Minha vida com Asperger | Daniel Wendler | TEDxUniversityofArizona
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0:06 - 0:08Vocês já tiveram aquele pesadelo
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0:08 - 0:11em que estão na escola de novo, e nus?
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0:12 - 0:16Lembram-se da vergonha,
da frustração impotente desse pesadelo? -
0:17 - 0:19Minha infância foi esse pesadelo.
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0:19 - 0:21Não que eu já tenha ido nu pra escola,
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0:21 - 0:22(Risos)
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0:22 - 0:26mas a vergonha, a frustração,
a sensação de todos estarem contra mim, -
0:26 - 0:27tudo isso era bem real pra mim.
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0:27 - 0:32Eu tinha sete anos e via a escola
como um campo de batalha -
0:32 - 0:34onde todo mundo fazia
parte do exército inimigo. -
0:34 - 0:38E eu não sabia a razão disso
nem como resolver o problema. -
0:38 - 0:40Minha vida era assim.
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0:41 - 0:42E este era eu.
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0:43 - 0:46Eu era meio estranho,
como talvez possam perceber. -
0:46 - 0:48Não tive uma vida terrível:
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0:48 - 0:51minha familia me amava,
eu tinha alguns amigos -
0:51 - 0:55e, quando lançaram o Super Mario Bros.,
fiquei craque no negócio. -
0:55 - 0:57(Risos)
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0:58 - 1:01Mas não me encaixava
na escola nem em lugar nenhum, -
1:01 - 1:03e não entendia por quê.
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1:03 - 1:05Me esforçava ao máximo
pra fazer amigos, mas não conseguia. -
1:05 - 1:08Eu era amável, mas as pessoas
me maltratavam. -
1:08 - 1:10Eu não sabia como fazer dar certo.
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1:10 - 1:14Daquela época, lembro-me de três coisas.
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1:14 - 1:16Uma é voltando da escola
com minha mãe, e perguntar a ela: -
1:16 - 1:21"Como faz pra conversar com as pessoas?
Nem isso eu sei fazer!". -
1:21 - 1:25Outra é da hora do lanche na escola:
quando eu me sentava, -
1:25 - 1:29todos os meninos da mesa
se levantavam e saíam. -
1:29 - 1:33Do jeito que eu era,
decidi explorar meu novo poder: -
1:33 - 1:34eu os seguia de mesa em mesa,
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1:34 - 1:35(Risos)
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1:35 - 1:39obrigando-os a peregrinar pelo refeitório,
antes de eu desistir e comer sozinho. -
1:40 - 1:42Minha terceira lembrança
é chegar da escola -
1:42 - 1:47e correr soluçando pros braços do meu pai,
dizendo: "Eu não presto, não presto". -
1:48 - 1:51Portanto, crescer foi difícil,
especialmente no ensino fundamental. -
1:51 - 1:53O ensino médio foi um pouco mais fácil,
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1:53 - 1:56mas eu ainda tinha muito
problema pra me enturmar. -
1:56 - 1:58Sou aquele com a camiseta tingida.
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1:58 - 1:59(Risos)
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2:01 - 2:04Foi só no ensino médio que as coisas
realmente começaram a mudar. -
2:05 - 2:06Meus pais são ótimos.
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2:06 - 2:09Eles estão aqui, então, se falarem
com eles, deem os parabéns. -
2:09 - 2:13Todos os pais querem pensar
que os filhos são normais, -
2:13 - 2:17mas, naquela altura, os meus já tinham
percebido que eu não acertava o passo, -
2:17 - 2:20ou talvez marchasse na direção oposta.
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2:20 - 2:23Por isso, antes do ensino médio,
me levaram a um psicólogo, -
2:23 - 2:26quando fui diagnosticado
com a Síndrome de Asperger. -
2:26 - 2:27Se nunca ouviram falar dela,
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2:27 - 2:31trata-se de uma condição
neurológica do espectro autista, -
2:31 - 2:32e ela basicamente provoca
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2:32 - 2:35dificuldade em aprender
habilidades sociais naturalmente. -
2:35 - 2:37Pensem nisso assim:
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2:37 - 2:40se pegarmos um bebê,
e ele tiver nascido no Japão, -
2:40 - 2:41ele vai aprender japonês
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2:41 - 2:44naturalmente, simplesmente
convivendo com as pessoas de lá. -
2:44 - 2:47Mas, se pegarmos um adulto
que nunca aprendeu japonês -
2:47 - 2:49e o soltarmos no meio de Tóquio,
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2:49 - 2:51ele vai ter muito mais dificuldade.
