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O canabidiol (CBD) pode ajudar os consumidores de opioides a libertarem-se dessa dependência?

  • 0:01 - 0:03
    Nos últimos 20 anos
  • 0:04 - 0:07
    morreram nos EUA
    mais de 800 000 pessoas
  • 0:07 - 0:10
    por "overdose".
  • 0:10 - 0:13
    Sim, mais do que todas as vidas perdidas
  • 0:13 - 0:16
    em todas as guerras que este país travou.
  • 0:17 - 0:21
    Na maioria dos casos,
    são devidas às drogas opioides.
  • 0:22 - 0:25
    Infelizmente, enquanto
    estamos a ter esta conversa
  • 0:25 - 0:28
    morre, pelo menos,
    uma pessoa, por "overdose"
  • 0:28 - 0:33
    e nasce uma criança a sofrer
    de fortes crises de abstinência
  • 0:33 - 0:37
    devido à exposição ao opioide
    que teve dentro do útero.
  • 0:37 - 0:39
    Apenas recentemente algumas
    companhias farmacêuticas
  • 0:40 - 0:43
    foram responsabilizadas
    pela crise dos opioides.
  • 0:43 - 0:46
    Mas, em comparação
    com as suas receitas multimilionárias,
  • 0:46 - 0:50
    as multas que estão a pagar
    são irrisórias.
  • 0:51 - 0:53
    Então, vou fazer uma pergunta:
  • 0:54 - 0:57
    Porque é que o vício e o estigma do vício
  • 0:58 - 1:00
    fazem com que subvalorizemos
    vidas humanas?
  • 1:01 - 1:05
    Ironicamente, é comum perguntarem-me
    exatamente o contrário:
  • 1:05 - 1:08
    Porque é que devemos preocupar-nos
    com os "viciados"?
  • 1:08 - 1:10
    Às vezes, até há pessoas
    que me criticam
  • 1:10 - 1:14
    porque acreditam que quem sofre
    de perturbação pelo uso de uma substância
  • 1:14 - 1:15
    é responsável por isso.
  • 1:15 - 1:17
    Devem ser fracos,
  • 1:17 - 1:18
    sem nenhum senso moral
  • 1:18 - 1:20
    e, portanto, não merecem nenhuma ajuda.
  • 1:21 - 1:25
    Mas se soubermos um pouco
    sobre a dependência de opioides,
  • 1:25 - 1:28
    sabemos que essa população
    não se encaixa nesse estereótipo
  • 1:28 - 1:31
    — na realidade, nenhum vício se encaixa.
  • 1:32 - 1:35
    São mães, pais e avós.
  • 1:35 - 1:38
    São professores e líderes de empresas,
  • 1:38 - 1:42
    líderes de claques, atletas,
    enfermeiros e motoristas de autocarro.
  • 1:41 - 1:44
    São os nossos irmãos e irmãs.
  • 1:44 - 1:49
    Representam todas as fibras
    da nossa sociedade.
  • 1:50 - 1:54
    Sim, cada pessoa viciou-se
    de uma forma diferente
  • 1:54 - 1:57
    mas a principal causa desta epidemia
  • 1:57 - 2:00
    é o exagero na prescrição
    de drogas opioides
  • 2:00 - 2:02
    para tratamento de dores crónicas.
  • 2:03 - 2:06
    É isso que torna diferente esta epidemia.
  • 2:06 - 2:10
    Esta epidemia em particular
    é causada pela prescrição médica.
  • 2:11 - 2:16
    Este ciclo começou quando as empresas
    farmacêuticas convenceram os médicos
  • 2:16 - 2:18
    que os seus doentes
    não deviam sentir dores.
  • 2:19 - 2:21
    Os fabricantes de opioides afirmavam
  • 2:21 - 2:24
    que as suas drogas potentes
    não criariam dependência
  • 2:24 - 2:27
    a não ser a certo tipo de pessoas,
  • 2:27 - 2:29
    de certo tipo de comunidades.
  • 2:29 - 2:31
    Essa informação errada,
  • 2:31 - 2:33
    aliada aos conhecimentos
    limitados dos médicos
  • 2:33 - 2:36
    e à ignorância generalizada
    sobre a dependência,
  • 2:36 - 2:38
    foi o que gerou esta epidemia.
  • 2:38 - 2:40
    Foi assim que chegámos aqui.
