Como utilizarmos a síndrome do impostor para nosso benefício
-
0:01 - 0:05Tive muito sucesso na minha vida.
-
0:06 - 0:09Há cerca de uma década,
comecei um negócio -
0:09 - 0:12mal saí da universidade,
com o meu colega, Scott. -
0:12 - 0:15Sem qualquer experiência em negócios
-
0:15 - 0:17e sem grande plano
-
0:17 - 0:21— os nossos planos eram
não ter um trabalho a sério, -
0:21 - 0:22(Risos)
-
0:22 - 0:24e não ter de levar fato
para o trabalho diariamente. -
0:24 - 0:26Feito e feito.
-
0:26 - 0:27(Risos)
-
0:28 - 0:32Hoje, temos milhares
de funcionários fantásticos, -
0:32 - 0:35e milhões de pessoas em todo o planeta
utilizam o nosso "software". -
0:35 - 0:37Tecnicamente, até fora do nosso planeta,
-
0:37 - 0:40se tiverem em conta
as que estão a caminho de Marte. -
0:40 - 0:44Devem pensar que, todos os dias,
sei perfeitamente o que tenho a fazer -
0:44 - 0:45quando vou trabalhar.
-
0:45 - 0:47Deixem-me que vos diga:
-
0:47 - 0:52quase todos os dias ainda sinto
que não sei o que estou a fazer. -
0:53 - 0:55Senti-me assim durante 15 anos,
-
0:55 - 1:00e vim a saber que esse sentimento
se chama "síndrome de impostor". -
1:01 - 1:04Alguma vez se sentiram sem pé,
-
1:04 - 1:06como uma fraude,
-
1:06 - 1:10que apenas adivinharam
ou ludibriaram a vossa solução -
1:10 - 1:11(Risos)
-
1:11 - 1:13petrificados que, em qualquer altura,
-
1:13 - 1:15iriam ser apanhados?
-
1:16 - 1:19Consigo lembrar-me de muitas situações
em que me senti assim. -
1:20 - 1:22Na entrevista do nosso primeiro
director de RH, -
1:22 - 1:25como nunca trabalhei numa empresa
com departamento de RH -
1:25 - 1:26(Risos)
-
1:26 - 1:29sentia-me petrificado enquanto
me dirigia para a entrevista, pensando: -
1:29 - 1:32"Que vou perguntar a esta pessoa?".
-
1:32 - 1:35Ou ir a reuniões da administração
em "T-shirt" rodeado de fatos, -
1:35 - 1:37com abreviaturas a voar
de um lado para o outro, -
1:37 - 1:39a sentir-me como uma criança
-
1:39 - 1:41enquanto os escrevia
furtivamente no meu bloco, -
1:41 - 1:44para os consultar na Wikipédia,
quando fosse para casa. -
1:44 - 1:45(Risos)
-
1:45 - 1:47Ou, no primeiros dias,
-
1:47 - 1:49quando me ligavam e perguntavam
pelas contas a pagar, -
1:49 - 1:53eu parava e pensava:
"Espera, eles querem receber -
1:53 - 1:55"ou querem dar-nos dinheiro?"
-
1:55 - 1:57(Risos)
-
1:57 - 2:00E eu tapava o telefone,
-
2:00 - 2:02o microfone do telefone, e dizia:
-
2:02 - 2:04"Scott, tu estás nas contas,"
-
2:04 - 2:05e seguia em frente
-
2:05 - 2:07(Risos)
-
2:07 - 2:09Naquela altura ambos
fazíamos muitos trabalhos. -
2:09 - 2:14Para mim, síndrome de impostor é estar
a trabalhar acima das nossas capacidades, -
2:14 - 2:17embora já inseridos na situação.
-
2:17 - 2:21Por dentro, sabemos que não temos
conhecimento e experiência suficientes -
2:21 - 2:24ou qualificação suficiente
que justifique estarmos ali, -
2:24 - 2:25no entanto, ali estamos,
-
2:25 - 2:27e temos de arranjar uma solução,
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2:27 - 2:30porque não temos outra saída.
