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O poder do "não" e o dinheiro | Nathalia Arcuri | TEDxDanteAlighieriSchool

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    Bom dia.
  • 0:19 - 0:21
    Bom, eu quero compartilhar,
    primeiro, antes de mais nada,
  • 0:21 - 0:22
    qual foi a minha reação
  • 0:22 - 0:26
    quando eu fui convidada
    pra participar do TEDx aqui do Dante.
  • 0:26 - 0:29
    Eu registrei esse momento
    pra mostrar pra vocês
  • 0:29 - 0:31
    qual é a sensação
    de quem está aqui neste palco,
  • 0:31 - 0:34
    no momento em que recebe este convite.
  • 0:34 - 0:36
    E foi mais ou menos assim.
  • 0:36 - 0:37
    (Risos)
  • 0:38 - 0:39
    Eu pirei, falei:
  • 0:39 - 0:43
    "Meu Deus! E agora, que proporção
    esse negócio tomou?"
  • 0:43 - 0:47
    Mas logo, assim como nosso amigo falou,
    o macaco, sei lá porque o macaco apareceu,
  • 0:47 - 0:48
    e eu falei:
  • 0:48 - 0:52
    "Não Nathalia, pensa bem, respira fundo
    e vamos fazer esse negócio acontecer".
  • 0:52 - 0:57
    Como é que a gente consegue mudar
    a vida financeira de 300 pessoas,
  • 0:57 - 1:02
    ou de 7 bilhões de pessoas,
    através do TEDx, em 15 minutos?
  • 1:03 - 1:09
    Eu pensei bem e cheguei à conclusão
    de que em cinco segundos minha vida mudou.
  • 1:09 - 1:13
    Então, por que não em 15 minutos
    mudar a vida de tanta gente?
  • 1:13 - 1:18
    E aí eu pensei em uma palavra,
    uma palavra tão pequena, de três letras,
  • 1:18 - 1:21
    que é capaz de mudar a vida
    de qualquer pessoa.
  • 1:21 - 1:25
    Muita gente acredita que essa palavra
    tem uma conotação negativa,
  • 1:25 - 1:28
    mas eu acredito que é o contrário.
  • 1:28 - 1:30
    Essa palavra é a palavra "não".
  • 1:30 - 1:33
    Está meio esquecida, né,
    ultimamente, a palavra "não".
  • 1:33 - 1:38
    Eu tenho percebido que muitos pais têm
    essa dificuldade de usar a palavra "não".
  • 1:38 - 1:40
    E eu não entendo o porquê.
  • 1:40 - 1:46
    Então, eu vim contar aqui hoje pra vocês
    como o "não" mudou a minha vida,
  • 1:46 - 1:51
    e como o "não"me trouxe até aqui, hoje,
    e o poder transformador do "não".
  • 1:52 - 1:53
    Gente, #nãoépoder.
  • 1:53 - 1:57
    Depois vocês saem daqui
    e colocam nas redes sociais de vocês.
  • 1:57 - 2:01
    Tudo isso começou, cerca... eu tinha...
  • 2:01 - 2:03
    faz um pouco de tempo, não tanto assim,
  • 2:03 - 2:07
    ainda sou jovem, muito jovem,
    vocês podem ver, não é verdade?
  • 2:08 - 2:11
    E tudo isso começou
    quando eu tinha este cabelo.
  • 2:11 - 2:12
    (Risos)
  • 2:12 - 2:14
    Nessa época...
  • 2:15 - 2:17
    meus pais nunca foram ricos né,
  • 2:17 - 2:21
    nunca tiveram uma educação
    financeira de base e tal.
  • 2:21 - 2:23
    E na escola sempre tem
    aquele grupinho, assim, tipo:
  • 2:23 - 2:26
    "Ah, aquela é a rica,
    aquela é isso, aquela é aquilo".
  • 2:26 - 2:28
    E tinha a menina rica no meu grupo.
