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Qual vacina para COVID-19 é a melhor? | DW News

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    Homem: A Pfizer.
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    Se me derem a Johnson & Johnson,
    vou dizer que prefiro COVID.
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    Narrador: A internet parece saber
    quais vacinas são as melhores
  • 0:09 - 0:11
    e quais são as piores.
  • 0:11 - 0:12
    M: Moderna?
  • 0:12 - 0:13
    É tipo, mediana, mais ou menos.
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    Não aceitamos "mediana".
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    Mira Frike: Humanos adoram comparar.
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    Não admira que estamos fazendo isso
    com vacinas contra a COVID-19.
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    O problema é que não dá pra
    comparar dessa forma.
  • 0:23 - 0:27
    E fazer isso pode até ser
    perigoso numa pandemia.
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    N: Nós olhamos para esses números -
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    as taxas de eficácia -
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    porque elas dizem a
    probabilidade de você ter COVID-19
  • 0:35 - 0:37
    após ter sido vacinado.
  • 0:38 - 0:41
    MF: O problema é que esses números
    não são calculados igualmente.
  • 0:41 - 0:46
    Eles são determinados por quando
    e onde os testes de eficácia aconteceram.
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    Carlos Guzmán: Eu acho
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    que simples comparações de
    eficácia fora de contexto
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    podem levar a conclusões muito erradas.
  • 0:52 - 0:57
    Existem diferenças-chave no estudo
    populacional, por exemplo,
  • 0:57 - 1:02
    idade, sexo, fatores genéticos ambientais,
    doenças preexistentes.
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    N: Como funcionam os testes de eficácia?
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    Os participantes são divididos
    em dois grupos.
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    Um grupo recebe a vacina;
    o outro, um placebo.
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    Então, eles vão levar uma vida normal.
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    Após um certo tempo,
  • 1:15 - 1:19
    pesquisadores vão tomar nota
    de quantos deles pegaram COVID-19.
  • 1:19 - 1:23
    Se todos os participantes doentes
    forem do grupo placebo,
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    e nenhum do grupo vacinado,
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    a vacina é 100% eficaz.
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    E se o mesmo número de pessoas
    de ambos os grupos adoecerem,
  • 1:32 - 1:34
    a eficácia da vacina seria nula
  • 1:34 - 1:38
    pois o risco de ser infectado
    não mudou com a vacina.
  • 1:39 - 1:43
    Mas a chance dos participantes
    adoecerem durante o teste
  • 1:43 - 1:46
    corresponde à taxa global
    de infecções no seu contexto.
  • 1:46 - 1:51
    CG: Existem diferenças também em termos
    de presença ou ausência de uma variante
  • 1:52 - 1:57
    que é neutralizada mais ou menos
    bem pelos anticorpos
  • 1:57 - 2:01
    estimulados pelo tipo de proteína
    do vírus SARS-CoV-2 original
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    que é o que foi introduzido
    nas vacinas atuais.
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    MF: Então, enquanto achamos
    que sabemos qual vacina é a melhor,
  • 2:09 - 2:13
    nossas opiniões foram influenciadas
    por fatores circunstanciais.
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    N: Vamos analisar um exemplo.
  • 2:15 - 2:19
    Os testes da Moderna e da Pfizer
    foram realizados sobretudo nos EUA
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    e antes do advento
    de mais variantes,
  • 2:22 - 2:25
    como a do Reino Unido ou África do Sul.
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    Por outro lado, testes com a AstraZeneca
    ou Johnson & Johnson,
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    ou foram conduzidos depois
  • 2:33 - 2:34
    ou em países
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    onde mais variantes surgiram
    e se tornaram dominantes nas infecções.
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    MF: Então, taxas de eficácia nunca
    vão ser as mesmas
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    em um cenário real,
  • 2:45 - 2:47
    e elas podem mudar com o tempo.
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    CG: Por exemplo, recentemente recebemos
    um relatório do Qatar,
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    onde 50% e 45% das infecções
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    foram causadas pela variante
    sul-africana e britânica.
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    Este estudo mostrou que a eficácia
    da vacina da BioNTech/Pfizer
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    cai para 89% e 75% em infecções causadas
    pela variante britânica e sul-africana.
  • 3:10 - 3:15
    MF: Mas talvez tenha havido muita obsessão
    pela eficácia todo esse tempo.
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    N: A eficácia normalmente é a métrica
    para o melhor resultado possível:
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    Nenhum sintoma.
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    Em vez disso, consideremos
