Ótimo, obrigada,
é ótimo estar com educadores
que se preocupam
com cruzar
aprender com tecnologia
porque isso vai moldar o futuro
Se somos capazes de acertar nisto ou não,
determinará
se teremos um século 21 glorioso,
ou um período de riscos absolutos.
As paredes estão a ir abaixo em todo o lado e é difícil não pensar sobre isto,
estando tão perto, aqui em Berlim,
onde à 25 anos, estas paredes desabaram.
Mas não foram apenas
as paredes físicas que caíram,
foram as paredes mentais,
as paredes financeiras,
foram as paredes tecnológicas.
Todas as paredes estão a cair e é isso...
que faz disto o século mais entusiasmante
na história da humanidade.
Muda todas as nossas vidas
de maneiras surpreendentes.
E mudou certamente a minha.
Estava a viver em Paris
quando esta parede caiu.
E não imaginava que me fosse
tocar pessoalmente.
Pensava que
a sua queda
Era sobre a
Europa de Leste,
sobre a Guerra Fria,
sobre outra coisa.
Mas daí a 6 meses, eu iria,
para minha grande surpresa,
ser convidado para jantar
com o Presidente Mandela em Paris.
Ele não era presidente
nessa altura,
tinha acabado de ser
libertado da prisão.
Mas ele foi libertado
porque a Guerra Fria acabou.
E a figura definida deste período
que vivemos nas nossas vidas
é que, aquilo que acontece
noutro sítio
irá afetar-nos dramaticamente
de novas maneiras.
É esta mudança que resulta
da queda das paredes.
E é esta mudança que vai moldar
o avanço da educação
e o progresso tecnológico.
E, claro, o outro período fundamental
--neste tempo--
é a tecnologia, tecnologia,
que descolou
ao mesmo tempo que o Muro de Berlim caiu,
há 25 anos atrás.
Este crescimento exponencial na
conectividade virtual.
E agora temos um Mundo de 5 biliões
de pessoas literadas, pessoas educadas
enquanto tínhamos um Mundo
apenas à 30 anos atrás
com bem menos de um bilião de
pessoas conectadas.
Quatro biliões de pessoas mais literadas
e conectadas no Mundo,
e isto é o mecanismo da mudança,
onde as pessoas nos bairros pobres de
Mumbai, Soweto, São Paulo,
ou em apartamentos em Berlim,
vão contribuir para a mudança
de novas maneiras surpreendentes.
Eles estão a juntar-se.
Há uma libertação de génios individuais.
Se acreditam na distribuição
aleatória
de capacidades
excepcionais,
Coisa em que eu acredito.
há apenas mais pessoas lá fora,
educadas, conectadas, que dão e
aprendem ao mesmo tempo.
Mas eu também acredito num
génio colectivo,
as capacidades de pessoas
ao juntarem-se,
para formar equipas,
para aprenderem uns com os outros
através dos métodos
de que ouvimos falar
esta manhã,
e de outras maneiras.
Novas curas para o cancro
estão a ser desenvolvidas
num ciclo de 24 horas
pelo Mundo fora.
O meu laboratório em Oxford,
trabalha nisto com pessoas
de Pequim, São Francisco e Palo Alto
e em todo o lado, em tempo-real.
Já não há descanso
na inovação.
E é esse o poder
neste mecanismo,
que traz mudança.
E se acham que viram muita mudança
Preparem-se para mais
surpresas.
Este é o tempo mais lento
na história
que vão conhecer.
Tudo se vai tornar mais rápido,
o passo da mudança maior,
as surpresas mais intensas.
Vai ser sempre
difícil prever o que vem
a seguir.
A incerteza vai crescer
porque o passo da mudança
está a crescer.
Graças à queda
destas paredes,
existem mais dois biliões
de pessoas no Mundo desde 1990.
E isto é devido a ideias que viajaram,
ideias simples,
como "lavar as mãos previne
doenças contagiosas;"
e ideias complicadas como
a vacinação,
novas curas para o cancro,
e muitas outras coisas.
Mais dois biliões de pessoas estão
a juntar-se,
a maior parte delas
urbanizada,
e mesmo os que não estão
fisicamente juntos,
estão virtualmente.
