Educar com igualdade para aprender a amar sem violência I . Montserrat Moreno
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0:01 - 0:04Queria começar dizendo
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0:04 - 0:08que vou tratar de algumas ideias
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0:08 - 0:14que são fundamentais para entender o mundo em que vivemos.
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0:14 - 0:16Uma destas ideias, a primeira delas
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0:16 - 0:22é que em nosso pequeno mundo
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0:22 - 0:25tudo está relacionado com tudo,
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0:25 - 0:30há interconexões em todas as coisas que ocorrem.
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0:30 - 0:33E que portanto quando vemos um fenômeno
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0:33 - 0:37que pode ser mais ou menos estranho, surpreendente
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0:37 - 0:41temos que pensar que este fenômeno nunca está isolado
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0:41 - 0:44Não existe nada que esteja isolado.
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0:44 - 0:49Isto nos situa em um ponto de vista, numa visão,
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0:49 - 0:53que nos faz ver o mundo de forma diferente
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0:53 - 0:56Pascal dizia:
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0:56 - 1:01tudo está relacionado com tudo e vice-versa.
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1:01 - 1:05O que significa que nada escapa a essa relação.
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1:05 - 1:10Há uma rede de eventos e de ideias, pensamentos
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1:11 - 1:16e também de ações que se encadeiam umas com as outras.
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1:17 - 1:21E que qualquer mudança que introduzimos,
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1:21 - 1:24ainda que uma pequena mudança
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1:24 - 1:28pode ter repercussões inesperadas.
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1:28 - 1:32Isto veremos uma pouco mais adiante.
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1:32 - 1:37Esse é aquele movimento das asas das mariposas.
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1:37 - 1:41De que falam as teorias físicas
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1:41 - 1:48e que podem provocar um terremoto, uma tempestade
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1:48 - 1:50milhares de quilômetros adiante.
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1:50 - 1:52Significa que movimento uma pequena coisa que se modifica
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1:52 - 1:55repercute em outras muitas
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1:55 - 2:00e se vão multiplicando.
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2:00 - 2:06Mas essa rede de eventos
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2:06 - 2:10nos vai fazer relacionar umas tantas coisas
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2:10 - 2:12Eu queria colocar um exemplo
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2:12 - 2:15de como uma coisa repercute na outra
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2:15 - 2:16com o passar do tempo.
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2:16 - 2:19Vou fazer isso contando duas histórias.
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2:19 - 2:21Uma já e conhecida
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2:21 - 2:24A maioria de vocês já deve tê-la ouvido alguma vez.
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2:24 - 2:30Ela conta que uma moça convida uma amiga para comer.
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2:30 - 2:34E para o prato principal tem bife.
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2:34 - 2:36Então, elas estão na cozinha,
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2:36 - 2:39e anfitriã tira duas grandes panelas
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2:39 - 2:43e as coloca para esquentar.
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2:43 - 2:48E coloca um bife em cada uma das panelas.
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2:48 - 2:52A amiga fica muito surpresa e diz:
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2:52 - 2:54Ei, por que está fazendo isso?
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2:54 - 2:56E a outra diz: quê? E a amiga explica:
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2:56 - 3:01Isso de usar duas panelas para colocar um bife em cada uma.
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3:01 - 3:03A anfitriã: e como queria que eu fizesse?
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3:03 - 3:06A amiga: seria melhor colocar as duas em uma panela só.
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3:06 - 3:08A anfitriã: ah tá
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3:08 - 3:10E a amiga: por que vc faz assim?
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3:10 - 3:12é que minha mãe fazia assim então,
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3:12 - 3:15e me ensinava a fazer assim.
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3:15 - 3:18Então eu faço assim.
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3:18 - 3:21E por que sua mãe fazia assim?
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3:21 - 3:24Porque minha avó fazia assim.
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3:24 - 3:26Sempre assim? Sim,
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3:26 - 3:29Minha vó ensinou a minha mãe que ensinou a mim.
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3:29 - 3:32E sua vó por que fazia assim?
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3:32 - 3:34Porque viveu durante a guerra
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3:34 - 3:37e só tinha apenas duas panelas pequenas
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3:37 - 3:39E não tinha como comprar outra.
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3:39 - 3:43Então colocava um bife em um e outro na outra
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3:43 - 3:48Observemos que isso é uma questão da vida cotidiana
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3:48 - 3:51Este é um exemplo que nos pode levar à reflexão
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3:51 - 3:55sobre as coisas que fazemos cotidianamente,
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3:55 - 3:58só porque alguém fazia antes
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3:58 - 4:01E este alguém as fazia antes
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4:01 - 4:04porque alguém antes dele as fazia.
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4:04 - 4:06Isto que pode parecer
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4:06 - 4:11um vício até interessante na vida cotidiana
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4:11 - 4:15ocorre também em coisas mais importantes.
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4:15 - 4:20Por exemplo, como se lançam os foguetes?
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4:20 - 4:24E agora, aqui temos um exemplo
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4:24 - 4:28Apaguem a luz, senão não veremos nada.
