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O progresso político feminino e o que vem a seguir

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    Há quase 100 anos,
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    não faz muito tempo,
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    a maioria das mulheres nos EUA
    finalmente conquistou o direito ao voto.
  • 0:09 - 0:11
    Levaria mais algumas décadas
  • 0:11 - 0:14
    para as mulheres negras
    conquistarem esse direito.
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    Percorremos um longo caminho desde então,
    mas eu diria que ainda não é o bastante.
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    Acredito que as mulheres de hoje,
    não só nos EUA, mas em todo o mundo,
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    querem deixar de ser uma reflexão tardia.
  • 0:28 - 0:32
    Não queremos continuar tentando,
    pelos próximos 100 anos,
  • 0:32 - 0:36
    obter, de má vontade,
    pequenos direitos legais e favores.
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    Queremos apenas igualdade real e plena.
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    Creio que nós, mulheres,
    estamos fartas de ter que nos adaptar
  • 0:44 - 0:46
    a instituições e governos
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    criados pelos homens e para os homens.
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    Preferimos remodelar o futuro
    segundo nossas condições.
  • 0:54 - 0:56
    (Aplausos)
  • 0:58 - 0:59
    Acredito que precisamos
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    de uma revolução política
    das mulheres pela igualdade plena,
  • 1:02 - 1:08
    independentemente de etnia, classe,
    identidade de gênero, orientação sexual
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    e, claro, rótulos políticos,
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    porque creio que o que nos une,
    enquanto mulheres,
  • 1:14 - 1:18
    é muito mais profundo
    do que o que nos separa.
  • 1:18 - 1:22
    Então, refleti mais sobre o modo de criar
    essa revolução política feminina,
  • 1:22 - 1:25
    e é sobre ela que quero falar hoje.
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    (Aplausos)
  • 1:29 - 1:33
    A boa notícia é o que não mudou
    nos últimos 100 anos:
  • 1:33 - 1:34
    a resiliência das mulheres
  • 1:34 - 1:36
    e nosso compromisso
    de criar uma vida melhor,
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    não só para nós mesmas,
    mas para as futuras gerações,
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    porque não consigo pensar
    em uma única mulher
  • 1:42 - 1:43
    que queira que sua filha
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    tenha menos direitos
    ou oportunidades do que ela teve.
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    Todas nós devemos muito
    às mulheres que nos precederam.
  • 1:52 - 1:54
    Quanto a mim,
  • 1:54 - 1:57
    venho de uma longa ascendência
    de mulheres resistentes do Texas.
  • 1:57 - 1:58
    (Vivas)
  • 1:59 - 2:03
    Meus avós viviam na área rural
    de Waco, no Texas.
  • 2:03 - 2:06
    Quando minha avó ficou grávida,
  • 2:06 - 2:08
    claro que não iria para o hospital
    para dar à luz.
  • 2:08 - 2:11
    Ela teria o bebê em casa.
  • 2:11 - 2:12
    Quando entrou em trabalho de parto,
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    ela chamou uma vizinha para fazer
    o jantar para meu avô,
  • 2:16 - 2:21
    porque era inconcebível que ele
    iria cozinhar para si mesmo.
  • 2:21 - 2:23
    (Risos)
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    Já passei por isso.
  • 2:25 - 2:27
    (Risos)
  • 2:28 - 2:31
    A vizinha não estava acostumada
    a matar uma galinha,
  • 2:31 - 2:34
    que seria o jantar daquela noite.
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    Segundo contam,
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    minha avó, na cama, em trabalho de parto,
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    apoia-se em um cotovelo
    e torce o pescoço da galinha.
  • 2:43 - 2:44
    (Risos)
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    Foi assim que minha mãe
    chegou a este mundo.