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2:30 - 2:32Não é o medo de falhar,
-
2:32 - 2:35nem é o medo de não conseguir fazer.
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2:35 - 2:38É a sensação de sair impune,
-
2:38 - 2:41o medo de ser descoberto,
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2:41 - 2:43que em qualquer altura
alguém nos vai descobrir. -
2:43 - 2:46E se alguém nos descobrir, pensamos:
-
2:46 - 2:48"Bem, na verdade, é justo."
-
2:48 - 2:50(Risos)
-
2:50 - 2:54Um dos meus escritores favoritos,
Neil Gaiman, disse-o elegantemente, -
2:54 - 2:58num discurso feito numa universidade,
intitulado "Faz Boa Arte". -
2:58 - 3:00Quero ter a certeza
que a citação está correta: -
3:01 - 3:04"Estava convencido que iria haver
uma batida na porta, -
3:04 - 3:08"e um homem com um bloco na mão
me diria que tudo tinha acabado, -
3:09 - 3:11"que me tinham apanhado,
-
3:11 - 3:14"e que agora tinha de ir
em busca de um emprego a sério." -
3:14 - 3:17Atualmente, quando me batem à porta,
-
3:17 - 3:22ainda imagino um homem de preto
com um bloco na mão -
3:22 - 3:24que me diz que o meu tempo está a acabar.
-
3:24 - 3:26Como sou mau cozinheiro,
-
3:26 - 3:29fico aliviado quando é apenas
alguém a entregar "pizzas" para os miúdos. -
3:29 - 3:30(Risos)
-
3:31 - 3:33Mas é importante notar
que nem tudo é mau. -
3:33 - 3:36Acho que há muito de bom
nesses sentimentos. -
3:36 - 3:42Isto não é uma conversa
estilo póster motivacional, -
3:42 - 3:44um "Comece agora!"
-
3:45 - 3:49É mais um processo introspectivo
da minha experiência com a síndrome, -
3:49 - 3:51e como aprendi a aproveitá-la
-
3:51 - 3:54e transfomá-la numa força benigna.
-
3:54 - 3:56Um grande exemplo dessas experiências
-
3:56 - 3:58é dos primeiros dias
da história da Atlassian. -
3:58 - 4:02Tínhamos quatro anos de existência
e cerca de 70 empregados. -
4:02 - 4:04O conselho dos nossos auditores
-
4:04 - 4:07— as melhores histórias começam
com um conselho de um auditor — -
4:07 - 4:08(Risos)
-
4:08 - 4:12entrámos na competição de Novos
Empresários da Nova Gales do Sul. -
4:13 - 4:15Ficámos surpresos quando ganhámos
-
4:15 - 4:17o Empresário do Ano
da Nova Gales do Sul, -
4:17 - 4:19na categoria de empresários
com menos de 40 anos. -
4:19 - 4:21Havia oito categorias.
-
4:21 - 4:23Tão surpresos que, quando vimos
-
4:23 - 4:25a lista de pessoas
que estavam a concurso, -
4:25 - 4:28eu nem compareci na cerimónia
da entrega de prémios. -
4:28 - 4:30Foi o Scott que recebeu o prémio sozinho.
-
4:31 - 4:34Fomos em viagem
para os prémios nacionais. -
4:34 - 4:36Pensei que, provavelmente,
devia comparecer aí. -
4:37 - 4:38Alugámos uns fatos,
-
4:38 - 4:41convidei uma miúda
que acabara de conhecer -
4:41 - 4:42— voltamos a ela mais adiante —
-
4:42 - 4:43(Risos)
-
4:44 - 4:46e fomos à gala, todos janotas.
-
4:47 - 4:49A nossa surpresa transformou-se em choque
-
4:49 - 4:51no primeiro prémio da noite,
a categoria jovem, -
4:51 - 4:53quando vencemos
todos os outros estados -
4:53 - 4:56e ganhámos o Jovem Empresário
Australiano do Ano. -
4:56 - 4:57Quando o choque se dissipou,
-
4:57 - 5:00veio champanhe para a mesa
e a festa começou, -
5:00 - 5:02e pensámos que a noite acabara.
