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O verdadeiro motivo pelo qual empresárias conseguem menos capital

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    Esta sou eu aos cinco anos,
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    pouco antes de pular nesta piscina
    com água lindamente imóvel.
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    Logo descobri de modo bem desagradável
    que esta piscina está completamente vazia
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    porque a água gelada está quase congelada
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    e literalmente tira o meu fôlego.
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    Apesar de eu saber nadar,
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    não consigo chegar à superfície,
    não importa o quanto eu tente.
  • 0:30 - 0:34
    Foi a última coisa que me lembro
    de tentar fazer antes de desmaiar.
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    O salva-vidas de plantão estava
    conversando com duas garotas
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    quando eu mergulhei,
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    e eu logo afundei,
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    então ele não podia me ver ou me ouvir.
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    Acabei sendo salva por uma garota
    que andava perto da piscina
  • 0:49 - 0:52
    e, por acaso, olhou pra baixo e me viu.
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    A próxima coisa que me lembro
    é da respiração boca a boca
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    e ser levada ao hospital pra determinarem
    a extensão da minha perda cerebral.
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    Se eu estivesse me agitando
    na superfície da água,
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    o salva-vidas teria notado e me salvado.
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    Compartilho essa experiência
    de "quase morte" porque ilustra
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    o quanto as coisas são perigosas
    quando estão logo abaixo da superfície.
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    Hoje estudo preconceito
    de gênero implícito em startups,
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    que considero ser bem mais insidioso
    do que um mero viés evidente
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    por esta mesma razão.
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    Quando vemos ou ouvimos um investidor
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    comportando-se de forma inadequada
    com um empreendedor,
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    ficamos cientes do problema
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    e, pelo menos, temos uma chance
    de fazer algo a respeito.
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    Mas e se houver diferenças sutis
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    nas interações entre investidores
    e empreendedores
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    que podem afetar os resultados delas,
  • 1:47 - 1:50
    diferenças das quais não estamos cientes,
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    que não podemos ver ou ouvir diretamente?
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    Antes de estudar startups
    na Escola de Negócios da Columbia,
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    passei cinco anos levantando
    dinheiro para minha própria startup.
  • 2:02 - 2:06
    Lembro-me de constantemente
    correr atrás de potenciais investidores
  • 2:06 - 2:09
    enquanto tentava
    gerenciar meu negócio real.
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    Chegou a um ponto que brinquei
    que tinha tentado persuadir relutantemente
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    cada membro da família,
    amigo, colega, investidor-anjo
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    e capitalista de risco
    neste lado do Mississippi.
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    Bem, no processo de falar
    com todos esses investidores,
  • 2:21 - 2:24
    notei que algo interessante acontecia.
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    A mim faziam perguntas bem diferentes
    daquelas que faziam ao meu cofundador.
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    Perguntavam-me sobre tudo que poderia
    dar errado com o empreendimento
  • 2:31 - 2:34
    e induzir a perdas dos investidores,
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    enquanto a ele perguntavam sobre
    o potencial de sucesso do empreendimento
  • 2:37 - 2:40
    para maximizar ganhos dos investidores;
  • 2:40 - 2:43
    essencialmente tudo que poderia
    dar certo com o empreendimento.
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    Perguntavam a ele quantos
    novos clientes íamos conseguir,
  • 2:46 - 2:50
    enquanto pra mim perguntavam o que
    faríamos para manter os que já tínhamos.
  • 2:50 - 2:53
    Como CEO da empresa,
    achei aquilo bastante estranho.
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    Na verdade, senti como se estivesse
    tomando pílulas para malucos.
  • 2:57 - 2:59
    Mas, por fim, pensei e concluí
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    que talvez aquilo tinha a ver
    com o modo como me apresento,
  • 3:02 - 3:05
    ou que era algo único pra minha startup.
  • 3:06 - 3:09
    Bem, anos depois tomei a difícil
    decisão de deixar minha startup
  • 3:09 - 3:13
    para perseguir o sonho de uma vida
    de obter meu doutorado.