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4:30 - 4:33Vou me colocar deste lado
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4:36 - 4:42Um exemplo que está relacionado com a história da ciência
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4:42 - 4:46E é só um, porque existem milhares de exemplos
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4:46 - 4:49que poderiam ser citados.
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5:02 - 5:09Aqui temos um foguete da NASA sobre o qual nos é dito
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5:09 - 5:15são os que lançam os ônibus espaciais
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5:15 - 5:22vemos aqui que há dois depósitos anexados
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5:22 - 5:27Mas estes depósitos,
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5:27 - 5:32os engenheiros gostariam que fossem maiores
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5:32 - 5:34porque são depósitos de combustível
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5:34 - 5:39e poderiam lançar o foguete mais para cima se fossem maiores
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5:39 - 5:42Mas, não é possível fazer depósitos maiores
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5:42 - 5:45Por que não podem ser feitos maiores?
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5:45 - 5:51Porque os engenheiros que os projetaram
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5:51 - 5:56sabiam que os depósitos deviam ser transportados em trens
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5:56 - 6:01até a sede de lançamento
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6:01 - 6:04e a linha de trem entre a fábrica que os fabricava
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6:04 - 6:08e o local de lançamento
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6:08 - 6:11passava por um túnel
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6:11 - 6:18E por este túnel, não passam depósitos maiores
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6:18 - 6:25Mas, por que o túnel é desse tamanho?
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6:25 - 6:31Porque a largura dos túneis é determinada pela largura do trem
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6:31 - 6:34E a largura do trem, por sua vez, tem relação direta com distância
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6:34 - 6:37entre os trilhos
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6:37 - 6:41A distância padrão é de 1,4 metros
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6:41 - 6:45É um número estranho não?
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6:45 - 6:48Por que essa medida é a adotada?
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6:48 - 6:51Porque os vagões norte-americanos
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6:51 - 6:54foram construídos como os britânicos
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6:54 - 7:00e os engenheiros britânicos adotaram
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7:00 - 7:03a mesma medida que se usava na Inglaterra
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7:03 - 7:05que se usava nos trens ingleses
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7:05 - 7:07muito lógico, até aqui.
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7:07 - 7:12Ok, e por que os ingleses os contruíram assim?
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7:14 - 7:19Porque as primeiras linhas de trem foram projetadas
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7:19 - 7:23pelos mesmos engenheiros que construíram os bondes
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7:23 - 7:27e utilizam essa medida.
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7:27 - 7:34Muito bem, mas por que esta distância entre os trilhos?
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7:34 - 7:37Por que os construtores dos bondes
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7:37 - 7:41eram os mesmos das carruagens
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7:41 - 7:47e utilizam os mesmos métodos e ferramentas
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7:48 - 7:52E por que utilizavam essa medida padrão?
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7:52 - 7:57Porque em toda a Europa as rodas dos caminhos já estavam marcadas
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7:57 - 8:03e qualquer medida diferente provocaria a quebra dos eixos
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8:03 - 8:06Ok, claro
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8:06 - 8:11mas por que os caminhos tinham essa separação entre as rodas?
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8:11 - 8:15Porque os primeiros caminhos remontavam aos tempos dos romanos
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8:15 - 8:22E foram construídos para facilitar o deslocamento das legiões
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8:25 - 8:32E por que os romanos adotaram essa medida?
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8:32 - 8:36Porque os carros de guerra romanos eram guiados por dois cavalos
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8:36 - 8:39Dois cavalos galopavam um ao lado do outro
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8:39 - 8:45E para não se esbarrarem, precisavam de certa distância
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8:45 - 8:52Porque, do contrário, tropeçariam um no outro
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8:52 - 8:56Encontramos a nossa resposta para a pergunta inicial
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8:56 - 8:59A separação entre os trilhos dos trens norte americanos (1, 4 metros)
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8:59 - 9:03foi determinado há 2200 anos atrás, em outro continente,
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9:03 - 9:08as carruagens romanas foram construídas em função das medidas
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9:08 - 9:11da BUNDA do cavalo.
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9:15 - 9:18Primeira conclusão:
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9:18 - 9:23Uma restrição ao projeto do meio de transporte mais sofisticado do mundo,
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9:23 - 9:30o ônibus espacial, foi determinado pela medida da bunda do cavalo
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9:32 - 9:35Outra conclusão:
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9:35 - 9:39Da próxima vez que virmos algumas especificações técnicas
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9:39 - 9:42e nos perguntarmos se foram feitas com a bunda,
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9:42 - 9:45a resposta é: sim!
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9:45 - 9:47Como tantas outras coisas...
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9:52 - 10:01Isso não ocorre apenas na vida cotidiana e na ciência
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10:01 - 10:09Ocorre com muitas outras coisas e muitas vezes
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10:09 - 10:13Por exemplo, na educação,
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10:13 - 10:16Na educação, estamos ensinando todas aquelas matérias
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10:16 - 10:19que sabemos bem quais são
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10:19 - 10:22Por que estas matérias e não outras?