  • 2:46 - 2:48
    (Risos)
  • 2:48 - 2:50
    (Aplausos)
  • 2:52 - 2:53
    Mas o incrível
  • 2:53 - 2:57
    é que, apesar de a avó de minha mãe
    não poder votar no Texas,
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    porque, segundo a lei desse estado,
  • 2:59 - 3:04
    "os idiotas, os imbecis,
    os loucos e as mulheres"
  • 3:04 - 3:06
    não tinham direito ao voto,
  • 3:06 - 3:08
    somente duas gerações depois,
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    minha mãe, Ann Richards,
  • 3:09 - 3:13
    foi eleita a primeira governadora
    por direito próprio no estado do Texas.
  • 3:14 - 3:16
    (Aplausos)
  • 3:20 - 3:24
    Mas, quando ela estava
    se destacando no Texas,
  • 3:24 - 3:26
    não havia muitas oportunidades
    para as mulheres,
  • 3:26 - 3:30
    e, sinceramente, ela passou
    a vida inteira tentando mudar isso.
  • 3:30 - 3:32
    Ela costumava dizer:
  • 3:32 - 3:36
    "Enquanto mulheres, se nos derem
    uma chance, conseguiremos realizar.
  • 3:36 - 3:40
    Afinal, Ginger Rogers fazia tudo
    o que Fred Astaire fazia,
  • 3:40 - 3:42
    mas de costas e de salto alto".
  • 3:42 - 3:43
    Certo?
  • 3:43 - 3:45
    Francamente, é mais ou menos
  • 3:45 - 3:47
    o que as mulheres têm feito
    nos últimos 100 anos.
  • 3:47 - 3:51
    Apesar de termos pouquíssimo
    poder político,
  • 3:51 - 3:53
    fizemos enormes progressos.
  • 3:53 - 3:56
    Atualmente, nos EUA, 100 anos
    após obter o direito ao voto,
  • 3:56 - 3:59
    as mulheres são quase metade
    da força de trabalho.
  • 3:59 - 4:02
    Em 40% das famílias com filhos,
  • 4:02 - 4:04
    as mulheres são
    a principal fonte de renda.
  • 4:04 - 4:05
    Economistas calculam
  • 4:06 - 4:10
    que, se cada assalariada faltasse
    apenas um dia ao trabalho,
  • 4:10 - 4:14
    isso custaria aos EUA US$ 21 bilhões
  • 4:14 - 4:15
    do produto interno bruto.
  • 4:16 - 4:21
    Atualmente, graças ao "Title IX",
    que exige igualdade na educação,
  • 4:21 - 4:24
    as mulheres são metade dos alunos
    das faculdades dos EUA.
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    Somos metade dos alunos
    de medicina, direito...
  • 4:28 - 4:30
    (Aplausos)
  • 4:30 - 4:32
    Há um fato que adoro:
  • 4:32 - 4:36
    uma das classes mais recentes
    de astronautas formados da NASA foi,
  • 4:37 - 4:39
    pela primeira vez, composta
    por 50% de mulheres.
  • 4:39 - 4:41
    (Aplausos)
  • 4:43 - 4:46
    A questão é que as mulheres
    estão mudando os setores
  • 4:46 - 4:49
    e os negócios de dentro para fora.
  • 4:49 - 4:51
    Mas, quando se trata do governo,
  • 4:51 - 4:52
    é outra história.
  • 4:53 - 4:56
    Na verdade, acho que uma imagem
    vale mais do que mil palavras.
  • 4:56 - 4:59
    Esta é uma fotografia de 2017
    na Casa Branca,
  • 4:59 - 5:03
    quando os líderes do Congresso
    foram chamados para os detalhes finais
  • 5:03 - 5:06
    da lei da reforma da saúde,
    que tinham de apresentar ao Congresso.
  • 5:07 - 5:09
    Um dos resultados dessa reunião
  • 5:09 - 5:11
    foi o abandono dos benefícios
    da maternidade,
  • 5:12 - 5:13
    o que não é muito surpreendente,
  • 5:13 - 5:17
    já que ninguém daquela mesa de reunião
    precisaria, na verdade, desses benefícios.
