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Os cogumelos mágicos podem curar a depressão? | Rosalind Watts | TEDxOxford

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    Este é o Kirk.
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    Ele sofreu de depressão por cinco anos.
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    Ele tentou antidepressivos, psicoterapia
    ,
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    e nada funcionou.
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    Em maio de 2015, no "Imperial College",
    ele recebeu psilocibina,
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    também conhecida como cogumelos mágicos.
  • 0:28 - 0:31
    E, desde então, está livre da depressão.
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    Este é Ben.
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    Ele sofreu de depressão por 30 anos.
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    Nesse período, ele tentou de tudo:
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    terapia cognitiva comportamental,
    terapia em grupo,
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    uma lista de remédios
    prescritos pelo médico,
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    e nada funcionou.
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    Em junho de 2015, ele recebeu psilocibina
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    e, desde então, está livre da depressão.
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    Não só sumiram os sintomas de depressão,
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    mas, no último passado,
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    ele fez um curso de teatro,
    um curso de edição,
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    viajou de avião pela primeira
    vez em dez anos,
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    e sua vida social e profissional
    está prosperando.
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    Não posso mostrar seu rosto
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    porque cogumelos mágicos são
    uma droga alucinógena ilegal,
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    e ele pediu para permanecer anônimo.
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    Cogumelos mágicos...
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    Vocês podem lembrar dos anos 60:
    abandonando os estudos,
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    pulando janelas achando que podiam voar.
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    Vocês podem pensar em perder a cabeça,
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    totalmente o oposto do que os cogumelos
    mágicos fizeram ao Ben e ao Kirk.
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    E, apesar da sua má reputação,
    precisamos nos perguntar:
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    o que este cogumelo sabe
    que nós não sabemos?
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    O que ele faz que não podemos fazer?
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    Sou psicóloga clínica no grupo
    de pesquisa de alucinógenos
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    no Imperial College.
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    É um grupo vibrante
    de cientistas e clínicos
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    fazendo perguntas pouco convencionais
    da maneira mais convencional.
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    É liderado por Robin Carhart-Harris,
    um neurocientista pioneiro,
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    supervisionado por David Nutt,
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    um psicofarmacologista
    mundialmente renomado.
  • 2:02 - 2:05
    Juntos eles superaram
    inúmeras barreiras burocráticas
  • 2:05 - 2:10
    para realizarmos o primeiro estudo
    com a psilocibina no ano passado.
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    Nesse estudo, 20 pessoas
    com depressão refratária
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    receberam uma alta dose de psilocibina
    em ambiente terapêutico.
  • 2:17 - 2:22
    Os números podem parecer pequenos,
    mas os resultados foram excepcionais.
  • 2:22 - 2:25
    Víamos a diminuição da depressão deles,
  • 2:25 - 2:27
    constantemente, após
    o tratamento com psilocibina.
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    Os sintomas de depressão
    estavam diminuindo,
  • 2:30 - 2:32
    reduções bem maiores
    na escala de depressão
  • 2:32 - 2:35
    do que se espera ver
    em tratamentos convencionais
  • 2:35 - 2:38
    como antidepressivos e terapia.
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    As escalas de depressão estavam baixando,
  • 2:40 - 2:42
    e permaneceram baixas.
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    Seis meses após a dose,
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    seis deles permaneciam bem,
    sem sintomas de depressão.
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    Três deles não responderam à droga,
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    houve uma pequena
    melhora da depressão deles,
  • 2:54 - 2:55
    mas apenas por uma semana.
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    Mas para 11 deles, a depressão melhorou
    bastante por cerca de dois meses,
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    e então os sintomas da depressão
    voltaram a atormentá-los.
  • 3:02 - 3:04
    Isso pode parecer bastante desanimador,
  • 3:04 - 3:08
    mas, com antidepressivos,
    você precisa tomá-los todos os dias.
  • 3:08 - 3:11
    Eles têm alguns efeitos colaterais;
    levam semanas para fazer efeito.
  • 3:11 - 3:13
    E o tratamento é paliativo, não cura.
  • 3:13 - 3:15
    Mas no tratamento com psilocibina,
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    vimos redução imediata
    nos sintomas de depressão,
  • 3:18 - 3:21
    alívio imediato que perdurou por meses,
    sem efeitos colaterais,
  • 3:21 - 3:25
    e parecia agir nas causas
  • 3:25 - 3:27
    em vez de só reprimir os sintomas.
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    A depressão é uma aflição
    obsessiva incessante.
