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Por que o preço dos medicamentos é tão alto? Investigando o desatualizado sistema de patentes dos EUA

  • 0:01 - 0:05
    Para meu marido,
    foi amor à primeira vista.
  • 0:05 - 0:06
    (Risos)
  • 0:06 - 0:08
    O que aconteceu foi o seguinte.
  • 0:08 - 0:10
    Anos atrás, Rudy,
  • 0:10 - 0:14
    que estava definitivamente
    na zona da amizade na época,
  • 0:14 - 0:16
    veio à minha casa e conheceu meu pai,
  • 0:16 - 0:20
    um cientista farmacêutico recém-aposentado
  • 0:20 - 0:22
    após colocar um medicamento no mercado.
  • 0:22 - 0:24
    Meu pai disse:
  • 0:24 - 0:26
    "Ah, você não deve ter ouvido a respeito.
  • 0:26 - 0:27
    É para FPI,
  • 0:27 - 0:30
    fibrose pulmonar idiopática".
  • 0:31 - 0:35
    Rudy ficou em silêncio
    por um longo tempo, então falou:
  • 0:35 - 0:39
    "Essa foi a doença
    que levou meu pai 15 anos atrás".
  • 0:40 - 0:43
    Rudy diz que nesse momento
    ele se apaixonou...
  • 0:43 - 0:45
    (Risos)
  • 0:45 - 0:46
    por meu pai.
  • 0:46 - 0:48
    (Risos)
  • 0:49 - 0:52
    Apesar de ser muito tarde
    para o meu pai salvar o pai de Rudy,
  • 0:52 - 0:55
    ele sentiu que o destino
    proporcionou aquele momento
  • 0:55 - 0:56
    em que um círculo se fechava.
  • 0:57 - 1:02
    Na minha família, temos um amor especial
    pelas invenções do meu pai.
  • 1:02 - 1:05
    E, especialmente, reverenciamos
    as patentes que ele criou.
  • 1:05 - 1:09
    Ele emoldurou as patentes
    e pendurou-as na parede de nossa casa.
  • 1:10 - 1:15
    E na nossa família reconhecemos
    que tudo que eu pude fazer,
  • 1:15 - 1:18
    faculdade, direito,
    trabalhar na justiça da saúde,
  • 1:18 - 1:21
    tudo foi possível porque os EUA
    permitiram que meu pai
  • 1:21 - 1:25
    desenvolvesse seu potencial de inventor.
  • 1:25 - 1:28
    (Aplausos)
  • 1:30 - 1:34
    Ano passado, me encontrei com o diretor
    do escritório de patentes dos EUA
  • 1:34 - 1:35
    pela primeira vez,
  • 1:35 - 1:39
    e enviei para minha família uma selfie
    naquele escritório na Virgínia.
  • 1:39 - 1:40
    (Risos)
  • 1:40 - 1:42
    Recebi tantas figurinhas de volta,
  • 1:42 - 1:44
    que parecia que eu tinha
    encontrado a Beyoncé.
  • 1:44 - 1:46
    (Risos)
  • 1:46 - 1:50
    Mas, a verdade seja dita,
    eu estava lá para falar sobre um problema:
  • 1:50 - 1:52
    como nosso desatualizado
    sistema de patentes
  • 1:52 - 1:55
    está contribuindo
    para o alto custo dos medicamentos
  • 1:55 - 1:57
    e custando vidas.
  • 1:57 - 2:02
    Hoje, cerca de 2 bilhões de pessoas
    vivem sem acesso a medicamentos.
  • 2:02 - 2:04
    E, com essa crise global,
  • 2:04 - 2:06
    o preço dos medicamentos
    está indo às alturas,
  • 2:06 - 2:08
    inclusive em países mais ricos.
  • 2:08 - 2:13
    Cerca de 34 milhões de estadunidenses
    perderam um familiar ou amigo
  • 2:13 - 2:15
    nos últimos 5 anos,
  • 2:15 - 2:17
    não porque o tratamento não existisse,
  • 2:17 - 2:20
    mas porque não podiam pagar por ele.
