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Brian Greene: Será o nosso universo o único universo?

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    Há alguns meses atrás
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    o prémio Nobel da Física
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    foi dado a duas equipas de astrónomos
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    por uma descoberta que tem sido aclamada
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    como uma das mais importantes
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    observações astronómicas de todos os tempos.
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    E hoje, após descrever brevemente o que eles encontraram,
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    vou-vos falar sobre situação polémica gerada
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    para explicar as suas descobertas:
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    nomeadamente a possibilidade
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    de que muito para além da Terra,
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    da Via Láctea e de outras galáxias distantes,
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    nós possamos achar que o nosso universo
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    não é o único universo,
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    mas ao contrário disso,
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    parte de um vasto complexo de universos
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    que nós chamamos multiverso.
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    Agora, a ideia de um multiverso é estranha.
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    Ou seja, a maioria de nós foi educada para acreditar
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    que a palavra "universo" significa tudo.
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    E eu digo a maioria de nós, com prudência,
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    já que a minha filha de quatro anos tem-me ouvido falar sobre estas ideias desde que nasceu.
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    E no ano passado eu a estava a abraçá-la
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    e disse: "Sophia,
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    eu amo-te mais do que tudo no universo".
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    E ela virou-se para mim e disse: "Pai,
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    universo ou multiverso?"
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    (Risos)
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    Mas excepto por uma educação anormal
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    é estranho imaginar
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    outros domínios separados dos nossos,
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    a maioria com características fundamentalmente diferentes,
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    que poderiam certamente ser chamadas de universos de si mesmos.
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    E ainda,
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    apesar do quão especulativa é a ideia,
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    eu pretendo convencer-vos
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    que há uma razão para levar isto a sério,
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    porque a ideia pode estar certa.
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    Eu vou contar a história do multiverso em três partes.
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    Na primeira parte,
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    eu vou descrever os resultados dos ganhadores do Prémio Nobel
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    e destacar um profundo mistério
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    que esses resultados revelaram.
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    Na segunda parte,
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    Eu vou oferecer uma solução para esse mistério.
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    Com base numa abordagem chamada teoria das cordas,
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    e é onde a ideia de multiverso
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    entrará na história.
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    Finalmente, na terceira parte,
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    Eu vou descrever uma teoria cosmológica
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    chamada Inflação,
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    que irá juntar todas as peças da história.
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    Ok, a primeira parte começa em 1929
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    quando o grande astrónomo Edwin Hubble
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    percebeu que as galáxias distantes
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    estavam todas a se afastar de nós
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    estabelecendo que o espaço está-se a alongar,
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    está-se a expandir.
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    Agora, isso foi revolucionário.
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    A sabedoria que prevalecia era que na maior das escalas
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    o universo era estático.
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    Mas ainda mais,
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    havia uma coisa sobre a qual todo mundo tinha certeza:
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    a expansão devia de estar a reduzir de velocidade.
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    Isso, tanto quanto a força gravitacional daTerra
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    que retarda a subida de uma maçã jogada para o alto,
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    a força gravitacional
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    de cada galáxia sobre todos as outras
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    deve estar a reduzir
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    a expansão do espaço.
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    Agora vamos avançar rapidamente para os anos 90
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    quando duas equipas de astrónomos
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    que mencionei no início
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    estavam inspirados por esse raciocínio
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    para medir a taxa
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    na qual a expansão estava a diminuir.
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    E eles fizeram isso
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    através de meticulosas observações
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    de numerosas galáxias longínquas
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    permitindo-lhes traçar
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    como a taxa de expansão tem mudado ao longo do tempo.
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    Aqui está a surpresa:
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    eles descobriram que a expansão não está a reduzir de velocidade.
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    muito pelo contrário, eles descobriram que está a acelerar,
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    expandindo-se com cada vez maior rapidez.
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    É como jogar uma maçã para cima
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    e ela subir cada vez mais rapidamente.
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    Agora, se vissem uma maçã a fazer isso,
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    iriam querer saber porquê.
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    O que a está forçando a isso?
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    Da mesma forma, os resultados dos astrónomos
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    estavam certamente a merecer o Prémio Nobel,
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    mas eles levantaram uma questão semelhante a esta:
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    que força está conduzindo todas as galáxias
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    a se afastarem tão rapidamente umas das outras
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    numa velocidade cada vez mais acelerada?
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    Bem, a resposta mais promissora
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    vem de uma antiga ideia de Einstein.
