Return to Video

Um mundo sem câncer | Jack Andraka | TEDxRedmond

  • 0:07 - 0:08
    (Vídeo)
  • 0:08 - 0:13
    Apresentadora: E o ganhador dos US$ 75 mil
  • 0:13 - 0:17
    do Prêmio Gordon E. Moore de 2012,
  • 0:17 - 0:20
    na categoria Medicina e Ciências da Saúde,
  • 0:20 - 0:23
    (Gritos) (Aplausos)
  • 0:23 - 0:26
    em primeiro lugar, Jack Thomas Andraka.
  • 0:26 - 0:29
    (Aplausos)
  • 0:35 - 0:38
    (Trompetes) (Aplausos)
  • 0:52 - 0:54
    E agora, senhoras e senhores,
  • 0:54 - 0:56
    (Aplausos)
  • 0:56 - 1:02
    tenho a honra de apresentar a vocês
    os ganhadores da edição de 2012
  • 1:02 - 1:06
    da Intel International Science
    and Engineering Fair.
  • 1:06 - 1:07
    (Aplausos) (Fim do vídeo)
  • 1:07 - 1:10
    (Risos)
  • 1:10 - 1:12
    Jack Andraka: Então, aqui estou eu.
  • 1:12 - 1:15
    A palestra é só isso, tchau.
  • 1:17 - 1:19
    Falamos muito sobre o câncer.
  • 1:19 - 1:22
    E isso é muito próximo de todos nós.
  • 1:22 - 1:26
    Mas imaginem um mundo sem câncer.
  • 1:26 - 1:32
    E se existisse um sensor que fosse
    como uma tira de teste de diabetes
  • 1:32 - 1:37
    que pudesse detectar o câncer
    por menos de US$ 0,03 em 5 minutos.
  • 1:37 - 1:43
    Imagine se fosse 168 vezes mais rápido,
    mais de 26 mil vezes mais barato,
  • 1:43 - 1:46
    e mais de 400 vezes mais sensível.
  • 1:46 - 1:49
    Bem, eu criei essa fita.
  • 1:50 - 1:52
    Basicamente, fui motivado a fazer isso
  • 1:52 - 1:57
    porque um parente meu muito próximo
    faleceu devido ao câncer de pâncreas.
  • 1:57 - 2:01
    É uma doença muito devastadora.
    É uma sentença de morte, praticamente.
  • 2:01 - 2:03
    Depois de cinco anos,
  • 2:03 - 2:08
    apenas 5,5% das pessoas
    diagnosticadas vão sobreviver.
  • 2:08 - 2:10
    Essas estatísticas são impressionantes.
  • 2:10 - 2:14
    Por que nós, uma sociedade
    tão avançada tecnologicamente,
  • 2:14 - 2:17
    deveríamos aceitar essa estatística?
  • 2:17 - 2:21
    Então, eu me interessei bastante
    e comecei a pesquisar um pouco.
  • 2:22 - 2:24
    Eu descobri que tem essas proteínas.
  • 2:24 - 2:27
    Elas estão em seu sangue
    em concentrações bem altas
  • 2:27 - 2:29
    quando você tem câncer de pâncreas.
  • 2:29 - 2:32
    Eu estava observando uma,
    chamada mesotelina.
  • 2:32 - 2:35
    Aparece em altas concentrações
    no câncer de pâncreas,
  • 2:35 - 2:38
    também nos estágios iniciais.
  • 2:38 - 2:40
    E quando se descobre
    nesses estágios iniciais,
  • 2:40 - 2:45
    a taxa de sobrevivência
    sobe para quase 100% em vez de 5,5%.
  • 2:46 - 2:51
    O principal problema do atual
    teste diagnóstico para câncer de pâncreas
  • 2:51 - 2:53
    é ser grosseiramente impreciso.
  • 2:53 - 2:56
    Ele indica, por exemplo,
    inflamações em seu pâncreas.
  • 2:57 - 2:59
    Para mim, isso é inaceitável.
  • 2:59 - 3:03
    Uma sensibilidade de 70% ou menos
  • 3:03 - 3:06
    significa que pode indicar vários
    falsos positivos e falsos negativos.
  • 3:07 - 3:10
    Então, tem algo bem legal
    chamado nanotubos de carbono.
  • 3:11 - 3:15
    Eles são super-heróis
    na ciência dos materiais.
  • 3:15 - 3:17
    São tubos de carbono
    de um átomo de espessura
  • 3:17 - 3:19
    com propriedades fantásticas.
  • 3:19 - 3:21
    Eu estava superinteressado nisso.
  • 3:21 - 3:26
    E comecei a formular uma ideia
    num lugar incomum, a aula de biologia.
  • 3:26 - 3:30
    Estávamos aprendendo sobre anticorpos,
    que são como moléculas chave e fechadura
