Certo, vamos dar uma olhada em gerenciamento de risco na prática. E o que quero fazer é começar com alguns conceitos básicos, depois focar em duas áreas difíceis em processo de risco. Então, acho que se eu pedir pra vocês definirem a palavra "risco" vocês teriam alguma ideia do que significa. Nós podemos não ter uma definição formal que possamos citar, mas todos temos algo em mente quando ouvimos a palavra "risco". Isso é o que a gente pensa, e talvez vocês pensem em coisas assim. Talvez vocês se sintam como esse menino, enfrentando um desafio grande e difícil que vocês sabem que simplesmente vai esmagá-los. Talvez vocês se sintam como esse cara. Esse é um emprego de verdade na Coreia do Norte e o trabalho dele é segurar um alvo para outra pessoa atirar. Às vezes os gerentes de projetos tem o alvo aqui, nós sentimos como se todos estivessem atirando em nós no trabalho. Ou talvez saibam que tem algo desagradável lá fora, esperando pra te pegar. E talvez seja o que vocês pensem quando pensam na palavra "risco". Bom, isso é parcialmente verdade, mas não toda a verdade. Risco não é o mesmo que incerteza. Risco está relacionado com incerteza, mas são diferentes. Todos os riscos são incertezas, mas nem toda incerteza é um risco. Se você tem um registro ou uma lista de risco, você não tem um milhão de itens nela ou não deveria ter. Você provavelmente nem tem mil itens nela. Você tem um número menor, embora haja um milhão de incertezas no mundo. Então como decidir quais incertezas chamaremos de "risco"? E escreve-las e coloca-las no nosso registro de risco e decidir fazer algo a respeito delas. Claramente, "risco" é um subconjunto de incertezas, mas qual? Como você sabe? Eu acho que é muito simples separar risco de incerteza e eu usei 3 palavras. Essas palavras aqui. Risco é "incerteza que importa". Porque a maioria das incertezas no mundo não importam. Nós não ligamos se vai chover em Londres amanhã a tarde. Pode chover ou não. É irrelevante, não importa. Não ligamos qual será a taxa de câmbio entre o rubro Russo e o yuan Chinês em 2020. Não importa pra gente. Mas tem coisas nos nossos projetos, e coisas em nossas famílias, e coisas em nosso país, que são incertos e que importam para a gente. Se é uma incerteza que importa, então é um risco. Aqui vai outra pergunta. Como você sabe o que importa? Nos seus projetos, quais são as coisas que importam? O que importa nos nossos projetos são os nossos objetivos. Então temos que sempre conectar incertezas com objetivos para podermos encontrar os riscos. E se olharmos algumas definições de "riscos", esse é o padrão ISO que mencionei, ele conecta essas palavras de forma muito simples. Risco é o efeito da incerteza sobre os objetivos. E poderíamos ver outra definição do Reino Unido, da nossa Associação para gerenciamento de projetos. Diz a mesma coisa, que risco é um evento incerto ou um conjunto de circunstâncias que é incerto, mas é importante, pois se acontecer, terá um efeito na realização dos objetivos. Incertezas que são importantes. Então devemos procurar por duas coisas no nosso registro de riscos. É incerto? Nós não queremos problemas no nosso registro de risco. Não queremos complicações no registro de risco. Não queremos restrições ou exigências. Isso são certezas. O que queremos são incertezas, algo que possa ou não acontecer. Mas outra questão importante para o nosso registro de risco é: isso é importante? Qual objetivo seria afetado se isso acontecesse? E quando quisermos ver o quão grande o risco é, nós podemos fazer essas duas perguntas: quão incerto é, e quanto é importante? E isso nos dirá o quão grande o risco é. Então essa ideia de incertezas que importam então se desenvolve em algo que é útil ligando incertezas aos nossos objetivos. Então nós temos duas dimensões de "risco". Temos uma dimensão de incerteza e temos uma dimensão que afeta nossos objetivos. Em projetos, chamamos isso de probabilidade e impacto. Nós podemos chamar de outras coisas, tem outras palavras que podemos usar, mas essas são as que usamos frequentemente. E eu gostaria de perguntar a vocês, com essa foto do rato. Qual efeito importa para o rato? Primeiramente, ele claramente está em uma situação incerta aqui. E ele viu alguns riscos. Seu objetivo é pegar o queijo e ficar vivo. Um dos riscos identificados é algo ruim que pode acontecer. Ele pode morrer ou se machucar. E ele tem sido um bom gerente de projetos, ele colocou seu pequeno capacete e está se preparando para que não aconteça com ele. Para que ele não morra ou se machuque. Muito bem. E tem coisas nos nossos projetos que se acontecerem iria nos matar ou nos machucar. Eles vão desperdiçar tempo, desperdiçar dinheiro, prejudicar a reputação, destruir o desempenho, talvez até machucar pessoas de verdade. E como gerente de projetos, temos que ver essas coisas e impedi-las. Nos proteger com antecedência. Evitá-las. Existem outras incertezas que importam para o rato? Bom, existe... o queijo. Tem uma incerteza aqui que importa muito. Eu vou conseguir tirar o queijo da armadilha? Talvez ele consiga, talvez não. E se ele não conseguir tirar o queijo da ratoeira, ele falhou. Então ele tem duas incertezas para administrar. Uma delas é ruim, ele pode morrer ou se machucar, e a outra é boa, ele pode conseguir o queijo. E o que ele tem que fazer, o que ele tem que fazer é lidar com ambas ao mesmo tempo. E como gerentes de projeto, nós temos que fazer o mesmo. E também, devemos fazer da melhor forma possível. Às vezes tem um jeito melhor de pegar o queijo sem ser morto ou ferido. Nos nossos projetos temos que parar as coisas ruins acontecendo, mas também temos que conseguir o queijo dos nossos projetos. Então o que significa "queijo" no nosso projeto? Qual é o "queijo" no seu projeto? "Queijo" significa valor. "Queijo" significa benefícios. "Queijo" significa produtos e serviços que as pessoas querem e precisam. "Queijo" significa satisfação do consumidor. "Queijo" é a coisa boa que tentamos tirar dos nossos projetos difíceis. E se não fizermos nada ruim, não desperdiçarmos tempo, dinheiro, não danificarmos a reputação, mas não criarmos valor, nós falhamos. Se o rato não morreu, mas não pegou o queijo, ele falhou. Se criarmos benefícios, mas gastarmos tempo e dinheiro e destruirmos a reputação nós falhamos. E se o rato pegar o queijo e ser morto, ele falhou. Então temos que fazer as duas coisas. E quando pensamos sobre o risco e impacto, tem dois tipos de impacto que importam. Os ruins e os bons. Incertezas que podem prejudicar o projeto e incertezas que podem ajudar o projeto. Ambas importam e ambas precisam ser administradas. E temos outra palavra para esses. Essa é a definição de risco do Instituto de Gerenciamento de Projeto, do guia do conjunto de conhecimentos em gerenciamento de projetos. É o mesmo que os outros que já vimos: um evento ou condição incerto, que se ocorrer, afeta um objetivo. Mas o Instituto sabe do rato, sabe do queijo e das armadilhas, e adicionou três palavras à definição de risco aqui. Não são as palavras "queijo" e "armadilhas". São as palavras "positivo" ou "negativo".