Brian Greene: Será o nosso universo o único universo?
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0:00 - 0:02Há alguns meses atrás
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0:02 - 0:04o prémio Nobel da Física
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0:04 - 0:06foi dado a duas equipas de astrónomos
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0:06 - 0:09por uma descoberta que tem sido aclamada
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0:09 - 0:11como uma das mais importantes
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0:11 - 0:13observações astronómicas de todos os tempos.
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0:13 - 0:15E hoje, após descrever brevemente o que eles encontraram,
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0:15 - 0:18vou-vos falar sobre situação polémica gerada
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0:18 - 0:21para explicar as suas descobertas:
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0:21 - 0:23nomeadamente a possibilidade
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0:23 - 0:25de que muito para além da Terra,
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0:25 - 0:28da Via Láctea e de outras galáxias distantes,
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0:28 - 0:30nós possamos achar que o nosso universo
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0:30 - 0:32não é o único universo,
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0:32 - 0:34mas ao contrário disso,
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0:34 - 0:36parte de um vasto complexo de universos
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0:36 - 0:38que nós chamamos multiverso.
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0:38 - 0:41Agora, a ideia de um multiverso é estranha.
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0:41 - 0:43Ou seja, a maioria de nós foi educada para acreditar
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0:43 - 0:46que a palavra "universo" significa tudo.
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0:46 - 0:49E eu digo a maioria de nós, com prudência,
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0:49 - 0:52já que a minha filha de quatro anos tem-me ouvido falar sobre estas ideias desde que nasceu.
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0:52 - 0:54E no ano passado eu a estava a abraçá-la
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0:54 - 0:56e disse: "Sophia,
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0:56 - 0:59eu amo-te mais do que tudo no universo".
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0:59 - 1:01E ela virou-se para mim e disse: "Pai,
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1:01 - 1:03universo ou multiverso?"
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1:03 - 1:06(Risos)
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1:06 - 1:09Mas excepto por uma educação anormal
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1:09 - 1:11é estranho imaginar
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1:11 - 1:13outros domínios separados dos nossos,
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1:13 - 1:15a maioria com características fundamentalmente diferentes,
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1:15 - 1:18que poderiam certamente ser chamadas de universos de si mesmos.
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1:18 - 1:20E ainda,
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1:20 - 1:22apesar do quão especulativa é a ideia,
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1:22 - 1:24eu pretendo convencer-vos
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1:24 - 1:26que há uma razão para levar isto a sério,
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1:26 - 1:28porque a ideia pode estar certa.
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1:28 - 1:31Eu vou contar a história do multiverso em três partes.
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1:31 - 1:33Na primeira parte,
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1:33 - 1:35eu vou descrever os resultados dos ganhadores do Prémio Nobel
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1:35 - 1:37e destacar um profundo mistério
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1:37 - 1:39que esses resultados revelaram.
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1:39 - 1:41Na segunda parte,
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1:41 - 1:43Eu vou oferecer uma solução para esse mistério.
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1:43 - 1:45Com base numa abordagem chamada teoria das cordas,
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1:45 - 1:47e é onde a ideia de multiverso
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1:47 - 1:49entrará na história.
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1:49 - 1:51Finalmente, na terceira parte,
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1:51 - 1:53Eu vou descrever uma teoria cosmológica
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1:53 - 1:55chamada Inflação,
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1:55 - 1:58que irá juntar todas as peças da história.
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1:58 - 2:02Ok, a primeira parte começa em 1929
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2:02 - 2:04quando o grande astrónomo Edwin Hubble
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2:04 - 2:07percebeu que as galáxias distantes
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2:07 - 2:09estavam todas a se afastar de nós
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2:09 - 2:11estabelecendo que o espaço está-se a alongar,
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2:11 - 2:13está-se a expandir.
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2:13 - 2:16Agora, isso foi revolucionário.
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2:16 - 2:19A sabedoria que prevalecia era que na maior das escalas
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2:19 - 2:21o universo era estático.
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2:21 - 2:23Mas ainda mais,
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2:23 - 2:26havia uma coisa sobre a qual todo mundo tinha certeza:
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2:26 - 2:29a expansão devia de estar a reduzir de velocidade.