Um momento muito extraordinário
na história humana,
um em que nos reunimos
como uma comunidade,
tal como éramos à 150 mil anos,
quando vivíamos em aldeias,
os nossos antepassados
na África Este,
que depois se dispersaram
pelo Mundo,
e que estão agora,
reconectados.
E é esta reconexão,
que,acredito,
nos dá potencial
Mas será que aprendemos
dela?
E será que somos capazes de pensar
em nós mesmos
de novas maneiras,
porque nos estamos a conectar
de novas maneiras?
Será que a parede está a cair
mudando
a maneira como somos
e pensamos?
Ou ainda pensamos
como individualistas
nos nossos Estados-Nação
perseguindo os nossos
próprios interesses
e os dos dos nossos países,
sem nos apercebermos que
agora,
estamos num jogo diferente?
Estamos agora num jogo
no qual temos de cooperar
no qual temos de pensar
sobre os outros,
onde as nossas acções, pela
primeira vez, se espalham de novas
e dramáticas maneiras,
e afetam pessoas
do outro lado do planeta.
Este ritmo de educação significa que
não estamos apenas a libertar-nos
a nós mesmos,
mas estamos a libertar
pessoas
de todo o tipo de hábitos antigos.
Este tipo de mudança está a levar
a todo o tipo de mudanças
rápidas nas normas sociais.
A aceitação do casamento homossexual
é uma dessas mudanças
mas irão haver muitas, muitas, muitas
outras.
Consequentemente, aquilo que pensamos
como normal hoje
vai parecer muito estranho
dentro de alguns anos:
a mudança do ritmo conduzida
pela educação,
mais doutorados a serem criados
na China agora
que na totalidade do resto
do Mundo todos os anos,
mais cientistas vivos hoje,
que todos os cientistas
que alguma vez
viveram,
mais pessoas literadas vivas
hoje
que as que alguma vez viveram
na nossa história.
Isto é o mecanismo da mudança.
Mas não é simplesmente sobre
mais e mais progresso.
Não é simplesmente sabermos
que vai melhorar cada vez
mais.
É sobre o que vai ocorrer a seguir.
Nós não sabemos
o que o futuro guarda.
Nós vivemos neste extraordinário
momento das nossas vidas
onde estamos a ver crescimento exponencial
render: vemos isso na
linha vermelha.
E vimos este mais rápido
aumento nas populações,
o aumento do desenvolvimento, ainda
mais rápido que o aumento da população,
que é a razal pela qual
as pessoas escaparam à pobreza a um ritmo
nunca antes visto na história.
Apesar da população mundial
aumentar por dois biliões nos últimos
25 anos,
o número de pessoas desesperadamente
pobres desceu por 300 milhões.
Isto nunca tinha
acontecido antes.
Este é um tempo incrível,
de longe o melhor tempo
para estar vivo.
Enquanto estamos aqui, a nossa
esperança média de vida deve aumentar
cerca de 10 horas.
É este o ritmo da mudança:
aquilo que estamos a aprender
é o que se está a passar nos laboratórios.
E é isso que me torna
incrivelmente otimista.
Esta é a idade da descoberta,
o novo Renascimento.
Este é o período da criatividade
e mudança tecnológica
que não tem sido visto
há 500 anos.
Isto é do meu laboratório de
células-tronco na escola
Oxford-Martin:
a pele do técnico
de laboratório
transformou-se numa célula
do coração.
E esta é uma das coisas extraordinárias
que estão a acontecer
que deixam alguém tão entusiasmado
sobre o futuro.
Um futuro de aumento da esperança média
de vida,
para que as crianças que nasçam hoje
em Berlim ou noutro sítio da Europa,
tenham uma esperança de vida muito acima
dos 100 anos,
sem terem de se preocupar com as coisas
com que eu me preocupo,
como Alzheimer, Parkinson ou demência.
Mas que habilidades estão elas a aprender
hoje que as ajudarão a modelar este futuro,
a prepararem-se para ele, habilidades
que ainda serão relevantes daqui a 100 anos?
São essas habilidades que vocês
têm a responsabilidade de ajudar a modelar.
Nós conseguimos imaginar este
futuro glorioso,
um tempo extraordinário na
história humana.
