Uma criança nasce como uma borboleta, emergindo da crisálida com asas largas e brilhantes, prontas para voar e nós as cortamos. A criança quer passear e brincar. Tocar e explorar. Correr, sentir e gritar com a alegria da descoberta. Nós a reprimimos, a moldamos, a limitamos e a repreendemos. A criança ainda quer passear e brincar. Tocar e explorar. Correr, sentir e gritar com a alegria da descoberta. Nós persistimos, aprisionamos, testamos e rotulamos. Mas, em nossas mentes, criamos a alma jovem e perfeita para crescer e conhecer o mundo, para ser bem-sucedida o tempo todo, porque essa é a única maneira que conhecemos. O que é uma borboleta sem asas? Ela não pode voar. O que é uma borboleta mumificada? Suas asas brilhantes e abertas, parecem vivas, mas estão mortas. Emolduradas e impressionantes, porém mortas. A criança, agora crescida, está morta por dentro. Reprimida, moldada, limitada e repreendida. Aprisionada, testada e rotulada. Mas, em nossas mentes, bem-sucedida. Ainda assim, dentro há uma criança morta. Uma criança, como uma borboleta, a qual poderia ter aberto suas asas largas e brilhantes para voar e viver como uma borboleta. Nossos alunos são nossas borboletas. Deixe-os voar. (Aplausos)