[MÚSICA TOCANDO]
SHERYL BURGSTAHLER: Olá.
Sou Sheryl Burgstahler
Eu dirijo o Centro DO-IT na Universidade
de Washington -- Deficiências,
Oportunidades, Interligação de redes
e Tecnologia.
E, como parte do programa,
temos o programa de bolsas DO-IT,
que se destina aos jovens
terminando o ensino médio e
que estão iniciando a transição
para a faculdade e para carreiras.
SCOTT BELLMAN:
Meu nome é Scott Bellman.
Sou o gestor do programa no Centro DO-IT.
Nosso programa oferece uma variedade
de preparações acadêmicas
ao longo do ano escolar.
O momento mais emocionante é
durante nosso acampamento de verão,
chamado de Curso de Verão DO-IT.
é quando os estudantes visitam
o campus para viverem nos dormitórios,
aprendem a navegar pelo campus,
comem nos refeitórios,
e assistem às aulas enquanto aprendem
como se preparar para
a escola depois do ensino médio.
NAOMI: Meu nome é Naomi.
Sou bolsista DO-IT desde 2016.
E tem sido uma jornada muito divertida,
cheia de excelentes
oportunidades do DO-IT
e conectando com
o DO-IT ao longo dos anos.
FINN: Meu nome é Finn.
Quando participamos
presencialmente do DO-IT,
havia um foco em apoio à deficiências e
também em ciências, coisas tecnológicas
tipo, nós tínhamos oficinas diárias.
Nós fomos nas instalações aonde
eles monitoram atividades sísmicas.
Foi tipo, o momento ciência.
E também nós tínhamos
o elemento da deficiência no qual
nós aprendíamos: Ok, é assim
que se obtém acomodações
na faculdade.
ALEXIS: Meu nome é Alexis, e eu fui
bolsista do DO-IT em 2019.
Enquanto eu estava lá presencialmente
eu consegui aprender as manhas sobre
como as coisas funcionam na faculdade,
passeando pelo campus,
comendo em locais diferentes,
assistindo várias horas de aula,
e eu também aprendi a me defender.
Um tempo atrás, eu tive
que me reunir com, bem,
eu agendei uma reunião com
os serviços para deficientes da DigiPen.
Eu consegui fazer tudo sozinha.
SHERYL BURGSTAHLER: Quando
2020 nos trouxe a pandemia,
ficamos atordoados,
como o resto do mundo.
Mas pensamos,
vai durar uma semana ou duas.
E nós teremos nosso programa,
porque estávamos planejando
um programa presencial em 2020,
como os outros.
Mas rapidamente, nós percebemos
que isso não iria passar tão rápido.
Nós tínhamos que converter
para o ambiente online.
Estava claro que os alunos
não estariam seguros em
um programa presencial.
Então começamos a trabalhar.
O que eu disse para minha equipe foi, bem,
quem melhor que esse time
para mudar para o online?
Nós sempre fomos tecnológicos.
TAMI TIDWELL: Eu sou Tami Tidwell,
uma coordenadora
de programa do DO-IT.
E eu trabalhei com o Curso de Verão
por quase duas décadas.
A decisão de mudar
para o online, como para a maioria,
foi algo que sabíamos que não seria fácil.
KAYLA BROWN: Meu nome é Kayla.
E eu sou uma coordenadora
de programa do DO-IT.
Eu também sou uma antiga bolsista.
Eu fui bolsista em 2005.
E agora eu trabalho com alunos que
estão no nosso programa de bolsas.
Nós usamos o Zoom
como nossa forma principal
de comunicação e mediação
em todo o nosso programa.
E os alunos que se sentiam
conformáveis para falar
e responder perguntas,
eles podiam fazer isso.
Alunos que se sentiam mais
confortáveis digitando,
eles escreviam no chat.
E assim fomos capazes
de acomodar diferentes
estilos de aprendizado e comunicação.
E em muitos sentidos,
nos tornou mais inclusivos.
E nós conseguimos
manter as pessoas seguras,
o que, é claro, era
nossa principal preocupação.
TAMI TIDWELL: Nós queríamos ter
certeza que os alunos teriam
alguns momentos interativos,
como entrevistas simuladas ou
reuniões com o corpo docente.
E o que descobrimos,
foi que essas interações
eram mais focadas,
porque os alunos
estavam em salas individuais
com a docência
ou nas simulações
e realmente podiam
focar no que estavam fazendo.
E eles podiam estar
no centro das atenções
e realmente dizer o que queriam dizer.
Enquanto em uma situação normal,
nós teríamos uma sala
cheia de simulações
ocorrendo simultaneamente, o que é
barulhento e confuso.
FINN: Era igual aos últimos dois anos,
só que online.
Então você teria diferentes seções
e em vez de ir a algum lugar,
você só fazia login
e a sua sala de aula seria uma sala Zoom.