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    Vejam vocês, todos nós estamos acostumados com a gravidade
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    sendo a força que faz uma coisa,
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    mantém os objectos juntos.
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    Mas na teoria da gravidade de Einstein,
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    a sua teoria geral da relatividade,
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    a gravidade pode também manter as coisas separadas.
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    Como? Bem, de acordo com a matemática de Einstein,
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    se o espaço é uniformemente preenchido
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    com uma energia invisível,
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    um tipo de vapor uniforme e invisível,
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    então a gravidade gerada por esse vapor
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    seria repulsiva,
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    gravidade repulsiva,
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    o que é só o que precisamos para explicar as observações.
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    Devido à gravidade repulsiva
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    de uma energia invisível no espaço -
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    que nós agora podemos chamar de energia negra,
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    mas aqui fiz com fumo branco para que possam vê-la -
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    a sua gravidade repulsiva
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    faria cada galáxia impulsionar-se contra as outras
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    levando a expansão a acelerar,
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    não reduzir.
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    E essa explicação
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    representa um grande progresso.
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    Mas prometi-vos um mistério
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    aqui na primeira parte.
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    Aqui está.
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    Quando os astrónomos resolviam
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    quanto da energia negra
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    precisa ser infundida no espaço
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    para a explicação da aceleração cósmica,
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    olhem o que eles descobriram.
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    Esse número é pequeno.
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    Colocado na unidade aproprida,
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    é espectacularmente pequeno.
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    E o mistério é explicar esse número singular.
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    Nós queremos que esse número
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    surja das leis da física,
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    mas até agora ninguém encontrou uma maneira para fazer isso.
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    Agora devem estar a pensar,
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    isso é importante para si?
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    Talvez explicar esse número
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    é apenas uma questão técnica,
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    um detalhe técnico de interesse dos especialistas,
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    mas sem nenhuma relevância para mais ninguém.
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    Bem, isso certamente é um detalhe técnico,
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    mas alguns detalhes realmente importam.
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    Alguns detalhes fornecem
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    janelas para dentro de regiões desconhecidas de realidade
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    e esse número singular pode estar a fazer exactamente isso,
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    já que a única abordagem que até agora fez progresso para explicá-lo
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    invoca a possibilidade de outros universos -
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    uma ideia que naturalmente surge da teoria das cordas,
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    a qual me leva para a segunda parte: a Teoria das Cordas.
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    Portanto, mantenham o mistério da energia negra
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    em mente
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    porque eu agora vou-vos contar
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    três pontos-chave sobre a teoria das cordas.
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    Primeiro, o que é isso?
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    Bem, é uma abordagem para entender o sonho de Einstein
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    de uma teoria de física unificada,
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    um único quadro geral
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    que seria capaz de descrever
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    todas as forças em acção no universo.
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    E a ideia central da teoria das cordas
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    é bem simples de entender.
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    Ela diz que se você examinar
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    qualquer peça de matéria cada vez mais detalhadamente,
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    primeiro você irá encontrar moléculas
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    e então você irá encontrar átomos e partículas subatómicas.
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    Mas a teoria diz que se você puder investigar coisas menores,
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    muito menores do que nós podemos com a tecnologia existente,
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    será possível descobrir algo mais dentro destas partículas -
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    um filamento minúsculo de vibração de energia,
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    uma leve vibração de cordas.
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    E exactamente como as cordas de um violino,
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    elas podem vibrar em diferentes padrões
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    produzindo diferentes notas musicais.
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    Essas pequenas cordas fundamentais
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    quando vibram em diferentes padrões,
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    produzem diferentes tipos de partículas -
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    então electrões, quarks, neutrões, fotões,
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    todas as outras partículas
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    estariam unidas dentro de um único quadro,
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    como se todas elas surgissem da vibração das cordas
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    É um quadro atraente,
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    um tipo de sinfonia cósmica
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    onde toda a riqueza
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    que vemos no mundo ao nosso redor
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    emerge da música
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    que essas pequenas, minúsculas cordas podem tocar.
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    Mas há um preço
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    para esta elegante unificação,
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    porque anos de pesquisa
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    têm demonstrado que a matemática da teoria das cordas não funciona muito bem.
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    Ela tem inconsistências internas,
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    a não ser que concordemos que é
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    por algo totalmente estranho -
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    dimensões extras do espaço.
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    Isto é, todos nós sabemos sobre as três dimensões do espaço.