  • 5:17 - 5:20
    Infelizmente, é isso que aprendemos
    da maneira mais difícil
  • 5:20 - 5:21
    nos EUA para as mulheres.
  • 5:21 - 5:25
    Se não nos sentamos à mesa,
    estaremos no cardápio.
  • 5:26 - 5:31
    Não estamos presentes
    em mesas suficientes,
  • 5:31 - 5:34
    porque, apesar de as mulheres serem
    a grande maioria dos eleitores dos EUA,
  • 5:34 - 5:38
    estamos muito atrás do resto do mundo
    em representação política.
  • 5:39 - 5:43
    Em pesquisas recentes, quando
    todos os países são classificados,
  • 5:43 - 5:45
    os EUA estão em 104º lugar
  • 5:45 - 5:47
    quanto à representação feminina
    em cargos públicos.
  • 5:47 - 5:49
    Em 104º lugar...
  • 5:50 - 5:52
    logo atrás da Indonésia.
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    Portanto, será que é uma grande surpresa,
  • 5:55 - 5:57
    considerando quem toma as decisões,
  • 5:57 - 6:00
    que somos o único país desenvolvido
    que não paga licença-maternidade?
  • 6:01 - 6:04
    Apesar de todas as pesquisas
    e melhorias feitas
  • 6:04 - 6:05
    na assistência médica,
  • 6:05 - 6:07
    e isso me deixa horrorizada,
  • 6:07 - 6:12
    os EUA lideram o mundo desenvolvido
    em taxas de mortalidade materna.
  • 6:13 - 6:15
    Em relação à igualdade salarial,
    não estamos muito melhor.
  • 6:15 - 6:17
    Em média, as mulheres nos EUA
  • 6:17 - 6:21
    ainda só recebem US$ 0,80
    por dólar recebido pelos homens.
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    No entanto, afro-americanas
    recebem US$ 0,63 por dólar;
  • 6:26 - 6:29
    latinas, US$ 0,54 por dólar.
  • 6:29 - 6:31
    É uma afronta.
  • 6:32 - 6:33
    As mulheres no Reino Unido
  • 6:33 - 6:36
    sugeriram uma maneira,
    que considero muito engenhosa,
  • 6:36 - 6:39
    de ilustrar o impacto
    da diferença salarial.
  • 6:40 - 6:43
    De 10 de novembro até o final do ano,
  • 6:43 - 6:46
    elas deixaram uma mensagem
    de ausência do serviço no e-mail delas
  • 6:46 - 6:50
    para indicar todas as semanas
    que trabalhariam sem salário, certo?
  • 6:50 - 6:53
    Acho que é uma ideia
    que poderia se espalhar.
  • 6:54 - 6:58
    Porém, imaginem se as mulheres
    tivessem poder político.
  • 6:58 - 7:02
    Imaginem se nos sentássemos
    à mesa para tomar decisões.
  • 7:03 - 7:05
    Imaginem se tivéssemos
    nosso partido político feminino
  • 7:05 - 7:08
    que, em vez de deixar nossos problemas
    de lado, como distrações,
  • 7:08 - 7:11
    nós os considerássemos
    de prioridade máxima.
  • 7:12 - 7:14
    As pesquisas mostram
  • 7:14 - 7:19
    que, quando as mulheres estão no poder,
    atuam de maneira diferente dos homens.
  • 7:19 - 7:21
    Elas colaboram mais com os colegas,
  • 7:21 - 7:23
    trabalham além das linhas partidárias,
  • 7:23 - 7:26
    e é muito mais provável
    que apoiem a legislação
  • 7:26 - 7:30
    que melhore o acesso à saúde,
    educação e direitos civis.