Mas também nos conseguimos
aperceber
que tudo pode correr muito, muito mal
se contido.
Olhei para o Renascimento à procura de
inspiração
para tentar perceber como as pessoas
interpretavam estas escolhas.
Era um período de excepcional
criatividade,
de ciência excepcional.
E pensamos hoje em figuras icónicas,
os Miguel Ângelos, os Da Vincis,
os Copérnicos,
descobrindo que a Terra girava em torno
do Sol, não o contrário,
fundamentalmente mudando o nosso
entendimento de nós no Universo
de maneiras que vão acontecer no
nosso tempo de vida.
Mudanças fundamentais que levaram
ao Humanismo,
ao Iluminismo e muitas,
muitas outras coisas,
estimuladas por tecnologias.
Depois, foi a prensa de Gutenberg.
Ideias simples viajam muito rapidamente.
Até lá apenas monges
conseguiam ler e escrever,
em Latim, nos seus mosteiros.
Menos de metade de 1% do Mundo
era literado.
Não havia nada para ler
-- e tudo era em Latim.
E então, esta invenção levou
a uma total nova maneira de pensar.
Ideias viajavam, as pessoas podiam
aprender nas suas línguas-mãe,
e tivemos o Renascimento.
Também tivemos o desenvolvimento
do nacionalismo
porque as pessoas conseguiam
identificar-se.
E claro, um massivo push-back
tecnológico.
A fogueira das vaidades,
a queima de livros,
não longe daqui e pela Europa.
A destruição de prensas,
fundamentalismo religioso,
extremismo,
guerras religiosas por 150 anos.
Se se lembram das curvas que mostrei,
da longa trajetória de crescimento
no desenvolvimento e na população,
o Renascimento não conseguiu
isto.
Foi um não-evento, não levou
a melhorias
no bem-estar das pessoas na Europa
e além.
Será que somos diferentes?
Conseguimos abraçar as nossas tecnologias
de maneiras que levam ao progresso sustentado?
Existem duas coisas que me preocupam
a respeito disto.
Primeiro, enquanto as paredes desceram
entre sociedades,
dentro das sociedades,
as paredes estão a subir em todo o lado.
Todos os países estão a experienciar
a desigualdade a subir.
Porque será isto?
É porque o ritmo do progresso
é tão rápido na fronteira
que este processo de integração
-- a que alguns chamam globalização--
levou a uma mudança tão rápida
que se não estamos na fronteira,
se não temos as habilidades, a mobilidade,
a atitude para mudar,
para nos adaptarmos, para agarrar
novas coisas, somos deixados
mais e mais longe para trás.
Se estamos no lugar errado,
com as habilidades erradas no tempo errado,
ou se somos demasiado velhos,
somos deixados mais e mais longe para trás.
E então vemos em todas as sociedades
desigualdade crescente.
Algumas pessoas foram capazes de capturar
o bom da globalização.
Elas foram capazes de dispôr
do seu dinheiro,
quer sejam uma corporação
nas Bermudas ou algures,
ou um indivíduo no Mónaco,
Litchenstein ou Luxemburgo.
Assim, os governos estão a tornar-se
cada vez menos capazes
de cobrar impostos aos seus cidadãos,
às suas corporações
e menos capazes de fundear a
educação, a saúde, infra-estruturas
e as outras coisas de que precisamos.
O segundo grande problema deste
processo de integração
é: quando as coisas se conectam,
infelizmente,
nem só coisas boas se conectam.
Raramente, coisas más fazem uma
conexão.
Então, a questão é como é que temos
este sistema complexo, denso, entrelaçado,
sem ficarmos assoberbados por ele?
Seremos capazes de gerir
as nossas interdependências
de maneiras que serão sustentáveis
e que nos beneficiarão,
ou será que elas nos vão
assoberbar?
E isto levou a que coisas
boas e pretendidas
levassem a males não pretendidos.
A nossa consequência pretendida de usar
mais antibióticos pelo Mundo
está a levar a uma resistência aos antibióticos.
Ou conforme o nosso consumo de energia
cresce pelo Mundo,
porque mais pessoas estão a escapar à pobreza,
existem mudanças climáticas negativas.
Ou conforme o nosso uso de recursos aumenta
porque mais pessoas têm menos fome,
existe uma maior carência de recursos.