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10:22 - 10:23Heim?
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10:23 - 10:31Porque já no século XVIII ensinavam essas matérias.
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10:31 - 10:35Digo século XVIII, por que foi no XVIII que se generalizou
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10:35 - 10:37o ensino.
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10:37 - 10:40Antes disso, só a elite recebia educação.
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10:40 - 10:42E as meninas começaram a recebê-la mais tarde.
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10:42 - 10:46Aos meninos foi aplicado um sistema de ensino
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10:46 - 10:49que era considerado o melhor
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10:49 - 10:56Que era o que recebia a elite dos meninos (e dos meninos somente) anteriormente
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10:56 - 11:00E por que essas matérias eram ensinadas a esses meninos?
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11:00 - 11:05Porque na idade média se ensinavam essas matérias
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11:05 - 11:08E por que na idade media se ensinavam tais matérias?
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11:08 - 11:13Porque na Grécia se ensinavam já essas matérias.
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11:13 - 11:19Observemos que as matérias têm nomes gregos:
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11:19 - 11:26matemática, filosofia, história,
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11:26 - 11:29química, biologia
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11:29 - 11:33São nomes derivados dos gregos.
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11:33 - 11:35E isso o que quer dizer?
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11:35 - 11:38Não estamos ensinando as mesmas coisas que os gregos ensinavam
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11:38 - 11:42Mas as matérias têm as mesmas medidas
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11:42 - 11:50que os trilhos, digo, as ideias dos gregos
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11:50 - 11:54E por que os gregos ensinavam essas coisas?
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11:54 - 11:58Porque eles se interessavam pela ampla filosofia, o pensamento
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11:58 - 12:00o abstrato
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12:00 - 12:04Não lhes interessava o prático.
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12:04 - 12:06E por que não?
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12:06 - 12:09Porque também não se interessavam pelo emocional.
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12:09 - 12:13Também não se interessavam por nada que tivesse a ver com as mulheres
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12:13 - 12:18Porque as mulheres, na Grécia, eram muito mal consideradas
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12:18 - 12:21E também não interessavam pelos trabalhos manuais
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12:21 - 12:25Porque consideravam que esse tipo de trabalho
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12:25 - 12:28debilitam o corpo e arruinavam a alma
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12:28 - 12:33nas palavras literais dos filósofos gregos
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12:33 - 12:35Então, percebam que
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12:35 - 12:44em nosso ensino, hoje em dia, as matérias que ensinamos
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12:44 - 12:50são matérias que se fundamentam, se olharmos para trás no tempo,
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12:50 - 12:55precisamente no que foi decidido por uns senhores
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12:55 - 13:00que pertenciam a uma sociedade que era escravista
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13:00 - 13:02elitista
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13:02 - 13:04que era misógina
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13:04 - 13:06que era bélica
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13:06 - 13:09que desprezava os trabalhos manuais
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13:09 - 13:14e que, além disso, odiava a tecnologia
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13:14 - 13:20porque a tecnologia na Grécia era bem mal vista
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13:20 - 13:23havia descobertas maravilhosas
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13:23 - 13:26como, por exemplo, prensas hidráulicas
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13:26 - 13:30cadeias de engrenagens que eram capazes de
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13:30 - 13:33levantar grandes pesos
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13:33 - 13:37mas só as utilizavam para jogar
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13:37 - 13:40como brinquedos
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13:40 - 13:45ou para surpreender o público nos teatros
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13:45 - 13:48Por quê? porque
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13:48 - 13:51Platão disse que se
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13:51 - 13:57se os objetos pudessem se mover sozinhos
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13:57 - 14:01as lançadeiras e varas que os escravos utilizavam para tecer e
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14:01 - 14:04para fazer seu trabalho
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14:04 - 14:07a escravidão teria desaparecido
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14:07 - 14:11e não havia nenhum interesse no desaparecimento da escravidão
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14:11 - 14:13Era muito melhor que os escravos
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14:13 - 14:15e as mulheres
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14:15 - 14:19se ocupassem dos trabalhos mais árduos e pesados
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14:19 - 14:21E assim, eles, os sábios, poderiam dedicar-se
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14:21 - 14:25à filosofia e os demais, muito deles
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14:25 - 14:27à política
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14:27 - 14:31Porque sabemos que os gregos inventaram a democracia
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14:31 - 14:34Na realidade, não era democracia
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14:34 - 14:35Porque nem os escravos podiam votar
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14:35 - 14:36nem os estrangeiros
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14:36 - 14:40nem as mulheres
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14:40 - 14:46Isso significa que estamos ensinando uma série de elementos
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14:46 - 14:51de conhecimentos que eram, sem dúvida, úteis e interessantes
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14:51 - 14:53para uma certa elite
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14:53 - 14:55de uma certa sociedade
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14:55 - 15:01de milhares de anos atrás
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15:01 - 15:04Vale a pena que nos coloquemos a refletir um pouco
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15:04 - 15:06e ver
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15:06 - 15:09que coisas faltam no nosso ensino
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15:09 - 15:10Cuidado.