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    E vocês podem pensar neles
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    como altura, largura e profundidade,
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    mas a teoria das cordas diz que, em escalas fantasticamente pequenas,
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    há dimensões adicionais
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    reunidas num tamanho tão minúsculo
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    que nós não as detectámos.
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    Mas mesmo que as dimensões esteja escondidas,
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    elas teriam um impacto nas coisas que nós podemos observar
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    porque o formato das dimensões extras
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    delimitam o como as cordas podem vibrar.
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    E na teoria das cordas,
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    a vibração determina tudo.
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    Portanto a massa das partículas, o poder das forças,
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    e mais importante, a quantidade de energia negra
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    seria determinado
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    pela forma das dimensões extras.
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    Então se nós soubéssemos a forma das dimensões extras,
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    nós deveríamos ser hábeis para calcular esses elementos,
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    calcular a quantidade de energia negra.
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    O desafio
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    é que nós não sabemos
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    a forma destas dimensões extras.
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    Tudo o que nós temos
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    é uma lista de possíveis formas
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    disponíveis graças à matemática.
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    Agora, quando essas ideias foram desenvolvidas pela primeira vez,
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    havia apenas cerca de cinco formatos possíveis,
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    então vocês podem imaginar
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    analizando-as uma por uma
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    para determinar alguma relação com
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    os elementos físicos que nós observamos.
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    Mas com o tempo a lista cresceu
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    assim como os pesquisadores encontram outras formas possiveis.
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    De cinco, o número cresceu para centenas e então milhares -
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    Uma enorme, mas ainda assim administrável, colecção para analisar,
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    já que, afinal,
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    pós-graduandos precisam ter alguma coisa pra fazer.
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    Mas então a lista continuou a crescer
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    chegando a milhões e bilhões, até hoje.
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    A lista de possíveis formas
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    disparou de aproximadamente 10 para 500.
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    Então, o que fazer?
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    Bem, alguns pesquisadores desanimaram
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    concluindo que eram tantas as formas possíveis para a dimensão extra,
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    cada uma dando origem a diferentes características físicas,
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    que a teoria das cordas nunca faria
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    predições testáveis, definitivas.
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    Mas outros puseram essa questão nos seus pensamentos,
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    levando-nos à possibilidade do multiverso.
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    Aqui está a ideia:
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    talvez cada uma dessas formas esteja na mesma situação que as outras.
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    Cada uma é tão real quanto as outras,
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    no sentido
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    de que existem muitos universos
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    cada um com uma forma diferente, para a dimensão extra.
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    E esta proposta radical
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    tem um profundo impacto no mistério:
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    a quantidade de energia negra revelada pelo resultado dos vencedores do Prémio Nobel.
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    Porque vejam,
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    se existem outros universos,
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    e se esses universos
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    tenham, cada um, digamos, um formato diferente para a dimensão extra,
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    então as características físicas de cada universo serão diferentes,
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    e em particular,
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    a quantidade de energia negra em cada universo
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    será diferente.
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    O que significa que o mistério
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    de explicar a quantidade de energia negra que nós agora medimos
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    adquiriria uma enorme quantidade de características diferentes.
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    Neste contexto,
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    as leis da física não podem explicar um número da energia negra
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    porque não há apenas um número,
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    há muitos números.
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    O que significa
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    que nós estivemos a colocar a questão errada.
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    A questão certa para a perguntar é,
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    porque é que nós humanos estamos num universo
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    com uma particular quantidade de energia negra que nós medimos
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    ao invés de qualquer outras possibilidades
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    que estão lá fora?
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    E essa é uma questão na qual nós podemos fazer progresso.
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    Porque estes universos
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    que têm muito mais energia negra do que o nosso,
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    sempre que a matéria tenta agrupar-se em galáxias,
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    a força repulsiva da energia negra é tão forte
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    que destrói os grupos
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    e as galáxias não são formadas.
  • 11:28 - 11:31
    E nesses universos com uma quantidade muito menor de energia negra,
  • 11:31 - 11:33
    bem, colidem entre si tão rapidamente
  • 11:33 - 11:36
    que, novamente, as galáxias não se formam.
  • 11:36 - 11:39
    E sem galáxias, não há estrelas, nem planetas
  • 11:39 - 11:41
    e nem hipóteses
  • 11:41 - 11:43
    para a nossa forma de vida
  • 11:43 - 11:45
    existir nesses outros universos.