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2:29 - 2:32Isso, tanto quanto a força gravitacional daTerra
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2:32 - 2:35que retarda a subida de uma maçã jogada para o alto,
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2:35 - 2:37a força gravitacional
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2:37 - 2:39de cada galáxia sobre todos as outras
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2:39 - 2:41deve estar a reduzir
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2:41 - 2:43a expansão do espaço.
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2:43 - 2:46Agora vamos avançar rapidamente para os anos 90
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2:46 - 2:48quando duas equipas de astrónomos
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2:48 - 2:50que mencionei no início
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2:50 - 2:52estavam inspirados por esse raciocínio
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2:52 - 2:54para medir a taxa
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2:54 - 2:56na qual a expansão estava a diminuir.
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2:56 - 2:58E eles fizeram isso
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2:58 - 3:00através de meticulosas observações
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3:00 - 3:02de numerosas galáxias longínquas
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3:02 - 3:04permitindo-lhes traçar
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3:04 - 3:07como a taxa de expansão tem mudado ao longo do tempo.
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3:07 - 3:10Aqui está a surpresa:
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3:10 - 3:13eles descobriram que a expansão não está a reduzir de velocidade.
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3:13 - 3:15muito pelo contrário, eles descobriram que está a acelerar,
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3:15 - 3:17expandindo-se com cada vez maior rapidez.
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3:17 - 3:19É como jogar uma maçã para cima
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3:19 - 3:21e ela subir cada vez mais rapidamente.
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3:21 - 3:23Agora, se vissem uma maçã a fazer isso,
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3:23 - 3:25iriam querer saber porquê.
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3:25 - 3:27O que a está forçando a isso?
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3:27 - 3:29Da mesma forma, os resultados dos astrónomos
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3:29 - 3:32estavam certamente a merecer o Prémio Nobel,
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3:32 - 3:36mas eles levantaram uma questão semelhante a esta:
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3:36 - 3:38que força está conduzindo todas as galáxias
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3:38 - 3:41a se afastarem tão rapidamente umas das outras
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3:41 - 3:44numa velocidade cada vez mais acelerada?
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3:44 - 3:46Bem, a resposta mais promissora
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3:46 - 3:49vem de uma antiga ideia de Einstein.
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3:49 - 3:51Vejam vocês, todos nós estamos acostumados com a gravidade
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3:51 - 3:54sendo a força que faz uma coisa,
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3:54 - 3:56mantém os objectos juntos.
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3:56 - 3:58Mas na teoria da gravidade de Einstein,
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3:58 - 4:00a sua teoria geral da relatividade,
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4:00 - 4:03a gravidade pode também manter as coisas separadas.
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4:03 - 4:06Como? Bem, de acordo com a matemática de Einstein,
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4:06 - 4:08se o espaço é uniformemente preenchido
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4:08 - 4:10com uma energia invisível,
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4:10 - 4:13um tipo de vapor uniforme e invisível,
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4:13 - 4:16então a gravidade gerada por esse vapor
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4:16 - 4:18seria repulsiva,
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4:18 - 4:20gravidade repulsiva,
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4:20 - 4:23o que é só o que precisamos para explicar as observações.
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4:23 - 4:25Devido à gravidade repulsiva
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4:25 - 4:27de uma energia invisível no espaço -
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4:27 - 4:29que nós agora podemos chamar de energia negra,
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4:29 - 4:32mas aqui fiz com fumo branco para que possam vê-la -
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4:32 - 4:34a sua gravidade repulsiva
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4:34 - 4:36faria cada galáxia impulsionar-se contra as outras
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4:36 - 4:38levando a expansão a acelerar,
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4:38 - 4:40não reduzir.
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4:40 - 4:42E essa explicação
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4:42 - 4:44representa um grande progresso.
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4:44 - 4:47Mas prometi-vos um mistério
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4:47 - 4:49aqui na primeira parte.
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4:49 - 4:51Aqui está.
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4:51 - 4:53Quando os astrónomos resolviam
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4:53 - 4:56quanto da energia negra
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4:56 - 4:58precisa ser infundida no espaço
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4:58 - 5:00para a explicação da aceleração cósmica,
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5:00 - 5:02olhem o que eles descobriram.
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5:09 - 5:11Esse número é pequeno.
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5:11 - 5:13Colocado na unidade aproprida,
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5:13 - 5:15é espectacularmente pequeno.
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5:15 - 5:18E o mistério é explicar esse número singular.