  • 3:13 - 3:17
    Na Columbia aprendi
    sobre uma teoria psicossocial
  • 3:18 - 3:22
    criada pelo professor Tory Higgins
    chamada de "foco regulatório",
  • 3:22 - 3:26
    que diferencia entre duas
    orientações motivacionais distintas
  • 3:26 - 3:28
    de promoção e prevenção.
  • 3:28 - 3:31
    Um foco de promoção se preocupa com ganhos
  • 3:31 - 3:35
    e enfatiza esperanças, realizações
    e as necessidades de avanço,
  • 3:35 - 3:38
    enquanto um foco de prevenção
    se preocupa com perdas
  • 3:38 - 3:41
    e enfatiza a segurança,
    responsabilidade e proteção.
  • 3:42 - 3:45
    Como o melhor cenário
    para um foco de prevenção
  • 3:45 - 3:48
    é simplesmente manter o status quo,
  • 3:48 - 3:52
    isso nos faz esperar simplesmente
    para nos mantermos à tona,
  • 3:52 - 3:57
    enquanto um foco de promoção
    nos faz nadar na direção correta.
  • 3:57 - 4:01
    É só uma questão da distância
    que podemos avançar.
  • 4:01 - 4:05
    Tive meu momento de clareza
    quando me ocorreu
  • 4:05 - 4:06
    que esse conceito de promoção
  • 4:06 - 4:10
    se assemelhava muito às perguntas
    feitas ao meu cofundador,
  • 4:10 - 4:14
    enquanto que o da prevenção se assemelhava
    às perguntas feitas a mim.
  • 4:14 - 4:16
    Como estudiosa do empreendedorismo,
  • 4:16 - 4:19
    comecei a pesquisar a fundo
    sobre o financiamento de startups
  • 4:19 - 4:21
    e descobri que há uma enorme lacuna
  • 4:21 - 4:25
    entre o financiamento que os fundadores
    e fundadoras das starups conseguem.
  • 4:26 - 4:31
    Embora as mulheres tenham fundado
    38% das empresas nos EUA,
  • 4:32 - 4:35
    elas só recebem 2%
    do financiamento de capital de risco.
  • 4:36 - 4:38
    Então comecei a pensar:
  • 4:38 - 4:42
    e se essa lacuna de financiamento não for
    devida a qualquer diferença fundamental
  • 4:42 - 4:44
    nos negócios iniciados
    por homens e mulheres?
  • 4:45 - 4:48
    E se as mulheres recebem
    menos recursos que os homens
  • 4:48 - 4:51
    devido a uma simples diferença
    nas perguntas sendo feitas a todos eles?
  • 4:52 - 4:55
    Afinal de contas, quando se trata
    de financiamento de capital de risco,
  • 4:55 - 4:59
    empresários devem convencer investidores
    do potencial de sucesso da startup deles.
  • 4:59 - 5:03
    Não basta só demonstrar que não vai perder
    o dinheiro de seus investidores.
  • 5:03 - 5:07
    Faz sentido que as mulheres estariam
    recebendo menos financiamento
  • 5:07 - 5:09
    que os homens se elas estão engajadas
  • 5:09 - 5:13
    na prevenção em vez de em diálogos
    orientados para a promoção.
  • 5:13 - 5:15
    Bem, tive a oportunidade
    de testar essa hipótese
  • 5:15 - 5:20
    em empresas com qualidades e necessidades
    de financiamento semelhantes todos os anos
  • 5:20 - 5:24
    na competição por financiamento
    conhecida como TechCrunch Disrupt
  • 5:24 - 5:27
    que a Startup Battlefield
    tem realizado na cidade de Nova York
  • 5:27 - 5:29
    desde a sua criação, em 2010.