  • 11:45 - 11:47
    Então nós encontramo-nos num universo
  • 11:47 - 11:50
    com uma quantidade particular de energia negra que medimos
  • 11:50 - 11:53
    simplesmente porque o nosso universo tem condições
  • 11:53 - 11:57
    habitáveis para a nossa forma de vida.
  • 11:57 - 11:59
    E tal seria isto.
  • 11:59 - 12:01
    Mistério resolvido,
  • 12:01 - 12:03
    multiverso descoberto.
  • 12:03 - 12:08
    Agora, alguns acharam a explicação insatisfatória.
  • 12:08 - 12:10
    Nós estávamos acostumados aos físicos
  • 12:10 - 12:13
    que nos davam explicações definitivas para os elementos que nós observamos.
  • 12:13 - 12:15
    Mas o ponto é,
  • 12:15 - 12:18
    se o elemento que você está a observar
  • 12:18 - 12:20
    pode e assume
  • 12:20 - 12:22
    uma imensa variedade de diferentes valores
  • 12:22 - 12:25
    através do vasto cenário da realidade,
  • 12:25 - 12:27
    então pensar numa explicação
  • 12:27 - 12:29
    para um valor particular
  • 12:29 - 12:32
    é simplesmente inadequado.
  • 12:32 - 12:34
    Um exemplo recente,
  • 12:34 - 12:37
    vem do grande astrónomo Johannes Kepler
  • 12:37 - 12:39
    que estava obcecado em entender
  • 12:39 - 12:41
    um número diferente -
  • 12:41 - 12:45
    o porquê do o Sol estar a 93 milhões de milhas distante da Terra.
  • 12:45 - 12:48
    E ele trabalhou por décadas a tentar explicar esse número,
  • 12:48 - 12:51
    mas ele nunca teve sucesso, e nós sabemos porquê.
  • 12:51 - 12:53
    Kepler estava a colocar
  • 12:53 - 12:55
    a questão errada.
  • 12:55 - 12:58
    Agora nós sabemos que existem muitos planetas
  • 12:58 - 13:01
    numa grande variedade de diferentes distâncias das suas estrelas hospedeiras.
  • 13:01 - 13:04
    Então ficar à espera que as leis da física
  • 13:04 - 13:07
    expliquem um número em particular, 93 milões de milhas,
  • 13:07 - 13:10
    bem, é simplesmente um erro.
  • 13:10 - 13:12
    Ao invés disso, a pergunta certa para se perguntar é,
  • 13:12 - 13:15
    porque nós humanos estamos em um planeta
  • 13:15 - 13:17
    a esta distância particular,
  • 13:17 - 13:20
    ao contrário de qualquer outra possibilidade?
  • 13:20 - 13:23
    E novamente, essa é uma questão que nós podemos responder.
  • 13:23 - 13:26
    Estes planetas que estão muito próximos a uma estrela como o Sol
  • 13:26 - 13:28
    seriam tão quentes
  • 13:28 - 13:30
    que a nossa forma de vida não existiria.
  • 13:30 - 13:33
    E esses planetas que estão muito distantes da estrela,
  • 13:33 - 13:35
    bem, eles são tão frios
  • 13:35 - 13:37
    que, de novo, a nossa forma de vida não teria acontecido.
  • 13:37 - 13:39
    Então, nós percebemos que estamos
  • 13:39 - 13:41
    num planeta a uma distância particular
  • 13:41 - 13:43
    simplesmente porque ela produz condições
  • 13:43 - 13:46
    vitais para nossa forma de vida.
  • 13:46 - 13:49
    E quando se trata de planetas e respectivas distâncias,
  • 13:49 - 13:53
    este, claramente, é o tipo certo de raciocínio.
  • 13:53 - 13:55
    O ponto é,
  • 13:55 - 13:58
    quando se trata de universos e a energia negra que eles contém,
  • 13:58 - 14:02
    pode ser também o tipo certo de raciocínio.
  • 14:02 - 14:05
    Com uma peça diferente, é claro,
  • 14:05 - 14:07
    é que nós sabemos que há outros planetas lá fora,
  • 14:07 - 14:10
    mas até agora eu apenas especulei sobre a possibilidade
  • 14:10 - 14:12
    de que devem haver outros universos.
  • 14:12 - 14:14
    Então, para colocar tudo isso junto,
  • 14:14 - 14:16
    nós precisamos de um mecanismo
  • 14:16 - 14:19
    que possa realmente gerar outros universos.
