Eu estou fazendo um grampo de cabelo. Sabe, o grampo de cabelo é indispensável, e eu nunca tenho nenhum. Muito bom. Então, estamos quase prontos? Ok. "Eu não sou o que eu sou, eu sou aquilo que eu faço com as minhas mãos..." Louise Bourgeois. (piano suave tocando) Então, na escultura para Chicago, este é um mundo silencioso. Este é um mundo silencioso. Todas essas coisas vão ir ao redor do alto edfício em um jardim. E, em vez, de competir com a altura do edifício, eu fiz uma escultura que é tão discreta e tão sensível que ela não entra em conflito com o edifício. A beleza disso é que é apenas um bloco de pedra preta. Então, isso é algo interessante. Isso é algo que muitas pessoas não percebem. Eles não sabem como é bonito. Eles não precisam saber. O que me preocupa aqui é o vandalismo, sabe? Você vê como é frágil. Eu não vou lhe dar ideias agora, mas é só dar uma batida nisso que, a questão é... É um ato de fé colocar isso em um espaço ao ar livre, mas eu vou arriscar. Entrevistador: Como algumas das mãos são de crianças e outras são de adultos? O tema é autobiografia. Autobiográfico. É o desamparo de uma criança e então, aqui está a ajuda que um adulto pode dar a uma pequena criança. Um toma conta do outro. Isso tudo significa que estamos juntos e nós não somos arrogantes, nós não temos vergonha da nossa impotência. Na verdade, a impotência pode ser um charme. Embora eu duvide disso, mas posso dizer isso. Posso dizer isso. Eu duvido, mas talvez eu não duvide, eu não sei. A impotência pode ser um encanto. Você se sente bem ao ajudar alguém indefeso, mesmo que seja arrogante dizer isso. Todas elas se baseiam no mesmo assunto. E há várias razões para isso. As coisas não são preto e branco, elas são muito sutis, há varios tons de cinza. Então, a principal diferença, Antes de mais nada, o fato de serem pretos não é um acaso, é desejado. Eles foram desejados em preto. O preto é lindo. É um convite. Um convite para ser amigável. (piano suave tocando) Eu devo vir aqui? Os pulsos, você vê a beleza disso? Então, em vez de ter uma blusa, veja, você tem isso. Ah, obrigada. Ok. Portanto, é muito bonito. Certo. E isso também é crochê. É uma questão de... É uma questão de habilidade. Então, isso se encaixa exatamente no projeto de Chicago. Eu não quero falar sobre Jane Addams, porque ela é uma figura histórica, basta você abrir um livro para saber o que ela representa. A atitude dela foi muito ética e maravilhosa. Ela fornecia trabalho para as mulheres que vinham para cá. E como seus pais não estavam por perto em muitos casos, ela tornou as mulheres úteis. Ela as transformou em trabalhadoras assalariadas. Entrevistador: Sua avó não fazia rendas? Louise: Minha família fazia muitas tapeçarias, e também fazia rendas. Eu falo muito das agulhas, mas nunca me sentei em um tear, nunca. Em sua atitude feminista, minha mãe era incisiva em relação a isso. Ela disse: “Você, minha filha, nunca pegará em uma agulha. As mulheres não devem ser apenas artesãs. eles devem ter uma carreira”. Entrevistador: Qual era a ideia do seu pai? Ele achou que você se sentaria- A ideia de meu pai era que eu me casasse, fosse uma boa esposa, e deixasse-o em paz. (música de piano animada tocando) Está vendo as mãozinhas dentro, elas são as minhas mãos, como você pode ver pelo tamanho. E as mãos dele, então... Assistente: Minhas mãos estão sobre as mãos de Louise. As mãos de Louise são assim. Então é daí que ela veio. E a técnica disso é interessante, porque primeiro foi feito um molde. Temos uma cama de gesso. Em seguida, Jerry empurrou minhas mãos no gesso úmido, e depois esperamos até que o gesso estivesse seco, a parte negativa seca. Em seguida, colocamos goma-laca. Posso virá-lo, porque ele está lá. Esse é o meu (indistinto). Portanto, metade dele é coberto com goma-laca. Está seco. Nesse ponto, colocamos outro, e colocamos o gesso por cima. Agora, quando digo que o gesso original é o que eu mais gosto, veja só, está vendo aqui? Está vendo a mão aqui? E você vê todas as dobras. Você está vendo as dobras? Todas as rugas, tudo está lá. Este é o verdadeiro documento. É isso aí. Portanto, é realmente nossas mãos. Porque mostra o quanto eu me importo com tudo isso. Mostra o quanto a emoção que isso expressa é verdadeira. É uma emoção que foi vivida e que é real; Não é inventada. Nesse caso, às vezes é uma oscilação. Olhe. Eu oscilo entre ser vulnerável, como o do bebê, e, em alguns outros casos, eu sou quem guia. Assim, você passa de criança, e se torna a avó, para Alexander. Portanto, há uma grande oscilação, há uma vida inteira de experiências, de experiências tentadas. Algumas pessoas nunca crescem, mas a tentativa está lá. Entrevistador: Você percebe que os artistas sempre permanecem crianças? Loiuse: Oh, bem, eu não preciso me implicar, Quero dizer, não há necessidade. Mas talvez seja verdade que o artista, há algo neles que ou se recusa, ou não consegue crescer, é possível. (piano suave tocando) Uma obra de arte não precisa ser explicada. Se você perguntar: o que isso significa? Bem, se você não tem nenhum sentimento sobre isso, eu não posso te explicar. Se isso não tocar você, eu falhei.