-
5:02 - 5:04Estávamos a ter uma noite em grande.
-
5:04 - 5:06Avançando para o último
prémio da noite, -
5:06 - 5:09o nosso choque
foi o mesmo de toda a gente -
5:09 - 5:11quando ganhámos o Empresário
Australiano do Ano -
5:11 - 5:13contra todos os outros competidores.
-
5:13 - 5:15O choque foi tão grande
-
5:15 - 5:17que o apresentador,
o CEO da Ernst and Young, -
5:17 - 5:19abriu o envelope,
-
5:19 - 5:21e as suas primeiras palavras
foram: "Oh! meu Deus". -
5:21 - 5:22"Risos"
-
5:23 - 5:25Recompôs-se e anunciou
que tínhamos ganho. -
5:25 - 5:27(Risos)
-
5:27 - 5:29Sabíamos que estávamos em águas profundas.
-
5:29 - 5:31A partir daí, as águas ficaram
ainda mais profundas, -
5:31 - 5:33porque fomos projetados
para Monte Carlo -
5:33 - 5:36para representar a Austrália
no Empresário do Ano Mundial -
5:36 - 5:39contra 40 outros países.
-
5:41 - 5:44Um novo fato alugado,
um novo jantar -
5:44 - 5:48sentado perto de um homem simpático
chamado Belmiro de Azevedo, -
5:48 - 5:49que era o vencedor por Portugal.
-
5:49 - 5:51Um verdadeiro campeão.
-
5:51 - 5:54Aos 65 anos estava à frente
da sua empresa há 40 anos. -
5:54 - 5:56Tinha 30 mil empregados.
-
5:56 - 5:58Não se esqueçam, nós tínhamos 70.
-
5:58 - 6:01Ele tinha receitas
de 4000 milhões de euros. -
6:01 - 6:03Após uns copos de vinho,
-
6:03 - 6:07lembro-me de lhe confessar
que não me sentia merecedor de ali estar, -
6:07 - 6:09que estávamos deslocados
naquele ambiente -
6:09 - 6:12e que, em qualquer altura,
alguém se iria aperceber -
6:12 - 6:14e nos enviaria de volta para a Austrália.
-
6:14 - 6:16Lembro-me que ele parou,
olhou para mim -
6:16 - 6:20e disse que sentia exactamente o mesmo
-
6:20 - 6:23e que suspeitava que todos os vencedores
se sentiam da mesma maneira, -
6:23 - 6:27e que, apesar de não me conhecer
nem ao Scott nem nada sobre tecnologia, -
6:27 - 6:29disse que nós estávamos
claramente a fazer algo bem -
6:29 - 6:31e que devíamos continuar.
-
6:31 - 6:32(Risos)
-
6:32 - 6:35Este foi um momento "eureka"
para mim por duas razões. -
6:35 - 6:38Primeiro, percebi que as outras
pessoas sentiam o mesmo. -
6:39 - 6:43Segundo, senti que aquele sentimento
não passa por muito sucesso que atinjamos. -
6:43 - 6:46Pensava que as pessoas de sucesso
não se sentiam como fraudes, -
6:46 - 6:49agora sei que é mais provável
que o oposto seja verdade. -
6:50 - 6:52Este não é um sentimento
apenas profissional. -
6:52 - 6:54Acontece na minha vida pessoal.
-
6:54 - 6:56Nos primeiros dias,
-
6:56 - 6:59eu viajava de avião, todas as semanas
entre São Francisco e a Atlassian, -
6:59 - 7:01e juntei muitas milhas aéreas.
-
7:01 - 7:03Tinha acesso á sala executiva da Qantas.
