A inclusão na palma das mãos | Elaine Vilela & Marcos Assunção | TEDxDanteAlighieriSchool
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0:14 - 0:17Marcos Assunção: Bom dia!
Elaine Vilela: Bom dia! -
0:17 - 0:20MA: Eu gostaria que vocês
prestassem atenção nesta imagem. -
0:21 - 0:23(Canto de pássaro)
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0:23 - 0:25Bonita né?
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0:25 - 0:27E se ela ficasse desta forma?
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0:28 - 0:29(Silêncio)
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0:31 - 0:33Continua bonita, né?
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0:33 - 0:35Agora, se ela ficasse desta forma?
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0:38 - 0:41É sobre isso que nós viemos
falar hoje, sobre a surdocegueira. -
0:42 - 0:47EV: Uma pessoa surdocega
é a pessoa que não ouve e não vê. -
0:49 - 0:52Nós temos cinco sentidos
e são como se fossem janelas -
0:52 - 0:54que é por onde nós nos comunicamos
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0:54 - 0:57e nós interagimos
com o mundo que nos rodeia. -
0:57 - 0:59Imaginem vocês
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0:59 - 1:02que essas duas janelas estão trancadas.
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1:04 - 1:07MA: Mas antes nós vamos
falar sobre Libras. -
1:07 - 1:12Libras é a língua brasileira de sinais,
utilizada pelos surdos na comunicação. -
1:13 - 1:17Ela é a segunda língua do Brasil
e possui três características: -
1:17 - 1:19gramática, sintática e morfológica.
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1:19 - 1:21Por isso ela é uma língua.
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1:21 - 1:25EV: Vocês lembram daquela janelinha
que fica assim no cantinho da televisão? -
1:25 - 1:29Nas propagandas políticas,
em pronunciamentos oficiais? -
1:29 - 1:31Naquela janelinha,
nós temos um intérprete. -
1:31 - 1:35Ele faz a transposição do português
para a língua de sinais. -
1:37 - 1:41MA: No mundo, cada país possui
a sua própria língua de sinais. -
1:41 - 1:45Aqui no Brasil, Libras,
língua brasileira de sinais. -
1:45 - 1:48Nos Estados Unidos, por exemplo,
língua norte-americana de sinais. -
1:48 - 1:51Na França, língua francesa de sinais.
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1:51 - 1:52Todas diferentes.
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1:53 - 1:57Mas vocês lembram quando a Elaine
tinha falado sobre as janelas? -
1:58 - 2:02A comunicação, ela quebra essas janelas,
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2:02 - 2:06ela abre as janelas
pra que a luz possa entrar, -
2:06 - 2:10e a comunicação possa abrir portas.
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2:11 - 2:15EV: "As melhores e mais belas
coisas do mundo -
2:15 - 2:18não podem ser vistas ou tocadas,
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2:18 - 2:22mas elas devem ser
sentidas com o coração". -
2:22 - 2:25Quem disse isso? Helen Keller.
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2:25 - 2:28Helen Keller foi uma surdocega americana
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2:28 - 2:30que ficou surdocega
aos dois anos de idade. -
2:31 - 2:37E, a partir daí, ela viveu em um mundo
de profunda escuridão e silêncio. -
2:37 - 2:39Até que um dia, aos sete anos de idade,
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2:39 - 2:44chegou até ela uma professora
chamada Anne Sullivan. -
2:44 - 2:51Essa professora trouxe pra Helen
a linguagem e a comunicação. -
2:51 - 2:55E a partir daí a vida
da Helen foi iluminada, -
2:55 - 3:00e ela conseguiu transpor
aquelas barreiras que a impediam. -
3:00 - 3:03Helen conseguiu aprender 4 idiomas
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3:03 - 3:08e escreveu 14 livros que foram traduzidos
pra vários idiomas em todo planeta. -
3:09 - 3:11Mas e aqui no Brasil?
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3:12 - 3:14MA: Aqui no Brasil, segundo pesquisas,
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3:14 - 3:21nós temos cerca de 2,8 mil surdocegos
matriculados no ensino regular. -
3:21 - 3:24Só que nós sabemos
que tem muitos surdocegos -
3:24 - 3:28que não têm acesso à socialização
e nem às formas de comunicação. -
3:29 - 3:33EV: Uma das formas de comunicação
na surdocegueira é a Libras Tátil. -
3:33 - 3:35Vocês lembram da Libras
que nós mostramos? -
3:35 - 3:40É a mesma Libras só que adaptada
pro tato do surdocego. -
3:41 - 3:43MA: Então, vou dar um exemplo.
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3:43 - 3:46Em Libras nós utilizamos
o sinal de "tudo bem" assim: -
3:46 - 3:49Tudo bem? Tudo bem?