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15:10 - 15:13Não me acusem de dizer que não devemos ensinar
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15:13 - 15:16matemática, história nem filosofia.
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15:16 - 15:18De jeito nenhum que estou dizendo isso.
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15:18 - 15:22As pessoas que me conhecem sabem que estive trabalhando
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15:22 - 15:24para ensinar de maneira mais compreensível
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15:24 - 15:26essas matérias.
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15:26 - 15:27O que estou dizendo
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15:27 - 15:29é que a sociedade atual
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15:29 - 15:32coloca seu foco
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15:32 - 15:38sobre matérias que , seguramente,
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15:38 - 15:40agregam ao avanço intelectual
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15:40 - 15:43Mas não contribuem nada ou muito pouco com
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15:43 - 15:46o desenvolvimento emocional
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15:46 - 15:51e, além disso, não contribuem para coisas de que necessita
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15:51 - 15:53nossa sociedade
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15:53 - 15:56Por exemplo, aprimoramento da ética
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15:56 - 16:01Um aprimoramento da colaboração
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16:01 - 16:03da cooperação
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16:03 - 16:04e não da rivalidade
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16:04 - 16:07Em um livro que publicamos há pouco tempo
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16:07 - 16:08, (Nome de alguém) e eu,
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16:08 - 16:13mostramos como, ao contrário do que dizem muitos darwinistas,
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16:13 - 16:16a vida é cooperação
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16:16 - 16:19Porque nossas células cooperam para que nosso organismo
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16:19 - 16:22possa funcionar
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16:22 - 16:26Portanto (e não vou me estender nisso porque não é o tema)
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16:26 - 16:29de toda forma, preciso rebater a ideia
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16:29 - 16:33que temos de que a evolução se fez por rivalidades
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16:33 - 16:36e que foram os mais fortes que ganharam
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16:36 - 16:38Na verdade os que ganharam foram os que sabem cooperar mais.
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16:38 - 16:42Essa é uma lição que precisamos ensinar.
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16:42 - 16:47Mas isso não se transmite através das matérias clássicas.
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16:47 - 16:51Que como vimos estão distantes do nosso momento
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16:51 - 16:54por milhares de anos
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16:54 - 16:57É preciso introduzir outras matérias
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16:57 - 17:01Percebam que as mulheres não participaram em nada
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17:01 - 17:03no início dessas matérias
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17:03 - 17:05na Grécia
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17:05 - 17:08Elas não podiam nem frequentar sequer os colégios gregos
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17:08 - 17:11Mas, agora podem.
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17:11 - 17:15Hoje em dia, e graças aos trabalhos que se tem realizado
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17:15 - 17:16na Educação
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17:16 - 17:23Precisamos agradecer as professoras e alguns professores também
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17:23 - 17:25Foram alcançados muitos êxitos
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17:25 - 17:32Por exemplo, já nos damos conta que as meninas,
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17:32 - 17:35que antes eram consideradas tontinhas, incapazes
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17:35 - 17:39de formular grandes pensamentos
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17:39 - 17:42pelo menos a princípio, no final do XVIII
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17:42 - 17:46quando se introduz o ensino para meninas
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17:46 - 17:49Elas aprendiam primeiro a costurar
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17:49 - 17:50Nada mais
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17:50 - 17:55Depois, elas aprendiam a ler, não a escrever.
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17:55 - 17:58Porque não tinham nada a dizer.
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17:58 - 18:03Partindo dessa ideia, foi descoberto que
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18:03 - 18:05e posto em evidência
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18:05 - 18:09que as meninas têm capacidade
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18:09 - 18:15para ter êxito nas matérias da escola
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18:15 - 18:17que é superior a dos meninos.
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18:17 - 18:23E ao dizer isso, quando nós dizemos, publicamos
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18:23 - 18:28isso fez com que as meninas se empoderassem
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18:28 - 18:32rompessem esse sentimento de incapacidade que lhes
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18:32 - 18:35foi inculcado.
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18:35 - 18:44Graça a isso houve a povoação das universidades por mulheres
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18:44 - 18:46E graças a isso, atualmente, temos
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18:46 - 18:48uma porcentagem ligeiramente superior de mulheres
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18:48 - 18:52na universidade.
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18:52 - 18:58E graças a isso, atualmente, se está pedindo na indústria e
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18:58 - 19:06nos negócios e nas fábricas, dirigentes femininas
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19:06 - 19:11E, precisamente, uma pessoa que não leva o menor jeito
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19:11 - 19:15para feminista
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19:15 - 19:21como, Cristina Largarde, diretora do FMI.
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19:21 - 19:25Ela disse no jornal outro dia que:
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19:25 - 19:27Se os Lehman Brothers tivessem sido
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19:27 - 19:34Lehman Sisters, as coisas teriam sido muito diferentes
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19:34 - 19:38Ou seja, a capacidade das mulheres para organizar
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19:38 - 19:42melhor os negócios se colocou em evidência.