-
7:03 - 7:06Se existe um sítio onde
me sinto deslocado... -
7:06 - 7:07(Risos)
-
7:07 - 7:11Não ajuda quando entro e olham para mim
normalmente de calções e "jeans", -
7:11 - 7:15ou de "jeans" e "T-shirt", e dizem:
"Está perdido? Posso ajudar?" -
7:16 - 7:18Mas, por vezes, a vida acontece
na sala executiva da Qantas -
7:18 - 7:20quando menos se espera.
-
7:20 - 7:22Uma manhã, há cerca de dez anos,
-
7:22 - 7:24eu estava ali sentado
no meu habitual trajecto semanal -
7:24 - 7:27e uma mulher linda,
bem acima do meu nível -
7:27 - 7:31entrou na executiva da Qantas
e dirigiu-se para mim, -
7:31 - 7:33numa de erro de identidade.
-
7:34 - 7:36Pensara que eu era outra pessoa,
-
7:36 - 7:38neste caso, eu era mesmo um impostor.
-
7:38 - 7:41(Risos)
-
7:41 - 7:44Mas ao invés de bloquear,
como era meu costume, -
7:44 - 7:48ou elegantemente
informá-la do seu erro, -
7:48 - 7:51tentei manter a conversa.
-
7:51 - 7:52(Risos)
-
7:52 - 7:55As clássicas tretas australianas
assumiram a forma de um avanço -
7:55 - 7:57e consegui um número de telefone.
-
7:59 - 8:03Levei aquela rapariga à entrega
de prémios uns meses mais tarde. -
8:03 - 8:05E passados mais de 10 anos,
-
8:05 - 8:07estou felicíssimo que ela
seja a minha esposa, -
8:07 - 8:10e que, juntos, tenhamos quatro filhos.
-
8:10 - 8:13(Aplausos)
-
8:15 - 8:18Querem acreditar que,
todos os dias, ao acordar, -
8:18 - 8:20olho para ela e penso:
-
8:20 - 8:24"Ela vai dizer: 'Quem és tu
e que fazes nesse lado da cama?' -
8:24 - 8:25(Risos)
-
8:25 - 8:26"'Sai daqui!' "
-
8:27 - 8:28Mas ela não o faz.
-
8:28 - 8:31Penso que, por vezes,
ela pensa o mesmo. -
8:32 - 8:34Aparentemente, essa é uma das razões
-
8:34 - 8:36por que iremos ter
um casamento de sucesso. -
8:36 - 8:38Ao preparar esta palestra,
-
8:38 - 8:41descobri que um dos atributos
de uma relação de sucesso -
8:41 - 8:44é que ambos os parceiros
se sentem deslocados. -
8:44 - 8:47Sentem que o parceiro que têm
não pertence à mesma liga. -
8:47 - 8:48Sentem-se impostores.
-
8:48 - 8:51E se não bloquearem,
e forem agradecidos, -
8:51 - 8:54se trabalharem e tentarem
ser o melhor parceiro possível, -
8:54 - 8:56é provável que tenham
uma relação de sucesso. -
8:57 - 8:59Se tiverem este sentimento,
não bloqueiem. -
8:59 - 9:01Tentem manter a comunicação aberta,
-
9:02 - 9:05mesmo que ela pense
que somos uma pessoa que não somos. -
9:06 - 9:09Isto de eu pensar — ou alguém pensar —
que sou alguém que não sou -
9:09 - 9:11acontece com frequência.