  • 5:30 - 5:34
    O TechCrunch é considerado o lugar ideal
    para o lançamento de novas empresas,
  • 5:34 - 5:39
    com os participantes, incluindo startups
    que desde então se tornaram conhecidas,
  • 5:39 - 5:40
    como Dropbox, Fitbit e Mint,
  • 5:41 - 5:44
    apresentando-se a alguns dos capitalistas
    de risco mais proeminentes do mundo.
  • 5:44 - 5:48
    Apesar da comparabilidade
    de empresas na minha amostra,
  • 5:48 - 5:52
    startups lideradas por homens continuaram
    a levantar cinco vezes mais financiamento
  • 5:52 - 5:54
    do que as lideradas por mulheres.
  • 5:54 - 5:58
    Isso me deixou especialmente curiosa para
    ver o que rege essa disparidade de gênero.
  • 5:59 - 6:01
    Levei um tempo,
  • 6:01 - 6:05
    mas tenho os vídeos das apresentações
    e as sessões de pergunta/resposta
  • 6:05 - 6:08
    do TechCrunch que mandei transcrever.
  • 6:09 - 6:10
    Primeiramente analisei as transcrições
  • 6:10 - 6:14
    carregando um dicionário de termos
    focados em regulamentação
  • 6:14 - 6:18
    no Linguistic Inquiry e o software
    Word Count chamado LIWC.
  • 6:18 - 6:21
    Este software LIWC gerou as frequências
  • 6:21 - 6:25
    das palavras promoção
    e prevenção no texto transcrito.
  • 6:25 - 6:26
    Como segundo método,
  • 6:26 - 6:30
    solicitei a codificação manual de cada uma
    das perguntas e respostas
  • 6:30 - 6:34
    pelo Laboratório de Pesquisa
    Tory Higgins, da Columbia.
  • 6:35 - 6:37
    Independentemente do tópico em questão,
  • 6:37 - 6:41
    uma intenção pode ser enquadrada
    na promoção ou prevenção.
  • 6:41 - 6:44
    Vou usar esse tópico dos clientes
    que mencionei brevemente antes.
  • 6:45 - 6:47
    Uma pergunta codificada
    de promoção seria assim:
  • 6:47 - 6:51
    "Quantos novos clientes
    você pretende conquistar este ano?"
  • 6:51 - 6:53
    Enquanto uma pergunta
    codificada de prevenção seria:
  • 6:53 - 6:56
    "Como você planeja manter
    seus clientes existentes?"
  • 6:57 - 6:59
    Durante o mesmo tempo,
  • 6:59 - 7:01
    também reuni informações básicas
  • 7:01 - 7:05
    das startups e empreendedores que podem
    afetar seus resultados financeiros,
  • 7:05 - 7:08
    como idade, qualidade e necessidades
    de financiamento da startup,
  • 7:08 - 7:10
    e a experiência passada do empreendedor,
  • 7:10 - 7:15
    assim poderia usar esses pontos de dados
    como controles na minha análise.
  • 7:15 - 7:17
    A primeira coisa que encontrei
  • 7:17 - 7:22
    é que não há diferença no modo como
    empresários apresentam a empresa deles.
  • 7:22 - 7:25
    Em outras palavras,
    tanto empresários quanto empresárias
  • 7:25 - 7:28
    usam graus semelhantes de linguagem
    de promoção e de prevenção
  • 7:28 - 7:30
    na apresentação da empresa deles.
  • 7:30 - 7:33
    Então, tendo descartado essa diferença
    quanto ao empreendedor,
  • 7:33 - 7:35
    passei então a examinar o investidor,
  • 7:35 - 7:38
    analisando os seis minutos
    de sessões de perguntas e respostas
  • 7:38 - 7:42
    que empresários engajaram com
    capitalistas de risco após a apresentação.