  • 3:32 - 3:34
    Winston Churchill a chamava de cão preto.
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    Os pacientes do estudo chamavam
    de peso na mente, saco na cabeça,
  • 3:39 - 3:41
    caixa fechada, uma prisão.
  • 3:41 - 3:46
    Eles tentaram entre 3 e 11 tipos
    de antidepressivos
  • 3:46 - 3:49
    e 6 tipos de terapia,
  • 3:49 - 3:50
    mas sem resultados.
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    Estavam presos em suas celas
    individuais da depressão.
  • 3:53 - 3:55
    E eles não são os únicos.
  • 3:55 - 3:57
    Temos uma epidemia de depressão.
  • 3:57 - 3:59
    É a causa número um de uma doença global,
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    que afetará cada um de vocês na plateia:
  • 4:01 - 4:04
    alguém com quem você se importa
    ou você diretamente.
  • 4:04 - 4:06
    E não entendemos a depressão.
  • 4:06 - 4:08
    Não sabemos realmente o que causa isso.
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    E mesmo com o enorme esforço científico,
    ainda não achamos a cura.
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    Realmente, não a compreendemos.
  • 4:15 - 4:18
    É uma mistura complexa de tantos fatores.
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    E, quando ataca, pode ser uma onda
    de tristeza, vergonha e aflição,
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    ou pode ser somente uma mortalha
    que mata todo o sentimento.
  • 4:26 - 4:29
    E não é uma doença para a qual
    possamos fazer exames e tratar.
  • 4:29 - 4:31
    É diferente para cada um.
  • 4:31 - 4:34
    Como curar a depressão?
  • 4:34 - 4:38
    A resposta nunca é simples
    e será diferente para cada pessoa.
  • 4:43 - 4:46
    Então, em nosso estudo,
  • 4:46 - 4:49
    analisávamos os efeitos da psilocibina
    no cérebro dos pacientes.
  • 4:49 - 4:54
    Então, a droga faz com que o cérebro
    vá do rígido ao flexível,
  • 4:54 - 4:55
    hiperconectado.
  • 4:55 - 4:57
    Diríamos que isso destrava o cérebro.
  • 4:57 - 5:00
    Então, em nosso estudo, fizemos
    ressonâncias magnéticas do cérebro,
  • 5:00 - 5:02
    e pudemos ver o aumento da flexibilidade.
  • 5:02 - 5:05
    E incluímos também
    a mensuração de sintomas,
  • 5:05 - 5:08
    Então, pudemos ver que os sintomas
    da depressão diminuíram.
  • 5:08 - 5:10
    Mas isso não conta a história toda.
  • 5:10 - 5:12
    Queríamos ouvir dos próprios pacientes.
  • 5:12 - 5:15
    O que estava acontecendo?
    O que a psilocibina fazia?
  • 5:15 - 5:18
    Então, entrevistamos todos eles
    seis meses depois da dose,
  • 5:18 - 5:22
    analisamos as transcrições
    das entrevistas e surgiram dois temas
  • 5:22 - 5:24
    sobre o que a psilocibina estava fazendo.
  • 5:24 - 5:26
    Mas, antes de falar desses temas,
  • 5:26 - 5:30
    talvez eu devesse esclarecer
    o que é uma experiência alucinógena.
  • 5:30 - 5:34
    Os alucinógenos permitem
    que o inconsciente torne-se consciente.
  • 5:34 - 5:37
    Um material importante
    que foi produzido ao longo do tempo,
  • 5:37 - 5:40
    mas foi colocado em um lugar
    onde vocês não podem vê-lo,
  • 5:40 - 5:43
    surge como uma roupa amassada
  • 5:43 - 5:45
    empurrada para o fundo do armário,
  • 5:45 - 5:47
    e surge, sai para fora;
  • 5:47 - 5:49
    você não só vê isso, você materializa.
  • 5:49 - 5:52
    Memórias, emoções, dor, amor, sofrimento
  • 5:52 - 5:56
    seja o que for que esteja escondido,
    emerge e pede que você sinta.
  • 5:56 - 6:00
    Pode ser incrivelmente doloroso
    e incrivelmente bonito.
  • 6:00 - 6:04
    Em nosso estudo, os pacientes descrevem
    no geral, três tipos de experiência.
  • 6:04 - 6:07
    Em primeiro lugar, recordam
    traumas passados;
  • 6:07 - 6:10
    em segundo lugar, há uma percepção
    a respeito da própria vida -
  • 6:10 - 6:12
    padrões negativos e como mudá-los;
  • 6:12 - 6:18
    e em terceiro lugar, essas experiências
    de harmonia, conexão e unidade.