E as consequências não pretendidas,
bancos que se espalham pelo Globo,
tornando-se em centros de riscos
e crise financeira.
Os aeroportos espalham epidemias, aquilo
que eu chamo o efeito-borboleta da globalização.
A propagação do risco não é uma ideia nova.
Em Inglaterra pensamos que um rato
que veio de um navio em Liverpool
pode ter morto metade da população
Britânica na Peste Negra.
A globalização precoce levou
ao risco sistémico.
Mas o que é novo é o ritmo
e escala da mudança.
A gripe suína começa na Cidade do México
e chega a 160 países
em 30 dias.
E o grupo de infecções emergentes
na escola Oxford Martin
modelou esta propagação
com tráfico aéreo,
e mostrou exatamente como funciona.
Então, os super-propagadores da
boa globalização
como JFK, Heathrow, Frankfurt,
e outros ótimos aeroportos
tornaram-se os super-propagadores da má,
neste caso, pandemias.
E na ciber- esfera, claro, vemos isto
dramaticamente,
que qualquer coisa pode estar instantaneamente
noutro lado, seja má ou boa.
Nas finanças, vemos a indicação dramática
disto,
o sistema começa a colapsar
de uma crise subprimária nos EUA
levando ao despedimento de 100 milhões
de pessoas pelo Mundo fora.
Então, aquilo que acontece noutro sítio
afeta dramaticamente pessoas
no outro lado do Mundo
da mesma maneira que a minha vida
foi modelada, mas por vezes com
consequências desastrosas.
E aquilo que o sistema financeiro também nos
ensina é o poder
em ascendência dos indivíduos.
Estas novas tecnologias dão aos indivíduos
poderes simplesmente sem precedentes.
O banco Barings tinha existido
durante 200 anos.
Tinha resistido às mais fantásticas
mudanças tecnológicas, políticas, entre outras,
e um homem novo, Nick Leeson,
como que por diversão
enquanto trabalhava na Bolsa,
conseguiu deitá-lo abaixo.
E a mesma coisa quase aconteceu na
Société Générale com Jérôme Kerviel,
JP Morgan, UBS, e muitos outros.
Vemos que estes indivíduos têm agora
poder de novas maneiras.
E claro, indivíduos podem também,
ter poder de novas maneiras.
E claro, indivíduos podem também,
de novas maneiras, desenvolver biopatogenos
usando o ADN sequenciado, que está a baixar
exponencialmente no preço,
um único indivíduo pode agora
construir algo,
usando a tecnologia como um drone
para o distribuir
e matar talvez, dezenas, senão centenas,
de milhões de pessoas.
Esta nova capacidade, este novo poder
dos indivíduos mudou
e os Estados Nação estão a tornar-se menos
e menos poderosos
relativamente ao poder dos indivíduos.
E existem sete biliões de nós,
que serão nove
nos próximos 35 anos.
Dentro do ciber-espaço, nós vemos isto
dramaticamente,
como grupos pequenos podem causar
mutilação,
roubar todos os nossos registos,
abrir as nossas contas bancárias,
eles abrirão as nossas portas da frente,
controlarão as nossas comunicações
veículo-a-veículo, etc.
Compreendendo como construímos sistemas
que nos libertam,
mas que não nos escravizam ou vulnerabilizam,
é a questão central.
Conseguimos criar sistemas interdependentes
onde estamos no controlo,
e o que é que isso significa?
E que agora o processo da educação requer
um novo entendimento
de responsabilidade.
Como estas tecnologias se impregnam
nos nossos corpos,
e em tudo o que fazemos,
torna-se mais e mais importante.
Confiança, integridade, bom-senso,
estas velhas coisas tornam-se
mais e mais importantes.
A crise financeira foi caracterizada por
um número de coisas remarcáveis.
Acima de 250,000 pessoas extremamente
bem pagas nos bancos centrais do Mundo
no IMF e outras instituições
com grandes bases de dados
não vêm o que está para acontecer.
Demasiados dados, integridade a menos.
