concentrar em reduzir as vulnerabilidades, presentes e futuras, à perdas e danos..
Existem três categorias principais e inter-relacionadas em gestão de riscos: identificação de riscos,
redução de riscos e transferência de riscos.
Estes são relacionados principalmente a fases pré-desastre da gestão de desastres.
A fase de pré-desastre da gestão de risco de desastres envolve quatro componentes distintos, mas interligados:
identificação de riscos, redução / atenuação de riscos, a transferência de riscos e preparação.
Identificação de risco é uma análise profunda das vulnerabilidades existentes,a localização, severidade
e intensidade da ameaça.
As seguintes atividades ajudam a identificar e compreender o risco de perigos naturais:
coleta de dados e mapeamento de perigo, que diz respeito a frequência, a magnitude e a localização,
a avaliação de vulnerabilidades (população e os bens expostos), e a avaliação de riscos (probabilidade de perdas esperadas).
Redução de risco ou prevenção / atenuação são as medidas tomadas para eliminar ou reduzir
a intensidade de um evento perigoso.
Estas medidas tratam as vulnerabilidades existentes, através de medidas como o alerta preventivo, que incluem
ações como a implementação e aplicação de normas de construção, medidas de proteção ambiental,
práticas de gestão de recursos e controle de atividades da população que predispõem
ao risco.
Questões fundamentais a serem observadas com a gestão de riscos incluem: Mesmo quando as medidas efetivas de redução de desastres
estão em vigor, muitas vezes irá aparecer um elemento de risco que é residual.
A preparação é um componente importante de redução de risco de desastres que trata com riscos residuais
e não gerenciados
Transferência de risco são mecanismos que visam a reduzir a vulnerabilidade financeira,
a fim de garantir que haverão fundos disponíveis quando ocorrerem perdas em um desastre.
Mecanismos de transferência de risco são muitas vezes ineficientes do ponto de vista de custo, por isso é importante
tomar todas as medidas necessárias para reduzir a vulnerabilidade dos ativos a serem cobertos
antes da transferência do risco.
Sem entrar em detalhes, os principais métodos de transferência / financiação de risco incluem
mercado de seguros e resseguros.
Este seguro oferece cobertura para danos e despesas que estão além do potencial
orçamento de auto-seguro. Ele envolve o pagamento de bonificação a uma empresa de seguros.
E os prémios são calculados de uma maneira que propagam o risco.
Isto ainda não é possível em muitos países em desenvolvimento.
Métodos de transferência de risco também incluem orçamento de auto-seguro, onde uma pequena proporção
do orçamento é alocado para ser gasto em manutenção e melhorias.
Isso pode ser feito ao nível do governo local, a nível de agência, e mesmo a nível doméstico.
Ele também inclui políticas de remuneração, e devem atingir as populações mais vulneráveis
e as causas da vulnerabilidade.
O Seguro comunidade inclui cooperativas, contas de poupança comunitarias, celeiros comunitários,
policiamento comunitário, e conservação de recursos.
Este é um mecanismo viável de transferência de risco em países e sociedades com recursos limitados.
Existem também mecanismos de seguros domésticos de subsistência como poupança, segurança alimentar,
assentamento adequado, e métodos modernos de produção.
O Quadro de Acção de Hyogo auxilia os esforços das nações e comunidades para se tornarem
mais resistente e lidar melhor com os perigos que enfrentam.
Embora a responsabilidade por sua implementação cabe principalmente aos governos,
a colaboraçao e cooperação entre todos os interventores na gestão do risco é fundamental.
O Quadro de Acção de Hyogo compromete os governos centrais e regionais, internacionais e as ONGs
garantindo que a redução dos riscos de desastres seja uma prioridade local e nacional, identificando,
avaliando e monitorizando os riscos de desastres, e reforçando o sistema de alerta precoce , utilizando o conhecimento,
a inovação e a educação para criar uma cultura de segurança e resistência a todos os níveis, reduzindo
os fatores de risco subjacentes, e fortalecendo a preparação para desastres gerando uma resposta eficaz
em todos os níveis (comunidade, sub concelho, distrital, regional e nacional).