  • 6:18 - 6:22
    Às vezes, acontecem as três experiências
    ao longo de uma sessão.
  • 6:24 - 6:26
    Esta é a nossa sala de tratamento.
  • 6:26 - 6:32
    Dois terapeutas se posicionam
    a cada lado do paciente.
  • 6:32 - 6:36
    Os pacientes recebem máscaras de dormir
    e pedimos que sentem-se e ouçam a música,
  • 6:36 - 6:38
    e se entreguem ao que vier à tona.
  • 6:38 - 6:41
    Eles já conheciam os terapeutas,
  • 6:41 - 6:43
    confiavam neles e se sentiam protegidos.
  • 6:43 - 6:46
    Mas o terapeuta não organiza as sessões
  • 6:46 - 6:48
    ou conduz o conteúdo de nenhuma forma.
  • 6:49 - 6:52
    Mas havia uma organização para as sessões.
  • 6:52 - 6:54
    Havia começo, meio e fim,
  • 6:54 - 6:57
    e um fluxo de ideias e símbolos
    construído em cada um deles
  • 6:57 - 6:59
    de uma maneira mais sofisticada,
  • 6:59 - 7:04
    como se tivesse sido planejado
    por um dos mais excelentes terapeutas.
  • 7:04 - 7:07
    No meu trabalho anterior como
    psicoterapeuta, sem o uso de alucinógenos,
  • 7:07 - 7:10
    oferecendo terapia
    no serviço nacional de saúde,
  • 7:10 - 7:13
    eu planejava as sessões
    para meus pacientes
  • 7:13 - 7:16
    pensando em como ajudá-los a falar
    sobre suas experiências traumáticas
  • 7:16 - 7:19
    ou como poderia ajudá-los
    a ter diferentes perspectivas
  • 7:19 - 7:22
    ou desenvolver alguma autoestima
    ou alguma motivação para mudar.
  • 7:22 - 7:25
    E eu tentava incutir todas essas coisas.
  • 7:25 - 7:27
    Mas tudo isso vem dos terapeutas;
  • 7:27 - 7:30
    o paciente experimenta isso
    como algo externo a eles,
  • 7:30 - 7:33
    que, às vezes, não atinge o objetivo.
  • 7:33 - 7:35
    Mas com as sessões de psilocibina,
  • 7:35 - 7:38
    testemunhei pacientes trilhando
    sua própria jornada de cura,
  • 7:38 - 7:41
    todas as ideias vieram de dentro deles,
  • 7:41 - 7:43
    e elas eram poderosas e transformadoras.
  • 7:43 - 7:48
    Porque as lições foram planejadas
    pelos melhores terapeutas:
  • 7:48 - 7:49
    eles mesmos.
  • 7:51 - 7:52
    Então, os temas:
  • 7:53 - 7:56
    O que os pacientes disseram
    sobre a ação da psilocibina?
  • 8:02 - 8:05
    O passador de slides está quebrado.
    Posso usar outro?
  • 8:05 - 8:06
    (Risos)
  • 8:06 - 8:07
    Certo.
  • 8:08 - 8:11
    O próximo slide não está vindo,
    mas direi o que está escrito.
  • 8:11 - 8:14
    Diz que o primeiro tema era
    sobre uma abertura interior.
  • 8:14 - 8:19
    Então os pacientes descreveram
    como eram emocionalmente presos
  • 8:19 - 8:21
    e tornaram-se emocionalmente libertos.
  • 8:21 - 8:24
    Eles descreveram como deixaram
    de evitar emoções
  • 8:24 - 8:26
    e passaram a aceitá-las.
  • 8:26 - 8:28
    Eles falaram que na depressão,
  • 8:28 - 8:31
    quando coisas estressantes
    e dolorosas acontecem,
  • 8:31 - 8:33
    as emoções são distanciadas ou reprimidas.
  • 8:33 - 8:37
    Nossa sociedade não valoriza o sofrimento.
  • 8:37 - 8:39
    Ele é visto como fraqueza.
  • 8:39 - 8:41
    Então, eles aprenderam
    a esconder seus sentimentos.
  • 8:41 - 8:46
    Sam lembra que diziam a ele
    que: "Meninos não choram",
  • 8:46 - 8:48
    então, ele aprendeu a sofrer em silêncio.