  • 2:41 - 2:42
    Agora a questão é:
  • 2:42 - 2:46
    como vamos tratar
    uma epidemia nacional de opioides?
  • 2:47 - 2:49
    Durante uma epidemia,
  • 2:49 - 2:51
    é comum reunirem-se
    o governo, os médicos e os cientistas.
  • 2:52 - 2:53
    para ajudar os que são afetados.
  • 2:53 - 2:57
    Desenvolvem-se estratégias de tratamento
    novas e não convencionais
  • 2:57 - 3:00
    para rapidamente se resolver a situação.
  • 3:00 - 3:03
    Não foi o que aconteceu
    com a epidemia de opioides.
  • 3:03 - 3:06
    No entanto, este cenário está a mudar.
  • 3:06 - 3:09
    Estamos a começar a ver
    atitudes mais fortes do governo.
  • 3:09 - 3:12
    O Instituto Nacional de Saúde (NIH)
  • 3:12 - 3:14
    lançou há pouco uma iniciativa
    chamada "HEAL"
  • 3:14 - 3:17
    que significa "ajudar a acabar
    com a dependência a longo prazo",
  • 3:17 - 3:20
    e que foi projetada
    para acelerar a investigação
  • 3:20 - 3:22
    sobre a gestão da dor e da dependência,
  • 3:22 - 3:25
    através do financiamento
    de novas estratégias de tratamento.
  • 3:25 - 3:29
    A atual estratégia de tratamento
    para a dependência de opioides
  • 3:29 - 3:32
    é o uso de outros opioides,
    como a metadona.
  • 3:33 - 3:38
    Estes medicamentos têm sido usados
    nos últimos 50 anos.
  • 3:38 - 3:41
    São considerados
    uma terapia de substituição,
  • 3:41 - 3:44
    ou seja, combatem o fogo com o fogo.
  • 3:45 - 3:47
    Têm salvado muitas vidas,
  • 3:48 - 3:51
    mas não são usados
    por todos os que precisam.
  • 3:52 - 3:54
    Porquê?
  • 3:54 - 3:56
    Estes medicamentos
    também geram dependência,
  • 3:56 - 4:00
    portanto, estão sujeitos a muitas
    regulamentações do governo.
  • 4:00 - 4:05
    Centenas de milhares de pessoas
    precisam de ser monitoradas diariamente.
  • 4:05 - 4:07
    Têm de encontrar
    uma clínica de opioides,
  • 4:07 - 4:09
    geralmente longe de casa,
  • 4:09 - 4:12
    tomar os remédios
    e depois tentar ir trabalhar.
  • 4:12 - 4:15
    Obviamente, esta não é
  • 4:15 - 4:17
    a melhor estratégia de tratamento
    para uma epidemia.
  • 4:18 - 4:21
    E levanta questões óbvias.
  • 4:22 - 4:25
    Por exemplo: Porque é que o tratamento
    de perturbações de dependência
  • 4:25 - 4:27
    é diferente de qualquer
    outra perturbação médica?
  • 4:27 - 4:31
    Na maioria das perturbações médicas,
    é prescrito um medicamento,
  • 4:31 - 4:33
    que não gera dependência,
    e se encontra nas farmácias.
  • 4:34 - 4:37
    Porque é que os médicos têm
    opções limitadas de tratamento
  • 4:37 - 4:40
    para pacientes com perturbações
    por uso de drogas?
  • 4:40 - 4:41
    Nunca ninguém diz
  • 4:41 - 4:44
    que dois ou três tratamentos
    são suficientes para um cancro,
  • 4:44 - 4:46
    principalmente quando não é uma cura.
  • 4:48 - 4:52
    Isto leva-nos ao problema
    dos 200 mil milhões de dólares.
  • 4:54 - 4:58
    Usar o fogo contra o fogo
    é uma estratégia razoável,
  • 4:58 - 5:01
    mas que tal usarmos
    uma forma diferente de fogo,
  • 5:01 - 5:04
    uma forma mais segura de fogo?
  • 5:04 - 5:07
    Que tal desenvolver uma forma
    de tratamento que não crie dependência
  • 5:07 - 5:09
    derivada de outra droga?
  • 5:10 - 5:12
    Esta tem sido a minha batalha
  • 5:12 - 5:15
    para desenvolver um tratamento
    para a dependência de opioides,
  • 5:15 - 5:18
    e isto levou-me numa direção
    bastante surpreendente.