  • 2:20 - 2:24
    A elevação no custo de medicamentos
    está levando famílias a perder suas casas,
  • 2:24 - 2:27
    levando idosos à falência,
  • 2:27 - 2:29
    e levando pais a fazerem
    financiamentos coletivos
  • 2:29 - 2:31
    para tratar filhos com doenças críticas.
  • 2:32 - 2:35
    Há muitas razões para essa crise,
  • 2:35 - 2:38
    mas uma delas é a falta de atualização
    do sistema de patentes
  • 2:38 - 2:42
    que os EUA tentam exportar
    para o resto do mundo.
  • 2:43 - 2:46
    A intenção original
    por trás do sistema de patentes
  • 2:46 - 2:48
    era motivar as pessoas a inventarem,
  • 2:48 - 2:52
    recompensado-as com o monopólio
    por tempo determinado.
  • 2:52 - 2:56
    Mas hoje essa intenção foi
    consideravelmente distorcida.
  • 2:57 - 3:00
    As corporações têm equipes
    de advogados e lobistas
  • 3:00 - 3:05
    cujo único trabalho é ampliar a proteção
    das patentes tanto quanto possível.
  • 3:06 - 3:09
    E elas têm mantido
    o escritório de patentes ocupado.
  • 3:09 - 3:12
    O escritório de patentes dos EUA
  • 3:12 - 3:15
    levou 155 anos para emitir
    os primeiros 5 milhões de patentes.
  • 3:15 - 3:20
    E apenas 27 anos para emitir
    os próximos 5 milhões.
  • 3:21 - 3:24
    Não nos tornamos
    drasticamente mais inventivos.
  • 3:24 - 3:28
    As corporações se tornaram drasticamente
    melhores em manipular o sistema.
  • 3:29 - 3:31
    As patentes de medicamentos explodiram:
  • 3:31 - 3:36
    entre 2006 e 2016, elas dobraram.
  • 3:36 - 3:38
    Mas considerem o seguinte:
  • 3:39 - 3:44
    a grande maioria dos medicamentos
    associados a novas patentes
  • 3:44 - 3:46
    não são novos.
  • 3:46 - 3:50
    Cerca de oito a cada dez
    são para medicamentos existentes,
  • 3:50 - 3:53
    como insulina ou aspirina.
  • 3:53 - 3:57
    Minha organização,
    uma equipe de advogados e cientistas,
  • 3:57 - 3:59
    recentemente conduziu uma investigação
  • 3:59 - 4:03
    com os 12 medicamentos
    mais vendidos nos EUA.
  • 4:03 - 4:05
    Descobrimos que, em média,
  • 4:05 - 4:10
    há 125 patentes registradas
    para cada medicamento.
  • 4:10 - 4:13
    Normalmente para coisas
    que sabemos há décadas como fazer,
  • 4:13 - 4:16
    como fundir duas pílulas em uma.
  • 4:17 - 4:20
    Quanto maior a barreira patentária
    construída pelas empresas,
  • 4:20 - 4:23
    maior o tempo pelo qual
    elas mantêm o monopólio.
  • 4:23 - 4:25
    E, sem ninguém para competir,
  • 4:25 - 4:27
    elas podem colocar o preço que quiserem.
  • 4:27 - 4:29
    E, como são medicamentos
  • 4:29 - 4:31
    e não um relógio de designer,
  • 4:31 - 4:34
    não temos outra escolha além de pagar.
  • 4:35 - 4:39
    A barreira patentária é uma estratégia
    para barrar a competição.
  • 4:39 - 4:42
    Não pelo máximo de 14 anos
  • 4:42 - 4:46
    que os criadores do sistema
    imaginaram inicialmente,
  • 4:46 - 4:49
    ou pelos 20 anos
    permitidos pela lei atual,
  • 4:49 - 4:52
    mas por 40 anos ou mais.
  • 4:53 - 4:57
    Enquanto isso, o preço
    desses medicamentos continuou a subir,
  • 4:57 - 5:00
    subiu 68% desde 2012.