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    como as vacinas previnem a hospitalização
    e morte por COVID-19,
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    porque todas essas vacinas
    fazem isto bem.
  • 3:33 - 3:38
    MF: Mas há outro aspecto
    que influencia como julgamos as vacinas:
  • 3:38 - 3:39
    Efeitos colaterais.
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    N: Relatos de coágulos raros
    fizeram manchete
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    e isso gerou preocupação.
  • 3:44 - 3:46
    Os EUA também decidiram
    não renovar contratos
  • 3:46 - 3:49
    com a AstraZeneca e a Johnson & Johnson.
  • 3:49 - 3:53
    Tudo isso pode dar a impressão
    que algumas vacinas são piores que outras.
  • 3:54 - 3:56
    MF: Mas não é assim tão simples,
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    pois o risco individual de todos
    serem infectados
  • 3:59 - 4:03
    influencia a avaliação de quão
    benéfica é cada vacina.
  • 4:04 - 4:07
    N: Vamos analisar um exemplo
    com a vacina AstraZeneca
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    e considerar taxas de infecção moderadas
    de 55 casos em cada cem mil.
  • 4:12 - 4:15
    De 100.000 pessoas abaixo dos 29 anos,
  • 4:15 - 4:20
    ao menos duas vão desenvolver
    um coágulo raro após dose da AstraZeneca,
  • 4:20 - 4:24
    mas nenhuma vai precisar
    de cuidado intensivo pela infecção.
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    Mas uma pessoa acima dos 60 anos
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    é muito mais propensa a cuidados
    intensivos com COVID-19
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    e menos provável de desenvolver
    um coágulo raro.
  • 4:32 - 4:35
    MF: Por isso que os governos recomendam
    a vacina AstraZeneca
  • 4:35 - 4:37
    somente para pessoas acima dos 60 anos.
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    Mas essa análise muda se as taxas
    de infecção forem mais altas.
  • 4:41 - 4:45
    N: Vamos analisar o mesmo cálculo
    mas com taxas mais altas de infecção.
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    Aqui, 401 casos em cada cem mil.
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    Agora, todos estão mais sujeitos
    a precisar de cuidados intensivos
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    do que a desenvolver coágulos sanguíneos
    após a vacina.
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    Neste cenário, o benefício de receber
    a dose da AstraZeneca
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    ultrapassa o risco de coágulos raros
    para todos os grupos.
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    CG: E claro,
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    numa medida preventiva para
    indivíduos saudáveis, como a vacina,
  • 5:13 - 5:14
    é crucial
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    que o equilíbrio risco-benefício
  • 5:16 - 5:20
    seja aceitável para diferentes populações,
    grupos ou mesmo indivíduos.
  • 5:20 - 5:23
    MF: Então, existem vacinas piores
    que outras?
  • 5:23 - 5:25
    Se levarmos em conta
    os efeitos colaterais,
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    algumas se saem um pouco melhor,
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    pelo que sabemos até o momento.
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    Mas isto é somente um aspecto
  • 5:31 - 5:33
    e não deveria ser o único considerado.
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    CG: Acho que a questão-chave
  • 5:35 - 5:38
    é que a melhor vacina,
    ou programa de vacinação
  • 5:38 - 5:41
    vai ser o que nos permita
    prevenir a doença e a morte.
  • 5:42 - 5:46
    E, claro, reduzir as consequências diretas
    e indiretas -
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    consequências negativas -
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    nos danos mais graves.
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    MF: Qualquer vacina que recebeu
    aprovação emergencial da OMS
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    protege contra casos graves de COVID-19.
  • 5:55 - 5:57
    Elas previnem mortes
    e podem dar fim à pandemia.
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    N: Então, havendo escassez
    de vacinas,
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    isso é um bom argumento
    para tomar a que estiver disponível,
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    pois se insistirmos em tomar
    uma vacina específica,
  • 6:08 - 6:10
    poderemos prolongar esta pandemia,
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    e isso pode custar vidas.
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    Legendas por Rebeca Ventura
Title:
Qual vacina para COVID-19 é a melhor? | DW News
Description:

A internet parece saber exatamente quais vacinas são as melhores - e as piores.
Mas não se pode comparar vacinas assim tão facilmente. E fazer isto pode até ser perigoso em uma pandemia.
Temos a tendência de olhar as taxas de eficácia, pois elas avaliam a probabilidade de você pegar COVID-19 após ser vacinado. O problema é que esses números não são calculados da mesma maneira. Ao contrário, eles são determinados por quando e onde os testes de eficácia aconteceram, e quem esteve envolvido.
Então, como você determina qual vacina é a melhor para você?

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Video Language:
English
Team:
Amplifying Voices
Project:
Misinformation and Disinformation
Duration:
06:23

Portuguese subtitles

Incomplete

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