  • 8:49 - 8:53
    E muitos pacientes não conseguiam
    lidar com seus sentimentos
  • 8:53 - 8:56
    porque tantas coisas
    aconteceram na vida deles,
  • 8:56 - 8:57
    foram tantos anos de dor,
  • 8:57 - 9:00
    que não tinham os recursos
    para enfrentar tudo.
  • 9:00 - 9:03
    E eles evitavam a dor
    de maneiras diferentes,
  • 9:03 - 9:08
    automedicavam-se comendo, assistindo à TV,
    tomando remédios para dor
  • 9:08 - 9:10
    e, frequentemente, usavam antidepressivos
  • 9:10 - 9:13
    que não atuavam na causa
    do sofrimento deles,
  • 9:13 - 9:15
    só adormeciam as piores dores.
  • 9:15 - 9:18
    Mas eles também enumeraram outras emoções.
  • 9:18 - 9:22
    E muitos pacientes descreveram sentirem-se
    entorpecidos e incapazes de sentir.
  • 9:22 - 9:24
    Muitos deles descreveram
  • 9:24 - 9:27
    ter sofrido traumas em sua vida,
    com frequência, na infância.
  • 9:27 - 9:31
    Eles nunca foram capazes de digerir
    ou pensar no ocorrido.
  • 9:31 - 9:36
    E a experiência com psilocibina tornou-os
    capazes de processar essas coisas.
  • 9:36 - 9:37
    John...
  • 9:39 - 9:40
    Onde está o John?
  • 9:43 - 9:45
    Este é o John...
  • 9:45 - 9:47
    Ele sofreu abuso na infância,
  • 9:47 - 9:51
    e na dose de psilocibina que tomou,
    ele viu um grande barril,
  • 9:51 - 9:54
    e sabia que dentro do barril
    estava toda sua dor e vergonha
  • 9:54 - 9:56
    sobre a qual ele nunca foi capaz
    de pensar ou falar.
  • 9:56 - 9:58
    Ele lutou com isso
    e foi extremamente doloroso,
  • 9:58 - 10:00
    mas, no andamento da sessão,
  • 10:00 - 10:03
    ele foi capaz de abrir a caixa
    e aceitar seu passado.
  • 10:03 - 10:05
    E isso foi muito poderoso.
  • 10:05 - 10:07
    Muitos choraram pela primeira vez em anos.
  • 10:07 - 10:09
    Essa experiência catártica
    de aceitar a emoção
  • 10:09 - 10:11
    e ser capaz de vivê-la.
  • 10:11 - 10:17
    Vimos em seis horas o que geralmente
    vemos em seis anos de terapia.
  • 10:18 - 10:22
    E agora o segundo tema
    é sobre uma abertura para o exterior.
  • 10:25 - 10:29
    Eles descreveram como passaram
    da desconexão para conexão.
  • 10:29 - 10:32
    Falaram da depressão como um processo
    gradual de voltar-se para dentro,
  • 10:32 - 10:37
    tornando-se, aos poucos, desconectado
    de quem você ama, da sua identidade,
  • 10:37 - 10:40
    e tornando-se prisioneiros
    na própria mente,
  • 10:40 - 10:42
    presos em um pequeno canto da mente,
  • 10:42 - 10:46
    fechados lá com pensamentos negativos
    constantes atacando-os o tempo todo.
  • 10:46 - 10:51
    E a psilocibina iniciou
    um processo de reconexão.
  • 10:51 - 10:53
    Então, Ben descreveu desta forma.
  • 10:53 - 10:58
    Ele disse: "É como quando você
    desfragmenta o HD do seu computador.
  • 10:58 - 11:01
    Experimentei coisas sendo
    reorganizadas na mente,
  • 11:01 - 11:03
    testemunhei tudo
    sendo colocado em ordem,
  • 11:03 - 11:05
    e pensei: "Meu cérebro
    está sendo desfragmentado!
  • 11:05 - 11:07
    Isso não é brilhante?
  • 11:08 - 11:11
    E, desde então, meus pensamentos
    faziam sentido e eu remoía menos".
  • 11:11 - 11:14
    Outros pacientes descreviam
    o mesmo, de maneira diferente.
  • 11:14 - 11:18
    Alguns descreveram como dispersão da névoa
    ou a capacidade de ver claramente.
  • 11:18 - 11:22
    John disse que era como acender
    as luzes numa casa escura.