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3:49 - 3:51Esse é o sinal em Libras
que nós utilizamos pra tudo bem. -
3:51 - 3:54Mas como nós faríamos
isso com o surdocego? -
3:54 - 4:00Então, o surdocego tateia a nossa mão
e ele vai sentir os nossos sinais. -
4:01 - 4:04Tudo bem? Tudo bem?
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4:05 - 4:10EV: Outra forma de comunicação também
dentro da surdocegueira é o Tadoma. -
4:10 - 4:12Como acontece essa comunicação?
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4:12 - 4:18O surdocego posiciona a mão dele
sobre a face de quem está falando, -
4:18 - 4:23e é a partir daí, pelas cordas vocais
e também pela articulação dos lábios, -
4:23 - 4:26que ele consegue compreender
o que está sendo falado. -
4:27 - 4:33MA: Um exemplo: o surdocego, ele toca
aqui, aí a Elaine vai falar uma frase. -
4:34 - 4:36EV: Olá, tudo bem?
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4:37 - 4:43MA: Aqui o surdocego pode perceber
através das vibrações das cordas vocais. -
4:43 - 4:46EV: Outra forma de comunicação
utilizada também na surdocegueira -
4:46 - 4:49é uma que todos vocês podem utilizar.
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4:49 - 4:51Ela se chama grafestesia.
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4:51 - 4:57É uma técnica de escrita na palma da mão,
e o dedo é como se fosse o lápis. -
4:57 - 5:02Então você escreve na palma da mão
em letra maiúscula e bastão. -
5:02 - 5:06MA: Então, vou dar um exemplo pra vocês.
Eu vou escrever a palavra "surdocego". -
5:06 - 5:10Lembrando que surdocego
e surdocegueira é uma única deficiência, -
5:10 - 5:13então nós escrevemos tudo junto, OK?
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5:13 - 5:17Então, eu preciso escrever de forma clara
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5:17 - 5:20e com letra maiúscula.
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5:20 - 5:22Só não pode ser letra feia.
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5:22 - 5:23(Risos)
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5:23 - 5:25Então, "surdocego":
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5:26 - 5:27"S"
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5:28 - 5:29"U"
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5:31 - 5:32"R"
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5:34 - 5:35"D"
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5:37 - 5:38"O"
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5:40 - 5:41"C"
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5:44 - 5:45"E"
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5:47 - 5:48"G"
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5:50 - 5:51"O"
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5:51 - 5:52"Surdocego."
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5:53 - 5:56EV: Outra forma de comunicação
que nós utilizamos, -
5:56 - 5:59e essa completa as outras
formas de comunicação, -
5:59 - 6:04e essa é a que eu acho a mais fascinante
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6:04 - 6:06porque, no momento
em que nós tocamos o surdocego, -
6:06 - 6:09nós também somos tocados por ele.
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6:09 - 6:13Nessa forma de comunicação,
são necessários dois guias-intérpretes: -
6:13 - 6:16um guia-intérprete
de frente para o surdocego, -
6:16 - 6:19e outro intérprete
nas costas do surdocego. -
6:19 - 6:24Essa comunicação, ela demonstra coisas
que não dá para fazer nas libras táteis. -
6:24 - 6:26Por exemplo, o Marcos fez: "Tudo bem?"
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6:27 - 6:29Com o surdocego segurando a mão.
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6:30 - 6:31MA: Tudo bem?
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6:31 - 6:34EV: Mas qual é a expressão?
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6:34 - 6:37Ele está perguntando,
está respondendo, como que é? -
6:37 - 6:40Quando a gente pergunta
"tudo bem?", como que é? -
6:40 - 6:41Tudo bem?
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6:41 - 6:42Está perguntando.
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6:42 - 6:44E se você responde que está bem?
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6:44 - 6:46Tudo bem.
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6:46 - 6:48E se não está nada bem?
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6:48 - 6:49Tudo bem.
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6:49 - 6:51Ou se estiver mais ou menos?
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6:51 - 6:53Tudo bem.
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6:53 - 6:55Como que o surdocego vai saber?
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6:55 - 6:57Ele não está vendo a expressão.
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6:57 - 6:59Então a comunicação háptica,
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6:59 - 7:04desta forma, ela completa a comunicação
que o surdocego já utiliza. -
7:04 - 7:07Eu vou mostrar pra vocês aqui nas costas
do Marcos como que acontece. -
7:07 - 7:12Se o guia-intérprete que está na frente do
surdocego estiver com uma expressão feliz, -
7:12 - 7:15nós vamos fazer aqui
um sorriso, este sinal. -
7:16 - 7:20Se o guia-intérprete
está com uma expressão triste, -
7:20 - 7:23nós vamos realizar este sinal.
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7:23 - 7:25E se ele está sério?
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7:25 - 7:28Nós fazemos este sinal.
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7:28 - 7:30E se ele está fazendo uma pergunta?
