Return to Video

Duas perguntas para descobrir a nossa paixão e torná-la numa carreira

  • 0:01 - 0:04
    Se temos um emprego cujo salário
    chega para as nossas necessidades,
  • 0:04 - 0:07
    para as contas e ainda
    nos sobra algum dinheiro,
  • 0:07 - 0:09
    o pressuposto é que somos felizes,
  • 0:09 - 0:11
    ou, melhor ainda, realizados.
  • 0:12 - 0:14
    E parece impensável acordarmos e dizermos
  • 0:14 - 0:17
    que vamos deixar um trabalho assim
    para perseguir uma paixão.
  • 0:18 - 0:21
    Foi esse o meu dilema há seis anos.
  • 0:21 - 0:24
    Tinha um emprego confortável,
    uma vida confortável,
  • 0:24 - 0:27
    e as pessoas esperavam
    que eu estivesse realizada,
  • 0:27 - 0:29
    mas não estava.
  • 0:29 - 0:32
    Havia algo em mim que queria mais.
  • 0:32 - 0:35
    Havia um desequilíbrio entre
    as coisas que fazia diariamente
  • 0:35 - 0:38
    e as coisas que
    realmente gostava de fazer.
  • 0:39 - 0:41
    Então, decidi despedir-me
  • 0:41 - 0:45
    e explorar a possibilidade de trazer
    esta paixão para a minha rotina diária.
  • 0:46 - 0:51
    O problema com encontrar a nossa paixão
    é que não é algo evidente.
  • 0:51 - 0:53
    Mesmo as pessoas com dinheiro e diplomas,
  • 0:53 - 0:56
    têm problemas em identificar a sua paixão.
  • 0:56 - 0:59
    E aqui estava eu, com 30 anos,
  • 0:59 - 1:01
    a falar sobre encontrar a minha paixão
  • 1:01 - 1:03
    e a torná-la uma carreira.
  • 1:04 - 1:05
    Toda a gente me dizia:
  • 1:05 - 1:09
    "Só podes falar em paixões
    quando tiveres dinheiro suficiente
  • 1:09 - 1:10
    (Risos)
  • 1:10 - 1:14
    "ou, pelo menos,
    quando estiveres pronta para a reforma."
  • 1:14 - 1:17
    Há a ideia de que fazer uma introspeção
  • 1:17 - 1:20
    e descobrir as coisas
    que nos dão prazer e realização,
  • 1:20 - 1:23
    é um luxo do qual
    só os ricos podem usufruir,
  • 1:23 - 1:28
    ou um prazer que só
    os reformados podem explorar.
  • 1:28 - 1:30
    Isto fez-me pensar:
  • 1:30 - 1:32
    A paixão será algo só para os ricos
  • 1:32 - 1:36
    ou uma experiência da qual
    só os reformados podem desfrutar?
  • 1:36 - 1:39
    Muitos de nós fomos convencidos
  • 1:39 - 1:42
    de que a vida é uma corrida
    pela sobrevivência.
  • 1:42 - 1:45
    Fomos condicionados
    a vermo-nos como sobreviventes,
  • 1:45 - 1:48
    que devem fazer tudo o que estiver
    ao seu alcance para sobreviver.
  • 1:48 - 1:53
    Em África, somos criados
    para ir à escola, estudar e passar,
  • 1:53 - 1:56
    na esperança de, depois,
    virmos a ter um emprego.
  • 1:56 - 1:59
    E, se conseguirmos, ficamos lá,
    não importa o quão mau seja.
  • 1:59 - 2:01
    (Risos)
  • 2:01 - 2:04
    Até recebermos uma proposta melhor,
    ou pedirmos a reforma.
  • 2:06 - 2:08
    E, como eu desisti da escola,
  • 2:08 - 2:10
    sabia que não tinha direito a nada.
  • 2:10 - 2:13
    Todas as oportunidades eram um privilégio.