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19:42 - 19:46E isso é uma vitória das mulheres que lutaram por isso
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19:46 - 19:50Muitos homens que se uniram a elas, alguns
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19:50 - 19:56E sobretudo, dos educadores que em sua atividade trabalham nisso
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19:56 - 19:58Isso não é o bater das asas da mariposa
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19:58 - 20:00É muito mais importante
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20:00 - 20:03E a repercussão que teve foi enorme
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20:03 - 20:06Porque as mulheres na universidade puderam
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20:06 - 20:09realizar trabalhos que demonstraram
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20:09 - 20:12pesquisas que demonstraram (a capacidade das mulheres)
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20:12 - 20:15para muitas coisas para as quais, antes,
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20:15 - 20:18eram consideradas incapazes
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20:20 - 20:25A educação é um suporte importante para a mudança
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20:25 - 20:28nas questões de gênero e outras muitas
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20:28 - 20:32Mas, já que tocamos no assunto, vamos dizer
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20:32 - 20:36também os sistemas políticos são muito importantes
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20:36 - 20:40porque se não há um sistema político que apoie tudo isso
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20:40 - 20:43não se pode divulgar
-
20:43 - 20:46E, aqui, tem havido apoio
-
20:46 - 20:48um apoio com a criação do Instituto da mulher
-
20:48 - 20:50que fez um trabalho muito importante
-
20:50 - 20:54sobretudo, dando a possibilidade de bolsas para pesquisa
-
20:54 - 20:57e aqui está uma pessoa (Marina ...) que
-
20:57 - 21:00quando era diretora do instituto da mulher
-
21:00 - 21:06conseguir este grande feito de conseguir que tivesse dinheiro
-
21:06 - 21:09especificamente para trabalhos da mulher
-
21:09 - 21:12Isso contribui com uma grande difusão
-
21:12 - 21:15das ideias das mulheres e, mais importante,
-
21:15 - 21:20com a transmissão dessas ideias em fundamentos reais
-
21:20 - 21:24Portanto, a criação do instituto da mulher
-
21:24 - 21:27a criação das ideias de igualdade,
-
21:27 - 21:28a criação dos observatórios de igualdade
-
21:28 - 21:29nas universidades
-
21:29 - 21:32Tudo isso foi um feito muito importante.
-
21:32 - 21:37E um feito que não podemos deixar que tirem de nós
-
21:37 - 21:39Temos que seguir lutando por isso.
-
21:39 - 21:44Mas ainda conseguimos pouco de tudo que temos para conseguir
-
21:44 - 21:48Por quê? Porque, como antes dizia o companheiro,
-
21:48 - 21:54ainda existem milhares de mulheres maltratadas
-
21:54 - 21:57mulheres assassinadas.
-
21:57 - 22:01Portanto, este é grande tema pendente.
-
22:01 - 22:04Não haverá igualdade, enquanto houver essas diferenças
-
22:04 - 22:07Enquanto houver tantas mulheres
-
22:07 - 22:12que são destruídas física e mentalmente
-
22:12 - 22:17Portanto, esta é nossa meta.
-
22:17 - 22:22É realmente uma questão difícil porque
-
22:22 - 22:31está arraigada, eu diria, no DNA de nossa cultura.
-
22:31 - 22:36O fato do domínio do homem sobre a mulher
-
22:36 - 22:40Dentre os casos de mulheres maltratadas,
-
22:40 - 22:43nos deparamos muitas vezes com
-
22:43 - 22:48algumas mulheres que não têm filhos
-
22:48 - 22:51nada mais que o marido ou companheiro
-
22:51 - 22:54e aceitam os maltratos
-
22:54 - 22:56suportam, eu diria, mais do que aceitar.
-
22:56 - 23:01suportam e não se separam
-
23:01 - 23:07E por que não se separam? muitas dizem é que eu não quero
-
23:07 - 23:09porque o amo, não posso viver sem ele.
-
23:09 - 23:14Ou seja, há uma síndrome de dependência.
-
23:14 - 23:20por parte das mulheres que as impedem de se separar de quem as maltrata
-
23:20 - 23:24e mais, há algumas, isso todas sabemos, denunciam o agressor
-
23:24 - 23:31e quando chega o momento de levar à justiça, retiram a queixa
-
23:31 - 23:34e preferem continuar vivendo com o agressor
-
23:34 - 23:39que levar a denúncia adiante.
-
23:39 - 23:45E por isso nos perguntamos: que é isso que chamamos de "amor"?
-
23:45 - 23:48o que tem o amor com tudo isso?
-
23:48 - 23:50Alguém poderia dizer: é o oposto, né?
-
23:50 - 23:53O maltrato seria o oposto do amor.
-
23:53 - 23:57Como esse amor faz com que suportem a agressão?