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2:51 - 2:54Da mesma forma, uma pessoa sem Asperger
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2:54 - 2:57aprende as habilidades
sociais de forma natural, -
2:57 - 2:59simplesmente observando o mundo ao redor.
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2:59 - 3:03No entanto, alguém com Asperger
é como o adulto num país estrangeiro -
3:03 - 3:04onde ele não fala a língua.
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3:04 - 3:06É muito mais difícil aprender.
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3:07 - 3:09Ser diagnosticado
foi uma grande revelação, -
3:09 - 3:12pois eu não sabia
a razão das minhas dificuldades. -
3:12 - 3:16Mas a partir daí entendi: "Ah, é porque
não tenho habilidades sociais!" -
3:16 - 3:20O psicólogo me deu
uma lista das habilidades sociais -
3:20 - 3:25com as quais pessoas com Asperger lutam,
e daí pensei: "Então, tá. Mãos à obra!" -
3:25 - 3:27Então comecei a estudar essas habilidades,
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3:27 - 3:31a ler livros sobre linguagem corporal,
conversação, etiqueta... li de tudo! -
3:31 - 3:33Comecei a assistir filmes com meus pais,
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3:33 - 3:35e pausávamos o filme umas dez vezes:
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3:35 - 3:38"Ei, o que aconteceu nessa conversa?",
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3:38 - 3:40"Não entendi por que
tal personagem fez aquilo", -
3:40 - 3:43"Ei, me expliquem esse comportamento!"
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3:43 - 3:47Comecei a melhorar,
e as coisas começaram a fazer sentido. -
3:47 - 3:50Comecei a ser capaz de entender
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3:50 - 3:52os sistemas que governam
a interação entre as pessoas. -
3:52 - 3:55Consegui criar metáforas e ideias
-
3:55 - 3:58que me ajudassem a saber como reagir.
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3:58 - 4:01Aliás, vamos falar sobre linguagem
corporal, um tópico divertido. -
4:01 - 4:03Se pegarem numa livraria
um livro sobre o assunto, -
4:03 - 4:06ele vai listar todos os sinais corporais.
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4:06 - 4:08Meu favorito é o que diz
que os pés sinalizam a intenção. -
4:08 - 4:11Numa conversa, se o pé da pessoa
aponta em nossa direção, -
4:11 - 4:14significa que ela está focada na conversa.
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4:14 - 4:17Se os pés da pessoa apontam pra porta,
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4:17 - 4:19é porque ela quer ir embora!
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4:19 - 4:22Deveríamos, então, imediatamente
deixá-la encerrar a conversa. -
4:23 - 4:25Mas a linguagem corporal difícil,
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4:25 - 4:28pois existem montes de sinais
significando montes de coisas diferentes. -
4:28 - 4:31Por exemplo, esfregar o nariz indica
que a pessoa não tem certeza, -
4:31 - 4:35enquanto esfregar a parte de trás
do pescoço indica ansiedade; -
4:35 - 4:39ações semelhantes, significados
semelhantes, mas um pouco diferente. -
4:39 - 4:40Daí, eu olhava pra pessoa
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4:40 - 4:43pra descobrir o que dizia
sua linguagem corporal -
4:43 - 4:46e, quando percebia, a conversa seguia
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4:46 - 4:49e eu me esquecia completamente
do que estava falando. -
4:49 - 4:55Imaginem entender essa lista toda...
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4:55 - 4:59É muito difícil avaliar de imediato
o que as pessoas estão sentindo. -
4:59 - 5:03Então decidi condensar tudo isso.
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5:03 - 5:06Peguei todos os sinais
da linguagem corporal e os agrupei -
5:06 - 5:08simplesmente em conforto e desconforto.
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5:08 - 5:10Decidi que não precisava me lembrar
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5:10 - 5:15de que esfregar o nariz significava
incerteza, ansiedade, indigestão, etc. -
5:15 - 5:18Só precisava saber que, se o outro
não estivesse confortável, -
5:18 - 5:19talvez houvesse algo errado.
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5:19 - 5:23Aí, podia pegar isso, tentar descobrir
o que havia de errado e tentar consertar. -
5:23 - 5:28Se estou conversando com alguém e noto
que a pessoa dá sinais de desconforto, -
5:28 - 5:31penso: "Deixe-me observar
a conversa, o ambiente, -
5:31 - 5:34e ver se há algo que eu possa consertar".