  • 7:42 - 7:45
    Ao examinar quase 2 mil perguntas
  • 7:45 - 7:48
    e respostas correspondentes
    nessas conversas,
  • 7:49 - 7:52
    meus dois métodos mostraram
    um apoio significativo
  • 7:52 - 7:56
    ao fato de que aos empresários
    fazem perguntas de promoção
  • 7:56 - 7:59
    e às empresárias fazem
    perguntas de prevenção.
  • 8:01 - 8:05
    Na verdade, um gritante 67%
    das questões feitas
  • 8:05 - 8:08
    para empresários focavam a promoção,
  • 8:08 - 8:12
    enquanto que 66% das perguntas feitas
    às empresárias focavam a prevenção.
  • 8:13 - 8:15
    O que é especialmente interessante
  • 8:15 - 8:19
    é que eu esperava
    que investidoras de risco
  • 8:19 - 8:23
    se comportariam de forma
    semelhante aos investidores de risco.
  • 8:24 - 8:28
    Dada a sua prevalência na mídia popular
    e na literatura de financiamento de risco,
  • 8:28 - 8:32
    eu esperava que a teoria de homofilia da
    "farinha-do-mesmo-saco" aconteceria aqui,
  • 8:32 - 8:35
    ou seja, que os capitalistas de risco
    favoreceriam os empresários
  • 8:35 - 8:37
    com perguntas de promoção
  • 8:37 - 8:41
    e as capitalistas de risco fariam
    o mesmo pelas empresárias.
  • 8:42 - 8:44
    Mas, em vez disso,
    capitalistas de risco de ambos os sexos
  • 8:44 - 8:47
    mostraram o mesmo
    preconceito implícito de gênero
  • 8:47 - 8:51
    manifestados no foco regulatório
    das perguntas que fizeram
  • 8:51 - 8:53
    para candidatos versus candidatas.
  • 8:53 - 8:57
    Então, as capitalistas de risco fizeram
    perguntas de promoção a empresários
  • 8:58 - 9:01
    e depois se dirigiram às empresárias
    e fizeram perguntas de prevenção,
  • 9:01 - 9:04
    semelhante aos capitalistas de risco.
  • 9:04 - 9:08
    Considerando-se o fato de que
    capitalistas de risco de ambos os sexos
  • 9:08 - 9:11
    mostram esse viés de gênero implícito,
  • 9:11 - 9:15
    qual efeito, se é que algum, isso tem
    nos resultados do financiamento inicial?
  • 9:15 - 9:19
    Minha pesquisa mostra
    que tem um efeito significativo.
  • 9:19 - 9:22
    O foco regulatório
    das perguntas dos investidores
  • 9:22 - 9:25
    não apenas previu que as startups
    desempenhariam muito bem
  • 9:26 - 9:28
    nas competições do TechCrunch Disrupt,
  • 9:28 - 9:33
    mas também quanto financiamento elas
    passaram a levantar no mercado aberto.
  • 9:34 - 9:37
    As startups às quais foram perguntadas
    questões predominantemente de promoção
  • 9:37 - 9:40
    passaram a levantar
    sete vezes mais financiamento
  • 9:40 - 9:43
    que aquelas às quais foram feitas
    perguntas de prevenção.
  • 9:43 - 9:45
    Mas eu não parei por aí.
  • 9:45 - 9:49
    Passei a analisar as respostas
    dos empresários a essas perguntas,
  • 9:50 - 9:54
    e descobri que empresários
    estão aptos a responder de acordo
  • 9:54 - 9:55
    às perguntas que faziam a eles,
  • 9:55 - 9:58
    ou seja, uma pergunta de promoção
    gera uma resposta de promoção
  • 9:58 - 10:02
    e uma pergunta de prevenção
    gera uma resposta de prevenção.
  • 10:02 - 10:05
    Isso pode fazer sentido intuitivo
    para todos nós aqui,
  • 10:05 - 10:10
    mas traz algumas consequências infelizes
    neste contexto de financiamento de risco.