  • 14:19 - 14:22
    E isso me leva a minha parte final, a parte três.
  • 14:22 - 14:25
    Porque tal mecanismo foi descoberto
  • 14:25 - 14:28
    por cosmologistas tentando entender o Big Bang.
  • 14:28 - 14:30
    Reparem, quando nós falamos do Big Bang,
  • 14:30 - 14:32
    nós geralmente temos uma imagem
  • 14:32 - 14:34
    de um tipo de explosão cósmica
  • 14:34 - 14:36
    que criou o universo
  • 14:36 - 14:39
    e estabeleceu o espaço empurrando-o para fora.
  • 14:39 - 14:41
    Mas há um pequeno segredo.
  • 14:41 - 14:44
    O Big Bang deixa de fora algo muito importante,
  • 14:44 - 14:46
    o Bang.
  • 14:46 - 14:49
    Ele diz-nos como o universo progrediu após o Bang,
  • 14:49 - 14:51
    mas não nos dá esclarecimentos
  • 14:51 - 14:55
    sobre o que teria forçado o Bang.
  • 14:55 - 14:57
    E essa lacuna foi finalmente preenchida
  • 14:57 - 14:59
    por uma versão actualizada da teoria do Big Bang.
  • 14:59 - 15:02
    Chama-se cosmologia inflacionária,
  • 15:02 - 15:06
    que identificou um tipo particular de combustível
  • 15:06 - 15:08
    que naturalmente geraria
  • 15:08 - 15:10
    uma corrida para fora do espaço.
  • 15:10 - 15:13
    O combustível tem como base algo chamado quântica de campo,
  • 15:13 - 15:16
    mas o único detalhe que importa para nós
  • 15:16 - 15:19
    é que esse combustível prova ser tão eficiente
  • 15:19 - 15:21
    que é virtualmente impossível
  • 15:21 - 15:23
    usá-lo todo,
  • 15:23 - 15:25
    o que significa na teoria inflacionária,
  • 15:25 - 15:28
    que o Big Bang originando nosso universo
  • 15:28 - 15:31
    não é como um evento de um único momento.
  • 15:31 - 15:34
    Ao contrário, o combústivel não gerou apenas o nosso Big Bang,
  • 15:34 - 15:40
    mas como também poderia gerar incontáveis Big Bangs,
  • 15:40 - 15:43
    cada um dando início a seu próprio universo separado,
  • 15:43 - 15:45
    com o nosso universo a se tornar nada menos que uma bolha
  • 15:45 - 15:48
    num grandioso banho de bolhas cósmicas de universos.
  • 15:48 - 15:50
    E agora, quando nós fundimos isso com a teoria das cordas,
  • 15:50 - 15:52
    aqui está o quadro a que somos levados.
  • 15:52 - 15:54
    Cada um destes universos têm dimensões extras.
  • 15:54 - 15:57
    As dimensões extras assumem uma larga variedade de diferentes formatos.
  • 15:57 - 16:00
    Os diferentes formatos produzem diferentes aspectos físicos.
  • 16:00 - 16:03
    E nós encontramo-nos num universo em vez de outro
  • 16:03 - 16:06
    simplesmente porque é apenas no nosso universo
  • 16:06 - 16:09
    que os aspectos físicos, como a quantidade de energia negra,
  • 16:09 - 16:13
    são os certos para que a nossa forma de vida se desenvolva.
  • 16:13 - 16:16
    E esta é a imagem convincente, mas altamente polémica
  • 16:16 - 16:18
    do vasto cosmos
  • 16:18 - 16:20
    que a observação de ponta e a teoria
  • 16:20 - 16:24
    têm, agora, nos levado a considerar seriamente.
  • 16:24 - 16:28
    Uma grande questão que restou, é claro, é,
  • 16:28 - 16:31
    poderemos algum dia confirmar
  • 16:31 - 16:34
    a existência de outros universos?
  • 16:34 - 16:36
    Bem, deixe-me descrever
  • 16:36 - 16:39
    uma maneira para que algum dia isso aconteça.
  • 16:39 - 16:41
    A teoria da inflação
  • 16:41 - 16:43
    já possui um forte apoio observacional.