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5:18 - 5:20Nós queremos que esse número
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5:20 - 5:22surja das leis da física,
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5:22 - 5:25mas até agora ninguém encontrou uma maneira para fazer isso.
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5:25 - 5:28Agora devem estar a pensar,
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5:28 - 5:30isso é importante para si?
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5:30 - 5:32Talvez explicar esse número
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5:32 - 5:34é apenas uma questão técnica,
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5:34 - 5:37um detalhe técnico de interesse dos especialistas,
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5:37 - 5:39mas sem nenhuma relevância para mais ninguém.
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5:39 - 5:42Bem, isso certamente é um detalhe técnico,
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5:42 - 5:44mas alguns detalhes realmente importam.
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5:44 - 5:46Alguns detalhes fornecem
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5:46 - 5:48janelas para dentro de regiões desconhecidas de realidade
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5:48 - 5:51e esse número singular pode estar a fazer exactamente isso,
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5:51 - 5:54já que a única abordagem que até agora fez progresso para explicá-lo
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5:54 - 5:57invoca a possibilidade de outros universos -
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5:57 - 6:00uma ideia que naturalmente surge da teoria das cordas,
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6:00 - 6:03a qual me leva para a segunda parte: a Teoria das Cordas.
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6:03 - 6:07Portanto, mantenham o mistério da energia negra
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6:07 - 6:09em mente
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6:09 - 6:11porque eu agora vou-vos contar
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6:11 - 6:14três pontos-chave sobre a teoria das cordas.
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6:14 - 6:16Primeiro, o que é isso?
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6:16 - 6:19Bem, é uma abordagem para entender o sonho de Einstein
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6:19 - 6:22de uma teoria de física unificada,
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6:22 - 6:24um único quadro geral
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6:24 - 6:26que seria capaz de descrever
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6:26 - 6:28todas as forças em acção no universo.
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6:28 - 6:30E a ideia central da teoria das cordas
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6:30 - 6:32é bem simples de entender.
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6:32 - 6:34Ela diz que se você examinar
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6:34 - 6:36qualquer peça de matéria cada vez mais detalhadamente,
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6:36 - 6:38primeiro você irá encontrar moléculas
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6:38 - 6:41e então você irá encontrar átomos e partículas subatómicas.
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6:41 - 6:43Mas a teoria diz que se você puder investigar coisas menores,
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6:43 - 6:46muito menores do que nós podemos com a tecnologia existente,
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6:46 - 6:49será possível descobrir algo mais dentro destas partículas -
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6:49 - 6:52um filamento minúsculo de vibração de energia,
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6:52 - 6:55uma leve vibração de cordas.
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6:55 - 6:57E exactamente como as cordas de um violino,
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6:57 - 6:59elas podem vibrar em diferentes padrões
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6:59 - 7:01produzindo diferentes notas musicais.
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7:01 - 7:03Essas pequenas cordas fundamentais
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7:03 - 7:05quando vibram em diferentes padrões,
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7:05 - 7:07produzem diferentes tipos de partículas -
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7:07 - 7:09então electrões, quarks, neutrões, fotões,
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7:09 - 7:11todas as outras partículas
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7:11 - 7:13estariam unidas dentro de um único quadro,
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7:13 - 7:16como se todas elas surgissem da vibração das cordas
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7:16 - 7:19É um quadro atraente,
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7:19 - 7:21um tipo de sinfonia cósmica
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7:21 - 7:23onde toda a riqueza
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7:23 - 7:25que vemos no mundo ao nosso redor
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7:25 - 7:27emerge da música
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7:27 - 7:30que essas pequenas, minúsculas cordas podem tocar.
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7:30 - 7:32Mas há um preço
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7:32 - 7:34para esta elegante unificação,
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7:34 - 7:36porque anos de pesquisa
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7:36 - 7:39têm demonstrado que a matemática da teoria das cordas não funciona muito bem.
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7:39 - 7:41Ela tem inconsistências internas,
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7:41 - 7:43a não ser que concordemos que é
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7:43 - 7:46por algo totalmente estranho -
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7:46 - 7:49dimensões extras do espaço.
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7:49 - 7:52Isto é, todos nós sabemos sobre as três dimensões do espaço.
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7:52 - 7:54E vocês podem pensar neles
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7:54 - 7:57como altura, largura e profundidade,
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7:57 - 8:00mas a teoria das cordas diz que, em escalas fantasticamente pequenas,
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8:00 - 8:02há dimensões adicionais
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8:02 - 8:04reunidas num tamanho tão minúsculo
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8:04 - 8:06que nós não as detectámos.