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7:31 - 7:35Nós realizamos este sinal
de ponto de interrogação. -
7:36 - 7:39Então é uma forma que completa
a comunicação do surdocego. -
7:39 - 7:42Outra coisa também muito importante:
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7:42 - 7:45como o surdocego sabe
o espaço que está rodeando ele? -
7:46 - 7:49Então nós vemos,
dentro da comunicação háptica, -
7:49 - 7:51o mapeamento do corpo
-
7:51 - 7:55que ajuda na orientação
e na mobilidade do surdocego. -
7:55 - 7:58Este espaço que nós estamos aqui,
se nós tivéssemos um surdocego aqui hoje, -
7:58 - 8:02como nós mostraríamos pra ele
o espaço em que ele está inserido? -
8:02 - 8:03Desta forma nós faríamos assim:
-
8:03 - 8:06nós faríamos o mapeamento no corpo dele.
-
8:06 - 8:09Então nós faríamos aqui um espaço
-
8:11 - 8:13faríamos aqui o palco,
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8:14 - 8:17a tela aqui na frente,
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8:20 - 8:23aqui nós faríamos as cadeiras.
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8:23 - 8:25Nós não temos um corredorzinho
entre as cadeiras? -
8:25 - 8:28Então nós vamos fazer aqui o corredor
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8:28 - 8:33e aqui do lado ó, as cadeiras,
onde vocês estão sentados. -
8:34 - 8:37Então se é aqui que ele está sentado,
nós vamos mostrar: -
8:37 - 8:38você está sentado aqui.
-
8:39 - 8:45Então, essa é a forma como nós
nos comunicamos de maneira completa -
8:45 - 8:48pra mostrar pra ele,
da melhor maneira possível, -
8:48 - 8:49o espaço onde ele está,
-
8:49 - 8:51qual é a expressão das pessoas;
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8:51 - 8:57são comunicações que, pela libras tátil,
ele não consegue identificar. -
8:58 - 9:01MA: Essa comunicação,
ela é muito importante pro surdocego -
9:01 - 9:03pra que possa ser completa.
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9:03 - 9:09Mas quantos grupos existem
de guias-intérpretes -
9:09 - 9:12que são capacitados
com a comunicação háptica? -
9:13 - 9:14Como é a divulgação?
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9:14 - 9:18Quantos grupos vocês acham que divulgam
esse trabalho de comunicação háptica -
9:18 - 9:19aqui no Brasil?
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9:21 - 9:25Aqui no Brasil nós temos apenas
um único grupo de comunicação háptica. -
9:25 - 9:28Um único grupo que divulga
todo esse trabalho. -
9:28 - 9:31E agora, nós temos um desafio pra vocês.
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9:31 - 9:36Nesse desafio, vocês vão vivenciar
um pouco como é a surdocegueira. -
9:37 - 9:39EV: Então, agora
nós vamos fazer o seguinte: -
9:39 - 9:41você vai pegar a pessoa
que está do seu lado... -
9:41 - 9:43Pega a pessoa que está do lado.
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9:43 - 9:45Pegou?
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9:46 - 9:51Essa pessoa que você pegou
vai ser surdocego por um dia. -
9:51 - 9:54E você será guia-intérprete por um dia.
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9:55 - 9:59Quem for o surdocego,
agora, vai fechar os olhos. -
9:59 - 10:01Mas não vale olhar, hein, gente!
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10:01 - 10:06Fecha o olho bem apertadinho,
e nós precisamos de silêncio! -
10:06 - 10:12MA: É muito importante nós só ouvirmos
a nossa respiração, tudo bem? -
10:12 - 10:15Silêncio absoluto
pra essa dinâmica, tudo bem? -
10:18 - 10:22Então, agora quem é o surdocego
pode fechar os olhos. -
10:23 - 10:24Nós vamos projetar aqui,
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10:24 - 10:29vocês vão mapear nas costas do surdocego
uma imagem que vai ser projetada aqui. -
10:29 - 10:33EV: Isso! Só vem um pouquinho
pra frente quem é o surdocego. -
10:33 - 10:34Só um pouquinho para frente
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10:34 - 10:40pra você tentar sentir o desenho que vai
ser mapeado nas suas costas, está bom? -
10:41 - 10:43MA: Pronto?
EV: Pronto? -
10:44 - 10:46EV: Vou fazer junto
com os guias-intérpretes, tá? -
10:46 - 10:48Um treinamento intensivo.
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11:13 - 11:15MA: Conseguiram?
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11:15 - 11:16Guias-intérpretes, conseguiram?
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11:16 - 11:19Surdocegos, conseguiram identificar?
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11:19 - 11:20Podem abrir os olhos.
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11:22 - 11:23(Aplausos)
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11:23 - 11:24Era isso?
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11:25 - 11:26Parabéns!