  • 16:43 - 16:45
    Porque a teoria prevê
  • 16:45 - 16:47
    que o Big Bang teria sido tão intenso
  • 16:47 - 16:50
    que o espaço rapidamente se expandiu,
  • 16:50 - 16:52
    minúsculas agitações quânticas vindas do micromundo
  • 16:52 - 16:55
    teriam sido esticadas para o macromundo,
  • 16:55 - 16:58
    produzindo uma marca digital específica,
  • 16:58 - 17:00
    um padrão de pontos ligeiramente mais quentes e pontos ligeiramente mais frios,
  • 17:00 - 17:02
    através do espaço,
  • 17:02 - 17:05
    cujos poderosos telescópios têm agora observado.
  • 17:05 - 17:08
    Indo mais além, se há outros universos,
  • 17:08 - 17:10
    a teoria prediz que em breve
  • 17:10 - 17:12
    esses universos podem colidir.
  • 17:12 - 17:14
    E se o nosso universo for atingido por outro,
  • 17:14 - 17:16
    essa colisão
  • 17:16 - 17:18
    poderá gerar um sutil padrão adicional
  • 17:18 - 17:20
    de variação de temperatura através do espaço
  • 17:20 - 17:22
    que nós poderemos um dia
  • 17:22 - 17:24
    estarmos aptos para detectar.
  • 17:24 - 17:27
    E essa imagem é tão exótica,
  • 17:27 - 17:29
    que poderá um dia ter fundamento
  • 17:29 - 17:31
    em observações
  • 17:31 - 17:34
    que estabelecem a existência de outros universos.
  • 17:34 - 17:36
    Eu irei concluir
  • 17:36 - 17:39
    com uma impressionante consequência
  • 17:39 - 17:41
    de todas essas ideias
  • 17:41 - 17:43
    para um futuro distante.
  • 17:43 - 17:45
    Vejam, nós aprendemos
  • 17:45 - 17:47
    que o nosso universo não é estático,
  • 17:47 - 17:49
    que o espaço está-se a expandir,
  • 17:49 - 17:51
    que essa expansão está a acelerar
  • 17:51 - 17:53
    e que podem haver outros universos
  • 17:53 - 17:55
    tudo feito por cuidadosas análises
  • 17:55 - 17:57
    de fracas indicações da luz das estrelas
  • 17:57 - 18:00
    chegando até nós de galáxias distantes.
  • 18:00 - 18:03
    Mas em razão da expansão estar acelerando,
  • 18:03 - 18:05
    em um futuro distante,
  • 18:05 - 18:08
    estas galáxias irão afastar-se para tão longe e tão rapidamente,
  • 18:08 - 18:11
    que nós não estaremos aptos para vê-las -
  • 18:11 - 18:13
    não por causa das limitações tecnológicas,
  • 18:13 - 18:15
    mas em função das leis da física.
  • 18:15 - 18:17
    A luz que essas galáxias emitem,
  • 18:17 - 18:20
    mesmo viajando nas mais alta velocidade, a velocidade da luz,
  • 18:20 - 18:22
    não será capaz de superar
  • 18:22 - 18:25
    o abismo cada vez maior entre nós.
  • 18:25 - 18:27
    Então astrónomos num futuro distante
  • 18:27 - 18:29
    olhando para a profundidade do espaço,
  • 18:29 - 18:32
    não verão nada, excepto uma extensão sem fim
  • 18:32 - 18:36
    de uma escuridão imóvel, tingida de negro.
  • 18:36 - 18:38
    E eles irão concluir
  • 18:38 - 18:40
    que o universo é estático e imutável
  • 18:40 - 18:43
    e povoado por um único oásis central de matéria
  • 18:43 - 18:45
    que eles habitam -
  • 18:45 - 18:47
    uma imagem do cosmos
  • 18:47 - 18:50
    que nós definitivamente sabemos estar errada.
  • 18:50 - 18:53
    Agora, talvez estes futuros astrónomos terão registos
  • 18:53 - 18:55
    deixados de uma época anterior
  • 18:55 - 18:57
    como a nossa,
  • 18:57 - 18:59
    afirmando um cosmos em expansão
  • 18:59 - 19:01
    cheio de galáxias.
  • 19:01 - 19:03
    Mas estes futuros astrónomos
  • 19:03 - 19:06
    iriam acreditar em tal conhecimento antigo?
  • 19:06 - 19:08
    Ou iriam eles acreditar
  • 19:08 - 19:11
    num universo negro, estático e vazio
  • 19:11 - 19:15
    que suas próprias observações de última geração revelam?
  • 19:15 - 19:17
    Eu suspeito da última.