  • 2:14 - 2:17
    E, portanto, quando pensei em despedir-me,
  • 2:17 - 2:19
    corri um grande risco.
  • 2:19 - 2:21
    Tinha duas alternativas,
  • 2:21 - 2:23
    as mais comuns em África.
  • 2:23 - 2:28
    A primeira, inscrever-me num curso
    qualquer numa instituição e fazê-lo.
  • 2:28 - 2:32
    A segunda opção, contentar-me com qualquer
    oportunidade de emprego que arranjasse,
  • 2:32 - 2:35
    quaisquer que fossem
    as condições de trabalho,
  • 2:35 - 2:36
    e fazê-lo.
  • 2:36 - 2:39
    Isso explica, provavelmente,
    o facto de termos tantos jovens
  • 2:39 - 2:42
    a serem traficados,
    na procura por um futuro melhor.
  • 2:43 - 2:45
    Optei pela primeira opção.
  • 2:45 - 2:47
    Vi algumas instituições vocacionais,
  • 2:47 - 2:51
    na esperança de encontrar um curso
    que estivesse em sintonia comigo,
  • 2:51 - 2:54
    com o meu sonho e a minha aspiração.
  • 2:54 - 2:58
    Fiquei desiludida quando percebi que
    não havia lugar para excluídos como eu
  • 2:58 - 3:00
    nessas instituições.
  • 3:00 - 3:03
    Em muitas partes do mundo,
    o sistema de educação
  • 3:03 - 3:05
    foi concebido à volta
    de opções pré-selecionadas,
  • 3:05 - 3:10
    onde se espera que os jovens se integrem,
    ou se arriscam a ficarem excluídos.
  • 3:10 - 3:13
    Portanto, durante a escola
    fui encorajada e condicionada
  • 3:13 - 3:16
    a pensar numa linha reta
    e a não me desviar dela.
  • 3:17 - 3:20
    Mas, quando desisti,
    descobri um mundo de possibilidades.
  • 3:20 - 3:23
    Sabia que podia ser tudo,
    podia estudar tudo,
  • 3:24 - 3:26
    e, então, aproveitei
    uns cursos "online" grátis.
  • 3:26 - 3:29
    Foi assim que construí o meu CV,
    arranjei um emprego,
  • 3:29 - 3:31
    e trabalhei durante oito anos.
  • 3:31 - 3:33
    Depois de oito anos
  • 3:33 - 3:35
    pensei que, certamente,
    haveria mais para viver
  • 3:35 - 3:38
    do que simplesmente
    passar pelas rotinas da vida.
  • 3:38 - 3:42
    Então, em 2014, fundei
    uma organização, chamada Kyusa.
  • 3:42 - 3:44
    Trabalhamos com jovens
    que saíram da escola
  • 3:44 - 3:46
    e incentivamo-los a transformar
    as suas paixões
  • 3:46 - 3:50
    em negócios rentáveis,
    escaláveis e sustentáveis.
  • 3:50 - 3:52
    Quando falamos sobre paixão,
  • 3:52 - 3:55
    uma das perguntas
    mais frequentes que fazem é:
  • 3:55 - 3:58
    "O que é a paixão?
    Como é que a encontro?"
  • 3:58 - 4:00
    A definição mais simples
  • 4:00 - 4:03
    é que a paixão é um conjunto
    das nossas experiências
  • 4:03 - 4:06
    que nos dão o mais puro
    sentimento de realização.
  • 4:06 - 4:10
    Para identificarmos a nossa paixão,
    precisamos de fazer uma introspeção.
  • 4:10 - 4:13
    Então, fazemo-nos
    duas perguntas reflexivas.
  • 4:13 - 4:15
    A primeira é:
  • 4:15 - 4:18
    "Se tivessem todo o tempo
    e dinheiro do mundo,
  • 4:18 - 4:21
    "o que fariam com o vosso tempo?"