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11:26 - 11:29Muito bom! Muito bom!
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11:29 - 11:30Agora nós vamos inverter.
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11:30 - 11:33Quem é o surdocego
vai ser o guia-intérprete, -
11:33 - 11:35e o guia-intérprete
vai ser o surdocego, OK? -
11:36 - 11:39EV: Nós vamos inverter os papéis.
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11:40 - 11:41MA: Vamos lá?
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11:41 - 11:46Agora, os guias-intérpretes
peguem a mão dos surdocegos. -
11:47 - 11:48Qualquer uma.
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11:48 - 11:52Nós vamos utilizar a grafestesia, OK?
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11:54 - 11:59EV: Quem for surdocego agora
vai fechar o olho bem fechadinho, -
11:59 - 12:01e silêncio total
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12:01 - 12:04pra gente conseguir identificar
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12:04 - 12:07o que vai ser escrito
na palma da nossa mão. -
12:07 - 12:08Silêncio total.
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12:11 - 12:12MA: Vamos lá?
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12:13 - 12:15Pode fazer junto comigo.
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12:35 - 12:36Conseguiram?
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12:38 - 12:40Podem abrir os olhos.
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12:40 - 12:41(Aplausos)
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12:41 - 12:42Conseguiram identificar?
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12:49 - 12:50Muito bom!
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12:53 - 12:54Muito bom!
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12:54 - 12:56Agora vocês puderam identificar um pouco
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12:56 - 13:01como é a vivência de um surdocego
nos dias de hoje. -
13:02 - 13:05EV: Nós propomos esse desafio pra vocês
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13:05 - 13:10pra que vocês sentissem um pouquinho
de como que é a vida do surdocego. -
13:11 - 13:13Mas nós sabemos que é muito mais difícil.
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13:13 - 13:17Nós experimentamos
alguns momentos de como seria isso, -
13:17 - 13:19se nós estivéssemos nessa posição.
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13:19 - 13:21E às vezes a gente pensa assim né:
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13:21 - 13:24"Ah, mas eu promovo a inclusão.
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13:24 - 13:27Ah, a gente colocou piso tátil,
já está incluído. -
13:27 - 13:29Colocamos corrimão, está incluído!
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13:29 - 13:34Ah, o banheiro está adaptado.
Está tudo certo. A inclusão está pronta". -
13:35 - 13:36É isso?
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13:37 - 13:38Não é isso.
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13:38 - 13:41Inclusão, ela vai muito além.
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13:41 - 13:43Muito além.
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13:43 - 13:47Porque inclusão é você
se pôr no lugar do outro; -
13:47 - 13:51é você sentir aquilo que o outro sente;
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13:51 - 13:55é você respeitar o outro
como você gostaria de ser respeitado; -
13:55 - 13:59e é você amar o outro
como você gostaria de ser amado. -
14:00 - 14:04Porque a inclusão, ela é possível,
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14:04 - 14:08posso garantir a vocês que ela é possível,
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14:08 - 14:11porque, onde existe a escuridão...
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14:13 - 14:16EV e MA: as mãos podem trazer a luz.
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14:17 - 14:18(Aplausos)
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14:18 - 14:19MA: Obrigado!
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14:19 - 14:22(Aplausos)
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14:22 - 14:23EV: Obrigada.
- Title:
- A inclusão na palma das mãos | Elaine Vilela & Marcos Assunção | TEDxDanteAlighieriSchool
- Description:
-
Com certeza você já ouviu falar em Libras (Língua Brasileira de Sinais), mas e em Libras Tátil? Elaine Vilela e Marcos Ramos mostram que, através da comunicação háptica, a inclusão vai além do que podemos ver por meio da língua de sinais. No TEDxDanteAlighieriSchool, eles falaram sobre a inclusão da palma da mão no desabrochar de uma nova vida através da comunicação háptica.
Elaine Vilela é mestranda em Educação pela UMESP, graduada em Pedagogia com especialização em Tradução e Interpretação Libras/Português e Docência do Ensino Superior. Possui vasta experiência na área de educação com atendimento inclusivo em várias deficiências. Trabalha, atualmente, com pesquisa e atuação em Tradução e Interpretação em Libras Tátil e Comunicação Háptica para Surdocegos.
Marcos Henrique Assunção Ramos está cursando Matemática, é graduado em Gestão Comercial e possui certificado PROLIBRAS (Tradução e Interpretação em Libras). Trabalha, atualmente, como intérprete educacional. Realiza trabalhos sociais inclusivos na área de surdez e surdocegueira, ministra oficinas de Libras do básico ao avançado, utiliza e divulga a Libras Tátil e a Comunicação Háptica.
Esta palestra foi dada em um evento TEDx que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais visite o site http://ted.com/tedx.
- Video Language:
- Portuguese, Brazilian
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDxTalks
- Duration:
- 14:36