  • 7:31 - 7:33
    Vimos, em nossa pesquisa
    no Congresso dos EUA,
  • 7:33 - 7:36
    que as mulheres propõem mais legislação
  • 7:36 - 7:38
    e a patrocinam mais.
  • 7:38 - 7:42
    Tudo indica que, quando as mulheres
    têm a chance de exercer o poder,
  • 7:42 - 7:45
    fazem uma enorme diferença
    e realizam bem o trabalho.
  • 7:45 - 7:50
    Como seriam os EUA, se pessoas
    diferentes tomassem decisões?
  • 7:50 - 7:54
    Acredito firmemente que, se metade
    do Congresso pudesse engravidar,
  • 7:54 - 7:55
    deixaríamos de brigar
  • 7:55 - 7:57
    sobre controle de natalidade
    e maternidade planejada.
  • 7:57 - 7:58
    (Aplausos) (Vivas)
  • 7:58 - 8:00
    Isso terminaria.
  • 8:00 - 8:02
    (Aplausos)
  • 8:05 - 8:07
    Também acredito que, finalmente,
  • 8:07 - 8:12
    as empresas deixariam de tratar
    a gravidez como um transtorno
  • 8:12 - 8:15
    e a considerariam uma questão
    médica importante
  • 8:15 - 8:18
    para milhões de trabalhadoras
    norte-americanas.
  • 8:19 - 8:21
    Creio que, se houvesse
    mais mulheres no poder,
  • 8:21 - 8:25
    nosso governo daria prioridade
    a manter as famílias unidas
  • 8:25 - 8:28
    em vez de separá-las.
  • 8:28 - 8:30
    (Aplausos)
  • 8:31 - 8:34
    Talvez mais importante ainda,
  • 8:34 - 8:36
    creio que todos esses assuntos
  • 8:36 - 8:38
    deixariam de ser vistos
    como "assuntos femininos",
  • 8:38 - 8:42
    e sim como questões básicas
    de justiça e igualdade
  • 8:42 - 8:45
    que todos podem apoiar.
  • 8:46 - 8:48
    Penso que a questão seja:
  • 8:48 - 8:52
    "O que será preciso para criar
    essa revolução política feminina?"
  • 8:52 - 8:56
    A boa notícia é que, de fato,
    ela já começou,
  • 8:56 - 9:02
    porque as mulheres do mundo inteiro
    estão exigindo postos de trabalho,
  • 9:02 - 9:04
    instituições de ensino, governos,
  • 9:04 - 9:08
    em que o machismo, assédio e ataque sexual
  • 9:08 - 9:11
    não sejam aceitos nem tolerados.
  • 9:11 - 9:13
    Mulheres de todo o mundo, como sabemos,
  • 9:13 - 9:16
    estão levantando a mão
    e dizendo: "Eu também".
  • 9:16 - 9:18
    É um movimento que se tornou
    muito mais poderoso
  • 9:18 - 9:22
    pelo fato de as mulheres
    estarem juntas em todas as áreas,
  • 9:22 - 9:26
    desde trabalhadoras domésticas
    a celebridades de Hollywood.
  • 9:26 - 9:28
    As mulheres estão se manifestando,
  • 9:28 - 9:31
    protestando, falando abertamente.
  • 9:31 - 9:33
    Elas estão questionando o status quo,
  • 9:33 - 9:35
    quebrando velhos tabus
  • 9:35 - 9:38
    e, com orgulho, causando problemas.
  • 9:39 - 9:43
    Mulheres da Arábia Saudita
    estão dirigindo pela primeira vez.
  • 9:43 - 9:45
    (Aplausos) (Vivas)
  • 9:45 - 9:50
    Mulheres no Iraque mostram-se solidárias
    às sobreviventes do tráfico humano.
  • 9:50 - 9:55
    Mulheres, de El Salvador à Irlanda,
    lutam por direitos reprodutivos.
  • 9:55 - 9:59
    Mulheres na Birmânia manifestam-se
    pelos direitos humanos.