  • 4:21 - 4:23
    Parece uma pergunta simples,
  • 4:23 - 4:25
    mas muitas pessoas têm
    dificuldade em responder-lhe
  • 4:25 - 4:28
    porque nunca pensaram nisso.
  • 4:28 - 4:30
    A segunda pergunta que fazemos é:
  • 4:30 - 4:32
    "O que é que vos faz feliz,
  • 4:32 - 4:35
    "ou vos dá um sentimento de realização?"
  • 4:35 - 4:38
    Agora, podem assumir que todos
    sabemos o que nos faz felizes,
  • 4:38 - 4:41
    mas é interessante perceber
    que há muitas pessoas
  • 4:41 - 4:43
    que não fazem ideia do que as faz felizes,
  • 4:44 - 4:47
    porque estão tão ocupadas
    com as rotinas da vida,
  • 4:47 - 4:50
    que não param para fazer uma introspeção.
  • 4:50 - 4:54
    E identificar as coisas que nos
    dão um sentimento de realização
  • 4:54 - 4:56
    e as coisas que nos dão felicidade,
  • 4:56 - 4:59
    são os pensamentos que nos guiam
    em direção à nossa paixão.
  • 5:00 - 5:01
    E, caso se estejam a questionar
  • 5:02 - 5:04
    quanto às vossas respostas
    àquelas duas perguntas,
  • 5:04 - 5:07
    convido-vos a pensarem nelas
    mais tarde e a refletir sobre isso.
  • 5:09 - 5:10
    No entanto, também sei
  • 5:11 - 5:14
    que a paixão por si só
    não garante sucesso na vida.
  • 5:15 - 5:16
    E devo dizer-vos
  • 5:16 - 5:19
    que nem todas as paixões
    se podem tornar numa carreira.
  • 5:20 - 5:22
    Para uma paixão se tornar uma carreira,
  • 5:22 - 5:25
    deve ser acompanhada
    pelo conjunto certo de aptidões,
  • 5:25 - 5:27
    de condicionamento
    e de posicionamento.
  • 5:28 - 5:30
    Quando pedimos aos jovens
    que façam uma introspeção,
  • 5:30 - 5:33
    também lhes perguntamos que aptidões têm,
  • 5:33 - 5:36
    que talentos têm, que experiência têm
  • 5:36 - 5:40
    que possam utilizar para se destacarem
    no mercado de trabalho.
  • 5:40 - 5:43
    Além disso, também analisamos
    as tendências do mercado,
  • 5:43 - 5:46
    porque não interessa
    o quão adoras uma coisa.
  • 5:46 - 5:49
    Se ninguém a procurar
    ou está disposto a pagar por isso,
  • 5:49 - 5:50
    não pode ser uma carreira.
  • 5:50 - 5:52
    É só um passatempo.
  • 5:54 - 5:58
    A terceira coisa que analisamos é:
    Como é que te posicionas?
  • 5:58 - 6:00
    Quem é o teu alvo?
    A quem é que queres vender?
  • 6:00 - 6:03
    Porque é que te comprariam?
  • 6:03 - 6:06
    Então, a combinação destas três coisas
    é o que permite a evolução
  • 6:06 - 6:09
    de uma simples paixão para um negócio.
  • 6:10 - 6:13
    Muitos dos nossos jovens
    têm conseguido transformar as suas ideias
  • 6:13 - 6:15
    e os seus desejos profundos
    em negócios rentáveis
  • 6:15 - 6:17
    ou empresas sociais,
  • 6:17 - 6:19
    e não estão apenas a criar empregos,
  • 6:19 - 6:22
    também estão a resolver
    problemas sociais.
  • 6:23 - 6:25
    Partilho convosco dois exemplos.
  • 6:25 - 6:27
    Um deles é a Esther.
  • 6:27 - 6:29
    Conheci a Esther há dois anos.
  • 6:29 - 6:31
    Tinha abandonado a escola há dois anos
  • 6:31 - 6:34
    e tinha ficado muito afetada
    pela sua desistência.