  • 2:28 - 2:31
    Um dia, a menina rica
    chegou pra gente e falou assim:
  • 2:31 - 2:36
    "Meu pai, fez uma poupança
    pra gente comprar um carro
  • 2:36 - 2:38
    aos 18 anos de idade".
  • 2:38 - 2:40
    Eu tinha essa idade
    quando ouvi essa frase.
  • 2:40 - 2:45
    Aquilo chegou no meu cérebro
    com um efeito arrebatador.
  • 2:45 - 2:48
    Eu sempre fui meio "Fantástico
    Mundo de Bob" assim sabe,
  • 2:48 - 2:50
    então, naquele exato momento, imaginei eu,
  • 2:50 - 2:53
    com estes cabelos no meu conversível,
  • 2:53 - 2:56
    rodando alucinada pelas ruas de São Paulo.
  • 2:56 - 3:00
    Como meus cabelos vão ficar
    ao vento dessa forma, não é verdade?
  • 3:00 - 3:04
    Mas eu me imaginava muito livre
    com aquele carro, aos 18 anos de idade.
  • 3:04 - 3:07
    Cheguei em casa,
    sentei à mesa com os meus pais,
  • 3:07 - 3:10
    e eis que fiz a pergunta
    fatídica pra eles:
  • 3:12 - 3:14
    "Eu tenho uma poupança?"
  • 3:14 - 3:18
    Eu fico imaginando hoje,
    né, o meu pai naquela época,
  • 3:18 - 3:21
    diante de mim, sabendo
    a resposta que viria a seguir,
  • 3:21 - 3:24
    vocês já devem imaginar qual foi:
  • 3:24 - 3:25
    "Não!"
  • 3:25 - 3:26
    (Risos)
  • 3:26 - 3:27
    Claro que não.
  • 3:27 - 3:28
    Meus pais.
  • 3:28 - 3:30
    (Risos)
  • 3:30 - 3:32
    Não, eu não tinha uma poupança.
  • 3:32 - 3:34
    E naquele momento, eu comecei a pensar.
  • 3:34 - 3:38
    Se eu não tenho poupança,
    também não tinha mesada,
  • 3:38 - 3:40
    e eu queria tanto comprar aquele carro,
  • 3:40 - 3:44
    que no fim das contas não significava
    só uma questão financeira,
  • 3:44 - 3:46
    não era só uma questão de dinheiro.
  • 3:46 - 3:49
    Aquele carro significava liberdade,
  • 3:49 - 3:53
    era tipo a concretização máxima
    do sucesso aos 18 anos,
  • 3:53 - 3:55
    eu ia ter meu carro, ia ser incrível,
  • 3:55 - 3:57
    e, meu, como é que eu posso fazer isso?
  • 3:57 - 4:00
    Tipo, esse carro era sonho
    de consumo naquela época, gente.
  • 4:00 - 4:01
    (Risos)
  • 4:01 - 4:04
    Era o meu sonho de consumo,
    pelo menos, era vermelho,
  • 4:04 - 4:06
    era incrível, só não era conversível.
  • 4:06 - 4:09
    Falei: "Bom, não tenho dinheiro".
  • 4:09 - 4:13
    Já descobri logo de cara
    que poupança significava dinheiro.
  • 4:13 - 4:16
    E de vez em quando eu ganhava
    dois reais para o lanche.
  • 4:16 - 4:20
    Porque nem isso meu pai me dava,
    era de vez em quando dois reais.
  • 4:20 - 4:23
    Falei: "Bom, dois reais".
  • 4:23 - 4:26
    Nunca pensei no dinheiro assim,
    tipo uma nota de dois reais,
  • 4:26 - 4:29
    eu imaginava aqueles dois reais,
    ou dez reais, o que fosse,
  • 4:29 - 4:31
    como um pedaço do meu carro.
  • 4:31 - 4:34
    E aí começou aquele
    dilema logo na infância:
  • 4:34 - 4:40
    "Dois reais ou o risole
    gorduroso do Tião da cantina?"