E conforme as máquinas começam a tomar
os nossos trabalhos
-- e um dos meus grupos na escola
Oxford Martin disse que 47% dos trabalhos
nos EUA
vão ser perdidos para a inteligência
artificial nos próximos 20 anos--
as pessoas vão ver cada vez mais
a inteligência artificial como uma ameaça
não apenas às suas contas bancárias
e outros sistemas,
mas aos seus trabalhos e carreiras.
Assim sendo, como criamos sistemas
educativos que não são vulneráveis
à automação que toma os
nossos trabalhos?
E a resposta é, nós precisamos de fazer
coisas que não sejam automatizáveis.
O que é que isso significa?
Significa creatividade, destreza,
empatia, bom-senso,
e é isso que nos manterá
diferente das máquinas
por, pelo menos,
os próximos 50 anos.
Então, criar um ambiente onde máquinas
complementam as nossas abilidades,
nos ajudam, fazem muitas das coisas
que são realmente, de muitas maneiras,
inumanas de fazer,
pelo seu perigo entre outras coisas;
que nos ajudam a ser mais eficazes,
mas não nos suplantam.
Estando na Alemanha,relembram-nos sempre
que a tecnologia não simplesmente existe,
que as pessoas decidem adoptá-la.
É a atitude da sociedade.
A Alemanha baniu bases nucleares,
baniu GMOs
(produtos geneticamente alterados)
Muitos outros lugares
abraçam estas tecnologias.
É aquilo que sentimos em relação a elas
que importa.
É como sentimos que conseguimos
controlá-las, quer sintamos que estamos
no topo,
que vai moldar a maneira
como as sociedades as adoptam.
Assim sendo, na educação,
parece absolutamente vital
que as compreendamos.
As pessoas precisam de perceber
o que é a modificação genética.
As pessoas precisam de perceber
o que é sequenciar o ADN.
As pessoas precisam de perceber que estas
novas, extremamente poderosas tecnologias,
vão mudar a maneira que nós temos de ser
e as chances de avançarmos.
Existirão escolhas societais:
queremos criar super-humanos, ou não?
E se outros o fizerem,
qual é a nossa reacção a isso?
Estas serão as escolhas que enfrentaremos,
maiores ainda as das gerações futuras.
Este apertar de mãos,
esta compreensão da tecnologia,
esta literacia torna-se mais e mais
importante,
assim como a interconectividade.
Conforme nos tornarmos mais ricos,
conforme nos tornamos mais conectados,
os transbordamentos das nossas escolhas
tornar-se-ão cada vez mais fortes.
E vemos isto em muitas, muitas áreas.
Vemos--
--desculpem, quero voltar para o slide com o vídeo,
se me derem licença--
(pessoas a discutir animadamente em torno
de um grande atum em Japonês, e a aplaudir)
Este é o mercado do atum em Tóquio.
Este atum foi vendido por cerca de 1,5
milhões de euros.
Esta é a resposta do mercado à escassez
de um recurso natural.
O preço sobe, os atuns não sabem
quanto é que valem, claro.
Não se reproduzem mais
quando valem mais.
Pescadores com alta-tecnologia
pescam o que resta da população
e temos então, a extinção.
A mesma coisa aconteceu,
com rinocerontes e outros recursos.
Os recursos naturais não percebem
mercados.
Eles são-lhes irrelevantes.
Então, enquanto continuamos e temos
um sistema de mercado que determina escolha,
numa mão,
e mais e mais pessoas
com mais riquezas
estão a tirar recursos
através deste sistema,
Na outra mão, temos o
suplemento de recursos naturais,
determinado de maneiras totalmente
diferentes,
o que origina um sério problema
de extinção.
Os Governos também não lidam
com isto espertamente.
Pensando a curto-prazo,
extraem recurso,
frequentemente para o bem do seu povo,
mas colectivamente, a longo-prazo,
um desastre.
Este é o Mar de Aral.
Pesso--Países, seis países,
fazendo a coisa certa,
drenando água para dar ao seu povo.
Colectivamente, um desastre.
Os exemplos de sucesso
--e o Mediterrâneo é um..
onde cidadãos, cientistas, políticos,
movimentos sociais civis
se juntaram e salvaram isto.
E com as mudanças climáticas, claro,
temos este problema dramático.
Aquilo que está a acontecer em Paris
esta semana, é um grande sinal
do futuro do planeta.