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8:06 - 8:08Mas mesmo que as dimensões esteja escondidas,
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8:08 - 8:11elas teriam um impacto nas coisas que nós podemos observar
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8:11 - 8:14porque o formato das dimensões extras
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8:14 - 8:17delimitam o como as cordas podem vibrar.
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8:17 - 8:19E na teoria das cordas,
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8:19 - 8:22a vibração determina tudo.
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8:22 - 8:24Portanto a massa das partículas, o poder das forças,
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8:24 - 8:27e mais importante, a quantidade de energia negra
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8:27 - 8:29seria determinado
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8:29 - 8:31pela forma das dimensões extras.
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8:31 - 8:34Então se nós soubéssemos a forma das dimensões extras,
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8:34 - 8:37nós deveríamos ser hábeis para calcular esses elementos,
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8:37 - 8:40calcular a quantidade de energia negra.
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8:40 - 8:42O desafio
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8:42 - 8:44é que nós não sabemos
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8:44 - 8:47a forma destas dimensões extras.
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8:47 - 8:49Tudo o que nós temos
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8:49 - 8:51é uma lista de possíveis formas
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8:51 - 8:54disponíveis graças à matemática.
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8:54 - 8:56Agora, quando essas ideias foram desenvolvidas pela primeira vez,
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8:56 - 8:58havia apenas cerca de cinco formatos possíveis,
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8:58 - 9:00então vocês podem imaginar
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9:00 - 9:02analizando-as uma por uma
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9:02 - 9:04para determinar alguma relação com
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9:04 - 9:06os elementos físicos que nós observamos.
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9:06 - 9:08Mas com o tempo a lista cresceu
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9:08 - 9:10assim como os pesquisadores encontram outras formas possiveis.
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9:10 - 9:13De cinco, o número cresceu para centenas e então milhares -
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9:13 - 9:16Uma enorme, mas ainda assim administrável, colecção para analisar,
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9:16 - 9:18já que, afinal,
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9:18 - 9:21pós-graduandos precisam ter alguma coisa pra fazer.
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9:21 - 9:23Mas então a lista continuou a crescer
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9:23 - 9:26chegando a milhões e bilhões, até hoje.
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9:26 - 9:28A lista de possíveis formas
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9:28 - 9:33disparou de aproximadamente 10 para 500.
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9:33 - 9:36Então, o que fazer?
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9:36 - 9:39Bem, alguns pesquisadores desanimaram
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9:39 - 9:42concluindo que eram tantas as formas possíveis para a dimensão extra,
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9:42 - 9:45cada uma dando origem a diferentes características físicas,
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9:45 - 9:47que a teoria das cordas nunca faria
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9:47 - 9:49predições testáveis, definitivas.
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9:49 - 9:53Mas outros puseram essa questão nos seus pensamentos,
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9:53 - 9:55levando-nos à possibilidade do multiverso.
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9:55 - 9:57Aqui está a ideia:
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9:57 - 10:00talvez cada uma dessas formas esteja na mesma situação que as outras.
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10:00 - 10:02Cada uma é tão real quanto as outras,
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10:02 - 10:04no sentido
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10:04 - 10:06de que existem muitos universos
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10:06 - 10:09cada um com uma forma diferente, para a dimensão extra.
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10:09 - 10:11E esta proposta radical
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10:11 - 10:14tem um profundo impacto no mistério:
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10:14 - 10:17a quantidade de energia negra revelada pelo resultado dos vencedores do Prémio Nobel.
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10:17 - 10:19Porque vejam,
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10:19 - 10:22se existem outros universos,
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10:22 - 10:24e se esses universos
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10:24 - 10:28tenham, cada um, digamos, um formato diferente para a dimensão extra,
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10:28 - 10:30então as características físicas de cada universo serão diferentes,
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10:30 - 10:32e em particular,
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10:32 - 10:34a quantidade de energia negra em cada universo
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10:34 - 10:36será diferente.
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10:36 - 10:38O que significa que o mistério
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10:38 - 10:40de explicar a quantidade de energia negra que nós agora medimos
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10:40 - 10:43adquiriria uma enorme quantidade de características diferentes.
