Return to Video

A vida sexual dos peixes é mais estranha do que imaginamos | Marah J. Hardt | TEDxMileHigh

  • 0:11 - 0:15
    Neste exato momento,
    no fundo de um cintilante mar azul,
  • 0:15 - 0:19
    milhões de peixes estão fazendo sexo.
  • 0:19 - 0:21
    (Risos) (Vivas)
  • 0:23 - 0:26
    E o modo como fazem isso
    e as estratégias que usam
  • 0:26 - 0:29
    nem de longe se comparam
    com o que se vê em terra firme.
  • 0:30 - 0:32
    Peguemos o peixe-papagaio.
  • 0:32 - 0:35
    Nessa espécie, todos nascem fêmeas.
  • 0:35 - 0:37
    E elas têm essa aparência.
  • 0:37 - 0:41
    No entanto, mais tarde na vida,
    ela pode fazer a transição para macho.
  • 0:41 - 0:42
    E vai ficar assim.
  • 0:43 - 0:47
    Mas não se trata apenas
    de uma espetacular troca de guarda-roupa.
  • 0:47 - 0:52
    O corpo dela reabsorve os ovários
    e desenvolve, no lugar, testículos.
  • 0:52 - 0:58
    Em apenas algumas semanas, ela passa
    de produzir ovos para produzir esperma.
  • 0:58 - 1:02
    Isso é impressionante,
    e é bem comum no oceano.
  • 1:02 - 1:05
    Na verdade, aposto que quase todos aqui
  • 1:06 - 1:08
    comeram frutos do mar
    preparados com um indivíduo
  • 1:08 - 1:12
    que começou a vida como um sexo
    e fez a transição para outro:
  • 1:12 - 1:17
    ostras, garoupas, camarões.
  • 1:17 - 1:19
    Vejo algumas cabeças assentindo.
  • 1:19 - 1:23
    Mas nem todos os peixes que mudam
    de sexo começam como fêmeas.
  • 1:24 - 1:27
    Aqueles peixes-palhaços
    de "Procurando Nemo",
  • 1:27 - 1:29
    todos eles nascem machos.
  • 1:30 - 1:33
    Por isso, na vida real,
  • 1:33 - 1:35
    quando a mãe de Nemo morresse,
  • 1:36 - 1:40
    o pai de Nemo, Marlin,
    teria feito a transição para Marlene,
  • 1:40 - 1:41
    (Risos)
  • 1:41 - 1:44
    e Nemo provavelmente teria vivido
    com seu "pai-transformado-em-mãe".
  • 1:44 - 1:47
    (Risos)
  • 1:53 - 1:56
    Dá pra ver por que a Pixar
    tomou uma pequena licença poética
  • 1:56 - 1:57
    com o enredo, certo?
  • 1:57 - 1:58
    (Risos)
  • 1:58 - 2:02
    Assim, a mudança de sexo no oceano
    pode acontecer em qualquer direção
  • 2:02 - 2:04
    e, ocasionalmente, diversas vezes.
  • 2:04 - 2:08
    E essa é só uma das muitas
    incríveis estratégias
  • 2:08 - 2:10
    que os animais usam
    para se reproduzirem no oceano.
  • 2:10 - 2:14
    E podem acreditar: essa é
    uma das menos surpreendentes.
  • 2:14 - 2:17
    O sexo no mar é fascinante.
  • 2:17 - 2:20
    E também é muito importante,
  • 2:20 - 2:22
    não só para biólogos marinhos
    "nerds" como eu,
  • 2:22 - 2:25
    obcecados em entender os casos "salgados",
  • 2:25 - 2:26
    (Risos)
  • 2:26 - 2:29
    mas para todos nós.
  • 2:30 - 2:32
    Hoje, dependemos dos peixes selvagens
  • 2:32 - 2:36
    para ajudar a alimentar, no planeta,
    mais de 2 bilhões de pessoas.
  • 2:37 - 2:41
    Precisamos de milhões de ostras e corais
    para construir recifes gigantes
  • 2:41 - 2:45
    que protejam nossas praias
    de tempestades e da elevação das marés.
  • 2:45 - 2:48
    Dependemos de compostos medicinais
    presentes nos animais marinhos
  • 2:48 - 2:50
    para combater o câncer e outras doenças.
  • 2:51 - 2:55
    E, para muitos de nós,
    é na diversidade e na beleza dos oceanos
  • 2:55 - 3:00
    que buscamos o lazer, o relaxamento
    e nossa herança cultural.
