(música harmoniosa) (Heidi) Às vezes sinto que a argila diz o que devo fazer e eu apenas me submeto a essa mestra tão cruel. É como se, na verdade, eu fosse o material. Alguma coisa atravessa minhas mãos, ou a mim, dirigida pela argila. Ao invés de eu esculpir a argila, é como se ela estivesse me esculpindo (Heidi ri) É uma espécie de condutor de espíritos. Meu nome é Heidi Lau, sou escultora, e trabalho primariamente com argila. (pássaros piando) [Receptáculos de Espíritos de Heidi Lau] [Cemitério Green-Wood, Brooklyn] [Heidi Lau é a primeira artista residente no cemitério de 184 anos de idade] No trabalho com argila, o toque mais leve que você faz fica assimilado ao material. Fico fazendo camadas e mais camadas continuamente. Aprendi tudo sozinha. Acho que a única técnica que eu uso é somente arranhar a argila, aplicar a porcelana líquida e depois montar a peça. Mãos são provavelmente (Heidi ri) o elemento mais antigo e presente no meu trabalho. Eu nunca esculpo uma mão realista. Todas são meio fantasmagóricas e alongadas, para significar que elas vêm de outro mundo. Isto é um esboço preliminar do meu projeto para a catacumba. Isto aqui é o arco, e a peça ficaria pendurada do céu em direção ao chão. (música tranquila) Há muitas urnas com drapeados em cima. É um símbolo para o luto, tenho tentado capturar isso. (música calma) Cresci em Macau.