  • 5:19 - 5:22
    O meu percurso começou
    com o estudo da canábis,
  • 5:22 - 5:25
    a droga a que muita gente
    chama marijuana.
  • 5:25 - 5:27
    Para perceber
  • 5:27 - 5:31
    como a canábis está relacionada
    com o combate à epidemia de opioides,
  • 5:31 - 5:35
    precisamos primeiro de conhecer
    um pouco a ciência e a política
  • 5:35 - 5:37
    por detrás desta droga.
  • 5:38 - 5:40
    A canábis é uma planta complexa.
  • 5:40 - 5:44
    Na realidade, possui
    mais de 140 canabinoides,
  • 5:44 - 5:46
    que são químicos ativos da planta
  • 5:46 - 5:49
    que se ligam aos recetores
    canabinoides no nosso corpo.
  • 5:49 - 5:54
    O poderoso canabinoide psicoativo
    que dá a recompensa — a "pedrada" —
  • 5:55 - 5:58
    é o THC, a que os cientistas chamam
    tetrahidrocanabinol.
  • 5:58 - 6:00
    Muito simples, não é?
  • 6:00 - 6:03
    Mas a política é muito mais complicada.
  • 6:04 - 6:06
    As atitudes em relação à canábis
  • 6:06 - 6:09
    e a quantidade de THC
    considerada segura para consumo
  • 6:09 - 6:12
    têm mudado drasticamente
    ao logo dos anos.
  • 6:12 - 6:16
    Na realidade, este país tem
    uma relação de altos e baixos
  • 6:16 - 6:17
    com a droga.
  • 6:17 - 6:20
    A canábis tanto é demonizada
    como glorificada.
  • 6:20 - 6:22
    Do lado negativo,
  • 6:22 - 6:25
    a DEA — a Agência Antidrogas dos EUA —
  • 6:25 - 6:27
    considerou a canábis
    uma droga de Classificação 1,
  • 6:27 - 6:30
    o que significa que a canábis
    é considerada uma droga
  • 6:30 - 6:33
    com o mais alto potencial de dependência
  • 6:33 - 6:36
    e sem nenhum valor medicinal.
  • 6:36 - 6:41
    Aliás, a Classificação 1 gerou
    uma detenção maciça e tendenciosa
  • 6:41 - 6:42
    pelo uso de canábis,
  • 6:42 - 6:46
    particularmente entre
    jovens negros e de cor.
  • 6:45 - 6:47
    No entanto, as coisas estão a mudar.
  • 6:47 - 6:50
    O pêndulo está a mover-se
    na direção oposta.
  • 6:50 - 6:55
    Hoje, a canábis é legal para uso medicinal
    ou uso recreativo na maioria dos estados.
  • 6:56 - 6:59
    Está em andamento um projeto de lei
    no Congresso americano
  • 6:59 - 7:02
    para retirá-la da listagem
    de drogas classificadas.
  • 7:02 - 7:06
    Também temos assistido ao aumento
    da investigação sobre a canábis.
  • 7:06 - 7:09
    A maior parte das investigações,
    incluindo algumas minhas,
  • 7:09 - 7:11
    foca-se no THC.
  • 7:12 - 7:16
    De facto, a investigação em animais
    tem mostrado uma relação negativa
  • 7:16 - 7:18
    entre o THC e a dependência de opioides.
  • 7:19 - 7:22
    Contudo, como já disse,
  • 7:22 - 7:25
    a planta da canábis
    tem mais de 100 canabinoides.
  • 7:25 - 7:28
    Por isso, não estudámos apenas o THC.
  • 7:28 - 7:31
    Ao examinarmos outro canabinoide,
  • 7:31 - 7:33
    o canabidiol — o CBD —
  • 7:34 - 7:37
    ficámos surpreendidos
    ao encontrar características relevantes
  • 7:37 - 7:40
    na suavização dos sintomas relacionados
    com a dependência de opioides.
  • 7:41 - 7:44
    Aí, o meu interesse virou-se para o CBD.
  • 7:46 - 7:49
    Então, o que é este CBD
    que saiu da obscuridade
  • 7:49 - 7:51
    há apenas uns anos
  • 7:51 - 7:53
    para todos os locais da sociedade
  • 7:53 - 7:54
    — no nosso café da manhã,
  • 7:54 - 7:56
    na água do almoço
  • 7:56 - 7:58
    e na cerveja ao jantar?