  • 3:00 - 3:05
    Para continuarmos a usufruir da abundância
    que a vida marinha nos provê,
  • 3:05 - 3:07
    o peixe, o coral e o camarão de hoje
  • 3:08 - 3:11
    precisam produzir o peixe,
    o camarão e o coral de amanhã.
  • 3:11 - 3:15
    Para tanto, eles têm de fazer
    muito, mas muito, sexo.
  • 3:15 - 3:17
    (Risos)
  • 3:17 - 3:21
    E até recentemente não sabíamos
    como era o sexo no mar.
  • 3:21 - 3:23
    É muito difícil estudá-lo,
  • 3:23 - 3:26
    mas, graças a novidades
    científicas e tecnológicas,
  • 3:26 - 3:29
    hoje sabemos muito mais
    do que alguns anos atrás.
  • 3:30 - 3:33
    E essas novas descobertas
    estão mostrando dois aspectos:
  • 3:33 - 3:37
    primeiro, o sexo no mar é bem original.
  • 3:37 - 3:38
    (Risos)
  • 3:38 - 3:41
    Segundo, nossas ações
    estão causando devastação
  • 3:41 - 3:44
    na vida sexual de tudo quanto há lá,
    do camarão ao salmão.
  • 3:45 - 3:50
    Assim, quero contar alguns detalhes
    sobre como os animais fazem lá embaixo,
  • 3:50 - 3:54
    como podemos estar atrapalhando
    a vida amorosa deles,
  • 3:54 - 3:56
    e o que podemos fazer para mudar isso.
  • 3:56 - 3:59
    Bem, lembram-se daqueles peixes
    que trocam de sexo?
  • 4:00 - 4:01
    Em muitos lugares do mundo,
  • 4:02 - 4:05
    há regras pesqueiras que definem
    um tamanho mínimo para o peixe.
  • 4:05 - 4:08
    É proibido pescar os pequenininhos.
  • 4:08 - 4:11
    Isso permite que o peixe bebê cresça
    e se reproduza antes de ser pego.
  • 4:12 - 4:13
    O que é uma coisa boa.
  • 4:13 - 4:16
    Assim, os pescadores
    vão atrás dos peixes maiores.
  • 4:16 - 4:19
    No caso do peixe-papagaio, por exemplo,
    ou qualquer um que mude de sexo,
  • 4:20 - 4:24
    tentar pescar o maior significa
    pescar todos os machos.
  • 4:25 - 4:29
    Para a fêmea, isso dificulta
    encontrar um parceiro,
  • 4:29 - 4:34
    ou a força a mudar de sexo
    mais cedo, num tamanho menor.
  • 4:35 - 4:38
    As duas situações podem resultar
    em menos peixes bebês no futuro.
  • 4:39 - 4:44
    Para a adequada proteção dessas espécies,
    temos de saber se elas mudam de sexo,
  • 4:44 - 4:45
    como e quando.
  • 4:46 - 4:50
    Só aí podemos criar regras
    para apoiar essas estratégias sexuais,
  • 4:50 - 4:53
    tais como definir um tamanho máximo,
    além do tamanho mínimo.
  • 4:54 - 4:58
    O desafio não é pensar soluções
    que favoreçam o sexo,
  • 4:58 - 5:02
    mas sim saber quais soluções
    aplicar para quais espécies,
  • 5:02 - 5:05
    porque mesmo animais
    que conhecemos muito bem
  • 5:05 - 5:07
    nos surpreendem quando se trata
    de sua vida sexual.
  • 5:08 - 5:10
    Vamos pegar a lagosta-do-Maine.
  • 5:11 - 5:13
    Elas não parecem muito românticas...
  • 5:13 - 5:15
    ou tão ardorosas assim.
  • 5:15 - 5:16
    Elas são os dois.
  • 5:16 - 5:19
    (Risos)
  • 5:19 - 5:20
    Durante a época do acasalamento,
  • 5:20 - 5:24
    as fêmeas querem cruzar
    com os machos maiores, os mais machões,
  • 5:24 - 5:28
    mas esses caras são muito agressivos
    e atacam qualquer lagosta que se aproxime,
  • 5:28 - 5:30
    macho ou fêmea.
  • 5:30 - 5:34
    No entanto, o melhor período
    para a fêmea se acasalar
  • 5:34 - 5:38
    é imediatamente após a muda,
    quando ela perde a carapaça.
  • 5:38 - 5:43
    Aí, quando ela está mais vulnerável,
    tem de se aproximar desse cara agressivo.
  • 5:43 - 5:45
    No caso, o que uma garota deve fazer?
  • 5:45 - 5:46
    (Risos)
  • 5:46 - 5:47
    A solução dela?
  • 5:47 - 5:52
    Borrifar, repetidamente,
    sua urina na cara dele.