Eu acho que o que eu mais
gostava no programa virtual
era que durante as aulas,
durante os debates,
eu acho que era muito
mais fácil para as pessoas--
para todo mundo
conseguir expor suas ideias.
Eu acho que era muito
mais fácil para as pessoas
compartilhar as suas ideias dessa forma.
Eu acho que era muito
mais fácil para as pessoas--
se eles não entendessem algo
ou precisassem se uma explicação,
você podia levantar sua mão, a mão virtual
ou você podia digitar no chat.
Eu acho que o chat
ajudava em situações tipo:
Ei, eu não entendi isso,
ou o que isso significa?
Pedir uma explicação, sabe.
NAOMI: Você tem mais participações
nas aulas e em atividades se você
permitir o chat, o que fez o engajamento
no Curso de Verão virtual ser exponencial.
TAMI TIDWELL: Uma das
coisas mais importantes
sobre o Curso de Verão,
seja presencial ou online
é construir uma comunidade
na qual alunos com deficiências,
que irão para faculdades,
sintam que pertencem, sintam que eles
têm outras pessoas como eles no mundo.
E isso é algo que nós
definitivamente vimos acontecer online.
Nós vimos que os alunos aprenderam
mais sobre a história da deficiência.
Eles aprendem mais sobre suas raízes.
Eles aprendem mais sobre essa
comunidade ao redor do mundo
cheia de pessoas que têm
experiências parecidas com as deles.
MERRITT: Oi.
Meu nome é Merritt.
Eu sou um aluno de 19 anos com autismo
e sou bolsista do DO-IT.
No programa virtual,
nós compartilhamos vídeos
sobre as nossas deficiências e
o quão importante elas são para nós.
Era interessante ouvir sobre
como tantos dos meus amigos
perseveraram em suas
vidas com deficiências.
SCOTT BELLMAN: Nós tínhamos
que ser bem criativos.
Nós incluímos atividades, como
noites de jogos, noites de filmes,
e oportunidades para os alunos
falar sobre os seus passatempos
e pets e compartilhar uma refeição,
para que mantivéssemos
aquele senso de comunidade.
ANDREA MANO: Meu nome é Andrea Mano,
e eu sou uma tecnóloga assistencial
do programa DO-IT.
Nós queríamos construir uma comunidade,
antes mesmo do Curso de Verão.
Nós nos reunimos com os bolsistas
em grupos pequenos no Zoom
antes do Curso de Verão.
Os grupos eram escolhidos baseado
na tecnologia assistiva compartilhada
e no que nós pensávamos que
os bolsistas tinham em comum.
Permitir aos alunos a
participar virtualmente
possibilitou que eles experimentassem
a tecnologia em suas próprias casas.
E se os alunos quisessem eles poderiam
envolver seus pais também,
o que sempre é muito útil
ter mais um par de olhos quando
se está aprendendo algo novo.
TAMI TIDWELL: Nós também
percebemos que havia
uma parte essencial que
fazemos presencialmente e que
não podíamos abandonar.
E isso era promover
atividades noturnas e coisas
divertidas intercaladas o tempo todo.
Então, durante os dias nós
visitávamos museus,
íamos online, e visitávamos
museus ao redor do país.
E a noite, nós sempre tínhamos
noites de jogos e noites de filmes,
nas quais os alunos podiam
realmente participar e
conhecer uns aos outros
e seus sensos de humor.
E o que descobrimos foi que
as noites de filme eram na verdade,
na minha opinião, mais divertidas online,
porque normalmente,
as pessoas pedem silêncio se estiverem
assistindo presencialmente.
Mas nós assistimos filmes, e eles podiam
falar sobre os conteúdos
relacionados à deficiência
que talvez eles--
não tinham percebido
antes que estavam presentes, ou falar
sobre seus personagens favoritos,
ou sobre o que eles
não gostaram em uma cena ou
o que eles amaram no filme.
SHERYL BURGSTAHLER:
Na noite dos pets,
você podia trazer seu animal,
preferencialmente de fantasia,
e talvez uma fantasia
combinando com a sua.
Isso não é algo que teríamos feito--
ou fazemos em um programa presencial,
trazer animais para o programa.
E isso se transformou
em uma atividade muito
divertida.
E como de costume, as atividades
noturnas eram opcionais.
Então alguns alunos que estavam
cansados do Zoom, ou precisavam
de um descanso, ou não
se interessavam em animais,
eles podiam facilmente planejar
as suas noites sem a gente.
SOPHIA: Meu nome é Sophia, e eu
me tornei uma bolsista do DO-IT em 2021.
Eu pude conhecer pessoas
através da comunidade.
Mas principalmente eu senti
que eu me conectei mais com eles
através das atividades noturnas opcionais,
onde eu tinha mais tempo
para me envolver com a comunidade.
Eu participei--
Eu acho que era um show de talentos.