  • 5:00 - 5:04
    Isso é sete vezes a inflação.
  • 5:05 - 5:07
    E as pessoas estão sofrendo e até morrendo
  • 5:07 - 5:10
    porque não conseguem
    comprar os medicamentos.
  • 5:11 - 5:13
    Agora, quero ser muito clara sobre algo.
  • 5:13 - 5:17
    Não quero dizer que o vilão
    seja a indústria farmacêutica.
  • 5:18 - 5:20
    O que estou questionando
  • 5:20 - 5:24
    é se o sistema que criamos
    para promover progresso
  • 5:24 - 5:26
    está realmente funcionando
    como se pretendia.
  • 5:27 - 5:31
    Claro, as empresas farmacêuticas
    estão manipulando o sistema,
  • 5:31 - 5:34
    mas estão fazendo isso porque podem,
  • 5:34 - 5:38
    porque falhamos em adaptar esse sistema
  • 5:38 - 5:40
    para atender à realidade atual.
  • 5:40 - 5:42
    O governo está distribuindo
  • 5:42 - 5:45
    um dos melhores prêmios nos negócios:
  • 5:45 - 5:50
    a oportunidade de criar
    um produto protegido da competição,
  • 5:50 - 5:54
    e pedindo cada vez menos em troca.
  • 5:55 - 6:01
    Imaginem um único autor ganhar
    100 Prêmios Pulitzer pelo mesmo livro.
  • 6:01 - 6:02
    (Murmúrios)
  • 6:03 - 6:05
    Não precisa ser assim.
  • 6:05 - 6:08
    Podemos criar um sistema
    de patentes moderno
  • 6:08 - 6:11
    para atender as necessidades
    da sociedade do século 21.
  • 6:11 - 6:12
    E, para isso,
  • 6:12 - 6:16
    precisamos reimaginar o sistema
    de patentes para servir ao público,
  • 6:16 - 6:18
    não só às corporações.
  • 6:19 - 6:20
    Então, como fazer isso?
  • 6:21 - 6:22
    Cinco reformas.
  • 6:23 - 6:26
    Primeiro, precisamos parar
    de conceder tantas patentes.
  • 6:27 - 6:29
    Na administração Kennedy,
  • 6:29 - 6:33
    em um esforço de limitar
    o aumento do custo dos medicamentos,
  • 6:33 - 6:36
    um congressista do Tennessee
    fez uma proposta.
  • 6:36 - 6:38
    Ele disse:
  • 6:38 - 6:42
    "Se você quer ajustar um medicamento,
    e quer outra patente por ele,
  • 6:42 - 6:45
    a versão modificada deve ser
    significantemente melhor,
  • 6:45 - 6:47
    terapeuticamente, para os pacientes".
  • 6:47 - 6:49
    Devido a um lobby intenso,
  • 6:49 - 6:52
    essa ideia nunca foi adiante.
  • 6:52 - 6:55
    Mas um sistema de patentes reimaginado
  • 6:55 - 7:00
    iria ressuscitar e evoluir
    essa proposta simples, mas elegante,
  • 7:00 - 7:02
    de que, para obter uma patente,
  • 7:02 - 7:05
    você precisa inventar algo
    substancialmente melhor
  • 7:05 - 7:07
    do que o que já existe.
  • 7:07 - 7:09
    Isso não pode ser controverso.
  • 7:09 - 7:11
    Como sociedade,
  • 7:11 - 7:15
    reservamos os grandes prêmios
    para as grandes ideias.
  • 7:15 - 7:19
    Não damos estrelas Michelin
    para chefs que apenas adaptam uma receita.
  • 7:19 - 7:24
    Nós as damos para chefs que mudam
    nossa forma de pensar sobre a comida.
  • 7:24 - 7:27
    E, ainda assim, concedemos patentes
    que valem bilhões de dólares
  • 7:27 - 7:28
    por mudanças pequenas.