  • 3:30 - 3:33
    que combinam especificamente
    com uma certa proteína.
  • 3:33 - 3:36
    Nesse caso, a mesotelina,
    o biomarcador do câncer.
  • 3:36 - 3:38
    Então, eu tive uma ideia.
  • 3:38 - 3:40
    Eu estava lendo um artigo
    na aula de biologia
  • 3:40 - 3:42
    sobre nanotubos de carbono.
  • 3:42 - 3:45
    Eu sabia da proteína mesotelina
    e estava aprendendo sobre anticorpos.
  • 3:45 - 3:48
    É como um jogo de ligar os pontos
    para formar um desenho,
  • 3:48 - 3:50
    mas, nesse caso, um sensor.
  • 3:50 - 3:52
    Então, esta é a ideia que eu tive.
  • 3:53 - 3:57
    Você tem uma rede única
    de nanotubos de carbono e anticorpos.
  • 3:57 - 4:00
    Quando você coloca uma amostra de sangue
  • 4:00 - 4:03
    que contenha a proteína-alvo nessa rede,
  • 4:03 - 4:05
    essa proteína chega até a rede
  • 4:05 - 4:08
    e forma uma molécula maior
    com o anticorpo.
  • 4:08 - 4:11
    Isso causa uma modificação
    elétrica no sensor.
  • 4:12 - 4:16
    Posso medir isso com um ohmímetro
    de US$ 50 da Home Depot.
  • 4:16 - 4:20
    E isso é bem simples de produzir.
  • 4:20 - 4:22
    Tudo o que se precisa fazer
    é dispersá-los uniformemente,
  • 4:22 - 4:26
    misturando os nanotubos de carbono
    com os anticorpos.
  • 4:26 - 4:29
    É só mergulhar um pedaço de papel-filtro.
  • 4:29 - 4:31
    É muito, muito simples.
  • 4:31 - 4:33
    Então, você deixa secar
    e usa por um certo tempo.
  • 4:33 - 4:35
    Não é tão complicado.
  • 4:35 - 4:38
    Então você mede isso
    com esse ohmímetro de US$ 50.
  • 4:38 - 4:41
    Isso precisa de menos de um sexto
    de uma gota de sangue.
  • 4:41 - 4:44
    É como uma pequena picada em seu dedo.
  • 4:44 - 4:48
    Para detectar uma doença
    como o câncer de pâncreas,
  • 4:48 - 4:51
    em que há a presença da proteína,
    precisamos determinar um limiar.
  • 4:51 - 4:55
    Se estiver acima,
    é um nível elevado e anormal.
  • 4:55 - 4:58
    Se estiver abaixo,
    é normal e você está bem.
  • 4:58 - 5:01
    Então, escolhi o meu,
    10 nanogramas por ml.
  • 5:01 - 5:03
    Um nanograma é uma medida bem pequena.
  • 5:03 - 5:06
    Pense nisso como um bilionésimo.
  • 5:06 - 5:08
    Bem pequeno.
  • 5:11 - 5:15
    Então, eu tinha que testar
    se meu sensor estava funcionando.
  • 5:16 - 5:18
    Peguei por volta de 100 pacientes
  • 5:18 - 5:23
    que tinham câncer de pâncreas
    em diversos estágios.
  • 5:23 - 5:26
    Dá para perceber
    que estão todos acima de 20 ng.
  • 5:26 - 5:28
    Estão bem acima do limiar de 10 ng por ml.
  • 5:28 - 5:30
    Então, tinha uma sensibilidade de 100%.
  • 5:31 - 5:33
    Depois, escolhi amostras
    negativas para câncer,
  • 5:33 - 5:34
    pacientes saudáveis.
  • 5:34 - 5:37
    Pessoas que não tinham câncer de pâncreas,
    talvez outros problemas.
  • 5:37 - 5:40
    Todas estavam abaixo de 10 ng por ml.
  • 5:40 - 5:44
    Isso significa que não apresentou
    nenhum falso positivo ou falso negativo.
  • 5:44 - 5:47
    Isso significa uma precisão
    de 100% no diagnóstico.
  • 5:47 - 5:50
    E isso tem o potencial
    de salvar milhares de vidas,
  • 5:50 - 5:53
    remodelando o que sabemos
    sobre diagnósticos de câncer.
  • 5:54 - 5:58
    Além disso, eu descobri
    que podemos utilizar para medir
  • 5:58 - 6:01
    a eficácia de um tratamento
    ou regime de quimioterapia,
  • 6:01 - 6:03
    assim como a eficácia da cirurgia.
  • 6:03 - 6:05
    Aqui vocês podem ver
  • 6:05 - 6:10
    que para cada tipo de quimioterapia -