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10:43 - 10:45Neste contexto,
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10:45 - 10:48as leis da física não podem explicar um número da energia negra
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10:48 - 10:51porque não há apenas um número,
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10:51 - 10:53há muitos números.
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10:53 - 10:55O que significa
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10:55 - 10:58que nós estivemos a colocar a questão errada.
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10:58 - 11:00A questão certa para a perguntar é,
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11:00 - 11:03porque é que nós humanos estamos num universo
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11:03 - 11:06com uma particular quantidade de energia negra que nós medimos
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11:06 - 11:09ao invés de qualquer outras possibilidades
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11:09 - 11:11que estão lá fora?
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11:11 - 11:14E essa é uma questão na qual nós podemos fazer progresso.
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11:14 - 11:16Porque estes universos
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11:16 - 11:18que têm muito mais energia negra do que o nosso,
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11:18 - 11:21sempre que a matéria tenta agrupar-se em galáxias,
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11:21 - 11:24a força repulsiva da energia negra é tão forte
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11:24 - 11:26que destrói os grupos
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11:26 - 11:28e as galáxias não são formadas.
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11:28 - 11:31E nesses universos com uma quantidade muito menor de energia negra,
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11:31 - 11:33bem, colidem entre si tão rapidamente
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11:33 - 11:36que, novamente, as galáxias não se formam.
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11:36 - 11:39E sem galáxias, não há estrelas, nem planetas
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11:39 - 11:41e nem hipóteses
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11:41 - 11:43para a nossa forma de vida
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11:43 - 11:45existir nesses outros universos.
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11:45 - 11:47Então nós encontramo-nos num universo
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11:47 - 11:50com uma quantidade particular de energia negra que medimos
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11:50 - 11:53simplesmente porque o nosso universo tem condições
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11:53 - 11:57habitáveis para a nossa forma de vida.
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11:57 - 11:59E tal seria isto.
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11:59 - 12:01Mistério resolvido,
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12:01 - 12:03multiverso descoberto.
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12:03 - 12:08Agora, alguns acharam a explicação insatisfatória.
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12:08 - 12:10Nós estávamos acostumados aos físicos
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12:10 - 12:13que nos davam explicações definitivas para os elementos que nós observamos.
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12:13 - 12:15Mas o ponto é,
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12:15 - 12:18se o elemento que você está a observar
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12:18 - 12:20pode e assume
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12:20 - 12:22uma imensa variedade de diferentes valores
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12:22 - 12:25através do vasto cenário da realidade,
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12:25 - 12:27então pensar numa explicação
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12:27 - 12:29para um valor particular
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12:29 - 12:32é simplesmente inadequado.
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12:32 - 12:34Um exemplo recente,
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12:34 - 12:37vem do grande astrónomo Johannes Kepler
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12:37 - 12:39que estava obcecado em entender
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12:39 - 12:41um número diferente -
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12:41 - 12:45o porquê do o Sol estar a 93 milhões de milhas distante da Terra.
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12:45 - 12:48E ele trabalhou por décadas a tentar explicar esse número,
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12:48 - 12:51mas ele nunca teve sucesso, e nós sabemos porquê.
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12:51 - 12:53Kepler estava a colocar
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12:53 - 12:55a questão errada.
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12:55 - 12:58Agora nós sabemos que existem muitos planetas
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12:58 - 13:01numa grande variedade de diferentes distâncias das suas estrelas hospedeiras.
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13:01 - 13:04Então ficar à espera que as leis da física
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13:04 - 13:07expliquem um número em particular, 93 milões de milhas,
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13:07 - 13:10bem, é simplesmente um erro.
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13:10 - 13:12Ao invés disso, a pergunta certa para se perguntar é,
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13:12 - 13:15porque nós humanos estamos em um planeta
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13:15 - 13:17a esta distância particular,
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13:17 - 13:20ao contrário de qualquer outra possibilidade?
-
13:20 - 13:23E novamente, essa é uma questão que nós podemos responder.
-
13:23 - 13:26Estes planetas que estão muito próximos a uma estrela como o Sol
-
13:26 - 13:28seriam tão quentes
-
13:28 - 13:30que a nossa forma de vida não existiria.
-
13:30 - 13:33E esses planetas que estão muito distantes da estrela,
-
13:33 - 13:35bem, eles são tão frios
-
13:35 - 13:37que, de novo, a nossa forma de vida não teria acontecido.