  • 10:11 - 10:12
    O que acaba acontecendo
  • 10:12 - 10:15
    é que pergunta-se a um empresário
    uma questão de promoção
  • 10:15 - 10:19
    concedendo a ele o luxo
    de reforçar sua associação
  • 10:19 - 10:23
    com o domínio favorável de ganhos
    respondendo de acordo,
  • 10:23 - 10:27
    enquanto que pergunta-se a uma empresária
    uma questão de prevenção
  • 10:27 - 10:29
    e, inadvertidamente,
    agrava-se a associação dela
  • 10:29 - 10:33
    com o domínio desfavorável
    de perdas ao fazer isso.
  • 10:34 - 10:38
    Essas respostas desencadeiam perguntas
    tendenciosas subsequentes dos investidores
  • 10:38 - 10:42
    e as perguntas e respostas coletivamente
    alimentam um ciclo de viés
  • 10:42 - 10:45
    que meramente perpetua
    a disparidade de gênero.
  • 10:45 - 10:47
    Bem deprimente, não?
  • 10:48 - 10:51
    Felizmente, há um lado bom
    para as minhas descobertas.
  • 10:52 - 10:56
    Aqueles empresários corajosos
    que conseguiram mudar o foco
  • 10:56 - 11:00
    respondendo a perguntas de prevenção
    com respostas de promoção
  • 11:00 - 11:03
    passaram a levantar
    14 vezes mais financiamento
  • 11:03 - 11:05
    que aqueles que responderam
    a questões de prevenção
  • 11:05 - 11:07
    com respostas de prevenção.
  • 11:07 - 11:10
    Então, isso significa
    que se fizerem uma pergunta a você
  • 11:10 - 11:13
    quanto a defender a quota
    de mercado de sua startup,
  • 11:13 - 11:16
    você se sairia melhor
    se enquadrasse a sua resposta
  • 11:16 - 11:20
    baseado no tamanho e potencial
    de crescimento do negócio como um todo
  • 11:20 - 11:24
    em vez de como simplesmente planeja
    proteger uma parcela desse negócio.
  • 11:24 - 11:26
    Então, se me fizerem essa pergunta,
  • 11:26 - 11:27
    eu diria:
  • 11:27 - 11:30
    "Competimos num mercado
    tão grande e em rápido crescimento
  • 11:30 - 11:33
    que isso obrigatoriamente
    atrairá novos participantes.
  • 11:33 - 11:36
    Planejamos participar
    cada vez mais neste mercado
  • 11:36 - 11:38
    alavancando as vantagens únicas
    da nossa startup".
  • 11:38 - 11:44
    Assim, sutilmente, redirecionei o diálogo
    para o domínio favorável de ganhos.
  • 11:45 - 11:49
    Esses resultados são bem atraentes
    entre startups lançadas no TechCrunch,
  • 11:49 - 11:53
    mas dados de campo podem simplesmente
    nos dizer que há uma relação correlacional
  • 11:53 - 11:55
    entre foco regulatório e financiamento.
  • 11:55 - 11:59
    Procurei ver se essa diferença
    no foco regulatório
  • 11:59 - 12:02
    pode realmente causar
    resultados de financiamento
  • 12:02 - 12:04
    promovendo um experimento controlado
  • 12:04 - 12:06
    com investidores-anjos e pessoas comuns.
  • 12:07 - 12:10
    Simulando o ambiente
    do TechCrunch Disrupt,
  • 12:10 - 12:14
    pedi aos participantes que escutassem
    quatro arquivos de áudio de seis minutos
  • 12:14 - 12:17
    de dez perguntas e respostas
  • 12:17 - 12:20
    que foram manipuladas para a linguagem
    de promoção e prevenção,
  • 12:20 - 12:22
    e depois pedi que alocassem
    uma quantia de financiamento
  • 12:22 - 12:25
    para cada empreendimento
    como bem entendessem.
  • 12:25 - 12:29
    Os resultados dos meus experimentos
    reforçaram minhas descobertas no campo.