Eu só exibi meus origamis.
E isso foi muito divertido, porque eu pude
ver as reações das pessoas
ao meu artesanato que eu
aperfeiçoei durante a pandemia.
MERRITT: Nos fez sentir
como se fôssemos
uma turma ou uma família.
Foi muito legal ver tantos rostos novos.
Eu acho que pudemos
fazer muitas amizades,
mesmo que não presencialmente.
FINN: Bom, no DO-IT eu pude
construir um senso de comunidade
em razão do quão acolhedor
e aberto o programa é.
NAOMI: O que mais gostei sobre o virtual
foi o fato de que ainda
me sentia como no DO-IT.
Mesmo que não estivéssemos juntos,
nós ainda estávamos juntos.
E foi como voltar para casa, honestamente.
Eu apenas me senti assim.
NARRADORA: Lições aprendidas.
SHERYL BURGSTAHLER:
Bem, nós aprendemos
que você pode conseguir.
Nós aprendemos algumas coisas que nós
compartilhamos com outros
que estão em situação similar,
que estão mudando para o online
ou até mesmo começando
já online.
Uma coisa que fizemos no primeiro
ano e continuamos fazendo
é tornar o nosso programa
um pouco mais longo.
E assim mudamos para três
semanas em vez de duas.
Poque queríamos evitar a fadiga ao Zoom,
ouvimos muito sobre ela.
Nós achamos que seria importante manter
o tempo de tela um pouco mais curto
do que gostaríamos.
ANDREA MANO: A equipe do
DO-IT foi muito prestativa
quando moveram o Curso de Férias online.
E sendo prestativos dessa forma,
eles tiveram muitos funcionários
nas sessões online.
Um funcionário podia
monitorar os rostos na tela.
Um funcionário podia monitorar o chat.
Um funcionário podia monitorar o e-mail
quando um bolsista não
conseguia entrar na sessão.
E eu acho que isso ajudava muito.
E parece que são
muitas pessoas envolvidas,
mas você realmente precisa
de muitas para o caso
de algo inesperado acontecer.
KAYLA BROWN: Algumas das coisas que
foram particularmente bem sucedidas
e não tínhamos antecipado foi que
nós podíamos envolver pessoas
de todo o Estado.
Então não eram apenas os alunos
que estavam engajados mas
também as suas famílias.
Nós envolvemos os familiares no processo
de trabalhar com os bolsistas.
E nós sentimos que nos
conectamos profundamente
com esse aspecto das vidas dos alunos.
Então podíamos ver como
eram os sistemas de suporte
e talvez como podíamos ajudar.
Mas nós também conseguimos conhecer
os alunos sob diferentes aspectos.
Eles estavam em seus ambientes,
e alguns deles estavam mais confortáveis.
TAMI TIDWELL: Para outros
programas considerando
ir para um programa online ou
até mesmo um programa híbrido,
alguns dos pontos positivos são:
você pode chamar mentores,
que no passado passaram
pelo programa.
Eles podem vir de qualquer lugar.
Então se eles estão longe e não conseguem
se deslocar até o campus em algum dia,
eles ainda podem participar.
Engloba uma comunidade
maior e mais ampla.
Nós também tínhamos reuniões ao final
do dia, as quais eram essenciais.
Quando estávamos presenciais não
podíamos juntar toda essa equipe,
porque tínhamos equipes que
estavam trabalhando com
e supervisionando.
Mas online, nós podíamos
manter contato uns com os outros
todos os dias.
NARRADORA: Benefícios inesperados.
TAMI TIDWELL: O que eu
percebi foi que os alunos que
só participaram do Curso
de Verão do DO-IT online
foram beneficiados pela experiência.
Eu vejo seu crescimento nos
seus programas educacionais,
durante reuniões e também nos e-mails
que eles nos mandam.
Eles obtiveram muito.
Eles cresceram muito.
E o programa ainda teve um
impacto muito grande.
SOPHIA: Eu tive muita flexibilidade,
porque eu também
estava conciliando outro
programa de férias que estava
fazendo junto com o Curso de Férias.
Então encontrei a Tami para conversar
sobre como eu poderia dar
conta desses dois programas.
SHERYL BURGSTAHLER: Se alguém me pedir
algum conselho quando
estão sendo forçados
a mudar o programa presencial para online,
ou talvez estejam fazendo isso de
forma opcional-- fazendo essa transição,
a primeira coisa que
eu gostaria de dizer é
desde o começo - acolha e ajude a
sua equipe a acolher o problema
para solucioná-lo, isso é,
na verdade, bem divertido.
É estressante também.
Mas mostramos que isso pode ser feito.
E você só precisa fazer
as coisas aos poucos,
[MÚSICA TOCANDO]
Para mais recursos sobre apoio
de estudantes com deficiência,
Consulte: uw.edu/doit
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