-
13:37 - 13:39Então, nós percebemos que estamos
-
13:39 - 13:41num planeta a uma distância particular
-
13:41 - 13:43simplesmente porque ela produz condições
-
13:43 - 13:46vitais para nossa forma de vida.
-
13:46 - 13:49E quando se trata de planetas e respectivas distâncias,
-
13:49 - 13:53este, claramente, é o tipo certo de raciocínio.
-
13:53 - 13:55O ponto é,
-
13:55 - 13:58quando se trata de universos e a energia negra que eles contém,
-
13:58 - 14:02pode ser também o tipo certo de raciocínio.
-
14:02 - 14:05Com uma peça diferente, é claro,
-
14:05 - 14:07é que nós sabemos que há outros planetas lá fora,
-
14:07 - 14:10mas até agora eu apenas especulei sobre a possibilidade
-
14:10 - 14:12de que devem haver outros universos.
-
14:12 - 14:14Então, para colocar tudo isso junto,
-
14:14 - 14:16nós precisamos de um mecanismo
-
14:16 - 14:19que possa realmente gerar outros universos.
-
14:19 - 14:22E isso me leva a minha parte final, a parte três.
-
14:22 - 14:25Porque tal mecanismo foi descoberto
-
14:25 - 14:28por cosmologistas tentando entender o Big Bang.
-
14:28 - 14:30Reparem, quando nós falamos do Big Bang,
-
14:30 - 14:32nós geralmente temos uma imagem
-
14:32 - 14:34de um tipo de explosão cósmica
-
14:34 - 14:36que criou o universo
-
14:36 - 14:39e estabeleceu o espaço empurrando-o para fora.
-
14:39 - 14:41Mas há um pequeno segredo.
-
14:41 - 14:44O Big Bang deixa de fora algo muito importante,
-
14:44 - 14:46o Bang.
-
14:46 - 14:49Ele diz-nos como o universo progrediu após o Bang,
-
14:49 - 14:51mas não nos dá esclarecimentos
-
14:51 - 14:55sobre o que teria forçado o Bang.
-
14:55 - 14:57E essa lacuna foi finalmente preenchida
-
14:57 - 14:59por uma versão actualizada da teoria do Big Bang.
-
14:59 - 15:02Chama-se cosmologia inflacionária,
-
15:02 - 15:06que identificou um tipo particular de combustível
-
15:06 - 15:08que naturalmente geraria
-
15:08 - 15:10uma corrida para fora do espaço.
-
15:10 - 15:13O combustível tem como base algo chamado quântica de campo,
-
15:13 - 15:16mas o único detalhe que importa para nós
-
15:16 - 15:19é que esse combustível prova ser tão eficiente
-
15:19 - 15:21que é virtualmente impossível
-
15:21 - 15:23usá-lo todo,
-
15:23 - 15:25o que significa na teoria inflacionária,
-
15:25 - 15:28que o Big Bang originando nosso universo
-
15:28 - 15:31não é como um evento de um único momento.
-
15:31 - 15:34Ao contrário, o combústivel não gerou apenas o nosso Big Bang,
-
15:34 - 15:40mas como também poderia gerar incontáveis Big Bangs,
-
15:40 - 15:43cada um dando início a seu próprio universo separado,
-
15:43 - 15:45com o nosso universo a se tornar nada menos que uma bolha
-
15:45 - 15:48num grandioso banho de bolhas cósmicas de universos.
-
15:48 - 15:50E agora, quando nós fundimos isso com a teoria das cordas,
-
15:50 - 15:52aqui está o quadro a que somos levados.
-
15:52 - 15:54Cada um destes universos têm dimensões extras.
-
15:54 - 15:57As dimensões extras assumem uma larga variedade de diferentes formatos.
-
15:57 - 16:00Os diferentes formatos produzem diferentes aspectos físicos.
-
16:00 - 16:03E nós encontramo-nos num universo em vez de outro
-
16:03 - 16:06simplesmente porque é apenas no nosso universo
-
16:06 - 16:09que os aspectos físicos, como a quantidade de energia negra,
-
16:09 - 16:13são os certos para que a nossa forma de vida se desenvolva.
-
16:13 - 16:16E esta é a imagem convincente, mas altamente polémica
-
16:16 - 16:18do vasto cosmos
-
16:18 - 16:20que a observação de ponta e a teoria
-
16:20 - 16:24têm, agora, nos levado a considerar seriamente.
