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Os impactos sociais causados pelas mudanças climáticas

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    Não há dúvidas de que a fonte principal
    de todos os nossos problemas,
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    principalmente no setor governamental,
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    é o crescimento populacional.
  • 0:11 - 0:13
    (Música)
  • 0:13 - 0:17
    [O INTERCÂMBIO DE CONHECIMENTO]
  • 0:17 - 0:21
    [AS ENTREVISTAS A SEGUIR
    SÃO TRECHOS DO CURSO "DENIAL 101X"]
  • 0:21 - 0:24
    Katharine Hayhoe:
    Adoro o documentário "O planeta em perigo"
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    porque questiona um dos principais mitos
    sobre a mudança climática, frontalmente.
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    Um desses mitos diz
    que a mudança climática
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    é uma questão bastante distante,
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    tão distante no espaço que afeta
    apenas os ursos polares,
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    e muito distante no tempo,
    sendo um problema das futuras gerações.
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    Esse mito não é cultivado apenas
    pelos que negam a mudança climática.
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    Até mesmo aqueles que acreditam
    na mudança arirmam:
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    "Pensamos nisso depois."
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    Como foi dito no documentário:
  • 0:49 - 0:53
    "Não! Estamos enfrentando isso
    neste exato momento, gostando ou não.
  • 0:53 - 0:54
    E deixe-nos mostrar os rostos
  • 0:55 - 0:57
    daqueles que estão lidando
    com isso ao redor do mundo."
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    Sarah Perkins: Não estamos falando
    de 50 ou 40 anos atrás.
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    Não é que isso será um problema.
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    Já é um problema.
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    Jonathan Bamber: Todos os setores,
    o da agricultura e do ambiente urbano...
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    Tudo o que foi planejado pressupõe
    um clima bastante estável,
  • 1:14 - 1:17
    um clima não modificado
    irresponsavelmente,
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    que sofre interferência de forma
    irresponsável e descontrolada.
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    Eric Rignot: A ciência tem observado
    o impacto disso no clima,
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    nos seres humanos,
    no nível dos mares e nas chuvas.
  • 1:28 - 1:32
    Isso afetará a produção de alimentos
    e a região onde as pessoas moram.
  • 1:32 - 1:34
    Existem consequências graves.
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    Teremos sérios impactos na biodiversidade
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    os quais serão maiores
    do que o aumento do nível dos mares.
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    É a extinção das espécies.
  • 1:41 - 1:47
    SP: Infelizmente, aqueles que causam
    os problemas não serão os mais afetados.
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    Os EUA têm as maiores
    taxas de passageiros por habitante.
  • 1:51 - 1:54
    Mas são as pessoas em regiões
    em desenvolvimento
  • 1:54 - 1:56
    que serão as mais afetadas.
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    O pobre e velho [Curabeth] tem sofrido
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    com o avanço das águas
    do mar e inundações.
  • 2:01 - 2:05
    Esses fenômenos não emitem gases
    de efeito estufa na atmosfera.
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    Lisa Alexander: Numa ilha do Pacífico,
    que possui baixa altitude,
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    um pequeno aumento no nível do mar
  • 2:11 - 2:15
    faz uma grande diferença
    para sua sobrevivência.
  • 2:15 - 2:19
    Junte a tudo isso
    uma maré alta ou uma ressaca
  • 2:19 - 2:22
    e teremos algumas regiões do mundo
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    que são muito vulneráveis
    a essa combinação de eventos.
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    JB: Somos uma espécie muito vulnerável
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    a quaisquer mudanças no nível do mar.
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    Existem países como Bangladesh,
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    os Países Baixos e todos
    os atóis do Pacífico Sul,
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    que seriam totalmente devastados,
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    caso o nível do mar subisse
    um pouco mais de um metro.
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    Mathew England: Milhões de pessoas
    ficarão desalojadas,
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    segundo projeções preliminares
    sobre o aumento do nível do mar.
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    Estudos mais sofisticados
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    preveem que o crescente derretimento
    do gelo continental
  • 2:57 - 3:00
    de regiões como Groenlândia e Antártica,