  • 12:29 - 12:33
    Os cenários em que foram feitas
    perguntas de promoção aos empresários
  • 12:33 - 12:36
    receberam duas vezes
    as dotações de financiamento
  • 12:36 - 12:39
    do que aqueles em que os empresários
    responderam questões de prevenção.
  • 12:39 - 12:43
    É especialmente promissor
    o fato de de que esses cenários,
  • 12:43 - 12:45
    nos quais os empresários mudavam
  • 12:45 - 12:49
    em oposição ao foco combinado
    quando receberam perguntas de prevenção,
  • 12:49 - 12:53
    receberam muito mais financiamento
    dos dois conjuntos de participantes.
  • 12:54 - 12:57
    Então, às empresárias aí fora,
  • 12:57 - 13:00
    aqui estão algumas coisas
    simples que poderiam fazer.
  • 13:00 - 13:03
    A primeira é reconhecer a pergunta
    que está sendo feita a vocês.
  • 13:03 - 13:06
    É uma pergunta de prevenção?
  • 13:06 - 13:10
    Se for, certamente responda a pergunta,
  • 13:10 - 13:13
    mas meramente enquadre
    a sua resposta na promoção,
  • 13:13 - 13:18
    num esforço para angariar maior quantidade
    de financiamento para a startup de vocês.
  • 13:18 - 13:20
    A realidade infeliz, no entanto,
  • 13:20 - 13:23
    é que homens e mulheres avaliando startups
  • 13:23 - 13:27
    mostram o mesmo viés implícito
    de gênero no questionamento deles,
  • 13:27 - 13:31
    inadvertidamente favorecendo
    empresários em vez de empresárias.
  • 13:31 - 13:33
    Então, para meus investidores aí fora,
  • 13:33 - 13:37
    eu diria que vocês têm
    uma oportunidade aqui
  • 13:37 - 13:41
    de abordar as sessões de perguntas
    e respostas mais imparcialmente,
  • 13:41 - 13:43
    não apenas para que possam
    fazer a coisa certa,
  • 13:43 - 13:47
    mas para que possam melhorar
    a qualidade de sua tomada de decisão.
  • 13:48 - 13:52
    Ao lançarmos a mesma luz
    no potencial de cada startup
  • 13:52 - 13:54
    para ganhos e perdas,
  • 13:54 - 13:57
    permitimos que todas as startups
    merecedoras possam brilhar
  • 13:57 - 14:00
    e maximizam ganhos no processo.
  • 14:01 - 14:04
    Hoje eu sou aquela garotinha
  • 14:04 - 14:06
    andando perto da piscina,
  • 14:06 - 14:07
    soando o alarme
  • 14:08 - 14:10
    de que algo está acontecendo
    abaixo da superfície.
  • 14:11 - 14:15
    Juntos, temos o poder
    de quebrar esse ciclo
  • 14:15 - 14:18
    de viés implícito de gênero
    no financiamento das startups.
  • 14:18 - 14:21
    Vamos dar às startups mais promissoras,
  • 14:21 - 14:24
    independentemente se são lideradas
    por homens ou mulheres,
  • 14:24 - 14:28
    uma chance de lutar
    para crescer e prosperar.
  • 14:28 - 14:29
    Obrigada.
  • 14:29 - 14:32
    (Aplausos)
Title:
O verdadeiro motivo pelo qual empresárias conseguem menos capital
Speaker:
Dana Kanze
Description:

As mulheres são proprietárias de 39% de todas as empresas nos EUA, mas as empresárias obtêm apenas 2% do financiamento de capital de risco. O que causa essa lacuna? Dana Kanze compartilha pesquisas sugerindo que podem ser os tipos de perguntas feitas às fundadoras de startups quando são convidadas a participar. Quer você esteja iniciando um novo negócio ou apenas conversando a respeito disso, saiba como identificar os tipos de perguntas que estão sendo feitas e como respondê-las com mais eficiência.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
14:48

Portuguese, Brazilian subtitles

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