Mas não é suficiente;
precisamos de fazer muito mais.
E precisamos de o fazer
duma maneira
que permite às pessoas
em volta do Mundo
beneficiar das coisas que temos.
Criámos 90% do problema
nos países ricos
mas 80%, já 70%
dos fluxos (reconfirma)
crescendo para 80 nos próximos
15 anos,
virão de mercados emergentes.
Então, como deixamos o resto do
Mundo climatizar a curva de energia,
enquanto asseguramos a
manuntenção do aquecimento global
abaixo de 2º graus?
Estas decisões colectivas,
cada vez mais,
vão mudar a maneira como o planeta
se move.
Quem vai fazer isto?
Estas instituições são
inaptas para o propósito.
Foram construídas numa era diferente,
com estruturas de poder diferentes.
São incapazes de alcançar
os desafios do nosso tempo,
e em algumas áreas,
como o ciber-espaço, não há
de todo uma instituição.
Pequenas mudanças,
largamente pondo
a mobília no lugar.
(risos)
Então penso em nós como nações,
como numa cabina forrada por um
grande oceano,
cada um na sua pequena cabina,
à deriva sem capitão,
no convés do Planeta Terra
De novo, parte disto é o resultado
de mudanças
positivas e extraordinárias.
Já não estamos num Mundo,
em que doze homens brancos,
a fumar,
podem sentar-se numa sala e decidir
o futuro da Terra,
como fizeram a seguir à Segunda
Guerra Mundial.
Novas balanças no poder significam
que temos de ter uma
transição no poder.
Mas estamos num tempo perigoso
em que os poderes antigos
já não lideram,
e os novos poderes não têm
sido capazes de subir a fasquia.
É um tempo de transição,
é um tempo em que as grandes
instituições,
as melhores delas como o IMF (fundo
monetário internacional),
se afirmaram
totalmente inaptas para o propósito.
Requer cidadãos, requer pensar
de novas maneiras
para superar este problema.
Pensar de uma maneira a superar
o "curto-prazismo",
seja nos negócios
seja nas nossas próprias decisões.
Precisamos de pensar longamente,
porque estamos aqui a longo-prazo
e as crianças de hoje vão estar aqui por
pelo menos um século.
Como fazemos isto e como nos apercebemos
que as nossas decisões, cada vez mais,
estão entre-ligadas
com as dos outros
é claro a
questão crítica.
Aquilo que vemos na política
é uma reversão.
As pessoas sentem que o futuro
é assustador, incerto.
Elas sentem que a abertura
e a conectividade
as torna mais vulneráveis,
e estão certas.
Então, vemos este asco político
com extremismo crescer
em todos os países, mas especialmente
na Europa e nos EUA.
As pessoas querem voltar a uma idade
que romantizam ser melhor:
proteccionismo, nacionalismo, xenofobismo.
É profundamente extraviado.
De forma a assegurar-nos
que somos capazes
de gerir este Mundo,
precisamos de estar mais conectados,
não menos.
Precisamos de assegurar que somos capazes
de juntar-nos, mas estar protegidos;
Resilientes, pensando juntos, e assegurando
que através das nossas decisões
não protegemos apenas os nossos próprios futuros
mas protegemos os dos outros
e o planeta.
Obrigada
(Aplausos)
Se conseguirmos fazer isso, podemos rockar
até uma velhice feliz.
(Moderador) Ian, (ri)
muito obrigada....
Existem muitos comentários aqui, mas
há um tema que está a emergir.
Deixem-me só dar-vos este comentário
da Anastasia Brewer (verifica), acho eu?
Está sobressaído como--
Quero destacar, mesmo,
o que David disse mesmo ao início
sobre "Não ter medo
não estar em negação"
e esta necessidade de mudança
e o que ele disse sobre
o novo "normal" vai ser muito estranho
daqui a alguns anos,
porque Jeff Kortenbosch
faz este comentário:
"Um grupo de aptidões chave devia ser
sobre adaptação a uma mudança rápida,
"para aprender, desaprender e re-aprender"
E o debate hoje vai ser
sobre as aptidões do século 21
que deviam ser ensinadas em escolas
e não são.