  • 6:34 - 6:37
    Consequentemente, tinha tido
    uma depressão grave,
  • 6:37 - 6:41
    ao ponto de ter tentado tirar
    a própria vida diversas vezes.
  • 6:41 - 6:44
    Os seus amigos e família
    não sabiam como ajudá-la.
  • 6:44 - 6:46
    Apenas rezavam por ela.
  • 6:47 - 6:49
    Quando conheci a Esther
    e começámos a conversar,
  • 6:49 - 6:51
    fiz-lhe uma simples pergunta:
  • 6:51 - 6:54
    "Se tivesses todo o tempo
    e dinheiro do mundo,
  • 6:54 - 6:56
    "o que farias?"
  • 6:56 - 6:59
    Sem pensar duas vezes,
    os olhos dela brilharam
  • 6:59 - 7:03
    e começou-me a falar de como queria
    mudar as vidas dos jovens.
  • 7:03 - 7:05
    Queria transmitir esperança
    e dignidade a outros adolescentes
  • 7:05 - 7:09
    ajudando-os a tomar
    decisões de vida conscientes.
  • 7:11 - 7:15
    Eu fiquei com a certeza
    de que aquele desejo dela era insaciável.
  • 7:16 - 7:19
    Então, trabalhei com a Esther
    para lhe dar as bases para o concretizar.
  • 7:19 - 7:22
    Hoje, gere uma associação na sua aldeia,
  • 7:22 - 7:27
    para alertar para o uso de drogas,
    para a saúde mental, sexual e reprodutiva,
  • 7:28 - 7:30
    e está a ajudar outros jovens
    que abandonaram a escola
  • 7:30 - 7:33
    a adquirir aptidões vocacionais
    para poderem ganhar a vida.
  • 7:34 - 7:36
    A Esther fez 20 anos este ano
  • 7:38 - 7:42
    e, nos últimos dois anos, tem organizado
    um festival anual para adolescentes
  • 7:42 - 7:45
    que junta mais de 500 adolescentes.
  • 7:46 - 7:49
    (Aplausos)
  • 7:51 - 7:55
    Jovens que podem conhecer-se
    e colaborar em diferentes projetos,
  • 7:55 - 7:58
    mas, sobretudo, ter a oportunidade
    de conhecer profissionais
  • 7:58 - 8:00
    que. de outro modo. nunca conheceriam.
  • 8:00 - 8:04
    Isto tudo organizado por uma rapariga
    que achava que não tinha lugar no mundo,
  • 8:04 - 8:08
    que, sem instrução, nunca alcançaria nada.
  • 8:08 - 8:11
    Mas, ao fazer uma introspeção,
    e explorar um grande desejo seu,
  • 8:11 - 8:13
    e com as bases para o fazer,
  • 8:13 - 8:16
    tornou-se num modelo
    que não só mudou a sua vida,
  • 8:16 - 8:20
    como está a transformar as vidas
    de centenas de jovens todos os anos.
  • 8:21 - 8:23
    O meu outro exemplo é o Musa.
  • 8:23 - 8:25
    O Musa é um artista por natureza.
  • 8:25 - 8:29
    É do tipo que olha para qualquer
    "design"e consegue replicá-lo facilmente.
  • 8:29 - 8:32
    Então, procura reconhecer
    essa aptidão em si próprio.
  • 8:33 - 8:36
    Quando o conheci, estava a fazer
    todo o tipo de artesanato,
  • 8:36 - 8:37
    malas, cintos, carteiras...
  • 8:37 - 8:40
    mas, para ele, era só um "part-time".
  • 8:40 - 8:43
    Ou, por vezes, quando precisava
    de dinheiro com urgência,
  • 8:43 - 8:45
    fazia um "design" e vendia-o.
  • 8:46 - 8:49
    Mas nunca tinha pensado
    nisso como um negócio.