  • 5:52 - 5:55
    (Risos)
  • 5:55 - 5:56
    No fundo do mar,
  • 5:56 - 5:59
    xixi é uma poção do amor muito poderosa.
  • 5:59 - 6:00
    (Risos)
  • 6:01 - 6:05
    Convenientemente, a bexiga da lagosta
    fica bem acima do cérebro,
  • 6:05 - 6:08
    com dois esguichos
    abaixo dos olhos pendunculados
  • 6:08 - 6:11
    com os quais ela consegue
    esguichar a urina.
  • 6:11 - 6:16
    Assim, a fêmea se aproxima da caverna
    do macho e, quando ele sai,
  • 6:16 - 6:20
    ela libera um fluxo de urina
    e depois corre de lá como uma louca.
  • 6:20 - 6:23
    Alguns dias dessa dose diária
  • 6:23 - 6:28
    são suficientes para seu cheiro
    ter um efeito transformador.
  • 6:28 - 6:32
    O macho, de agressivo,
    se transforma num amante gentil.
  • 6:33 - 6:38
    Dentro de uma semana,
    ele a convida para sua caverna.
  • 6:38 - 6:40
    Depois disso, o sexo fica fácil.
  • 6:40 - 6:41
    (Risos)
  • 6:41 - 6:46
    Mas, afinal, como estamos interrompendo
    esse namoro meio que pervertido?
  • 6:47 - 6:51
    Bem, a urina da fêmea carrega
    um sinal químico crítico
  • 6:51 - 6:54
    que só funciona porque consegue
    passar através da água do mar,
  • 6:54 - 6:58
    e as lagostas têm um receptor olfativo
    para detectar e receber a mensagem.
  • 6:59 - 7:02
    A mudança climática está tornando
    nossos oceanos mais ácidos.
  • 7:02 - 7:06
    É o resultado do excesso
    de dióxido de carbono na água salgada.
  • 7:06 - 7:09
    Essa mudança química
    pode atrapalhar aquela mensagem
  • 7:10 - 7:13
    ou danificar os receptores
    olfativos da lagosta.
  • 7:13 - 7:16
    A poluição em terra firme
    pode ter efeitos similares.
  • 7:16 - 7:19
    Imaginem só as consequências para a fêmea
  • 7:19 - 7:21
    se sua poção do amor falhar.
  • 7:22 - 7:25
    São impactos sutis, porém significativos,
  • 7:25 - 7:28
    que estamos tendo na vida amorosa
    desses animais marinhos.
  • 7:28 - 7:33
    E a lagosta é uma espécie que conhecemos
    bem, pois vive no raso, perto da praia.
  • 7:33 - 7:36
    Se mergulharmos mais fundo,
    o sexo fica ainda mais estranho.
  • 7:38 - 7:42
    O peixe-pescador-das-profundezas vive
    a cerca de mil metros de profundidade
  • 7:43 - 7:44
    em águas escuríssimas,
  • 7:45 - 7:49
    e o macho nasce sem a capacidade
    de se alimentar sozinho.
  • 7:49 - 7:53
    Para sobreviver, ele tem de encontrar
    uma fêmea rapidinho.
  • 7:54 - 7:59
    Por seu turno, a fêmea,
    que é dez vezes maior do que o macho,
  • 7:59 - 8:01
    dez vezes,
  • 8:01 - 8:06
    libera um forte feromônio
    para atrair os machos.
  • 8:06 - 8:09
    Assim, esse pequeno macho
    nada em meio a essas águas escuras,
  • 8:09 - 8:11
    farejando seu caminho até uma fêmea.
  • 8:11 - 8:14
    E, quando a encontra,
    ele lhe dá uma mordida amorosa.
  • 8:14 - 8:17
    E é aí que a coisa fica bizarra.
  • 8:18 - 8:21
    Aquela mordida amorosa
    estimula uma reação química
  • 8:21 - 8:24
    em que a mandíbula dele
    começa a se desintegrar.
  • 8:24 - 8:27
    A cara dele se derrete na carne dela,
  • 8:27 - 8:30
    e os dois corpos começam a se fundir.
  • 8:30 - 8:34
    O sistema circulatório deles se entrelaça,
  • 8:34 - 8:38
    e todos os órgãos internos
    dele começam a se dissolver,
  • 8:39 - 8:41
    exceto por...
  • 8:41 - 8:43
    seus testículos.
  • 8:43 - 8:45
    (Risos)
  • 8:45 - 8:49
    Seus testículos amadurecem normalmente
    e começam a produzir esperma.