-
23:57 - 24:01Nos dizem que não se separam porque os amam
-
24:01 - 24:04E isso nos leva a perguntar
-
24:04 - 24:11Fizemos algumas pesquisas, sobre as quais não há tempo de falar
-
24:11 - 24:14Eu sei porque me faltam tantos minutos
-
24:14 - 24:19Mesmo assim quero, se puder, vamos ver
-
24:54 - 25:00Bem, nos perguntamos, que diabos é este amor?
-
25:00 - 25:07Se olharmos para os tipos de ideias
-
25:07 - 25:16de amor que nos oferecem os meios
-
25:16 - 25:24os que vemos nas séries de TV, nos filmes, na TV
-
25:24 - 25:28nas canções, poemas, nas Revistas del Corazón
-
25:28 - 25:31Eles nos transmitem mensagens que tem todas as características
-
25:31 - 25:37e estão apoiadas no que chamamos de
-
25:37 - 25:39amor romântico.
-
25:39 - 25:51Quais são as características desse amor romântico?
-
25:51 - 25:58A primeira é a crença de que apaixonar-se é algo involuntário
-
25:58 - 26:01Que nos vem de fora parar dentro.
-
26:01 - 26:03"Não fiz nada para me apaixonar."
-
26:03 - 26:05"Não estava procurando."
-
26:05 - 26:09É como se houvesse um cupido lançando flechas
-
26:09 - 26:11elas vem de fora, eu não fiz nada.
-
26:11 - 26:13Não depende da vontade da pessoa.
-
26:13 - 26:17E, portanto, se não depende da vontade da pessoa.
-
26:17 - 26:20Ela não pode fazer nada para evitar.
-
26:20 - 26:27Uma vez que estou presa na rede do amor, já não tenho escapatória.
-
26:27 - 26:31E as pessoas acreditam nisso.
-
26:31 - 26:35Um exemplo do que dizia: uma jovem
-
26:35 - 26:38dizia, a pessoa não tem culpa de se apaixonar
-
26:38 - 26:41o amor nasce sem ser previsto nem provocado.
-
26:41 - 26:45Não faço nada, estou aqui tranquilamente parada
-
26:45 - 26:49e vem o amor e puf! entra em mim
-
26:56 - 27:01Outra crença: o amor pode tudo.
-
27:01 - 27:03Absolutamente tudo.
-
27:03 - 27:08A onipotência do apaixonado: "vou fazê-lo mudar"
-
27:08 - 27:12ainda que tenha que arrumar tudo vou conseguir que fique bem
-
27:12 - 27:17Porque o amor pode tudo.
-
27:17 - 27:20Porque me maltratou? Obviamente o cupido não chegou ali.
-
27:20 - 27:24Vou conseguir que mude uma característica sua.
-
27:24 - 27:27A onipotência.
-
27:27 - 27:31Uma menina disse: o apaixonado é capaz de tudo pela outra pessoa
-
27:31 - 27:33O amor não tem limites.
-
27:33 - 27:35Isso são palavras de jovens.
-
27:35 - 27:37E há uma porcentagem muito grande,
-
27:37 - 27:39nessa pesquisa que fizemos,
-
27:39 - 27:46de meninas e meninos também que dizem isso, acreditam nisso.
-
27:46 - 27:48O amor justifica tudo.
-
27:48 - 27:52Já dizia Nietzsche: aquilo que se faz por amor,
-
27:52 - 27:55está acima do bem e do mal.
-
27:55 - 27:59Se até os filósofos dizem isso, como não estaria certo?
-
27:59 - 28:03Dizem: seria capaz de deixar tudo por ele.
-
28:03 - 28:07Eu o defenderia daquilo que não se pode defender.
-
28:07 - 28:10mentiria se for necessário
-
28:10 - 28:16Percebam que aqui encontramos uma falta de ética
-
28:16 - 28:22Se pode mentir, culpar ao outro ou a mim mesma
-
28:22 - 28:29desde que a pessoa que eu amo, saia ilesa de qualquer situação
-
28:32 - 28:36Quando se tem amor, não é preciso ter nada mais.
-
28:36 - 28:43Portanto, se eu o tenho e estou apaixonada, nada mais importa.
-
28:43 - 28:45Pode-se fazer o que quiser.
-
28:45 - 28:49Tal coisa não é importante, o importante é o amor.
-
28:49 - 28:52Outro dizer: quando você quer tanta uma pessoa
-
28:52 - 28:55que não aceita mais nada para ser feliz.
-
28:55 - 28:58O que ocorre?
-
28:58 - 29:04E quando uma pessoa se cansa de ser tão feliz?
-
29:04 - 29:06Que acontece, então?
-
29:06 - 29:12Se ele te ama, todo o resto é secundário.
-
29:12 - 29:17Nesse estado de paixão, absolutamente delirante.
-
29:17 - 29:22As pessoas deixam os amigos de lado, a profissão
-
29:22 - 29:25tudo, tudo deixa de ser importante.
-
29:25 - 29:28"Se tenho amor, não preciso de mais nada."