  • 11:22 - 11:24
    E depois da reiniciação mental,
  • 11:24 - 11:26
    foram capazes de se conectar
    com seus sentidos,
  • 11:26 - 11:28
    com seu eu interior, sua identidade.
  • 11:28 - 11:31
    Kirk disse que se sentiu
    planando pela vida,

  • 11:31 - 11:33
    e eles puderam se conectar
    com outras pessoas.
  • 11:33 - 11:36
    John saiu para jantar com a esposa
    pela primeira vez em sete anos,
  • 11:36 - 11:39
    e disse que era como se fossem
    adolescentes novamente.
  • 11:39 - 11:41
    Muitos sentiram conexão com a natureza.
  • 11:41 - 11:44
    Eles não viam a natureza
    como viam uma televisão ou uma foto,
  • 11:44 - 11:45
    mas se sentiam parte dela.
  • 11:45 - 11:49
    E eles se conectaram com um princípio
    espiritual pela primeira vez -
  • 11:49 - 11:50
    alguns deles.
  • 11:50 - 11:56
    No geral, de presos eles foram
    soltos, ampliados e libertados.
  • 11:59 - 12:03
    Estados alterados da consciência
    são tidos em profunda consideração
  • 12:03 - 12:05
    há milhares de anos em todo o mundo.
  • 12:05 - 12:07
    Mas a pesquisa científica
    está engatinhando,
  • 12:07 - 12:10
    e estamos entusiasmados em fazer
    uma pesquisa maior este ano.
  • 12:10 - 12:12
    E continuamos andando com cuidado.
  • 12:12 - 12:14
    Não sabemos muito sobre isso ainda.
  • 12:14 - 12:16
    E isso não dará certo para todos.
  • 12:16 - 12:18
    Então, caminhamos com cuidado,
  • 12:18 - 12:21
    e vamos aprender muito
    nos próximos cinco anos
  • 12:21 - 12:24
    sobre como e quando a psilocibina
    pode nos ajudar.
  • 12:25 - 12:28
    Mas eu acredito que isso poderia
    revolucionar a saúde mental.
  • 12:28 - 12:32
    Os pacientes em nosso estudo descreveram
    todos esses tratamentos superficiais,
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    terapias de curta duração,
    band-aids que não ajudam.
  • 12:36 - 12:37
    Nada nunca ajudou
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    porque nada nunca chegou na causa da dor.
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    E nessa epidemia de depressão,
    há tantas pessoas necessitadas,
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    tantos que precisam de ajuda,
  • 12:44 - 12:47
    e o serviço de saúde não consegue
    cobrir tratamentos prolongados,
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    anos e anos de psicoterapia para todos.
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    Mas acredito que,
    se introduzirmos a psilocibina
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    nas terapias de curto prazo,
    como as que costumávamos trabalhar,
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    tornaríamos as terapias
    muito mais efetivas e poderosas.
  • 13:01 - 13:04
    É uma terapia suplementar com um remédio
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    que ajuda o paciente a parar de sofrer
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    em vez de só forrar a jaula.
  • 13:10 - 13:14
    Então, cogumelos mágicos
    podem curar a depressão?
  • 13:15 - 13:17
    A resposta é "não".
  • 13:17 - 13:20
    Não é o cogumelo que cura a depressão,
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    é o paciente.
  • 13:21 - 13:24
    O cogumelo só mostra a ele o caminho.
  • 13:24 - 13:25
    Obrigada!
  • 13:25 - 13:28
    (Aplausos)
Title:
Os cogumelos mágicos podem curar a depressão? | Rosalind Watts | TEDxOxford
Description:

Uma psicoterapeuta clínica da Universidade Imperial College descreve como os cogumelos mágicos (psilocibina), quando usados de modo terapêutico, resultam em um tratamento muito eficaz para depressão. Nesta palestra, ela fala de suas experiências de trabalho como terapeuta no uso da inovadora psilocibina nos estudos sobre a depressão e nos apresenta alguns pacientes seus e suas histórias de transformação.

A dra. Rosalind Watts completou seu treinamento clínico psicológico na University College London. Depois de seis anos exercendo a profissão de psicoterapeuta na NHS (Serviço Nacional de Saúde), participou de uma experiência clínica no "Imperial College", investigando a psilocibina (cogumelos mágicos) como tratamento para depressão. A pesquisa dela investiga os resultados positivos desta terapia intrigante.

Esta palestra foi dada em um evento TEDx que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais, visite o site http://ted.com/tedx

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
13:37

Portuguese, Brazilian subtitles

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