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    deverá provocar grandes
    deslocamentos populacionais.
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    JB: O aumento do nível do mar
    de mais ou menos um metro
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    poderia ocasionar o deslocamento
    de mais de 200 milhões de pessoas.
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    Richard Alley: Não restam dúvidas:
    mesmo com uma lenta modificação do clima,
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    chegaremos a um limite para tudo.
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    Em cidades que estejam
    protegidas por uma barragem,
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    a água pode ficar abaixo
    do nível da barragem,
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    durante uma tempestade,
  • 3:31 - 3:33
    ou acima desse nível.
  • 3:33 - 3:35
    E essa pequena mudança
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    pode ser crucial para definir
    se a cidade continuará habitável ou não.
  • 3:40 - 3:44
    Lonnie Thompson: Nos trópicos,
    será possível ver
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    os primeiros impactos sobre as pessoas,
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    pois naquela região elas vivem
    abaixo do nível das geleiras,
  • 3:50 - 3:54
    e existem muitas pessoas
    que vivem à jusante.
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    O que acontece com essas geleiras
    é muito importante.
  • 3:58 - 4:00
    Luke Copland:
    As geleiras atuam como esponjas.
  • 4:00 - 4:04
    Durante o inverno, elas retêm a neve.
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    Depois, elas liberam essa neve
  • 4:06 - 4:08
    no período mais seco do ano,
    que costuma ser no verão.
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    As geleiras tendem a equilibrar
    a precipitação anual
  • 4:13 - 4:19
    e permitem que certas regiões
    possam ser cultivadas durante o verão.
  • 4:19 - 4:21
    Caso contrário, seriam áreas muito secas.
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    LT: Tomemos o Peru como exemplo.
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    Sabemos que 70% das geleiras tropicais
    estão nos Andes, no Peru.
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    Temos um país com 34 milhões de pessoas.
  • 4:32 - 4:35
    Mais de 50% das pessoas vivem no deserto,
    na costa oeste do Peru,
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    as quais dependem dos rios
    que vêm das geleiras andinas.
  • 4:42 - 4:45
    E 76% de sua energia elétrica
    vem de hidrelétricas,
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    das águas que vêm dessas geleiras.
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    Se considerarmos o Tibete,
  • 4:50 - 4:52
    existem 46 mil geleiras por lá.
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    No caso do rio Indo,
  • 4:54 - 4:56
    ele percorre países como a China,
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    passa pelo Paquistão e pela Índia.
  • 5:00 - 5:02
    Todos esses países têm bomba atômica
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    e dependem daquele rio
    para o abastecimento de água.
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    Essas regiões são geopoliticamente
    importantes para o futuro.
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    LC: Talvez, o maior impacto causado
    tenha sido na agricultura porque...
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    Se considerarmos as pradarias
    no leste das Montanhas Rochosas,
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    temos enormes áreas abastecidas
    pelos rios que vêm dessas montanhas.
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    LA: Se precisássemos alimentar
    a população do mundo inteiro
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    e tivéssemos culturas como o trigo,
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    a qual não apresenta
    muita resistência a situações extremas,
  • 5:36 - 5:38
    estaríamos em sérios apuros.
  • 5:38 - 5:42
    SP: Pense nas pessoas que não têm acesso
    a coisas como ar-condicionado
  • 5:42 - 5:44
    ou uma boa infraestrutura
    na área da saúde.
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    Se houver uma onda de calor em tais áreas,
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    as pessoas ficarão doentes.
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    Os idosos ficarão doentes
    com as ondas de calor.
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    Sem uma boa infraestrutura pública,
    muitas pessoas morrerão.
  • 5:54 - 5:55
    LA: Em relação à saúde pública,
  • 5:55 - 5:59
    se analisarmos as taxas
    de morbidade e mortalidade,
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    veremos que elas sofreram
    um aumento substancial.
  • 6:02 - 6:05
    Na Europa, em 2003,
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    houve por volta de 30 a 50 mil mortes
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    devido às ondas de calor.
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    Jeremy Kerr: Faço pesquisas
    na África Oriental.
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    Temos visto os impactos
    da mudança climática
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    e é assustador.