-
29:28 - 29:32É como uma varinha mágica.
-
29:32 - 29:35Além disso, o amor é incondicional.
-
29:35 - 29:37Aconteça o que acontecer.
-
29:37 - 29:40Posso continuar amando, aconteça o que acontecer.
-
29:40 - 29:41Faça o que fizer.
-
29:41 - 29:45Faça a mim, o que fizer a mim.
-
29:45 - 29:47Outro dizer: a pessoa apaixonada faz qualquer coisa
-
29:47 - 29:50desde que a outra seja feliz.
-
29:50 - 29:54Inclusive abandonar seus próprios princípios
-
29:54 - 29:58Vemos, novamente, falta de ética e de segurança
-
29:58 - 30:02Segurança em mim mesma, porque meus princípios valem tão pouco
-
30:02 - 30:04que vem um senhor e os leva.
-
30:04 - 30:08Então, eu também não valho nada.
-
30:08 - 30:12Sem meus princípios, quem sou eu?
-
30:12 - 30:15Esse mito é muito bonito:
-
30:15 - 30:18cada pessoa tem sua outra metade.
-
30:18 - 30:22Ou seja, somos uma pessoa pela metade.
-
30:22 - 30:27E se não encontrarmos nossa metade, não somos nada.
-
30:27 - 30:30Como se alguém nascesse pela metade.
-
30:30 - 30:32Nascemos pessoas inteiras.
-
30:32 - 30:35Ninguém vê um meio bebê, quando ele nasce.
-
30:35 - 30:36Nasce um bebê inteiro.
-
30:36 - 30:41As pessoas somos inteiras.
-
30:41 - 30:43E não temos que depender de outra pessoa.
-
30:43 - 30:46Porque aí há outro perigo:
-
30:46 - 30:52quando uma pessoa considera que a outra metade
-
30:52 - 30:56leva sua felicidade, que está por conta dessa pessoa
-
30:56 - 31:00pode exigir coisas que são inexigíveis.
-
31:00 - 31:03Que lhe dê tudo o que lhe falta.
-
31:03 - 31:07Tudo que eu não tenho, você tem que me dar.
-
31:07 - 31:12E eu tenho que dar a você o que lhe falta.
-
31:12 - 31:16Como? Então andamos em um pé só? Somos mancas?
-
31:16 - 31:20Mancos? Precisamos do outro para andar?
-
31:22 - 31:27Outro dizer de uma menina: sua meia laranja, a alma gêmea,
-
31:27 - 31:33até agora estava incompleta, que fazia antes sem aquela pessoa?
-
31:33 - 31:41Isso é o mesmo que dizer: antes da paixão, não éramos ninguém.
-
31:41 - 31:44Agora, seremos alguma coisa.
-
31:44 - 31:46Que vamos ser?
-
31:46 - 31:49Obviamente, o apêndice da outra pessoa.
-
31:49 - 31:52Porque não existe coisa mais pesada do que ter
-
31:52 - 31:53sempre alguém em função de você.
-
31:53 - 31:57A outra pessoa tem que se sentir acuada (?).
-
31:57 - 32:00Com uma responsabilidade tremenda de dar a outra
-
32:00 - 32:04tudo que a ela falta.
-
32:04 - 32:07E o amor é exclusivo, claro.
-
32:07 - 32:10Não se pode compartilhar ....
-
32:10 - 32:12Não é que não se pode dividir o amado com outra parceira
-
32:12 - 32:15Não se pode dividi-lo com ninguém.
-
32:15 - 32:18Nem com os amigos, nem com a família, muitas vezes.
-
32:18 - 32:25Muito dos conflitos que aparecem, e não temos tempo de nos aprofundar nisso,
-
32:25 - 32:31existem porque um dos dois ou os dois
-
32:31 - 32:35não suporta que a outra pessoa tenha amigos.
-
32:35 - 32:39Que a outra pessoa passe tempo com a sua família.
-
32:39 - 32:41Bom, está me acabando o tempo.
-
32:41 - 32:44Outro dizer: espera que existe alguém para você
-
32:44 - 32:48que ame você mais que todo mundo, inclusive sua família
-
32:48 - 32:51que seja fiel a você.
-
32:51 - 32:55outro mito: dura para sempre, este realmente...
-
32:55 - 32:57um horror...
-
32:57 - 33:02Seria horrível passar a vida inteira nesse estado de paixão.
-
33:02 - 33:04Dependente do outro.
-
33:04 - 33:07Que você tem que o amar e dar-lhe tudo.
-
33:07 - 33:10Tudo isso toma muito da vida.
-
33:10 - 33:11É melhor que não exista, não?
-
33:11 - 33:15Futuramente, não vai haver
-
33:15 - 33:17Outro dizer: quando há mais alguém, acreditamos que
-
33:17 - 33:22somos algo duradouro, intenso e inquebrável.
-
33:22 - 33:26Outra crença: a pessoa amada é vista como única.
-
33:26 - 33:30Não se leva em conta seus defeitos.