  • 4:41 - 4:44
    Por sorte, eu pensava mais no meu carro.
  • 4:44 - 4:47
    Porque se eu tivesse comido
    o gorduroso do Tião,
  • 4:47 - 4:52
    talvez eu tivesse uma artéria
    entupida aos 31 anos de idade.
  • 4:52 - 4:55
    Pra minha sorte, o carro falou
    mais alto na minha cabeça.
  • 4:55 - 4:57
    E assim, eu me tornei o cofrinho de casa.
  • 4:57 - 5:00
    De dois em dois reais, etc.,
  • 5:00 - 5:04
    muito cedo, eu comecei já
    a criar essa mentalidade de projeção,
  • 5:04 - 5:08
    fazia contas, quanto que eu vou ter
    daqui a um ano, daqui a dois, etc.
  • 5:08 - 5:12
    Porque afinal de contas, eu percebi
    que tudo que eu mais tinha era tempo,
  • 5:12 - 5:18
    e que o tempo relacionado ao dinheiro,
    ainda que para alguns parecesse pouco,
  • 5:18 - 5:22
    ao longo do tempo
    ele se tornaria uma fortuna.
  • 5:22 - 5:24
    Aí eu passava finais de semana, depois,
  • 5:24 - 5:27
    quando eu já tava um pouco
    mais grandinha e tal, saidinha,
  • 5:27 - 5:30
    conheci o que era jornal
    e o que eram os classificados.
  • 5:30 - 5:35
    E aí, eu comecei a pensar qual era
    o carro que eu ia conseguir comprar,
  • 5:35 - 5:40
    se eu mantivesse aquela minha disciplina
    de guardar um pouquinho de dinheiro.
  • 5:40 - 5:42
    E aí, eu descobri que eu
    poderia comprar um Buggy!
  • 5:42 - 5:45
    Sim, eu ia ter meu carro conversível! Yes!
  • 5:45 - 5:46
    (Risos)
  • 5:46 - 5:49
    Naquela época, meus cabelos
    já estavam um pouco mais lisos,
  • 5:49 - 5:52
    eu mesma aprendi,
    sozinha, a alisar o cabelo,
  • 5:52 - 5:53
    porque afinal de contas,
  • 5:53 - 5:57
    quando você vai ao cabeleireiro,
    fazer escova, você gasta o quê?
  • 5:57 - 5:58
    Dinheiro.
  • 5:58 - 6:01
    E aliás esse foi o primeiro grande
    investimento que eu consegui fazer,
  • 6:01 - 6:04
    convenci meu pai -
    eu não tinha o meu carro -
  • 6:04 - 6:07
    mas eu convenci meu pai
    a comprar uma escova e um secador.
  • 6:07 - 6:09
    E desta forma eu fiz lá
    um bem bolado com ele:
  • 6:09 - 6:12
    "Cada vez que eu fizer secador,
    você me dá dez contos,
  • 6:12 - 6:15
    porque te economizar R$ 30 no salão".
  • 6:15 - 6:19
    Gente, aprendam isso tá,
    OPM, "Others People Money".
  • 6:19 - 6:20
    (Risos)
  • 6:20 - 6:22
    Simples assim.
  • 6:23 - 6:28
    Enfim, eu descobri que aquele
    meu "não" significou o meu carro.
  • 6:29 - 6:32
    Porque ao contrário de várias histórias
    de que a pessoa começa a contar,
  • 6:32 - 6:35
    e "eu fiz isso e aquilo" e no fim,
    "você conseguiu?", não.
  • 6:35 - 6:37
    Eu não tenho essa
    história triste pra contar,
  • 6:37 - 6:41
    porque aquele "não"
    significou o dinheiro suficiente
  • 6:41 - 6:43
    pra comprar o meu carro
    aos 18 anos de idade.
  • 6:43 - 6:45
    Acontece que eu
    não precisei comprar o carro.