  • 10:00 - 10:03
    Em resumo, creio que a liderança
    mais profunda do mundo
  • 10:03 - 10:05
    não surge dos salões do governo,
  • 10:05 - 10:09
    mas de mulheres
    nas bases de todo o planeta.
  • 10:09 - 10:11
    (Aplausos)
  • 10:14 - 10:15
    Aqui nos EUA,
  • 10:16 - 10:18
    as mulheres estão em uma fase muito boa.
  • 10:18 - 10:20
    Uma pesquisa recente da Kaiser
  • 10:20 - 10:25
    concluiu que, desde as últimas
    eleições presidenciais em 2016,
  • 10:25 - 10:29
    um em cada cinco norte-americanos marchou
    em um protesto ou participou de um,
  • 10:29 - 10:32
    e o tema principal tem sido
    os direitos das mulheres.
  • 10:32 - 10:34
    As mulheres estão começando
    novas organizações,
  • 10:34 - 10:37
    trabalhando voluntariamente em campanhas
  • 10:37 - 10:39
    e assumindo todas as questões,
  • 10:39 - 10:43
    desde a reforma de segurança
    de armas ao ensino público.
  • 10:43 - 10:46
    Elas estão se candidatando
    a cargos públicos em número recorde
  • 10:46 - 10:48
    e estão vencendo.
  • 10:49 - 10:50
    (Aplausos)
  • 10:50 - 10:54
    Mulheres como Lucy McBath, da Geórgia...
  • 10:55 - 10:57
    (Aplausos) (Vivas)
  • 10:58 - 11:02
    Lucy perdeu o filho em um tiroteio.
  • 11:03 - 11:07
    Foi devido à experiência dela
    com o sistema de justiça criminal
  • 11:07 - 11:12
    que percebeu como ele não funciona
    e decidiu fazer algo a respeito.
  • 11:12 - 11:17
    Candidatou-se a um cargo público
    e, em janeiro, irá para o Congresso.
  • 11:17 - 11:19
    (Aplausos)
  • 11:19 - 11:22
    Angie Craig, de Minnesota...
  • 11:22 - 11:23
    (Aplausos)
  • 11:25 - 11:29
    O congressista dela fez comentários
    tão odiosos sobre as pessoas LGBTQ
  • 11:29 - 11:31
    que ela decidiu desafiá-lo.
  • 11:32 - 11:34
    Querem saber? Ela o desafiou e venceu.
  • 11:34 - 11:36
    Quando for ao Congresso, em janeiro,
  • 11:36 - 11:40
    será a primeira mãe lésbica
    da Câmara dos Representantes.
  • 11:40 - 11:42
    (Aplausos) (Vivas)
  • 11:44 - 11:47
    Ou Lauren Underwood, de Illinois,
  • 11:47 - 11:49
    enfermeira diplomada,
  • 11:49 - 11:54
    que vê, todos os dias, o impacto
    da falta de acesso à assistência médica
  • 11:54 - 11:56
    na comunidade onde vive
  • 11:56 - 11:58
    e decidiu se candidatar.
  • 11:58 - 12:01
    Enfrentou seis homens nas primárias
    e derrotou todos eles.
  • 12:01 - 12:02
    Venceu as eleições gerais.
  • 12:02 - 12:04
    Quando for ao Congresso, em janeiro,
  • 12:04 - 12:06
    será a primeira afro-americana
  • 12:06 - 12:09
    a representar o distrito dela
    de Washington, D.C.
  • 12:09 - 12:11
    (Aplausos) (Vivas)
  • 12:13 - 12:15
    As mulheres estão reconhecendo
  • 12:15 - 12:17
    que este é o nosso momento.
  • 12:17 - 12:20
    Não esperem por autorização,
    não esperem por sua vez.