-
33:30 - 33:35A justiça é representada como cega, o amor também.
-
33:35 - 33:38Por alguma coisa serão, né? A justiça também é cega
-
33:38 - 33:40para muitas coisas.
-
33:40 - 33:44Por exemplo, às circunstâncias pessoais.
-
33:44 - 33:47O amor aceita tudo
-
33:50 - 33:53E claro, não vê os defeitos.
-
33:53 - 33:57Pensa que a outra pessoa é perfeita, que não tem defeitos
-
33:57 - 33:59pensa que essa pessoa deve ser sua
-
33:59 - 34:04e para que seja é capaz de fazer tudo.
-
34:06 - 34:10Por amor se faria qualquer coisa.
-
34:10 - 34:14Uma pessoa ama de verdade abre mão de tudo,
-
34:14 - 34:16inclusive da vida.
-
34:16 - 34:19Claro, e como não daria uma pessoa que pensa assim.
-
34:19 - 34:23Daria sua liberdade, sua vida também,
-
34:23 - 34:25Mas abre mão de sua vida, deixando que se extinga dia a dia
-
34:25 - 34:29nas mãos do seu agressor, às vezes.
-
34:29 - 34:32E além disso, (o amor) é de um egoísmo atroz.
-
34:32 - 34:36Aqui, novamente, a falta de ética.
-
34:36 - 34:42Bem, se levamos em conta tudo isso.
-
34:42 - 34:46Como uma pessoa que acredita em tudo isso
-
34:46 - 34:50e garanto que há e que são jovens e que são muitas
-
34:50 - 34:54como não essa pessoa não ficaria indefesa
-
34:54 - 35:00se tiver o azar de se encontrar com um homem dominador
-
35:00 - 35:03e se for agressivo, pior ainda
-
35:03 - 35:06e mesmo que seja apenas dominador
-
35:06 - 35:08uma pessoa, um homem, que tem a seu lado alguém que
-
35:08 - 35:10que se coloque assim todo dia,
-
35:10 - 35:13que lhe demonstre sua debilidade continuamente
-
35:13 - 35:16que não pode estar sem ele porque...
-
35:16 - 35:19essa pessoa acaba por ter um sentimento
-
35:19 - 35:23que é bem pouco favorável para a mulher;
-
35:23 - 35:26Então se dá conta, ainda que não seja um agressor,
-
35:26 - 35:29que é muito fácil, ela se coloca tão frágil
-
35:29 - 35:31que ele acaba por desvalorizá-la
-
35:31 - 35:35e a auto-estima dela se vai minando cada vez mais
-
35:35 - 35:37Bom, não podemos falar muito mais.
-
35:37 - 35:42Mas, gostaria apenas de terminar com uma anedota
-
35:45 - 35:47Aqui temos os perigos, mas como já os vimos, vamos deixá-los
-
36:16 - 36:21Cada falante tem a sua graça (eu acho)
-
36:24 - 36:28É algo que deveríamos perguntar.
-
36:28 - 36:31Não demos gratuitamente.
-
36:31 - 36:35Figura: ele - me amarás para sempre? ela- por quê/ pelo quê?
-
36:35 - 36:38Não demos o amor gratuitamente, está bom?
-
36:38 - 36:42Bem, simplesmente para terminar.
-
36:42 - 36:46Gostaria de continuar falando, mas não há tempo.
-
36:46 - 36:49Vou terminar dizendo: temos que seguir trabalhando e
-
36:49 - 36:53introduzir esses temas no ensino/na escola.
-
36:53 - 36:58Porque esse tema é fundamental para mudar as ideias
-
36:58 - 37:00dos meninos e das meninas.
-
37:00 - 37:04E em um sociedade como a nossa, em que seguimos
-
37:04 - 37:07milhares de anos pensando da mesma maneira,
-
37:07 - 37:10é difícil mudar o amanhã, mas as novas gerações
-
37:10 - 37:13continuam com poder de mudança.
-
37:13 - 37:16Já vimos antes como a educação fez muito
-
37:16 - 37:18mudou muitas coisas
-
37:18 - 37:21em nosso país. E tem q continuar assim.
-
37:21 - 37:26E não se pode deixar que nos impeçam de lutar por isso.
- Title:
- Educar com igualdade para aprender a amar sem violência I . Montserrat Moreno
- Description:
-
Montserrat Moreno y Genoveva Sastre han realizado un interesante estudio sobre cómo viven el amor las y los adolescentes y la evolución posible tras el proceso de aprendizaje.
Intervención realizada en las jornadas "Educando en igualdad para combatir la violencia de género". Organizadas por FETE-UGT. Toledo. Noviembre 2011
http://prevenirlaviolenciadegenero.blogspot.com/
http://www.educandoenigualdad.com
http://www.educacionenvalores.org - Video Language:
- Spanish
lacerda.m edited Portuguese, Brazilian subtitles for Educar en igualdad para aprender a amar sin violencia I . Montserrat Moreno | ||
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