  • 6:45 - 6:48
    Como eu era uma menina,
    pô, fala sério, genial né,
  • 6:48 - 6:50
    que pai e mãe não queria ter
    uma filha desse jeito,
  • 6:50 - 6:53
    guardava dinheiro, emprestava
    dinheiro quando precisava, e tal.
  • 6:53 - 6:55
    Eu descobri, aos 18 anos,
  • 6:55 - 6:58
    que minha madrinha tinha feito
    uma carta de crédito pra mim,
  • 6:58 - 6:59
    de um consórcio.
  • 6:59 - 7:01
    Minha madrinha, por algum
    motivo que eu não sei até hoje,
  • 7:01 - 7:03
    é viciada em consórcios.
  • 7:03 - 7:06
    E ela fez um consórcio
    quando eu tinha tipo dez anos,
  • 7:06 - 7:10
    e foi contemplada quando eu tinha 18,
    aí é questão de sorte mesmo.
  • 7:10 - 7:12
    Comprei meu carro,
    não tinha vidro elétrico,
  • 7:12 - 7:15
    não tinha trava elétrica,
    não tinha limpador traseiro,
  • 7:15 - 7:16
    não tinha desembaçador traseiro,
  • 7:16 - 7:19
    não tinha rádio, mas ele era o meu carro.
  • 7:19 - 7:22
    Com o dinheiro que eu tinha
    guardado todo aquele tempo,
  • 7:22 - 7:24
    eu fiz o meu primeiro investimento
  • 7:24 - 7:25
    e nunca mais parei.
  • 7:25 - 7:28
    A partir do momento
    em que comecei a trabalhar,
  • 7:28 - 7:29
    eu comecei a trabalhar muito cedo,
  • 7:29 - 7:33
    eu comecei como repórter,
    trabalhei muito tempo em TV,
  • 7:33 - 7:38
    eu percebi que eu tinha uma facilidade
    muito grande pra guardar o meu dinheiro
  • 7:38 - 7:41
    e fazer as coisas que eram
    importantes pra mim.
  • 7:41 - 7:43
    Eu sempre tive objetivos
    muito claros pro futuro
  • 7:43 - 7:45
    e nunca deixei de viver o presente.
  • 7:45 - 7:47
    E aí, com o passar do tempo,
  • 7:47 - 7:50
    eu comecei a me sentir meio
    que um extraterrestre, sabe gente?
  • 7:50 - 7:52
    As pessoas olhavam pra mim
    de um jeito estranho, tipo:
  • 7:52 - 7:59
    "O quê? Você comprou seu apartamento
    à vista, aos 24 anos, sem roubar?
  • 8:00 - 8:02
    Sem pedir pro seu pai?
  • 8:02 - 8:03
    Ah, tá... como assim?"
  • 8:04 - 8:06
    E elas achavam que eu era muito esquisita,
  • 8:06 - 8:08
    que tinha alguma coisa
    estranha naquela história.
  • 8:08 - 8:10
    E eu comecei a me sentir
    uma estranha no ninho,
  • 8:10 - 8:13
    tipo tão sozinha quanto estou neste palco.
  • 8:13 - 8:16
    E aquilo começou a me incomodar
    demais, porque eu pensava:
  • 8:16 - 8:17
    "Gente, por quê?
  • 8:17 - 8:22
    Por que as pessoas, mesmo sabendo
    que têm que gastar menos do que ganham,
  • 8:23 - 8:26
    continuam cometendo esses erros absurdos
  • 8:26 - 8:28
    e deixam de ter aquilo
    que é mais importante,
  • 8:28 - 8:30
    pra ter coisas que não importam?"
  • 8:30 - 8:33
    Eu cheguei a essa conclusão
    quando eu contratei a minha faxineira,
  • 8:33 - 8:37
    tinha lá os meus 24 anos,
    precisava de alguém pra cuidar da casa,
  • 8:37 - 8:40
    um dia ela contou pra mim: "Nathalia,
    olha, está muito difícil pagar as contas".