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5:34 - 5:37Antes, as pessoas ficavam chateadas
comigo, e eu não entendia por quê. -
5:37 - 5:41Eu estava conversando com alguém
e achava que estava tudo indo bem, -
5:41 - 5:43mas a pessoa explodia,
pois eu não entendia os sinais. -
5:43 - 5:47Agora, consigo começar a ver
o que está acontecendo e me adaptar. -
5:48 - 5:51Mas eu ainda precisava
aprender a conversar, -
5:51 - 5:53e conversar não é fácil.
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5:53 - 5:55Há muitos livros sobre o assunto,
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5:55 - 5:59mas todos dão apenas dicas e truques,
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5:59 - 6:00o que não é muito útil.
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6:00 - 6:03É como se quiséssemos
aprender a jogar beisebol, -
6:03 - 6:06e os livros dissessem simplesmente
pra ficar de olho na bola. -
6:06 - 6:10Eles não dão as regras do jogo,
e jogar não se aprende assim. -
6:10 - 6:14Então, estudei muito, pratiquei,
pensei muito sobre o assunto, -
6:14 - 6:17e descobri o segredo de uma boa conversa.
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6:17 - 6:19Prontos pra resposta?
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6:19 - 6:22Prontos pra tomar nota,
ou tuitar, o que acharem melhor? -
6:22 - 6:25Conversar é como fazer um sanduíche.
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6:25 - 6:30Especificamente, é fazer
um sanduíche junto com um amigo, -
6:30 - 6:33em que adiciono um ingrediente
e passo o sanduíche pra ele. -
6:33 - 6:36Ele adiciona um ingrediente
e me devolve o sanduíche. -
6:36 - 6:39Provavelmente ninguém
aqui faz sanduíche em equipe, -
6:39 - 6:42mas é uma metáfora, então prestem atenção.
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6:42 - 6:45Porque é assim que uma conversa deve ser:
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6:45 - 6:47adicionamos algo a ela,
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6:47 - 6:49pensamentos, ideias, uma história,
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6:49 - 6:51e então convidamos a outra pessoa a falar,
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6:51 - 6:54fazendo uma pergunta ou algo do tipo.
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6:54 - 6:57Adicionamos um ingrediente,
e devolvemos o sanduíche. -
6:57 - 6:59O amigo faz o mesmo
e nos devolve o sanduíche. -
6:59 - 7:02Portanto eu sabia o que se devia
fazer numa conversa. -
7:02 - 7:04Sabia como manter a conversa fluindo
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7:04 - 7:07e quando deveria adicionar algo.
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7:07 - 7:12Mas eu ainda precisava descobrir
como ser um bom interlocutor. -
7:12 - 7:15Como escolher tópicos
que interessassem as pessoas? -
7:15 - 7:19E isso foi difícil pra mim,
porque eu costumava divagar muito. -
7:19 - 7:22Se alguém me perguntasse:
"O que você fez hoje?", -
7:22 - 7:24eu contava tudo, tim-tim por tim-tim!
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7:24 - 7:25(Risos)
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7:25 - 7:28Raramente essa era a resposta esperada.
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7:28 - 7:30Então tive de descobrir o tom certo
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7:30 - 7:32e como evitar divagar.
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7:32 - 7:34Como só dizer o que as pessoas
estão interessadas em ouvir? -
7:34 - 7:37Daí, desenvolvi uma técnica
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7:37 - 7:39que chamei de "porta rangendo".
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7:39 - 7:41E ela funciona assim:
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7:41 - 7:42digamos que cheguem em casa tarde,
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7:42 - 7:46e a porta da frente é velha e range.
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7:46 - 7:48Ninguém vai querer abrir
a porta de uma vez, -
7:48 - 7:51porque (porta rangendo) vai
incomodar todo mundo na casa. -
7:51 - 7:53Então abrimos um pouquinho (rangido),
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7:53 - 7:55mais um pouco (rangido),
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7:55 - 7:57e continuamos (rangido, rangido),
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7:57 - 8:00até ela abrir completamente,
pra que possamos entrar. -
8:00 - 8:04Do mesmo modo, se alguém
me perguntasse alguma coisa, -
8:04 - 8:06eu compartilhava parte da resposta,
-
8:06 - 8:08e dava a oportunidade de pedirem mais.