    eu testei em cinco tipos em ratos -
  • 6:10 - 6:12
    há vários níveis distintos de mesotelina.
  • 6:12 - 6:15
    Então, pode-se perceber
    o quão eficiente o tratamento do câncer é.
  • 6:15 - 6:18
    Dá pra perceber a resistência
    ao medicamento, por exemplo.
  • 6:19 - 6:24
    Com isso, eu criei um sensor
    que pode detectar câncer de pâncreas.
  • 6:24 - 6:28
    É bem simples. É bem rápido.
    Leva 5 minutos e custa US$ 0,03.
  • 6:28 - 6:31
    Não é invasivo. É sensível e preciso.
  • 6:31 - 6:35
    Ao comparar com o atual teste padrão
    de detecção de câncer de pâncreas,
  • 6:35 - 6:37
    ele é 168 vezes mais rápido,
  • 6:37 - 6:42
    mais de 26 mil vezes mais barato
    e mais de 400 vezes mais sensível.
  • 6:42 - 6:45
    Sem contar que, para conduzir
    o teste padrão,
  • 6:45 - 6:48
    é preciso formação
    universitária específica,
  • 6:48 - 6:54
    e requer uma máquina bem cara
    para ler uma placa chamada ELISA.
  • 6:54 - 6:57
    Enquanto o meu requer um ohmímetro
    de US$ 50 da Home Depot.
  • 6:57 - 6:59
    Além disso, a proteína
    que estou detectando,
  • 6:59 - 7:00
    chamada mesotelina,
  • 7:00 - 7:03
    se manifesta também
    em câncer de ovário e de pulmão.
  • 7:03 - 7:06
    Esse sensor é genérico
    para esses dois tipos de câncer,
  • 7:06 - 7:12
    mas também se percebe que essa proteína
    é encontrada em 40 tipos de câncer.
  • 7:12 - 7:15
    Esse sensor detecta
    quase todas as formas de câncer.
  • 7:16 - 7:18
    Há ilimitadas aplicações.
  • 7:18 - 7:22
    Você só precisa mudar
    o anticorpo no sensor,
  • 7:22 - 7:24
    e pode detectar qualquer proteína.
  • 7:24 - 7:26
    Isso significa outras formas de câncer,
  • 7:26 - 7:30
    outras doenças como E Coli,
    rotavírus, salmonela, HIV, AIDS -
  • 7:30 - 7:34
    todos esses cânceres e doenças
    que nos atormentam.
  • 7:34 - 7:38
    Milhares, milhões, bilhões de vidas
    podem ser salvas com essa tecnologia.
  • 7:38 - 7:41
    Além disso, pode se descobrir
    qual a eficácia do tratamento.
  • 7:41 - 7:44
    Isso vai remodelar
    nossa forma de pensar em medicina.
  • 7:44 - 7:47
    Nós agora teremos
    uma simples fita de teste de diabetes
  • 7:47 - 7:50
    que pode detectar sua doença
    em 5 minutos por US$ 0,03,
  • 7:50 - 7:56
    mas que também mostra
    como melhor curar e tratar essa doença.
  • 7:57 - 8:01
    Ah, estão faltando dois slides.
  • 8:02 - 8:05
    Minha conclusão,
    o que quero deixar com vocês,
  • 8:05 - 8:08
    é que não sou o único que pode fazer isso.
  • 8:08 - 8:10
    Qualquer um pode.
  • 8:10 - 8:13
    Só exigiu de mim uns 200 emails
    e muito trabalho duro,
  • 8:13 - 8:15
    mas essa é outra história.
  • 8:15 - 8:17
    Você só tem que perguntar a si mesmo.
  • 8:17 - 8:20
    Imagine um mundo - ou "e se" -
  • 8:20 - 8:24
    e você pode ser tornar como eu
    e ter a chance de subir feliz num palco.
  • 8:24 - 8:26
    Obrigado.
  • 8:26 - 8:28
    (Aplausos)
Title:
Um mundo sem câncer | Jack Andraka | TEDxRedmond
Description:

Jack Andraka é um aluno do ensino médio de 15 anos que inventou um inovador sensor de papel não invasivo para detectar o câncer de pâncreas, de ovário e de pulmão, por apenas US$ 0,03 e em 5 minutos, sem a necessidade de treinamento especializado ou equipamentos caros.

Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais, visite http://ted.com/tedx

more » « less
Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
08:34

Portuguese, Brazilian subtitles

Revisions Compare revisions