  • 7:59 - 8:01
    O CBD provém da planta canábis,
  • 8:01 - 8:05
    mas, ao contrário do THC
    que dá aquela "pedrada",
  • 8:06 - 8:09
    o CBD não tem propriedades viciantes.
  • 8:10 - 8:13
    Ainda estamos a tentar compreender
    como funciona o CBD,
  • 8:13 - 8:16
    mas sabemos que o CBD
    altera quimicamente partes do cérebro
  • 8:16 - 8:19
    que regulam as emoções e a ansiedade.
  • 8:20 - 8:23
    Curiosamente, o CBD
    dado às nossas cobaias
  • 8:23 - 8:26
    que tinham um histórico
    de dependência de heroína,
  • 8:26 - 8:29
    reduziu o comportamento deles
    na procura da heroína.
  • 8:29 - 8:35
    Especificamente, o CBD reduziu a procura
    de heroína causada por estímulos externos
  • 8:35 - 8:38
    que, anteriormente,
    estavam associados com a droga.
  • 8:38 - 8:39
    Vou repetir.
  • 8:39 - 8:45
    O CBD reduziu a procura de heroína
    em situações que normalmente seria usada.
  • 8:45 - 8:46
    Isto é significativo,
  • 8:46 - 8:50
    pois o desejo é, geralmente, motivado
    pela lembrança das situações
  • 8:50 - 8:52
    previamente associadas ao uso da droga.
  • 8:52 - 8:56
    E o desejo é uma questão diária
    de vida ou morte
  • 8:56 - 8:59
    para pessoas com perturbação
    do uso de opioides.
  • 8:59 - 9:00
    Simplificando,
  • 9:00 - 9:02
    o desejo pode levar a recaídas
  • 9:02 - 9:05
    e à morte por "overdose".
  • 9:05 - 9:09
    Assim, reduzir o desejo
    é uma estratégia importante no tratamento.
  • 9:11 - 9:14
    Conseguir resultados como estes
    nos testes em animais
  • 9:14 - 9:17
    é o primeiro passo importante
    no processo da FDA
  • 9:17 - 9:20
    para o desenvolvimento
    de novos medicamentos.
  • 9:20 - 9:22
    O próximo passo:
  • 9:22 - 9:24
    os testes em seres humanos.
  • 9:25 - 9:26
    No primeiro teste em seres humanos,
  • 9:26 - 9:29
    demonstrámos que o CBD é seguro,
  • 9:29 - 9:33
    apesar de os indivíduos que o usaram,
    também terem consumido um opioide forte.
  • 9:33 - 9:37
    A seguir, para determinar a eficácia,
  • 9:37 - 9:38
    realizámos testes clínicos
  • 9:38 - 9:41
    e tivemos de garantir que
    tanto os investigadores do estudo
  • 9:41 - 9:43
    como os participantes do estudo
  • 9:43 - 9:48
    não sabiam se estavam a receber
    o CBD ou uma substância placebo.
  • 9:48 - 9:51
    Os resultados destes testes
    reproduziram as conclusões
  • 9:51 - 9:53
    que tínhamos obtido
    nas experiências com animais.
  • 9:54 - 9:58
    Agora sabemos que o CBD
    pode reduzir o desejo desencadeado
  • 9:58 - 10:02
    por fatores externos
    em consumidores humanos de heroína.
  • 10:02 - 10:05
    Mais ainda, os resultados demonstraram
  • 10:05 - 10:09
    que o CBD reduziu a ansiedade
    associada ao uso da droga.
  • 10:11 - 10:15
    Isto também é importante,
    pois a ansiedade é outro fator crítico
  • 10:15 - 10:17
    que desencadeia o desejo.
  • 10:18 - 10:21
    É importante notar que o CBD
    também reduziu o nível do cortisol,
  • 10:21 - 10:23
    a hormona do "stress",
  • 10:23 - 10:28
    que normalmente é alto
    em consumidores de drogas.
  • 10:29 - 10:31
    Outra descoberta intrigante
  • 10:31 - 10:35
    foi que o CBD continuou a diminuir
    o desejo e a ansiedade
  • 10:35 - 10:38
    uma semana depois da última dose.