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8:08 - 8:11Assim, se me perguntassem:
"O que você fez no fim de semana?" -
8:11 - 8:15Eu dizia: "Fui nadar", e parava por aí.
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8:15 - 8:18Se ficassem curiosos,
iam perguntar, e eu contava mais. -
8:18 - 8:20Se não perguntassem,
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8:20 - 8:23a gente mudava de assunto,
e nenhum estrago seria feito. -
8:24 - 8:27Descobri todos esses sistemas
de como interagir com as pessoas, -
8:27 - 8:30mas coloquei na minha própria língua.
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8:30 - 8:34Posso lhes contar tudo o que descobri,
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8:34 - 8:36mas, como já disse,
tenho a tendência de divagar, -
8:36 - 8:39então vou parar por aqui.
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8:39 - 8:40Mas a questão é
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8:41 - 8:44que minhas habilidades sociais
começaram a melhorar. -
8:44 - 8:48Comecei sem a intenção de ser perfeito,
apenas bom o bastante. -
8:48 - 8:52Comecei a ter conversas em que entendia
os sinais não verbais que me eram dados. -
8:52 - 8:56Comecei a ser capaz de fazer amizades
e ser parte de um grupo de amigos. -
8:56 - 9:00Pessoal, quero que entendam
como isso foi incrível pra mim. -
9:01 - 9:05pois Interação social foi algo
com que lutei a vida toda. -
9:06 - 9:09Mas aí entendi que não era
uma incapacidade permanente, -
9:09 - 9:11mas algo que eu podia superar.
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9:11 - 9:14Foi um passo enorme, mas, mais que isso,
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9:14 - 9:17foi poder desfrutar da alegria da amizade.
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9:17 - 9:20Para alguém que viveu
a vida toda à margem, -
9:20 - 9:22fazer parte de um grupo de amigos,
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9:22 - 9:24ser alguém com quem
as pessoas queriam sair... -
9:24 - 9:27foi incrível demais!
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9:27 - 9:30Acho que só percebi
o quanto as coisas tinham mudado -
9:30 - 9:33quando recebi um telefonema
do meu amigo Mark, -
9:33 - 9:36e ele falou: "Daniel, vamos reunir
a galera neste fim de semana?" -
9:36 - 9:39Eu respondi: "Parece uma boa ideia".
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9:40 - 9:43Houve uma longa pausa, e ele disse:
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9:43 - 9:45"Então... você organiza as coisas, né?"
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9:45 - 9:48De alguma forma, eu tinha passado
de pária social a planejador de festa. -
9:48 - 9:50(Risos)
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9:50 - 9:54Gente, ter Asperger
e aprender habilidades sociais -
9:54 - 9:58é como uma criança com péssima visão
usar óculos pela primeira vez. -
9:59 - 10:02Mas experimentar a alegria da amizade
depois de uma vida à margem -
10:02 - 10:06é como dar um par de óculos àquela criança
e depois levá-la ao Louvre. -
10:07 - 10:11O tio Ben do Homem-Aranha diz:
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10:11 - 10:13"Com grande poder
vem grande responsabilidade". -
10:13 - 10:15Este é um evento TEDx numa universidade,
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10:15 - 10:18então vamos usar citações eruditas aqui.
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10:18 - 10:19(Risos)
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10:19 - 10:23Assim, com grande poder
veio grande responsabilidade. -
10:23 - 10:27Se tive o poder de abrir a porta para
esse mundo novo da amizade e aceitação, -
10:27 - 10:31também não teria a responsabilidade
de fazer isso pelos outros? -
10:31 - 10:35Então, fiz uma coisa simples: comecei
a procurar ex-colegas que eram como eu. -
10:35 - 10:39Os jovens que eram estranhos,
diferentes, que não se encaixavam. -
10:40 - 10:42E me tornei amigo deles.
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10:42 - 10:47E no final essas pessoas foram
os amigos mais incríveis que já tive. -
10:47 - 10:52Acho que foi o tempo que eles passaram
à margem que fez deles tão incríveis. -
10:53 - 10:58Nossa cultura tem a estranha mania
de achar que a dor não é normal, -
10:58 - 11:02que o estado padrão da humanidade
é ser feliz o tempo todo. -
11:02 - 11:05Por isso, quando sentimos
essa pressão para nos encaixar, -
11:05 - 11:09sentimos pressão também
pra esconder a dor e fazer uma cara feliz. -
11:09 - 11:12Mas, quando a gente sabe
que não vai se encaixar, -
11:12 - 11:13quando se é um pária,
-
11:13 - 11:16mesmo a vida sendo difícil às vezes,
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11:16 - 11:19isso nos dá a liberdade
de reconhecer nossa dor, -
11:19 - 11:21e dessa forma reconhecer a dor alheia.