  • 12:21 - 12:24
    Como disse a saudosa Shirley Chisholm,
  • 12:24 - 12:27
    a primeira afro-americana
    a servir no Congresso
  • 12:27 - 12:32
    e a primeira mulher a se candidatar
    a presidente pelo partido Democrático...
  • 12:32 - 12:34
    Shirley Chisholm disse:
  • 12:35 - 12:38
    "Se não houver lugar para vocês à mesa,
    puxem uma cadeira dobrável".
  • 12:38 - 12:39
    (Risos)
  • 12:39 - 12:43
    É o que essas mulheres
    estão fazendo por todo o país.
  • 12:44 - 12:45
    Acredito que as mulheres são hoje
  • 12:45 - 12:49
    a força política mais importante
    e poderosa do mundo.
  • 12:49 - 12:53
    No entanto, como garantimos
    que não seja apenas um momento?
  • 12:53 - 12:58
    Precisamos de um movimento mundial
    para a ampla igualdade das mulheres
  • 12:58 - 13:03
    que compreenda setores e gerações,
    em que ninguém fique para trás.
  • 13:03 - 13:06
    Tenho algumas ideias
    sobre como podemos fazer isso.
  • 13:07 - 13:11
    Primeiro: não basta resistir
    e falar sobre o que somos contra.
  • 13:11 - 13:15
    É hora de dizer alto e com orgulho
    o que defendemos,
  • 13:15 - 13:20
    porque defender a igualdade plena
    é um valor dominante e que podemos apoiar,
  • 13:20 - 13:23
    porque os homens apoiam
    salário igual para as mulheres.
  • 13:23 - 13:26
    A geração Y apoia a igualdade de gênero.
  • 13:26 - 13:30
    E as empresas estão adotando cada vez mais
    políticas favoráveis às famílias,
  • 13:30 - 13:32
    não só porque é o certo a fazer,
  • 13:32 - 13:36
    mas porque é bom para
    os trabalhadores e os negócios,
  • 13:37 - 13:38
    Segundo:
  • 13:38 - 13:42
    temos que nos lembrar,
    nas palavras de Fannie Lou Hamer,
  • 13:42 - 13:46
    que "ninguém é livre
    até que todos sejam livres".
  • 13:46 - 13:47
    Como mencionei anteriormente,
  • 13:47 - 13:51
    as mulheres negras deste país
    só tiveram direito ao voto
  • 13:51 - 13:54
    muito depois de todas nós.
  • 13:54 - 13:59
    Porém, desde então,
    são as eleitoras mais confiáveis
  • 13:59 - 14:02
    para candidatos que apoiam
    os direitos femininos,
  • 14:02 - 14:04
    e precisamos seguir o exemplo delas.
  • 14:04 - 14:06
    (Aplausos) (Vivas)
  • 14:08 - 14:11
    Os problemas delas são nossos.
  • 14:11 - 14:14
    Como mulheres brancas,
    temos que fazer mais,
  • 14:14 - 14:20
    porque racismo, machismo e homofobia
    são assuntos que afetam todos nós.
  • 14:21 - 14:25
    Terceiro: temos que votar
    em todas as eleições.
  • 14:25 - 14:28
    Temos que facilitar o voto a todos
  • 14:28 - 14:31
    e garantir que todos os votos
    sejam contados.
  • 14:31 - 14:33
    (Aplausos) (Vivas)
  • 14:34 - 14:40
    Porque as barreiras às votações nos EUA
  • 14:40 - 14:42
    recaem de maneira desproporcional
    sobre as mulheres:
  • 14:42 - 14:45
    negras, de baixa renda,
  • 14:45 - 14:48
    que estão trabalhando
    e tentando criar uma família.
  • 14:48 - 14:51
    Por isso, precisamos
    facilitar o voto a todos
  • 14:51 - 14:54
    e podemos começar
    tornando o dia das eleições
  • 14:54 - 14:57
    um feriado nacional nos EUA.