  • 8:40 - 8:42
    Eu falei: "Mas por quê?"
  • 8:42 - 8:46
    "Acabei de comprar um tênis
    pra minha filha, paguei R$ 700."
  • 8:46 - 8:48
    Eu pagava R$ 600 pra ela.
  • 8:49 - 8:54
    Eu falei: "O que leva uma pessoa
    a gastar mais do que o próprio salário
  • 8:54 - 8:55
    em um único item?"
  • 8:56 - 9:01
    Enfim, fui em busca das respostas,
    e (Inglês) "Guess what?" Eu descobri.
  • 9:01 - 9:04
    Eu vou fazer três, dois, um,
    e quando eu falar três, dois, um,
  • 9:04 - 9:05
    vocês falam: "Óóóóóó!"
  • 9:05 - 9:06
    (Risos)
  • 9:06 - 9:08
    Tá? Todo mundo comigo?
  • 9:09 - 9:10
    Três, dois, um.
  • 9:10 - 9:12
    Público: Óóóó!
  • 9:12 - 9:13
    Tá bom, muito bem.
  • 9:13 - 9:15
    Era um momento de catarse,
  • 9:15 - 9:18
    porque eu fui atrás dessas respostas
    na psicologia econômica.
  • 9:19 - 9:22
    E tudo tem explicação
    dentro do nosso cérebro.
  • 9:22 - 9:24
    Qual é essa explicação?
  • 9:24 - 9:27
    Seguinte: o nosso cérebro gosta
    de tudo que é imediato.
  • 9:27 - 9:29
    O que é agora, o que dá prazer agora.
  • 9:29 - 9:31
    "Eu amo isto."
  • 9:31 - 9:34
    "Eu gosto do que é simples,
    do que não me faz pensar muito,
  • 9:34 - 9:37
    e de preferência que aconteça hoje."
  • 9:37 - 9:38
    E uma coisa que pega,
  • 9:38 - 9:40
    principalmente em relação ao dinheiro:
  • 9:40 - 9:44
    o ser humano gosta de ter
    a ilusão de que está tudo bem.
  • 9:44 - 9:47
    "Olha lá, o tsunami vindo ali!"
  • 9:47 - 9:49
    "Ah, quando chegar aqui
    vai ser só uma marolinha,
  • 9:49 - 9:51
    vai acontecer nada, vai ficar tudo bem".
  • 9:51 - 9:54
    E aí o tsunami vem, te pega e você morre.
  • 9:54 - 9:55
    É assim que acontece.
  • 9:55 - 9:57
    Com a vida financeira é a mesma coisa.
  • 9:57 - 9:59
    E do que o ser humano não gosta?
  • 9:59 - 10:01
    Ele não gosta de tomar decisões.
  • 10:01 - 10:04
    "Imagina: um bombom agora
    ou três no futuro,
  • 10:04 - 10:06
    me dá essa droga aí que é agora,
  • 10:06 - 10:08
    esquece o futuro, que é isso..."
  • 10:08 - 10:11
    A gente não gosta
    de pensar no longo prazo,
  • 10:11 - 10:14
    isso dá uma confusão
    tremenda, no nosso cérebro.
  • 10:14 - 10:19
    E a gente também não gosta de não ter
    e, principalmente, de não pertencer.
  • 10:19 - 10:22
    Já ouviram falar naquele
    comportamento de manada?
  • 10:22 - 10:25
    Que quando o boi vai atrás
    todo mundo vai, e não sei o quê...
  • 10:25 - 10:28
    As pessoas gostam de ir
    todas pro mesmo caminho.
  • 10:28 - 10:32
    Ainda que o destino seja o precipício.
  • 10:32 - 10:33
    Por quê?
  • 10:33 - 10:35
    Não sei, o cérebro explica.
  • 10:35 - 10:38
    Freud explicava e está tudo aí,
    está tudo explicado.