  • 19:17 - 19:19
    O que significa que nós estamos a viver
  • 19:19 - 19:22
    numa época notavelmente privilegiada,
  • 19:22 - 19:24
    onde algumas profundas verdades sobre o cosmos
  • 19:24 - 19:26
    ainda estão ao alcance
  • 19:26 - 19:28
    do espírito humano de exploração.
  • 19:28 - 19:33
    Parece que nem sempre será assim.
  • 19:33 - 19:35
    Porque os astrónomos de hoje,
  • 19:35 - 19:38
    dirigindo os poderosos telescópios para o céu,
  • 19:38 - 19:41
    capturaram uma pequena porção de fotões fortemente informativos -
  • 19:41 - 19:44
    um tipo de telegrama cósmico
  • 19:44 - 19:46
    bilhões de anos em trânsito.
  • 19:46 - 19:50
    E a mensagem ecoando através de eras é clara.
  • 19:50 - 19:53
    Por vezes, a natureza mantém os seus segredos
  • 19:53 - 19:55
    bem guardados
  • 19:55 - 19:57
    das leis da física.
  • 19:57 - 20:01
    Por vezes, a verdadeira natureza da realidade acena
  • 20:01 - 20:04
    para além do horizonte.
  • 20:04 - 20:06
    Muito obrigado.
  • 20:06 - 20:10
    (Aplausos)
  • 20:10 - 20:12
    Chris Anderson: Brian, muito obrigado.
  • 20:12 - 20:14
    O alcance das ideias que você nos apresentou
  • 20:14 - 20:17
    são impressionantes, emocionantes, inacreditáveis.
  • 20:17 - 20:19
    O que acha
  • 20:19 - 20:21
    do lugar em que a cosmologia se encontra agora,
  • 20:21 - 20:23
    numa espécie de margem histórica?
  • 20:23 - 20:26
    Estamos no meio de alguma coisa historicamente incomum, na sua opinião?
  • 20:26 - 20:28
    BG: Bem, é díficil dizer.
  • 20:28 - 20:31
    Quando nós compreendemos que os astrónomos de um futuro distante
  • 20:31 - 20:34
    podem não ter informações suficientes para descobrir as coisas,
  • 20:34 - 20:37
    a questão natural é, talvez nós já nos encontramos nessa posição
  • 20:37 - 20:40
    e certamente importantes questões do universo
  • 20:40 - 20:43
    já escaparam de nossa habilidade de entendimento
  • 20:43 - 20:45
    devido à evolução da cosmologia.
  • 20:45 - 20:47
    Portanto, dessa perspectiva,
  • 20:47 - 20:49
    talvez nós iremos sempre colocar questões
  • 20:49 - 20:51
    e nunca seremos hábeis para respondê-las completamente.
  • 20:51 - 20:53
    Por outro lado, nós agora podemos entender
  • 20:53 - 20:55
    o quanto o universo é antigo.
  • 20:55 - 20:57
    Nós podemos entender
  • 20:57 - 21:00
    como compreender os dados da radiação de fundo
  • 21:00 - 21:03
    que foi estabelecida 13.72 bilhões de anos atrás
  • 21:03 - 21:05
    e ainda, nós actualmente podemos calcular de modo a prever como isso irá ficar
  • 21:05 - 21:07
    e com correspondências.
  • 21:07 - 21:09
    Deus do céu! Isso é incrível.
  • 21:09 - 21:12
    Portanto, por um lado, é simplesmente inacreditável onde nós chegámos,
  • 21:12 - 21:16
    mas quem sabe que tipo de impedimentos nós poderemos encontrar no futuro.
  • 21:16 - 21:19
    CA: Você estará por aqui nos próximos dias.
  • 21:19 - 21:21
    Talvez algumas dessas conversas possam continuar.
  • 21:21 - 21:23
    Obrigado. Obrigado, Brian. (BG: Foi um prazer.)
  • 21:23 - 21:26
    (Aplausos)
Title:
Brian Greene: Será o nosso universo o único universo?
Speaker:
Brian Greene
Description:

No coração da cosmologia moderna existe um mistério: porque é que o nosso universo parece tão perfeitamente ajustado para criar as condições necessárias à vida? Nesta viagem guiada, passando por algumas das maiores descobertas da ciência, Brian Greene mostra como a surpreendente ideia de um multiverso pode conter a resposta para um enigma.

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English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
21:47

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