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11:21 - 11:23E assim se constrói a compaixão.
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11:23 - 11:25Ou podemos ver de outro ponto de vista.
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11:25 - 11:29Thoreau se isolou,
foi viver longe da sociedade, -
11:29 - 11:32pois queria viver de forma consciente.
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11:32 - 11:35Mas, quando a sociedade
nos empurra para o isolamento, -
11:35 - 11:39também nos força a viver
de forma consciente. -
11:39 - 11:41Podemos fazer escolhas
baseados não no que é popular, -
11:41 - 11:44nem no que está na moda,
ou no que os amigos pensam, -
11:44 - 11:49mas apenas com base
no que queremos ser e fazer. -
11:50 - 11:52Assim, quando me aproximei dessas pessoas,
-
11:52 - 11:54vi que eram amigos incríveis.
-
11:54 - 11:57Vi que as pessoas que procurei,
pensando que elas precisavam de mim, -
11:57 - 11:59eram as pessoas de quem eu precisava,
-
11:59 - 12:02porque eram mais capazes de me apoiar.
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12:02 - 12:04Vou dar um exemplo.
-
12:04 - 12:05No meu primeiro ano de faculdade,
-
12:05 - 12:08havia uma amiga passando
por um período difícil. -
12:08 - 12:11Por isso eu realmente tentei apoiá-la.
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12:11 - 12:17Daí, um dia recebo um telefonema
de casa, e é uma notícia muito ruim. -
12:17 - 12:20Eu me segurei até desligar
o telefone, mas depois desabei. -
12:20 - 12:25Estou falando de lágrimas,
de... foi terrível. -
12:27 - 12:31Eu estava chorando e de repente
senti um braço em volta de mim. -
12:31 - 12:34Olhei pra cima e era minha amiga,
a que eu estava ajudando. -
12:34 - 12:35Ela me abraçou e me confortou,
-
12:35 - 12:39e ela era exatamente a pessoa
de quem eu precisava naquele momento. -
12:39 - 12:44E, gente, não se trata apenas
-
12:44 - 12:47do apoio que recebi dos meus amigos,
-
12:47 - 12:51mas eles me ajudaram a entender
que não tem problema precisar de apoio. -
12:51 - 12:56Porque, quando comecei a ser sociável,
quando comecei a experimentar aceitação, -
12:56 - 13:00fiquei com um medo danado da rejeição.
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13:00 - 13:03Fiquei apavorado de fazer algo errado,
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13:03 - 13:06de cometer uma gafe, e as pessoas dizerem:
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13:06 - 13:09"Daniel é um impostor;
no fundo ele sempre foi estranho. -
13:09 - 13:10(Risos)
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13:10 - 13:12Vamos descer o pau nele!"
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13:12 - 13:15Obviamente esse medo não é muito realista,
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13:15 - 13:18mas nossos maiores medos
raramente o são, né mesmo? -
13:18 - 13:23Então eu sentia muita pressão
pra mostrar o meu melhor lado. -
13:23 - 13:24Mas isso é solitário.
-
13:24 - 13:26Porque, ao tentarmos mostrar nosso melhor,
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13:26 - 13:29o resto do nosso eu ainda está travado.
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13:29 - 13:31Porém, ao longo do tempo,
meus amigos me mostraram -
13:31 - 13:33que gostavam de mim por quem eu era.
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13:33 - 13:35Que não tenho de ser
o organizador de festas -
13:35 - 13:37ou o ombro amigo o tempo todo.
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13:37 - 13:42Ou seja, tudo bem ser apenas o Daniel,
mesmo que eu fosse estranho. -
13:43 - 13:46Esta é Sam, minha namorada na faculdade.
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13:46 - 13:49Como podem ver, ela foi
ótima em criar um lugar -
13:49 - 13:51onde eu sentia a liberdade
de ser apenas eu, -
13:51 - 13:54mesmo que isso fosse realmente estranho.