  • 10:38 - 10:42
    Beleza, fui investigar a mente humana
    e tal, e descobri tudo isso.
  • 10:42 - 10:45
    Que ótimo, o que que eu faço
    com essas informações, não é verdade?
  • 10:45 - 10:48
    De que me adianta saber como funcionam
    os meus mecanismos cerebrais?
  • 10:48 - 10:51
    Será que não tem como mudar isso?
  • 10:51 - 10:54
    E aí eu fui atrás dessas outras respostas.
  • 10:54 - 10:55
    E adivinhem?
  • 10:55 - 11:01
    Eu descobri a fórmula secreta
    pra gente poder mudar nossa chave.
  • 11:02 - 11:03
    Tirar tudo aquilo
  • 11:03 - 11:06
    que colocaram na nossa cabeça
    entre zero e 12 anos de idade,
  • 11:06 - 11:08
    que é quando a gente
    forma todas as nossas crenças,
  • 11:08 - 11:11
    todas as nossa culturas
    relacionadas ao dinheiro.
  • 11:11 - 11:15
    Vocês querem saber
    como a gente muda tudo isso?
  • 11:15 - 11:16
    Sim?
  • 11:16 - 11:17
    Público: Sim.
  • 11:17 - 11:19
    Ah, que bom gente... Pô, que é isso...
  • 11:20 - 11:21
    Seguinte.
  • 11:21 - 11:23
    Esta é a chave do sucesso:
  • 11:23 - 11:26
    "O que Nathalia, é ficar jogando dardo
    o dia inteiro?" Não, não é isso.
  • 11:27 - 11:32
    Eu descobri que o que me fez tão diferente
    das pessoas que estavam próximas a mim
  • 11:32 - 11:36
    foi a minha capacidade
    tão precoce de ter metas,
  • 11:36 - 11:38
    de ter alvos, de ter objetivos claros.
  • 11:38 - 11:40
    E mais do que isso.
  • 11:41 - 11:45
    A minha força interna,
    que todos nós temos,
  • 11:45 - 11:47
    que eu chamo de força T.
  • 11:47 - 11:49
    Isso aqui não é um T comum, tá gente,
  • 11:49 - 11:53
    vocês podem ver, é um T grande,
    que significa o tesão.
  • 11:54 - 11:59
    E tesão, quando eu digo tesão,
    não tem nada a ver com conotação sexual.
  • 11:59 - 12:02
    Tesão é aquilo que te move,
    aquilo que te tira da cama,
  • 12:02 - 12:05
    aquilo que te tira
    da procrastinação do dia a dia.
  • 12:05 - 12:09
    Se você tiver metas, mas não tiver paixão
    por aquilo que você tá fazendo,
  • 12:09 - 12:15
    se não fizer aquilo com muita vontade,
    não adianta, não vai funcionar.
  • 12:15 - 12:18
    E essa é a grande fórmula do sucesso.
  • 12:18 - 12:22
    E tudo isso dá pra gente resolver
    num esqueminha muito simples como este.
  • 12:22 - 12:25
    Quando você tem metas, você sabe
    quais são os seus propósitos de vida.
  • 12:25 - 12:29
    Quando você tem propósitos,
    os seus objetivos ficam mais claros.
  • 12:29 - 12:32
    Você tem mais facilidade
    pra enxergar as suas prioridades,
  • 12:32 - 12:35
    o que realmente é importante pra você.
  • 12:35 - 12:38
    Quando você sabe o que é
    realmente importante pra você,
  • 12:38 - 12:45
    você gasta menos tempo e menos dinheiro
    com aquilo que não é importante.
  • 12:45 - 12:46
    Gente, é tão simples.
  • 12:46 - 12:49
    Ah, que coisa, é
    tão fácil enriquecer, gente.
  • 12:49 - 12:52
    O que acontece, quando você descobre isso
  • 12:52 - 12:55
    e gasta menos tempo e menos dinheiro
    com o que não é importante,
  • 12:55 - 13:00
    sobra dinheiro; e se você souber investir
    e cuidar do seu dinheiro, você enriquece.
