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Thomas Hirschhorn: "Monumento Gramsci" | Art21 "Extended Play"

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    [Thomas Hirschhorn
    O Monumento Gramsci]
  • 0:26 - 0:30
    [Inauguração do Monumento Gramsci
    1 de julho - das 10 h às 19 h]
  • 0:30 - 0:33
    [Aberto todos os dias de julho a setembro
    Entrada livre]
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    Harry Drake: OK, desculpem interromper.
  • 0:38 - 0:41
    Este é o homem do dia.
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    Este é o homem, para além de Erik,
    que nos trouxe tudo isto.
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    Yasmil Raymond: Thomas acredita
    que "mais é mais".
  • 0:50 - 0:55
    Ao contrário de Milesvan der Rohe
    que diz: "menos é mais".
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    E esta filosofia de "mais é mais"
    de Thomas Hirschhorn,
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    significa uma quantidade enorme
    de atividades permanentemente,
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    quase confundindo
    tudo o que está a acontecer.
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    HD: O que estás a fazer
    por esta comunidade e tudo isso...
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    Thomas Hirschhorn:
    Eu não faço nada pela comunidade
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    Faço qualquer coisa pela arte,
    segundo espero...
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    E pela compreensão da arte.
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    É esse o meu objetivo.
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    Lex Brown: Uma coisa que Thomas
    está sempre a dizer
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    é que não veio para aqui
    para ajudar as pessoas,
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    veio para Forest Houses
    e pediu às pessoas que aqui vivem
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    que o ajudassem a fazer obras de arte.
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    Há realmente uma grande diferença.
  • 1:40 - 1:43
    Há uma diferença enorme
    entre essas duas coisas.
  • 1:44 - 1:46
    Freddy Velez: Esta é Angelique.
    Este é Thomas, o artista.
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    Thomas pediu-me para traduzir
    as notas da prisão Gramsci para espanhol.
  • 1:52 - 1:54
    Foi uma grande oportunidade para mim
  • 1:55 - 2:00
    e eu pus de lado a reforma
    e comecei a trabalhar com a arte dele.
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    Aqui estou hoje, dois meses depois,
    a apreciar cada dia
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    e sinto-me muito melhor.
  • 2:11 - 2:15
    Janet Betheat: Eu era mais forte
    do que metade dos homens daqui.
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    Construí-lhes edifícios.
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    Fiz os carrinhos por baixo, no solo.
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    Fiz tudo isso com o pessoal.
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    Menos o telhado. Tenho pavor as alturas.
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    Stanley Scott: Chamo-me "Stan the Man".
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    - Stan the Man"?
    - Stan the Man.
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    - Já vi o teu cartaz.
    - A sério?
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    - Adoro trabalhar.
    - Nós sabemos.
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    SS: Não se trata das contas.
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    Não se trata de dinheiro.
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    Tudo o que faço é do coração.
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    Porque não vou...
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    Quando amamos o que fazemos
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    o dinheiro acaba por aparecer.
  • 2:55 - 2:58
    É por isso que aderi ao monumento,
    porque é como a arte.
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    O alimento é como a arte.
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    Sabes, cozinhar.
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    Fazer qualquer coisa a partir do nada.
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    Fazer que os pratos pareçam bons.
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    Tipo, oh! esta merda é bonita.
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    Vejamos se é saboroso.
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    Quando as pessoas perguntam:
    "Que projeto é este?" o que é que dizem?
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    Dannion Jordan:
    Bom, eu mostro-lhes as brochuras
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    Janet Betheat:
    É um monumento a qualquer coisa...
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    Freddy Velez: Um local positivo
    para a arte e estudo.
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    Dannion Jordan:
    Havia um bar de batidos...
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    Janet Betheat:
    Podem ir ler à biblioteca.
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    Dannion Jordan:
    Há um posto de Wifi lá em cima.
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    Erik Farmer: Sabem, um monumento
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    normalmente é uma coisa imóvel,
    não se desloca.
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    Este é um monumento temporário
    — uma coisa de que nunca ouvi falar —
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    mas Thomas explicou-me
    o que queria fazer
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    e como queria integrar
    os residentes no monumento,
  • 3:45 - 3:47
    dando-lhes tarefas
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    e ensinando arte aos miúdos.
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    Dannion Jordan: Ele não quer
    que nada interfira com o seu monumento,
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    seja a chuva, o Dia, a Nycha,
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    Nycha:
  • 4:01 - 4:04
    ele não quer que nada interfira
    com o seu projeto.
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    Se não interferirmos com o projeto dele,
    corre tudo bem.
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    Entrevistador:
    E se interferirem?
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    Dannion Jordan: Ele atira-se ao ar.
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    Começa aos gritos
    ameaça com o dedo e não só.
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    Thomas Hirschhorn: Domingo...
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    Yasmil Raymond: Eu estou aqui
    sempre ao sábado e ao domingo.
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    TH: O artista sou eu!
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    Primeiro vejo se não há
    ninguém ali sentado...
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    Harry Drake: Ele diz: "Não".
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    Marcella Paradise: Se não aparecemos
    às três ou quatro horas
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    — mas ficamos sempre até às quatro —
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    somos postos fora da sala.
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    TH: OK? Não somos observadores.
    Não há observadores.
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    Harry Drake: Thomas não é branco.
    Não é europeu.
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    É negro.
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    Marcus Green: Eu fiquei muito inspirado
    com o póster de Thomas.
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    No póster, ele diz:
    "Todos os seres humanos são intelectuais."
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    A citação com que quero começar
    — a citação número um —
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    foi feita a partir dessa noção.
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    Lex Brown: A ideia de Gramsci
    de que todos são intelectuais
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    é uma ideia extremamente importante.
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    É uma parte enorme do projeto
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    e é aflorada em todas
    as partes do projeto.
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    Adam Guessongo: Chamo-me Adam.
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    Faço graffiti, desenho
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    e faço escultura.
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    Como esta — ainda não está pronta.
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    Ainda não a acabei, mas queria fazer
    uma personagem de um jogo.
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    Dannion Jordan: Estás a aprender,
    estás a ensinar,
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    mas as pessoas entendem
    que o Thomas está presente.
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    Tem a ver com a reunião das pessoas,
    aprendendo umas com as outras.
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    Porque na verdade não conheço
    todos estes tipos com quem trabalho.
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    Só os conheço através de outras pessoas.
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    Todos têm de se conhecer
    e aprendemos uns com os outros
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    e é isso, basicamente.
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    [A destruição é difícil; é tão difícil
    como a destruição.]
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    Erik Farmer: Isto aqui é histórico
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    E é histórico porque nunca foi feito.
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    Quando alguém fala nisso
    — todos podem tentar fazer isso —
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    mas, feitas as contas, foi feito
    na Forest Houses pela primeira vez.
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    Grande. Enorme.
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    [A qualidade devia ser atribuída
    aos humanos, não às coisas.]
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    Lex Brown: As pessoas têm que cá vir,
    ao monumento, para ver o monumento.
  • 6:27 - 6:34
    Este projeto é específico do local
    no verdadeiro sentido desta frase.
  • 6:34 - 6:39
    É tão importante que este monumento
    fique aqui durante dois meses e meio
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    como é importante que ele não esteja aqui
    depois desses dois meses e meio.
  • 6:44 - 6:46
    Há urgência nisso.
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    Sem essa urgência,
    não seria a mesma coisa.
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    Tradução de Margarida Ferreira
Title:
Thomas Hirschhorn: "Monumento Gramsci" | Art21 "Extended Play"
Description:

Episódio 221: Este episódio da série “Exclusive de ART21 mostra os residentes e voluntários por detrás do “Monumento Gramsci” (2013) de Thomas Hirschhorn – cada um dos quais trabalhou com o artista para criar a escultura participativa específica do local no complexo Forest Houses no Bronx, em Nova Iorque. Analisam as suas experiências a trabalhar com Hirschhorn, descrevendo como o projeto afetou a sua vida e a sua compreensão da arte. “Um monumento normalmente é uma coisa que é imóvel e não se desloca” diz Erik Farmer, o presidente da Associação dos Residentes. “Isto é um monumento temporário – uma coisa de que nunca ouvi falar – mas Thomas explicou-me o que queria fazer e como queria integrar os residentes no monumento.” A voluntária Lex Brown explica que, como o “Monmento Gramsci” só durou dois meses e meio, “há uma urgência nele e, sem essa urgência, não seria a mesma coisa.” Thomas esteve no monumento todos os dias, enquanto esteve aberto, durante o qual os residentes estreitaram relações com a sua personalidade e motivações. “Ele não quer que nada interfira com o seu projeto”, diz Dannion Jordan, residente e membro do pessoal do monumento. “Se não interferirmos com o projeto dele, corre tudo bem.”
Enquanto lista a participação dos residentes de um complexo habitacional do Bronx para desenvolver uma instalação alargada de materiais de uso diário, Thomas Hirschhorn coloca perguntas políticas e filosóficas, e procura modelos alternativos de pensar e ser. O processo leva à criação de um novo tipo de monumento que, embora fisicamente efémero, vive na memória coletiva.
Saibam mais sobre o artista em: https://art21.org/artist/thomas-hirschhorn

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Video Language:
English
Team:
Art21
Project:
"Extended Play" series
Duration:
07:17

Portuguese subtitles

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