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13:55 - 13:57Eis alguns dos meus amigos mais queridos
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13:57 - 14:01numa xícara de chá na Disneylândia,
pois onde mais a gente vai com os amigos? -
14:01 - 14:05Ficamos bem próximos nesse grupo,
porque, no primeiro ano da faculdade, -
14:05 - 14:07decidimos que, uma vez
por semana, arranjaríamos tempo -
14:07 - 14:10para nos reunir, e sermos nós mesmos.
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14:10 - 14:11Cada semana era uma coisa diferente.
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14:11 - 14:15Às vezes, discutíamos um assunto,
às vezes jogávamos, -
14:15 - 14:18às vezes só curtíamos
a companhia uns dos outros. -
14:18 - 14:21A única regra era trazer
à tona nosso verdadeiro eu. -
14:21 - 14:25E então, semana após semana,
eu trazia o verdadeiro Dan -
14:25 - 14:27e, semana após semana,
era recebido com aceitação, -
14:27 - 14:30mesmo quando o verdadeiro Dan
era bem esquisito. -
14:30 - 14:32(Risos)
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14:34 - 14:37E assim, com o tempo,
meus amigos me ajudaram a perceber -
14:37 - 14:40que era legal eu poder ser
o SuperDan, o cara sociável, -
14:40 - 14:43que eu tenha aprendido
essas habilidades e tal, -
14:43 - 14:47mas que eu não precisava ser o SuperDan
ou o Dan sociável o tempo todo, -
14:47 - 14:50que ser eu mesmo bastava.
-
14:50 - 14:54E espero que percebam
que é suficiente vocês serem quem são. -
14:54 - 14:57Espero que entendam
que há pessoas no mundo -
14:57 - 15:00que vão gostar de vocês
exatamente do jeito que são. -
15:00 - 15:02E que não deveriam parar
de procurar por pessoas assim, -
15:02 - 15:06porque, no final, são elas
que nos definem. -
15:06 - 15:10São pessoas que não desistem de nós,
que veem o bem em nós, -
15:10 - 15:12mesmo quando somos duros conosco mesmos.
-
15:12 - 15:16Como diz o provérbio: "É preciso
uma aldeia para educar uma criança", -
15:16 - 15:19mas na verdade precisamos de uma aldeia
ao nosso redor a vida toda. -
15:19 - 15:23Minha história é a história
de uma aldeia, não é sobre mim. -
15:23 - 15:27É a história do apoio que recebi
desde sempre da minha família, -
15:27 - 15:29quando eu pelejava tanto.
-
15:29 - 15:31É a história dos amigos
que me encorajaram, -
15:31 - 15:33o que me permitiu encorajar outros.
-
15:33 - 15:36É a história das palavras gentis
que ouvi e passei adiante. -
15:36 - 15:40Em última instância, é a história da ideia
-
15:40 - 15:43de que todo mundo merece
um lugar pra chamar de seu. -
15:44 - 15:48Quando eu tinha sete anos,
-
15:49 - 15:54lanchava sozinho no recreio,
porque ninguém queria se sentar comigo. -
15:54 - 15:56Se eu tentasse sentar junto,
eles se levantavam. -
15:56 - 16:01Acho que posso afirmar que ninguém
ali via qualquer valor em mim. -
16:01 - 16:02Mas também posso afirmar
-
16:02 - 16:05que as pessoas da minha vida
que viram valor em mim -
16:05 - 16:08foram a razão pela qual fui capaz
de chegar aonde estou hoje. -
16:08 - 16:14Não quero me gabar, mas tenho
um site sobre habilidades sociais -
16:14 - 16:18que teve mais de 40 milhões de visitas,
minha história foi contada na mídia, -
16:18 - 16:21e estou dando uma palestra no TEDx
agora sobre a minha vida. -
16:22 - 16:26Acho que posso afirmar
que eu havia valor em mim, com certeza. -
16:30 - 16:34Mas só percebi esse valor porque pessoas
na minha vida me mostraram isso. -
16:36 - 16:39Percebi que não podia fazer isso sozinho.
-
16:40 - 16:44O ponto da minha palestra é muito simples:
-
16:45 - 16:49ninguém merece ficar sozinho,
e ninguém consegue nada sozinho. -
16:49 - 16:54Então, quem estiver só,
procure as pessoas, fale com elas. -
16:54 - 16:58E se virem alguém que esteja
solitário, sejam amigos dele. -
16:58 - 17:01Quando eu tinha sete anos,
sentado sozinho no recreio, -
17:01 - 17:04ficava louco pra alguém se aproximar.
