O que é que estás a pôr no teu corpo? Morte, dor, sofrimento, medo. [Narrador] Posso pedir a todos os vegans que se dirijam para aquele círculo luz? E os não vegans para aquele? Primeira declaração: O sabor é um grande fator nas minhas escolhas alimentares. Sim, para mim é muito importante. Acho que é uma das minhas fraquezas, aliás. Manteiga, o sal é a minha fraqueza. [Aubrey] Eu amo comida. (risos) Acho que a minha relação com a comida se aprofundou quando me tornei vegan. Acho que não a apreciava tanto antes de me ter tornado vegan. O meu nome é Aubrey Davis e sou vegetariana há 24 anos e vegan há 13 anos. Acredito que os seres humanos estão no topo da cadeia alimentar. Estará um humano no mesmo nível que, por exemplo, um peixe? Certo. Provavelmente é uma das maiores razões pelas quais já não sou vegan. Eu não me conseguia imaginar ao mesmo ao nível moral equivalente de um peixe. E entram questões morais como porque devemos ter um animal de estimação como um cão, em vez de comer o cão? E acho que a pergunta mais importante é: porque devo "amar o próximo" em vez de comer o próximo. O meu nome é Steven Micelski. Fui vegan durante um ano e vegetariano por dois anos. Agora, como carne há mais de cinco anos. Nem sequer consigo compreender, o que constitui uma cadeia alimentar? É só uma construção social alguém inventou e colocou um diagrama e colocou o ser humano no topo. [Aubrey] Eu não acho que a questão seja se estamos ou não no topo. Acho que a questão é o que fazes com isso. Se tens uma energia mais consciente do que um animal, o que fazes com esse poder? Escolhes tirar uma vida ou viver com amor? [Narrador] Eu tenho muito cuidado com as minhas refeições. A maneira como apoio o meu corpo e a minha saúde é extremamente importante. Eu não acho que estou no meu melhor, em termos de saúde, de produtividade, estabilidade emocional ou capacidade intelectual, a menos que tenha muitos nutrientes incorporados na minha dieta. [Louis] Há seis anos, tornei-me vegan porque fiquei doente. Comecei a perceber que a minha saúde estava diretamente ligada à minha dieta. Desde aí, os meus amigos e família têm-me apoiado até me sentir melhor e estou melhor do que estava antes de adoecer. Eu não cozinho então (riso) suponho que não penso muito no que como. Eu vivo uma vida agitada, trabalho tarde, levanto-me cedo. Então, por vezes, é mais fácil comer uma sandes processada e rápida. Quem me dera planear mais as minhas refeições. Acho que me sentiria muito melhor. Creio que, independentemente do que comes, é poderoso colocar intenção no que fazes, que seja em orações ou invocações, há um poder tão grande em presença em vez de preparar algo rápido. Mas consigo estar presente nesta refeição, demorar o tempo que precisar e mastigar devagar. Essa é a primeira coisa com que me identifico e escolho fazer. [Narrador] Eu mataria um animal. Acho que haveria imensos contextos nos quais eu mataria um animal. Por exemplo, se um leão vai matar um bebé, eu provavelmente mataria um animal. Eu mataria um animal para salvar uma vida humana. E compreendo que os vegans provavelmente não o fariam. Se eu conseguisse fazer algo para evitar matar o animal, para além de os comer. Se eu me estivesse a proteger e tivesse a opção de afastar o animal definitivamente tentaria não o matar. [Steven] Mas se for entre ti e o animal, matas o animal? Sim, mataria. [Steven] Eles vão dar a vida deles pelo peixe. Porque é que se apresentam sempre casos tão extremos para perguntar se eu mataria um animal? [Louis] Exatamente! [Aubrey] "Se estivesses nesta situação..." [Louis] Não há leões a correr no centro de LA. Quando eu estou em caminhadas há leões da montanha que aparecem e matam pessoas. Soubeste disso, certo? Isso é em Orange County. [Louis] Sim, totalmente! [Steven] Isso não é na selva em África. Isso não é uma situação do dia-a-dia para a questão "matarias um animal?". Sim, mas é em Orange County. Leões da montanha já mataram caminhantes, crianças... Deixarias a criança morrer? [Louis] Sim! Estamos a andar nas montanhas e há um leão da montanha. Eu tenho de ter em atenção o facto de eu estar no território do leão e saber que estou bem com esse risco. Porque, para ser honesto, eu não ando com uma arma. Eu não tenho maneira de defender um amigo. Não andas com um bastão de caminhar? Quer dizer... um bastão contra um leão? [Aubrey] Não acho que vás ganhar. E, mesmo que andasse com um, e, mesmo que a minha tentativa fosse bem sucedida, eu sentir-me-ia horrível por ter morto o leão da montanha. Então os teus sentimentos são a base das tuas crenças, certo? 