  • 8:50 - 8:51
    No fim, ele vira praticamente
  • 8:51 - 8:56
    uma fábrica anexa permanente de esperma,
    sob demanda, para a fêmea.
  • 8:56 - 8:58
    (Risos)
  • 8:58 - 9:00
    É um sistema muito eficiente,
  • 9:00 - 9:01
    (Risos)
  • 9:01 - 9:06
    mas não é o tipo de acasalamento
    que se vê numa fazenda, né?
  • 9:06 - 9:09
    Quero dizer, é esquisito;
    realmente muito estranho.
  • 9:09 - 9:11
    Mas, se não soubermos
    que esse tipo de estratégia existe,
  • 9:11 - 9:13
    ou como funciona,
  • 9:13 - 9:16
    não podemos saber que tipo de impacto
    podemos estar provocando,
  • 9:16 - 9:18
    até mesmo no fundo do mar.
  • 9:18 - 9:22
    Três anos atrás, descobrimos
    uma nova espécie de polvo das profundezas
  • 9:22 - 9:26
    em que as fêmeas colocam seus ovos
    em esponjas grudadas em pedras
  • 9:26 - 9:29
    que ficam a mais de 4 km de profundidade.
  • 9:30 - 9:32
    Essas rochas contêm minerais raros,
  • 9:32 - 9:35
    e agora há empresas
    construindo escavadeiras
  • 9:35 - 9:39
    capazes de minerar o fundo do mar
    para extrair essas pedras,
  • 9:40 - 9:42
    mas as escavadeiras vão raspar
  • 9:42 - 9:46
    todas as esponjas
    e, com elas, todos os ovos.
  • 9:46 - 9:50
    Cientes ou não disso,
  • 9:50 - 9:54
    estamos impedindo o sexo
    e a reprodução no fundo do mar.
  • 9:54 - 9:58
    E, cá pra nós, se namorar
    e acasalar já não é fácil,
  • 9:58 - 10:01
    imaginem com alguém vindo
    e interrompendo o tempo todo, né?
  • 10:01 - 10:02
    Todo mundo sabe como é.
  • 10:02 - 10:05
    Então, hoje, além de esperar
    que saiam daqui
  • 10:05 - 10:09
    com ótimos subsídios para conversa de bar
    sofre a vida sexual dos peixes,
  • 10:09 - 10:11
    (Risos)
  • 10:11 - 10:14
    também gostaria de pedir o seguinte:
  • 10:15 - 10:20
    estamos muito mais conectados
    ao oceano do que imaginamos,
  • 10:20 - 10:23
    não importa onde vivemos.
  • 10:23 - 10:29
    E esse nível de intimidade requer
    um novo relacionamento com o oceano.
  • 10:29 - 10:34
    Um que reconheça e respeite
    a enorme diversidade da vida
  • 10:34 - 10:36
    e suas limitações.
  • 10:37 - 10:41
    Não podemos mais pensar nos oceanos
    simplesmente como algo distante,
  • 10:41 - 10:45
    porque todos os dias dependemos deles
    para a segurança de nossa comida,
  • 10:45 - 10:49
    nossa saúde e bem-estar, e para respirar.
  • 10:52 - 10:54
    Por ser um relacionamento de mão dupla,
  • 10:55 - 10:57
    os oceanos somente poderão
    continuar a prover para nós
  • 10:57 - 11:02
    se, em retorno, resguardarmos
    esta força fundamental da vida no mar:
  • 11:02 - 11:04
    sexo e reprodução.
  • 11:05 - 11:07
    Assim, como em qualquer relacionamento,
  • 11:07 - 11:10
    temos de adotar mudanças
    para que a parceria funcione.
  • 11:12 - 11:14
    Da próxima vez que pensarem
    em comer frutos do mar,
  • 11:14 - 11:17
    prefiram pesca sustentável
    ou espécies criadas em cativeiro
  • 11:18 - 11:20
    que sejam locais e de um nível baixo
    na cadeia alimentar.
  • 11:20 - 11:26
    Animais como ostras, mariscos,
    mexilhões e peixinhos como cavala.
  • 11:26 - 11:28
    Todos eles se reproduzem loucamente
  • 11:28 - 11:32
    e, com bom manejo,
    resistem bem à pressão pesqueira.
  • 11:32 - 11:35
    Também podemos repensar
    o que usamos para tomar banho,
  • 11:35 - 11:38
    limpar a casa e cuidar de nossos gramados.
  • 11:38 - 11:41
    Todos esses produtos químicos
    acabam sendo levados para o mar
  • 11:41 - 11:44
    e atrapalham a química natural do oceano.