-
16:24 - 16:28Uma grande questão que restou, é claro, é,
-
16:28 - 16:31poderemos algum dia confirmar
-
16:31 - 16:34a existência de outros universos?
-
16:34 - 16:36Bem, deixe-me descrever
-
16:36 - 16:39uma maneira para que algum dia isso aconteça.
-
16:39 - 16:41A teoria da inflação
-
16:41 - 16:43já possui um forte apoio observacional.
-
16:43 - 16:45Porque a teoria prevê
-
16:45 - 16:47que o Big Bang teria sido tão intenso
-
16:47 - 16:50que o espaço rapidamente se expandiu,
-
16:50 - 16:52minúsculas agitações quânticas vindas do micromundo
-
16:52 - 16:55teriam sido esticadas para o macromundo,
-
16:55 - 16:58produzindo uma marca digital específica,
-
16:58 - 17:00um padrão de pontos ligeiramente mais quentes e pontos ligeiramente mais frios,
-
17:00 - 17:02através do espaço,
-
17:02 - 17:05cujos poderosos telescópios têm agora observado.
-
17:05 - 17:08Indo mais além, se há outros universos,
-
17:08 - 17:10a teoria prediz que em breve
-
17:10 - 17:12esses universos podem colidir.
-
17:12 - 17:14E se o nosso universo for atingido por outro,
-
17:14 - 17:16essa colisão
-
17:16 - 17:18poderá gerar um sutil padrão adicional
-
17:18 - 17:20de variação de temperatura através do espaço
-
17:20 - 17:22que nós poderemos um dia
-
17:22 - 17:24estarmos aptos para detectar.
-
17:24 - 17:27E essa imagem é tão exótica,
-
17:27 - 17:29que poderá um dia ter fundamento
-
17:29 - 17:31em observações
-
17:31 - 17:34que estabelecem a existência de outros universos.
-
17:34 - 17:36Eu irei concluir
-
17:36 - 17:39com uma impressionante consequência
-
17:39 - 17:41de todas essas ideias
-
17:41 - 17:43para um futuro distante.
-
17:43 - 17:45Vejam, nós aprendemos
-
17:45 - 17:47que o nosso universo não é estático,
-
17:47 - 17:49que o espaço está-se a expandir,
-
17:49 - 17:51que essa expansão está a acelerar
-
17:51 - 17:53e que podem haver outros universos
-
17:53 - 17:55tudo feito por cuidadosas análises
-
17:55 - 17:57de fracas indicações da luz das estrelas
-
17:57 - 18:00chegando até nós de galáxias distantes.
-
18:00 - 18:03Mas em razão da expansão estar acelerando,
-
18:03 - 18:05em um futuro distante,
-
18:05 - 18:08estas galáxias irão afastar-se para tão longe e tão rapidamente,
-
18:08 - 18:11que nós não estaremos aptos para vê-las -
-
18:11 - 18:13não por causa das limitações tecnológicas,
-
18:13 - 18:15mas em função das leis da física.
-
18:15 - 18:17A luz que essas galáxias emitem,
-
18:17 - 18:20mesmo viajando nas mais alta velocidade, a velocidade da luz,
-
18:20 - 18:22não será capaz de superar
-
18:22 - 18:25o abismo cada vez maior entre nós.
-
18:25 - 18:27Então astrónomos num futuro distante
-
18:27 - 18:29olhando para a profundidade do espaço,
-
18:29 - 18:32não verão nada, excepto uma extensão sem fim
-
18:32 - 18:36de uma escuridão imóvel, tingida de negro.
-
18:36 - 18:38E eles irão concluir
-
18:38 - 18:40que o universo é estático e imutável
-
18:40 - 18:43e povoado por um único oásis central de matéria
-
18:43 - 18:45que eles habitam -
-
18:45 - 18:47uma imagem do cosmos
-
18:47 - 18:50que nós definitivamente sabemos estar errada.
-
18:50 - 18:53Agora, talvez estes futuros astrónomos terão registos
-
18:53 - 18:55deixados de uma época anterior
-
18:55 - 18:57como a nossa,
-
18:57 - 18:59afirmando um cosmos em expansão
-
18:59 - 19:01cheio de galáxias.
-
19:01 - 19:03Mas estes futuros astrónomos
-
19:03 - 19:06iriam acreditar em tal conhecimento antigo?