100%. [Louis] Os seres humanos são animais? [todos] Sim. Matariam um ser humano para salvar outro? [Aubrey e Doug] Sim. [ Louis] O que faz uma pessoa mais valiosa do que outra? É a vossa relação com ela? Sim, provavelmente. Então se, por exemplo, eu crio um animal na natureza e é um animal com o qual eu criei uma relação. E esse animal ameaça a vida de um humano que eu não conheço mas conheço o animal a vida toda dele. O que torna matar esse animal justo em vez de lhe salvar a vida? Tenho uma relação há mais tempo com o animal. Porque havia de o matar para salvar a pessoa? Supostamente, é acerca do relacionamento. [Steven] Então matarias uma pessoa em vez de um animal? [Louis] Correto. Porque acredito que seres humanos são animais. Eu vejo humanos num nível diferente mas talvez tu valorizes um peixe tanto como uma pessoa. Vemos as coisas de uma maneira muito diferente. [Narrador] Comer saudável custa mais dinheiro do que devia. É mais caro comer saudável mas não acho que seja demasiado caro. O Farmer's Market é um sítio que tento frequentar mais. Mas às vezes gastas vinte dólares e não compras tanta comida. Definitivamente quero ver isso. Iria encorajar as pessoas a comerem mais saudável se pudessem comprar fruta fresca e vegetais por cinco a dez dólares. Eu acho que a nossa cultura enquanto sociedade tende para a cultura de fast-food, que é barata e acessível. Mas agora acho que temos estabelecido medicamente o que é saudável e não. E, para termos esse conteúdo e fazê-lo saber bem, é caro. [Aubrey] Vou entrar a correr, tenho tanto para dizer. Não custa mais dinheiro ser vegan, isso é um mito. Requer planeamento e, sim, é menos conveniente. Podes ir buscar um hamburger ao McDonald's? Certamente, por noventa e nove cêntimos. Mas quantas lentilhas podes comprar? O problema é o capitalismo. Isso é o que nos mantém onde estamos. Não é que os humanos são mais espertos e vão inventar uma nova tecnologia. A tecnologia existe! Está lá! Podemos alimentar tantas pessoas. É o capitalismo e agricultura pecuária. A maioria das empresas que nos vendem produtos que são comida má, não querem saber das pessoas. De todo. Ponto final. É alguém sentado numa ilha algures a acumular dinheiro por causa da fast-food. [Doug] E provavelmente comem comida mesmo saudável. [Aubrey] Eles não comem nada dessa porcaria. Se fores a certas vizinhanças, certas zonas, não vês o mesmo tipo de restaurantes de fast-food. E é tudo por um motivo. [Aubrey] Acessibilidade! Esse é um bom ponto! Porque é que não há tantas lojas de comida saudável nos bairros? Porque é que há lojas de bebidas alcoólicas em todo o lado? E é verdade, há intenções maliciosas para para destabilizar e diminuir as vibrações de certas pessoas em certas comunidades. E faz parte disso também. Então, para que estou a contribuir? Vou dizer isto: quando eu tinha onze anos, o meu pai morreu de um segundo ataque cardíaco. Ele era diabético, urinava a partir de um tubo. Eu observei-o deteriorar-se nos anos mais jovens da minha vida durante anos e anos, a tomar comprimidos e, basicamente, a morrer devagar [Aubrey] A minha mãe também morreu. por causa do que escolheu comer. Eu prefiro gastar mais dinheiro e comer algo orgânico e saudável e viver mais tempo do que tentar ir por atalhos. Estou contigo. Faz a escolha agora em vez de a fazer mais tarde. Porque com a minha mãe era a mesma coisa. Quando ela morreu, ela comia baldes de gelado. Morreu aos quarenta e nove anos. [Jay] Wow. Agora. Façam a escolha agora. [OBSERVAÇÕES FINAIS] Quanta mais informação podermos disponibilizar, coisas como esta são lindas. Isso era o que me deixava mais nervoso, era aprender mais sobre coisas novas. Não sei se vou alguma vez deixar de comer frango, vou ser honesto. Quero comer frango muito mais bem tratado. [Doug] Vocês alguma vez têm dias da batota? [Aubrey] Claro que não! Sou 100% vegan, nas linhas da frente, por razões éticas, sempre, sempre, sempre. E é por isso que, em vinte e quatro anos, nunca olhei para trás. Foi difícil tentar coisas novas, coisas das quais das quais não gostei. Encontrei imensa comida vegan que odiei. (risos) E, ao mesmo tempo, percebi que havia opções, que há sempre escolhas para fazer. Tal como disseste, podes nunca parar de comer carne completamente. Mas estás a fazer uma escolha e a pensar por ti mesmo e isso é tudo o que podes pedir às pessoas: que pensem por si mesmas. Aprecio imenso cada um de vocês. Obrigado. Sem problema! (palmas) Aprecio-vos mesmo.Obrigado por virem. Foi mesmo bom conhecer-te! Olá pessoal! Sou o Amari e eu sou o Jason. E Amari, tenho uma pergunta para ti. O que gostas acerca do "Middle Ground"? O que eu gosto acerca do "Middle Ground" é ver as pessoas juntarem-se e aperceberem-se que as suas "etiquetas" não são a experiência geral. Remover as etiquetas. Perceberem que são muito mais do que essas etiquetas. Adoro isso. Digam-nos nos comentários embaixo porque é que vocês gostam do "Middle Ground", E se tens uma preconceito que queiras arrancar e deitar ao chão, diz-nos também. Okay, adoramos-vos pessoal. Como sempre, por favor subscrevam, ponham gosto no vídeo e vejo-vos para no próximo vídeo.