  • 7:29 - 7:31
    É hora de elevar os parâmetros.
  • 7:31 - 7:33
    Segundo,
  • 7:33 - 7:38
    precisamos mudar os incentivos financeiros
    do escritório de patentes.
  • 7:38 - 7:40
    Atualmente, a receita
    do escritório de patentes
  • 7:40 - 7:44
    está diretamente ligada
    ao número de patentes concedidas.
  • 7:45 - 7:51
    É como se as prisões privadas
    fossem pagas por manter mais pessoas;
  • 7:51 - 7:55
    isso levaria naturalmente
    a mais encarceramentos,
  • 7:55 - 7:56
    e não a menos.
  • 7:56 - 7:59
    O mesmo ocorre com as patentes.
  • 8:00 - 8:04
    Terceiro, precisamos
    de mais participação pública.
  • 8:04 - 8:07
    Hoje, o sistema de patentes
    é uma caixa-preta.
  • 8:07 - 8:09
    É uma conversa isolada
  • 8:09 - 8:13
    entre a indústria
    e o escritório de patentes.
  • 8:13 - 8:16
    Vocês e eu não somos
    convidados para essa festa.
  • 8:16 - 8:19
    Mas imaginem se, em vez disso,
  • 8:19 - 8:22
    o escritório de patentes
    fosse um centro dinâmico
  • 8:22 - 8:24
    para o aprendizado
    e a inventividade do cidadão,
  • 8:24 - 8:28
    empregando não só burocratas
    e especialistas técnicos,
  • 8:28 - 8:32
    mas também grandes
    contadores de história de saúde pública
  • 8:32 - 8:34
    apaixonados pela ciência.
  • 8:34 - 8:38
    Cidadãos comuns poderiam obter
    informação acessível
  • 8:38 - 8:40
    sobre tecnologias complexas
  • 8:40 - 8:44
    como inteligência artificial
    ou edição genética,
  • 8:44 - 8:49
    possibilitando que participássemos
    nas conversas sobre políticas
  • 8:49 - 8:52
    que impactam diretamente
    nossa saúde e nossa vida.
  • 8:54 - 8:55
    Quarto,
  • 8:56 - 8:59
    precisamos ter o direito de ir à justiça.
  • 8:59 - 9:03
    Hoje, nos EUA, depois
    que uma patente é concedida,
  • 9:03 - 9:06
    o público não tem amparo legal.
  • 9:06 - 9:11
    Apenas os que têm interesse comercial,
    usualmente outras empresas farmacêuticas,
  • 9:11 - 9:12
    têm esse direito.
  • 9:13 - 9:16
    Mas eu presenciei em primeira mão
    como vidas podem ser salvas
  • 9:16 - 9:20
    quando os cidadãos comuns
    têm o direito de ir à justiça.
  • 9:21 - 9:23
    Em 2006, na Índia,
  • 9:23 - 9:26
    minha organização trabalhou
    com defensores dos pacientes
  • 9:26 - 9:30
    para desafiar legalmente patentes injustas
    de medicamentos contra o HIV,
  • 9:31 - 9:33
    num momento em que muitas pessoas morriam,
  • 9:33 - 9:36
    porque o preço dos medicamentos
    era exorbitante.
  • 9:36 - 9:39
    Conseguimos baixar
    o preço dos medicamentos
  • 9:39 - 9:41
    em até 87%.
  • 9:41 - 9:44
    (Aplausos)
  • 9:46 - 9:48
    Em apenas três medicamentos,
  • 9:48 - 9:52
    os sistemas de saúde
    economizaram US$ 500 milhões.
  • 9:52 - 9:57
    Casos como esses
    podem salvar milhões de vidas
  • 9:57 - 9:59
    e economizar bilhões de dólares.
  • 9:59 - 10:04
    Imaginem se os estadunidenses
    tivessem o direito de ir à justiça.
  • 10:05 - 10:09
    E, por fim, precisamos
    de uma fiscalização mais forte.