-
17:04 - 17:06Ficava louco pra alguém
se sentar à minha mesa -
17:06 - 17:09e me mostrar que valia
a pena ser meu amigo. -
17:10 - 17:12Se estivessem ali comigo,
-
17:12 - 17:18se tivessem visto o garoto
merendando sozinho todos os dias, -
17:18 - 17:21vocês seriam aqueles
que teriam se sentado ao meu lado? -
17:21 - 17:23Se a resposta for "sim",
-
17:23 - 17:27então hoje também vocês seriam
aquele que se sentaria ao lado de alguém -
17:27 - 17:31que precisa tanto de um amigo,
como eu precisava na época? -
17:31 - 17:36Será que vocês seriam os únicos que veriam
alguém que todo mundo rejeitou, -
17:36 - 17:38e diriam: "Eu aceito aquela pessoa"?
-
17:38 - 17:43Seriam aquele que vê alguém que parece
estranho, esquisito ou diferente -
17:43 - 17:48e diriam: "Sabe de uma?
Ele pode ser um amigo muito legal". -
17:48 - 17:50E daí fariam amizade com ele?
-
17:50 - 17:52Vocês se sentariam ao lado dele
e perguntariam seu nome? -
17:52 - 17:57Vocês ouviriam a história dele
e se tornariam parte dela? -
17:57 - 17:59Eu prometo que, se vocês o fizerem,
-
18:00 - 18:04poderão descobrir que ele se tornou
uma parte incrível da história de vocês.
- Title:
- Minha vida com Asperger | Daniel Wendler | TEDxUniversityofArizona
- Description:
-
Como podemos assegurar que todos tenham uma comunidade onde se sintam aceitos? Para muitas pessoas, as estranhas, as tímidas, ou simplesmente as mal compreendidas, a vida é uma experiência solitária, e é difícil encontrar bons amigos.
Daniel Wendler experimentou isso na pele. Ele tem a Síndrome de Asperger, uma condição neurológica que o impediu de aprender habilidades sociais naturalmente. Sem tais habilidades para fazer amigos ou se defender de valentões, Daniel cresceu à margem.
No entanto, ele não deixou seus desafios defini-lo. Quando percebeu que seus problemas se deviam à sua falta de habilidades sociais, ele decidiu estudar a interação social como se fosse uma língua estrangeira. Com o tempo, através de livros, e com a ajuda de sua família, ele aprendeu por si mesmo as habilidades sociais que foi incapaz de aprender automaticamente. Ele usou suas novas habilidades para alcançar outros "forasteiros" e descobriu o poder de relacionamentos próximos e de uma comunidade genuína.
Hoje, ele trabalha para compartilhar, com os outros, o que aprendeu. Ele é um "coach" de habilidades sociais e administra um recurso on-line que teve mais de 250 mil visitas. Ele acredita que todos merecem um lugar para chamar de seu, e que todos nós temos algo em comum com o garoto estranho sentado sozinho na hora do recreio.
Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais, visite http://ted.com/ted
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDxTalks
- Duration:
- 18:06
Raissa Mendes approved Portuguese, Brazilian subtitles for My life with Asperger's | Daniel Wendler | TEDxUniversityofArizona | ||
Maricene Crus accepted Portuguese, Brazilian subtitles for My life with Asperger's | Daniel Wendler | TEDxUniversityofArizona | ||
Maricene Crus edited Portuguese, Brazilian subtitles for My life with Asperger's | Daniel Wendler | TEDxUniversityofArizona | ||
Maricene Crus edited Portuguese, Brazilian subtitles for My life with Asperger's | Daniel Wendler | TEDxUniversityofArizona | ||
Maricene Crus edited Portuguese, Brazilian subtitles for My life with Asperger's | Daniel Wendler | TEDxUniversityofArizona | ||
Raissa Mendes edited Portuguese, Brazilian subtitles for My life with Asperger's | Daniel Wendler | TEDxUniversityofArizona | ||
Raissa Mendes edited Portuguese, Brazilian subtitles for My life with Asperger's | Daniel Wendler | TEDxUniversityofArizona | ||
Raissa Mendes edited Portuguese, Brazilian subtitles for My life with Asperger's | Daniel Wendler | TEDxUniversityofArizona |