  • 13:00 - 13:01
    É simples assim.
  • 13:02 - 13:04
    Bom, dito tudo isso,
  • 13:04 - 13:08
    passaram-se quase 20 anos
    desde o meu primeiro "não".
  • 13:08 - 13:12
    Até que eu cheguei
    ao meu segundo grande "não".
  • 13:12 - 13:16
    Eu era repórter da Rede Record,
    realizei meu grande sonho,
  • 13:16 - 13:20
    porque eu tinha aquele objetivo
    de ser apresentadora e tal.
  • 13:20 - 13:21
    Aí eu pensei:
  • 13:21 - 13:23
    "Poxa, as pessoas precisam saber disso;
  • 13:23 - 13:27
    tudo isso que eu descobri estudando
    de forma apaixonada, com muito tesão.
  • 13:27 - 13:29
    Eu preciso mudar a vida das pessoas".
  • 13:29 - 13:32
    Cheguei para o meu chefe,
    lindo e maravilhoso e falei:
  • 13:32 - 13:35
    "Chefe é o seguinte,
    nós vamos mudar a vida das pessoas,
  • 13:35 - 13:38
    vamos usar esta caixa,
    chamada televisão, pra fazer isso,
  • 13:38 - 13:40
    e vamos fazer um "reality" onde eu,
  • 13:40 - 13:43
    que sou muito boa em mudar
    a vida das pessoas, claro,
  • 13:43 - 13:45
    ensino as pessoas a enriquecerem,
  • 13:45 - 13:50
    vou pegar pessoas desesperadas,
    endividadas e transformá-las em poupadoras
  • 13:50 - 13:51
    em quatro semanas".
  • 13:52 - 13:57
    Ele falou: "Uau. Que incrível. Bote isso
    no papel, Nathalia, que gênio que você é".
  • 13:57 - 14:00
    Beleza, a Nathalia
    foi lá colocou tudo no papel.
  • 14:00 - 14:03
    Duas semanas se passaram
    e adivinha o que aconteceu?
  • 14:03 - 14:06
    O meu segundo grande "não" da vida.
  • 14:06 - 14:08
    E não era assim desse tamanho não.
  • 14:08 - 14:11
    Era um "não" deste tamanho,
    era um "não" muito grande.
  • 14:11 - 14:14
    Porque não só ele falou:
    "Não Nathalia, não vamos fazer".
  • 14:14 - 14:18
    Como: "Não Nathalia, você não vai fazer,
    outra pessoa vai fazer a sua ideia,
  • 14:18 - 14:20
    porque ela é muito boa".
  • 14:21 - 14:22
    E naquele momento,
  • 14:22 - 14:26
    com aquele "não" diante de mim,
    e por isso a força do "não",
  • 14:26 - 14:27
    o "não" é revolucionário,
  • 14:27 - 14:31
    eu falei: "Beleza, ótimo,
    vamos buscar o meu 'sim'".
  • 14:31 - 14:35
    Foi aí que eu criei o blog chamado
    "Me Poupe", onde a ideia era:
  • 14:35 - 14:39
    usar o entretenimento e o humor
    pra transformar a vida das pessoas
  • 14:39 - 14:42
    de uma forma que elas nem
    percebessem que estavam aprendendo,
  • 14:42 - 14:43
    tipo uma lavagem cerebral.
  • 14:43 - 14:45
    Não contem isso pra ninguém, tá?
  • 14:46 - 14:48
    Esse blog começou a fazer
    um certo sucessinho,
  • 14:48 - 14:52
    porque dentro das finanças
    é muito difícil você falar
  • 14:52 - 14:55
    e quebrar esses paradigmas
    de uma forma simples.
  • 14:55 - 14:59
    No ano passado eu fiz um canal no YouTube,
  • 14:59 - 15:01
    onde eu usava esses
    meus conhecimentos todos,
  • 15:01 - 15:06
    aliados a essa minha técnica incrível
    de falar com a câmera.