  • 10:10 - 10:15
    Precisamos de uma unidade independente
    que possa servir como um defensor público,
  • 10:16 - 10:19
    monitorando regularmente as atividades
    do escritório de patentes
  • 10:19 - 10:21
    e relatando ao congresso.
  • 10:22 - 10:24
    Se uma unidade como essa existisse,
  • 10:24 - 10:28
    teria pego, por exemplo,
    a empresa Theranos, do Vale do Silício,
  • 10:28 - 10:32
    antes que ela tivesse conseguido
    tantas patentes para exames de sangue
  • 10:32 - 10:36
    e fosse avaliada em US$ 9 bilhões,
  • 10:36 - 10:37
    quando, na verdade,
  • 10:37 - 10:39
    não havia invenção nenhuma ali.
  • 10:40 - 10:45
    Esse tipo de responsabilização
    é cada vez mais urgente.
  • 10:45 - 10:47
    Na era da 23andMe,
  • 10:47 - 10:49
    perguntas importantes estão sendo feitas
  • 10:49 - 10:52
    sobre se as empresas
    podem patentear e vender
  • 10:52 - 10:56
    nossa informação genética
    e os dados de nossos pacientes.
  • 10:56 - 10:59
    Precisamos participar dessas conversas
  • 10:59 - 11:01
    antes que seja tarde.
  • 11:01 - 11:05
    Nossa informação está sendo usada
    para criar novas terapias.
  • 11:05 - 11:10
    E, quando o momento do diagnóstico
    chegar para mim e para minha família,
  • 11:10 - 11:12
    ou para vocês e os seus,
  • 11:12 - 11:16
    vamos precisar de financiamento coletivo
    para salvar as vidas de quem amamos?
  • 11:17 - 11:19
    Esse não é o mundo em que quero viver.
  • 11:19 - 11:23
    Esse não é o mundo que quero
    para meu filho de dois anos.
  • 11:24 - 11:28
    Meu pai está envelhecendo,
  • 11:28 - 11:33
    e ainda é brilhante e moralmente
    orientado, como sempre foi.
  • 11:33 - 11:37
    Às vezes nos perguntam
    se entramos em conflito:
  • 11:37 - 11:39
    o cientista detentor de patentes
  • 11:39 - 11:42
    e sua filha advogada
    reformista do sistema de patentes.
  • 11:43 - 11:48
    É um grande mal-entendido
    sobre o que está em jogo,
  • 11:48 - 11:52
    porque isso não tem a ver
    com cientistas contra ativistas,
  • 11:52 - 11:55
    ou invenção contra proteção.
  • 11:55 - 11:57
    Isso tem a ver com pessoas,
  • 11:57 - 12:00
    nossa busca por invenções
    e nosso direito à vida.
  • 12:01 - 12:05
    Meu pai e eu entendemos
    que nossa inventividade e nossa dignidade
  • 12:05 - 12:07
    andam de mãos dadas.
  • 12:07 - 12:10
    Estamos do mesmo lado.
  • 12:10 - 12:13
    É hora de reimaginar
    um sistema de patentes
  • 12:13 - 12:15
    que reflita esse entendimento.
  • 12:16 - 12:17
    Obrigada.
  • 12:17 - 12:20
    (Aplausos)
Title:
Por que o preço dos medicamentos é tão alto? Investigando o desatualizado sistema de patentes dos EUA
Speaker:
Priti Krishtel
Description:

Entre 2006 e 2016, o número de patentes de medicamentos concedidas nos EUA duplicou; mas não porque tenha havido uma explosão de invenções e inovações. As empresas de medicamentos aprenderam a manipular o sistema, acumulando patentes não por novos medicamentos, mas por pequenas mudanças nos que já existiam, permitindo a elas criarem monopólios, bloquear a competição e elevar os preços. A advogada de justiça de saúde, Priti Krishtel, lança luz sobre como perdemos de vista a intenção original do sistema de patentes, e oferece cinco reformas no sistema para reprojetá-lo de forma a atender ao público e salvar vidas.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
12:34

Portuguese, Brazilian subtitles

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