Quando eu iniciei, as pessoas sempre diziam, "Cara, você usa muito som, muita música, isso não é um pouco vulgar?" E eu tipo, sim, sim! Eu gosto dessa vulgaridade. Esse é o ponto! O novo surge através desta forma poderosa de vulgaridade. Então, eu não tenho problema com vulgaridade. ["A Conversa Sem Fim" (2012)] -- Ok, então este é um ponto importante. -- Eu acho que é aquele cara ou o outro, -- um deles tem uma GoPro. --Ou apenas dizer que a foto dele pode estar um lixo total, -- Isso é bem próximo de onde você estava agora. Estou interessado também só na conversa entre ruído-- não só na música, mas ruído. Na forma como ruído sugere direção para imagens. Uma das coisas que eu aprendi desde muito cedo é que existem maneiras sonoras de lidar com o mundo, que são tão importantes quanto as demais. Como um jovem negro, criado neste país, você iria para alguma dessas baladas aonde estarão tocando vamos dizer, reggae. E ao longo de duas horas, haverá você e um grupo de pessoas, e vocês literalmente se descobrirão durante aquela música. A música autorizaria esses reconhecimentos que não são discursos. Não é sobre o que vocês falam entre si de modo geral. Mas eu também estou realmente interessado nas possibilidades de salvamento que a música oferece. ["A Conversa Sem Fim" (2012)] Meu primeiro ou segundo ano de faculdade, Eu estou sentando perto da janela, não me sentindo muito bem, ouvindo a BBC Radio 3, e, de repente, essa música vem e isso literalmente redefine o meu mundo. É de um compositor estoniano chamado Arvo Pärt. ["As Nove Musas" (2010)] A música dizia, "Você está neste espaço," " e é possível ocupá-lo de forma diferente," "e eu vou te dizer como." E eu fiz. [Risos] Ao longo de 16 minutos, uma composição musical nova mudou como eu enxergava o tempo, e, por consequência, a mim mesmo nele. Então, eu tenho um profundo investimento sonoro, que transparece no trabalho. Mas eu era parte de um grupo que enxerga a si como um, uma espécie de áudio, roupagem acústica experimental. Eu usei muita música, porque eu gostei dos conhecimentos que eles ensejaram, e eu quis que eles me dessem algo que eu possa usar para falar em uma narrativa ou histórias. O que mudou ao longo dos anos é o intervalo ou as coisas. Então, inicialmente "música consolidada." ["Mnemosyne" (2010)] E depois peças clássicas, peças de ópera. ["Tropikos" (2016)] E agora, mais e mais formas populares. ["Auto da fé" (2016)] As formas em si e o intervalo de uso varia. Mas o investimento no sonoro é tão duradouro como o investimento em imagens. Isso não vai mudar.