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    Vimos o que acontece com as pessoas
  • 6:21 - 6:25
    quando o mosquito hospedeiro da malária
    se espalha pela região.
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    Isso mata as pessoas.
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    Não é uma questão acadêmica.
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    É uma questão fundamentalmente ética.
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    RA: A mudança climática a curto prazo
    é cara, mas nem tanto.
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    Com o aumento da mudança climática,
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    quando pensamos a longo prazo,
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    tanto os prejuízos
    quanto os preços aumentarão.
  • 6:46 - 6:49
    Grosso modo, a cada aumento de 1 ºC
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    os custos sobem um degrau.
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    O primeiro aumento de 1 ºC
    quase não foi notado
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    e não foi tão caro.
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    Mas já passamos dessa fase.
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    O segundo aumento de 1 ºC
    custará um pouco mais,
  • 7:02 - 7:05
    se distanciando daquilo
    a que estamos acostumados
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    e começando a incomodar.
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    E estamos comprometidos com essa fase.
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    O terceiro aumento
    de 1 ºC será mais caro.
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    Será assim com o quarto e o quinto.
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    O nível do mar subirá muito.
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    E já temos problemas com alguns cultivos,
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    podendo esbarrar contra
    os limites bioquímicos,
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    e a capacidade de produzirmos alimentos
    se tornará algo preocupante.
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    Quando alcançarmos o terceiro,
    quarto e quinto aumentos de 1 ºC,
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    os prejuízos e os impactos
    aumentarão muito.
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    Mas estamos discutindo
    sobre o terceiro aumento de 1 ºC.
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    Alertamos sobre o primeiro
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    e estamos comprometidos
    com o segundo aumento.
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    JK: Existem consequências
    em termos de vidas humanas.
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    Existem consequências
    em termos de taxas de extinção.
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    Existem consequências em termos
    de serviços ecossistêmicos.
  • 7:52 - 7:56
    A cada dia que não buscamos
    resolver esses problemas,
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    eles se tornam maiores,
    mais caros, mais imediatos,
  • 8:02 - 8:08
    e, em algumas regiões do mundo,
    aumentará o número de vítimas.
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    Essa questão é fundamental
    e não temos mais tempo a perder.
  • 8:13 - 8:15
    Isso não é um discurso academicista.
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    As consequências são reais.
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    Ove Hoeg-Guldberg: Temos que alertar
    a todos sobre o que está acontecendo.
  • 8:21 - 8:23
    Isso é muito grave.
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    Mas podemos solucionar isso.
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    Não por causa da economia,
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    mas porque é o nosso planeta
    e isso afetará as pessoas que amamos.
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    [Música]
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    [A COMUNICAÇÃO É O CATALISADOR]
  • 8:40 - 8:42
    Tradutora: Elaine Oliveira
  • 8:44 - 8:46
    Revisor: Ruy Lopes Pereira
Title:
Os impactos sociais causados pelas mudanças climáticas
Description:

As mudanças climáticas não são uma questão distante. Temos que lidar com isso agora. Este vídeo aborda como as mudanças climáticas podem impactar as sociedades de modo geral. A cada dia que não buscarmos solucionar os problemas causados pelas mudanças climáticas, tais problemas se tornarão cada vez piores e cada vez mais caros para se resolver.

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Musica de fundo: "Ever Mindful" Kevin MacLeod (incompetech.com), sob a licença Creative Commons: Por atribuição da licença 3.0 http://creativecommons.org/licenses/by/3.0/

As entrevistas são trechos do curso edX "Making Sense of Climate Change Denial" (Dando sentido ao negacionismo das mudanças climáticas). Para fazer esse curso, acesse: https://www.edx.org/course/making-sense-climate-science-denial-uqx-denial101x-4.

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Video Language:
English
Team:
Amplifying Voices
Project:
Environment and Climate Change
Duration:
08:48

Portuguese, Brazilian subtitles

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