  • 10:38 - 10:42
    Este aspeto de eficácia prolongada
    é muito benéfico
  • 10:42 - 10:45
    para as pessoas
    que seguem qualquer medicação.
  • 10:46 - 10:49
    Então, estão a acumular-se as provas.
  • 10:49 - 10:51
    O CBD demonstra ser possível reduzir
  • 10:51 - 10:54
    aspetos críticos
    da dependência de opioides,
  • 10:54 - 10:56
    como o desejo e a ansiedade.
  • 10:57 - 10:58
    Mas ainda não chegámos ao fim da linha
  • 10:59 - 11:01
    quanto ao desenvolvimento
    de um medicamento.
  • 11:01 - 11:05
    O padrão-ouro para a medicina
    que a FDA estabeleceu
  • 11:05 - 11:07
    são extensos testes clínicos.
  • 11:08 - 11:12
    Recentemente, tive a sorte
    e a rara oportunidade
  • 11:12 - 11:14
    de realizar um grande teste clínico
    com o CBD
  • 11:14 - 11:17
    em pessoas com perturbações
    de dependência de opioides.
  • 11:17 - 11:21
    Este estudo deve continuar
    durante, pelo menos, mais dois anos.
  • 11:22 - 11:26
    O CBD está hoje a ser investigado
    em numerosas situações médicas.
  • 11:27 - 11:28
    Também, durante a última década,
  • 11:28 - 11:32
    a nossa sociedade
    assistiu à explosão do uso do CBD.
  • 11:32 - 11:36
    Está a ser utilizado em bebidas, comidas,
    produtos para a pele e bem-estar.
  • 11:37 - 11:40
    Estão até a dar o CBD
    a animais de estimação.
  • 11:41 - 11:45
    Será então o CBD a droga maravilhosa
    agora elogiada por tanta gente?
  • 11:45 - 11:46
    Não.
  • 11:47 - 11:50
    Tem potencial para benefícios medicinais?
  • 11:50 - 11:51
    Tem.
  • 11:52 - 11:54
    Mas a única forma de conseguirmos
    informações definitivas
  • 11:54 - 11:57
    sobre a total segurança e eficácia do CBD
  • 11:57 - 12:00
    é através de grandes estudos clínicos.
  • 12:02 - 12:05
    Então, será possível
  • 12:05 - 12:08
    podermos mudar as regras do jogo
  • 12:08 - 12:11
    agarrando nesta planta tão familiar
  • 12:11 - 12:15
    e desenvolvendo um medicamento
    aprovado pela FDA, que não vicie,
  • 12:15 - 12:18
    para perturbações pelo uso de opioides?
  • 12:19 - 12:21
    Absolutamente.
  • 12:21 - 12:23
    É por isso que estamos
    a trabalhar tanto
  • 12:23 - 12:26
    para desenvolver
    uma solução baseada no CBD.
  • 12:26 - 12:28
    Para mim,
  • 12:29 - 12:33
    os benefícios potenciais
    são óbvios e esmagadores.
  • 12:34 - 12:38
    Significam ajudar a devolver
    pais e mães às suas famílias.
  • 12:39 - 12:44
    Significam ter os filhos a formarem-se
    na escola ou faculdade.
  • 12:44 - 12:46
    Mas, principalmente,
  • 12:46 - 12:51
    significam ajudar a salvar muitas
    das centenas de milhares de vidas
  • 12:51 - 12:54
    que, de outro modo,
    seriam perdidas para os opioides
  • 12:54 - 12:55
    na próxima década.
  • 12:55 - 12:57
    Obrigada.
  • 12:57 - 13:00
    (Aplausos)
Title:
O canabidiol (CBD) pode ajudar os consumidores de opioides a libertarem-se dessa dependência?
Speaker:
Yasmin Hurd
Description:

Poderá o canabidiol (CBD) um composto químico presente nas plantas Canabis, ajudar a superar o vício em opioides? A neurocientista Yasmin Hurd analisa porque é que as atuais estratégias de tratamento, como a metadona, não são suficientes para acabar com a epidemia do uso de opioides — e partilha connosco como o CBD pode ajudar a reduzir o desejo e a ansiedade associados ao uso da droga e às recaídas, oferecendo possivelmente uma terapia nova, segura e não viciante.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
13:13

Portuguese subtitles

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