Agora, maior parte do trabalho na
Martin School é sobre comportamento
e sobre compreensão
de como o cérebro funciona,
a adaptabilidade e os medos da
segunda (verifica) geração
para ser capaz de se adaptar a esta mudança,
que está a acelarar-se provavelmente ainda mais rápido
do que a maior parte se apercebe.
Quão optimistas podemos ser, em relação à
nossa capacidade humana ser capaz de lidar com isto?
(Goldin) Sim, está é
a questão mais difícil.
A minha impressão é que o mundo está a mover-se
a uma velocidade revolucionária
e que nós e as nossas instituições somos
evolutivamente muito lentos na adaptação.
A minha esperança é que esta concentração
de conhecimento que está a ser solta
através da nova conectividade e literacia
nos permitirá dar um pulo.
E de facto vemos isso,
e vemos sinais disto de tantas maneiras.
Existem todos os tipos de coisas entusiasmantes,
como as coisas que ouvimos
hoje cedo,
que estão a acontecer.
A grande questão, e acho que vai ser
parcialmente uma questão resolvida
em Paris esta semana, é que podemos aprender
a cooperar nestes grandes desafios.
Somos capazes de desistir
de alguma independência e soberania
como indivíduos ou como países,
para garantir que coletivamente,
todos teremos um futuro maior?
Somos capazes de fazer a longo term--
(Moderador) Mas e o... (verifica)
e a abilidade e-- só temos cerca de
3 minutos para usar agora--
mas e a abilidade
do ser humano
para cooperar com esta enormidade, particularmente
para adaptar-se à velocidade
que a próxima geração,
através do processo educativo
estará à espera?
(Goldin) Os Humanos podem fazer qualquer coisa.
Na minha faculdade, Oxford Balliol, nós tivemos
um terço da faculdade a dar as suas vidas
na Primeira Guerra Mundial,
e cerca de 20% da faculdade a dar a
sua vida na Segunda Guerra Mundial
para defender ideais de liberdade.
As pessoas são preparadas para fazer os mais
extraordinários sacrifícios,
para mudar as suas vidas fundamentalmente,
se acreditam que
é a coisa certa a fazer.
(Moderador) E podem fazê-lo?
(Goldin) Sim, podem.
Já o fizemos antes, e podemos fazê-lo de novo:
Estou absolutamente convencido.
(Aplauso)
(Moderador) Mas de novo, estou a colher
e a tentar juntar
uma variedade de temas aqui, mas que--
como o David disse ao início.
"Não tenham medo, não estejam em negação".
Isso é alcançável, é?
Esse tipo de reversão, com esta escala de mudança,
e a transição,
a acelaração a tomar lugar?
(Goldin) Sim. Acho que uma pessoa tem de
abrir os seus olhos
antes de conseguir ver
o que se passa à sua volta.
E este ritmo de mudança é realmente
o motivo principal.
Somos capazes de apreciar
Este extraordinário momento na história,
no qual estamos?
Esta idade de descoberta, seremos capazes de
reconhecê-la pelo que é,
e aproveitar as oportunidades que vêm com ela?
(Moderador) Sim, vou parar aqui.
Receio que- como correu demasiado,
25 minutos, os 30 minutos acabaram, por isso
vou ter de o parar neste ponto.
porque algumas pessoas começaram a sair,
há café e tudo mais
e um horário apertado.
Lembrem-se, isto vai ser uma grande part do
grande debate hoje
e também, permitam-me denotar que
toda a gente aqui pode falar mais sobre isso.
E de facto, David Prince vai fazer
uma sessão de autógrafos,
"Como vamos trabalhar, viver e aprender
no futuro" à 13h05,
na sala Potsdam 3,
e "A Informação Não Quer Ser Gratuita",
o Cory vai falar sobre isso,
e sobre direitos de autor na idade digital, também,
ao meio-dia.
Então, a todos: já vos enfardámos
com uma série de numerosos conceitos.
E David, posso também dizer-te,
que um grande número de pessoas
te mandou mensagens, admirando a tua batalha
e como venceste a tua batalha no
ramo da saúde.
Posso agradecer-vos a todos,
e também por contribuírem
com alguns comentários e questões.
É a hora do café.
(Aplausos)
[Gravações desta sessão estarão
carregadas no website www.online-educa.com]