  • 11:45 - 11:49
    A indústria também tem de fazer seu papel
    e adotar uma abordagem preventiva,
  • 11:49 - 11:53
    protegendo a atividade sexual
    onde sabemos que ela existe
  • 11:53 - 11:56
    e evitando danos nos casos
    em que não sabemos o suficiente,
  • 11:56 - 11:59
    como no mar profundo.
  • 11:59 - 12:01
    E, nas comunidades onde vivemos,
  • 12:01 - 12:06
    nos lugares onde trabalhamos
    e no país em que votamos,
  • 12:06 - 12:11
    temos de ter atitudes corajosas
    sobre a mudança climática agora.
  • 12:11 - 12:12
    Plateia: Isso!
  • 12:12 - 12:15
    (Aplausos) (Vivas)
  • 12:19 - 12:23
    Nunca foi tão importante e possível
  • 12:23 - 12:26
    lutar pelas soluções
    que sabemos que ainda existem.
  • 12:26 - 12:28
    Mas o tempo está correndo
  • 12:29 - 12:32
    para a sedução da lagosta,
    os parceiros de sexo nos corais
  • 12:32 - 12:34
    e tantos outros animais
  • 12:34 - 12:40
    que dependem da temperatura e da química
    certa para um bom desempenho sexual.
  • 12:41 - 12:46
    Sei que às vezes esse problema
    parece tão vasto quanto o oceano,
  • 12:46 - 12:50
    mas, lembrem-se,
    a natureza está do nosso lado:
  • 12:50 - 12:53
    os animais querem se reproduzir.
  • 12:53 - 12:56
    Na verdade, chegamos a descobrir
    alguns tubarões e arraias fêmeas
  • 12:56 - 12:58
    que, quando não conseguem
    encontrar um macho,
  • 12:58 - 13:01
    elas se reproduzem sozinhas.
  • 13:01 - 13:03
    É o nascimento virginal na vida real.
  • 13:03 - 13:05
    Fascinante.
  • 13:05 - 13:09
    Infelizmente, essa estratégia
    não salva as espécies a longo prazo.
  • 13:09 - 13:13
    O sexo entre machos e fêmeas
    é necessário para a diversidade genética,
  • 13:13 - 13:17
    mas essa tática ganha tempo
    para aumentar a população.
  • 13:17 - 13:19
    E isso mostra que no mar
  • 13:20 - 13:23
    a reprodução e o sexo
    são realmente uma força da natureza.
  • 13:23 - 13:26
    E os animais estão fazendo sua parte.
  • 13:26 - 13:29
    Imaginem se fizéssemos a nossa
  • 13:29 - 13:33
    e trabalhássemos com essa força
    em vez de irmos contra ela.
  • 13:33 - 13:37
    Podemos ajudar a criar
    o ambiente e depois nos afastar
  • 13:37 - 13:42
    e permitir às gerações de peixe
    e da vida marinha
  • 13:42 - 13:44
    de hoje, amanhã e do futuro
  • 13:44 - 13:47
    a liberdade de fazer o que fazem melhor,
  • 13:47 - 13:49
    que é transar!
  • 13:49 - 13:50
    (Risos)
  • 13:50 - 13:52
    Obrigada.
  • 13:52 - 13:54
    (Aplausos) (Vivas)
Title:
A vida sexual dos peixes é mais estranha do que imaginamos | Marah J. Hardt | TEDxMileHigh
Description:

Você já se pegou imaginando como os peixes fazem sexo? Aperte os cintos para uma jornada insana pela vida sexual de tudo quanto há no oceano, das lagostas ao peixe-pescador-das-profundezas. Nesta palestra hilária, a bióloga marinha Marah J. Hardt explica por que o sexo no mar é importante; como nós, humanos, o estamos impactando, e o que podemos fazer para proteger nossos oceanos e as futuras gerações de peixes.

Aos 17 anos de idade, Marah J. Hardt largou o ensino médio para estudar tubarões nas Bahamas. Lá, ela percebeu que nossos oceanos enfrentam sérios desafios e que os cientistas, em geral, não sabem muito bem como comunicar essas questões para o público, o que acabou inspirando sua carreira em conservação e comunicação marinha. Ela concluiu o doutorado em ciência marinha na Scripps Institution of Oceanography e está trabalhando em soluções para a sobrepesca, a mudança climática e a crise dos recifes de corais. Ela é fundadora e CEO de OceanInk e diretora de descoberta de The Future of Fish. Ela também é autora do livro "Sex in the Sea".

Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferênciaTED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais visite http://ted.com/tedx

more » « less
Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
14:07

Portuguese, Brazilian subtitles

Revisions