-
19:06 - 19:08Ou iriam eles acreditar
-
19:08 - 19:11num universo negro, estático e vazio
-
19:11 - 19:15que suas próprias observações de última geração revelam?
-
19:15 - 19:17Eu suspeito da última.
-
19:17 - 19:19O que significa que nós estamos a viver
-
19:19 - 19:22numa época notavelmente privilegiada,
-
19:22 - 19:24onde algumas profundas verdades sobre o cosmos
-
19:24 - 19:26ainda estão ao alcance
-
19:26 - 19:28do espírito humano de exploração.
-
19:28 - 19:33Parece que nem sempre será assim.
-
19:33 - 19:35Porque os astrónomos de hoje,
-
19:35 - 19:38dirigindo os poderosos telescópios para o céu,
-
19:38 - 19:41capturaram uma pequena porção de fotões fortemente informativos -
-
19:41 - 19:44um tipo de telegrama cósmico
-
19:44 - 19:46bilhões de anos em trânsito.
-
19:46 - 19:50E a mensagem ecoando através de eras é clara.
-
19:50 - 19:53Por vezes, a natureza mantém os seus segredos
-
19:53 - 19:55bem guardados
-
19:55 - 19:57das leis da física.
-
19:57 - 20:01Por vezes, a verdadeira natureza da realidade acena
-
20:01 - 20:04para além do horizonte.
-
20:04 - 20:06Muito obrigado.
-
20:06 - 20:10(Aplausos)
-
20:10 - 20:12Chris Anderson: Brian, muito obrigado.
-
20:12 - 20:14O alcance das ideias que você nos apresentou
-
20:14 - 20:17são impressionantes, emocionantes, inacreditáveis.
-
20:17 - 20:19O que acha
-
20:19 - 20:21do lugar em que a cosmologia se encontra agora,
-
20:21 - 20:23numa espécie de margem histórica?
-
20:23 - 20:26Estamos no meio de alguma coisa historicamente incomum, na sua opinião?
-
20:26 - 20:28BG: Bem, é díficil dizer.
-
20:28 - 20:31Quando nós compreendemos que os astrónomos de um futuro distante
-
20:31 - 20:34podem não ter informações suficientes para descobrir as coisas,
-
20:34 - 20:37a questão natural é, talvez nós já nos encontramos nessa posição
-
20:37 - 20:40e certamente importantes questões do universo
-
20:40 - 20:43já escaparam de nossa habilidade de entendimento
-
20:43 - 20:45devido à evolução da cosmologia.
-
20:45 - 20:47Portanto, dessa perspectiva,
-
20:47 - 20:49talvez nós iremos sempre colocar questões
-
20:49 - 20:51e nunca seremos hábeis para respondê-las completamente.
-
20:51 - 20:53Por outro lado, nós agora podemos entender
-
20:53 - 20:55o quanto o universo é antigo.
-
20:55 - 20:57Nós podemos entender
-
20:57 - 21:00como compreender os dados da radiação de fundo
-
21:00 - 21:03que foi estabelecida 13.72 bilhões de anos atrás
-
21:03 - 21:05e ainda, nós actualmente podemos calcular de modo a prever como isso irá ficar
-
21:05 - 21:07e com correspondências.
-
21:07 - 21:09Deus do céu! Isso é incrível.
-
21:09 - 21:12Portanto, por um lado, é simplesmente inacreditável onde nós chegámos,
-
21:12 - 21:16mas quem sabe que tipo de impedimentos nós poderemos encontrar no futuro.
-
21:16 - 21:19CA: Você estará por aqui nos próximos dias.
-
21:19 - 21:21Talvez algumas dessas conversas possam continuar.
-
21:21 - 21:23Obrigado. Obrigado, Brian. (BG: Foi um prazer.)
-
21:23 - 21:26(Aplausos)
- Title:
- Brian Greene: Será o nosso universo o único universo?
- Speaker:
- Brian Greene
- Description:
-
No coração da cosmologia moderna existe um mistério: porque é que o nosso universo parece tão perfeitamente ajustado para criar as condições necessárias à vida? Nesta viagem guiada, passando por algumas das maiores descobertas da ciência, Brian Greene mostra como a surpreendente ideia de um multiverso pode conter a resposta para um enigma.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 21:47
Jenny Zurawell approved Portuguese subtitles for Is our universe the only universe? | ||
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