  • 8:49 - 8:51
    Comecei a trabalhar com o Musa,
  • 8:51 - 8:54
    a ajudá-lo a mudar a sua mentalidade
    de um passatempo para um negócio
  • 8:54 - 8:58
    e a pensar em como poderia
    fazer produtos para vender
  • 8:58 - 9:00
    e ganhar reconhecimento.
  • 9:01 - 9:04
    O Musa faz as malas
    mais maravilhosas que já vi
  • 9:04 - 9:07
    e, ao longo do último ano,
    o seu negócio tem crescido.
  • 9:07 - 9:09
    Tem sido reconhecido em muitos sítios.
  • 9:09 - 9:13
    Atualmente, está a pensar
    em exportar para países desenvolvidos.
  • 9:14 - 9:15
    O Musa, por ter saído da escola,
  • 9:15 - 9:17
    acreditava que,
    sem habilitações académicas,
  • 9:17 - 9:20
    não conseguiria alcançar nada.
  • 9:20 - 9:22
    Pensava que o talento
    que tinha não valia nada,
  • 9:22 - 9:26
    simplesmente porque não tinha
    um certificado académico que o definisse.
  • 9:27 - 9:29
    Mas, ao fazer uma introspeção
  • 9:29 - 9:32
    e ao descobrir
    que tinha ali um grande trunfo,
  • 9:32 - 9:34
    apoiei-o para o tornar num negócio.
  • 9:34 - 9:37
    Agora ele não está só a viver,
    mas a prosperar.
  • 9:37 - 9:41
    O problema de fazer uma introspeção
    é que pode ser assustador,
  • 9:42 - 9:44
    especialmente se o estivermos
    a fazer pela primeira vez.
  • 9:44 - 9:47
    Mas a verdade é que não vivemos realmente
  • 9:47 - 9:51
    até aprendermos a viver
    de dentro para fora.
  • 9:52 - 9:55
    Para explorarmos o nosso potencial,
    é preciso fazer uma introspeção
  • 9:55 - 9:58
    e descobrir as coisas que nos dão
    um sentimento de realização,
  • 9:58 - 10:01
    as coisas que nos dão a maior felicidade
  • 10:01 - 10:04
    e trazê-las para a nossa rotina diária.
  • 10:04 - 10:09
    Ao fazê-lo, deixamos de trabalhar
    e começamos a viver.
  • 10:09 - 10:14
    A melhor parte de viver é que nunca
    teremos de nos reformar ou despedir.
  • 10:14 - 10:16
    (Risos)
  • 10:16 - 10:19
    (Aplausos)
  • 10:21 - 10:24
    Quando pensarmos em explorar
    o nosso potencial,
  • 10:24 - 10:27
    o potencial dos nossos jovens,
    das nossas crianças,
  • 10:27 - 10:29
    não os limitemos a olharem à sua volta,
  • 10:29 - 10:31
    digamos-lhes que olhem para dentro,
  • 10:31 - 10:37
    para descobrirem o que são realmente
    e trazerem isso para o seu dia a dia.
  • 10:37 - 10:39
    Quando paramos de trabalhar e vivemos,
  • 10:39 - 10:41
    quando a paixão se torna numa carreira,
  • 10:41 - 10:43
    nós não nos limitamos a ser excelentes,
  • 10:43 - 10:46
    nós tornamo-nos imparáveis.
  • 10:46 - 10:47
    Obrigada.
  • 10:47 - 10:50
    (Aplausos)
Title:
Duas perguntas para descobrir a nossa paixão e torná-la numa carreira
Speaker:
Noeline Kirabo
Description:

Qual é a vossa paixão? A empresária Noeline Kirabo reflete sobre o seu trabalho, no Uganda, a ajudar jovens que abandonaram a escola e a tornar as suas paixões em negócios rentáveis e partilha connosco duas perguntas que podemos fazer a nós próprios para fazermos o mesmo.

more » « less
Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
11:06

Portuguese subtitles

Revisions