  • 14:57 - 14:59
    (Aplausos) (Vivas)
  • 15:01 - 15:04
    Quarto: não aguardem instruções.
  • 15:04 - 15:07
    Se virem um problema
    que precisa ser resolvido,
  • 15:07 - 15:10
    creio que podem resolvê-lo.
  • 15:10 - 15:14
    Comecem uma nova organização,
    candidatem-se a um cargo público.
  • 15:14 - 15:18
    Talvez seja simples como se posicionar
    no trabalho em apoio a vocês mesmas
  • 15:18 - 15:19
    ou a suas colegas.
  • 15:19 - 15:22
    Isso depende de todas nós.
  • 15:22 - 15:25
    Quinto: invistam nas mulheres.
  • 15:25 - 15:27
    (Aplausos)
  • 15:27 - 15:31
    Invistam nelas como candidatas,
    transformadoras, líderes.
  • 15:31 - 15:32
    Somente como exemplo:
  • 15:32 - 15:35
    neste último ciclo de eleições nos EUA,
  • 15:35 - 15:40
    as mulheres doaram US$ 100 milhões
    a mais a candidatos e campanhas
  • 15:40 - 15:42
    do que haviam doado há apenas dois anos,
  • 15:42 - 15:44
    e um número recorde de mulheres venceram.
  • 15:44 - 15:45
    Pensem nisso.
  • 15:45 - 15:47
    (Aplausos)
  • 15:49 - 15:52
    Às vezes, acho que os desafios
    que enfrentamos
  • 15:52 - 15:56
    parecem enormes e que nunca
    poderão ser resolvidos.
  • 15:57 - 16:00
    No entanto, creio que os problemas
    que parecem mais difíceis
  • 16:00 - 16:03
    são os mais importantes para se dedicar.
  • 16:03 - 16:08
    Só porque ainda não foi resolvido
    não significa que não resolveremos.
  • 16:08 - 16:10
    Afinal, se o trabalho
    das mulheres fosse fácil,
  • 16:10 - 16:12
    alguém já o teria feito.
  • 16:12 - 16:13
    (Risos)
  • 16:13 - 16:15
    Entretanto,
  • 16:15 - 16:16
    mulheres em todo o mundo
  • 16:16 - 16:21
    estão progredindo e recebendo
    força e inspiração umas das outras.
  • 16:21 - 16:24
    Estão fazendo o que nunca
    poderiam ter imaginado.
  • 16:24 - 16:26
    Se considerarmos os progressos que fizemos
  • 16:26 - 16:28
    ao ingressar na força de trabalho,
  • 16:28 - 16:29
    nos negócios,
  • 16:29 - 16:32
    no sistema educacional,
  • 16:32 - 16:35
    e canalizarmos isso para o desenvolvimento
    de um poder político verdadeiro,
  • 16:35 - 16:38
    remodelaremos este século,
  • 16:38 - 16:40
    porque uma de nós pode ser ignorada,
  • 16:40 - 16:41
    duas de nós podem ser rejeitadas,
  • 16:42 - 16:44
    mas juntas somos um movimento
  • 16:44 - 16:45
    e somos irrefreáveis.
  • 16:45 - 16:46
    Obrigada.
  • 16:46 - 16:48
    (Aplausos) (Vivas)
  • 16:48 - 16:50
    Obrigada.
  • 16:50 - 16:51
    (Aplausos)
Title:
O progresso político feminino e o que vem a seguir
Speaker:
Cecile Richards
Description:

As mulheres fizeram um enorme progresso ao longo do último século, desafiando o status quo, quebrando velhos tabus e mudando os negócios de dentro para fora. Mas, quando se trata de representação política, ainda há um longo caminho a percorrer, diz a ativista Cecile Richards. Nesta palestra visionária, Richards exige uma revolução política global para a igualdade feminina e oferece as ideias dela sobre como podemos construí-la.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
17:04

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