  • 15:06 - 15:09
    E aí o canal começou
    a ter uma certa relevância.
  • 15:09 - 15:11
    Em dezembro do ano passado,
  • 15:11 - 15:15
    eu recebi uma proposta de ser
    patrocinada por uma grande empresa,
  • 15:15 - 15:20
    e enfim eu pedi demissão da Rede Record
    pra poder realizar o meu sonho,
  • 15:20 - 15:24
    que é transformar a vida das pessoas
    através do entretenimento financeiro.
  • 15:25 - 15:29
    E é o que surgiu
    de tudo isso e desse "não",
  • 15:29 - 15:31
    que eu gostaria de mostrar
    pra vocês, agora.
  • 15:31 - 15:33
    (Vídeo) Nathalia Arcuri:
    Hoje preparei três dicas básicas
  • 15:33 - 15:36
    pra você poder viver e economizar.
  • 15:36 - 15:40
    Você não precisa abrir mão
    da vida pra poder economizar.
  • 15:40 - 15:43
    Essa é uma lenda de gente preguiçosa,
  • 15:43 - 15:47
    que não quer ter trabalho
    pra poder economizar e viver.
  • 15:47 - 15:50
    Primeira coisa que você tem que fazer
    pra poder viver e economizar,
  • 15:50 - 15:52
    é saber o que é importante pra você.
  • 15:52 - 15:55
    Jovem: Pra mim o carro é importante,
    o futebol é importante,
  • 15:55 - 15:57
    a cerveja é importante,
    os "brother" é importante,
  • 15:57 - 16:00
    é tudo importante, já falhou...
  • 16:00 - 16:01
    NA: Tá de brincadeira?
  • 16:01 - 16:03
    Jovem: Falhou isso aí mina, esquece.
  • 16:04 - 16:07
    NA: Esse tipo de coisa
    que eu tenho que ouvir.
  • 16:07 - 16:10
    NA: Então, eu gostaria de deixar
    esta apresentação com uma pergunta,
  • 16:10 - 16:13
    pra que vocês pensassem hoje mesmo:
  • 16:13 - 16:16
    por qual "não" vocês vão viver hoje?
  • 16:16 - 16:17
    Pensem a respeito.
  • 16:17 - 16:18
    Obrigada.
  • 16:18 - 16:19
    (Aplausos)
Title:
O poder do "não" e o dinheiro | Nathalia Arcuri | TEDxDanteAlighieriSchool
Description:

Nesta palestra TEDx, Nathalia Arcuri fala sobre os segredos por trás das mentes endividadas e também dá algumas dicas práticas pra que qualquer pessoa consiga ter uma vida financeira equilibrada.

Nathalia Arcuri é empresária, jornalista, educadora e "coach" financeira, especialista em finanças pessoais, psicologia econômica e tradutora de "economês". Nathália Arcuri tinha apenas oito anos de idade quando se propôs o primeiro grande desafio financeiro: comprar um carro aos 18 anos. Foco, disciplina e empreendedorismo são palavras e qualidades que desde muito cedo passaram a fazer parte de seu cotidiano.
Dez anos após a primeira grande conquista, os conhecimentos adquiridos de forma vivencial foram multiplicados por centenas de horas de estudo. Nathalia se especializou em educação financeira, planejamento financeiro pessoal. Ganhou o prêmio máximo IBCPF de planejamento financeiro em 2014. Se aprofundou nos estudos de coaching financeiro e psicologia econômica. E em 2013 criou o blog e canal Me Poupe! onde une entretenimento e finanças pessoais, transmitindo com muito humor e didática as dicas mais relevantes para a vida financeira de todo brasileiro.

Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais visite http://ted.com/tedx

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Video Language:
Portuguese, Brazilian
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
16:27

Portuguese, Brazilian subtitles

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