Olá, meu nome é Rodrigo, e hoje eu vou falar um pouco sobre pessoas com necessidades especiais. Eu escolhi esse tema, pois, quando eu tinha seis anos, eu fiquei um período de um ano e meio na cadeira de rodas. Ainda bem que tive a sorte de ter pessoas que me ajudaram e me apoiaram, mas eu também pude perceber como a vida dessas pessoas pode ser difícil. Muitas calçadas são esburacadas e isso dificulta muito a locomoção dessas pessoas. O transporte público muitas vezes não está equipado para elas. Muitos prédios ainda não têm rampas de acesso e isso dificulta muito a entrada dos cadeirantes neles. Inclusive, em uma consulta médica a que fui, eu tive que ser carregado pelas escadas pra chegar no consultório médico. Muitas pessoas param em vagas de deficiente achando que só cinco ou dez minutos do tempo delas não vai fazer diferença, mas para ela, que realmente precisa, vai fazer uma diferença, sim. Dados do IBGE mostram que, no Brasil, mais de 1 milhão de pessoas com necessidades especiais existem, mas pensem nos lugares que vocês frequentam: shoppings, escolas, no trabalho, quantas pessoas com necessidades especiais vocês encontram? Muitas vezes, nenhuma, né? Essas pessoas geralmente ficam fechadas em casa e desenvolvem outros problemas, como a depressão e problemas financeiros, pois como podem chegar ao trabalho? Essas pessoas querem ser aceitas. Adultos querem trabalhar, sentirem-se úteis. Crianças querem brincar, se divertir. Sei disso, pois, quando não podia brincar de alguma coisa, eu ficava meio triste. Então, o que podemos fazer? Agora, eu vou dar algumas dicas de como tratar essas pessoas. Seja natural com elas. Evite referir-se a elas usando termos como "inválidos" ou "deficientes". Se você for falar com um cego, toque em seu braço para ele saber que você está conversando com ele. Se você for conduzir ele pra algum lugar, peça para ele segurar em seu braço. Nunca puxe ele pela bengala ou pelo braço e, se você for embora, sempre avise para ele. Se você for conversar por mais tempo com o cadeirante, tente manter seus olhos no mesmo nível dos dele, pois é incômodo para uma pessoa ficar olhando para cima por muito tempo. Você pode usar termos como "correr" ou "andar" com ele porque é normal pra ele usar esses termos também; Nunca se apoie na cadeira dele sem permissão, pois ela é quase uma extensão do seu corpo e complementa a sua mobilidade. Na verdade, é muito mais que uma simples cadeira para ele. É incorreta a utilização do termo "surdo-mudo", pois muitos surdos sabem falar, e os que não sabem fazem a linguagem de sinais. Toque em seu braço para ele saber que você está conversando com ele, se não ele não vai saber, e sempre mantenha o seu lábio visível, pois vários deles sabem fazer leitura labial. Nunca subestime uma pessoa com alguma deficiência intelectual, pois elas são capazes de muitas coisas. Só ajude se for necessário, ou se ela pedir. Resumindo: precisamos não só melhorar a questão da mobilidade para essas pessoas como também precisamos incluí-las em nosso dia a dia. Essa foi minha apresentação. Espero que tenham gostado. (Aplausos)