-
9:12 - 9:14Um bom exemplo ainda recente,
-
9:14 - 9:17há alguns meses, fiz uma noitada
com um dos meus filhos, -
9:17 - 9:19e vi algo no Twitter
-
9:19 - 9:22sobre como a Tesla prometia resolver
-
9:22 - 9:24os problemas energéticos
da Austrália do Sul -
9:24 - 9:27com uma das suas grandes
baterias industriais. -
9:27 - 9:30Sem pensar muito
enviei alguns "tweets", -
9:30 - 9:33a desafiá-los e a perguntar
o quão sérios estavam a ser. -
9:34 - 9:37E ao fazê-lo, lancei
uma pequena bola de neve -
9:37 - 9:39do alto de uma grande colina
-
9:39 - 9:42que se transformou numa avalanche
que me levou de arrastão. -
9:42 - 9:45Porque, umas horas depois,
Elon Musk respondeu com um "tweet" -
9:45 - 9:47e disse que era muito a sério,
-
9:47 - 9:49que cem dias após
a assinatura do contrato, -
9:49 - 9:51podiam instalar uma unidade
de 100 megawatt-hora, -
9:51 - 9:54que é uma bateria gigante
de dimensão mundial, -
9:54 - 9:56uma das maiores já feitas no planeta.
-
9:56 - 9:59Foi aí que verdadeiramente
começou a confusão. -
9:59 - 10:02Passado um dia, tinha as maiores
cadeias de comunicação -
10:02 - 10:05a enviar mensagens e a tentar
entrar em contacto comigo -
10:05 - 10:08para terem a opinião
de um "especialista" em energia. -
10:08 - 10:10(Risos)
-
10:11 - 10:14Na altura, eu não sabia a diferença
-
10:14 - 10:19entre uma pilha AA de volt e meio
dos brinquedos dos meus filhos -
10:19 - 10:22e uma bateria de 100 megawatt-hora
de escala industrial -
10:22 - 10:24que seria instalada na Austrália do Sul
-
10:24 - 10:27e que iria resolver
a sua crise energética. -
10:27 - 10:29Comecei a sentir um caso crónico
de síndroma de impostor, -
10:29 - 10:31(Risos)
-
10:31 - 10:32e tornou-se verdadeiramente bizarro.
-
10:33 - 10:35Lembro-me de pensar:
-
10:35 - 10:39"Porra, acho que comecei algo
e não consigo escapar. -
10:39 - 10:42"Se abandono a situação,
-
10:42 - 10:45"vou fazer regredir a adaptação
das renováveis na Austrália -
10:45 - 10:48"e talvez passar por um completo idiota
-
10:48 - 10:50"por causa da minha estupidez no Twitter."
-
10:50 - 10:52Pensei que a única coisa a fazer
-
10:52 - 10:55era não bloquear e tentar aprender.
-
10:55 - 10:56Então, passei uma semana
-
10:56 - 11:00a aprender tudo o que podia
sobre baterias industriais, -
11:00 - 11:03sobre a rede eléctrica e energia renovável
e a economia de tudo aquilo -
11:03 - 11:06e se esta situação era
efectivamente exequível. -
11:06 - 11:08Falei com o cientista responsável,
com o CSRO, -
11:08 - 11:13tive vários ministros a tentarem
dar-me o seu lado da história -
11:13 - 11:15de ambos os lados da questão.
-
11:15 - 11:17Troquei mensagens
com o primeiro-ministro. -
11:17 - 11:21Até consegui fazer-me passar
por especialista de energia, -
11:21 - 11:23num programa de televisão.
-
11:23 - 11:25(Risos)
-
11:26 - 11:27Mas em resultado de tudo isso,
-
11:27 - 11:30a Austrália do Sul lançou
um concurso para a bateria, -
11:30 - 11:34e houve mais de 90 candidatos
para colocar a bateria. -
11:34 - 11:37A conversa nacional durante uns meses
-
11:37 - 11:40deixou de ser sobre energias
como o carvão, no parlamento, -
11:40 - 11:44e passou a ser sobre que tipo
de estrutura química de baterias -
11:44 - 11:47seria a melhor para colocar
em baterias renováveis industriais. -
11:47 - 11:51Penso que a lição mais importante
é que, nessa altura da minha vida, -
11:51 - 11:53sabia que era um impostor.
-
11:53 - 11:55Sabia que estava acima
das minhas capacidades. -
11:55 - 11:58Mas em vez de bloquear,
tentei aprender o mais que pude, -
11:58 - 12:02motivado pelo medo
de parecer um idiota, -
12:02 - 12:05e transformei o medo
numa força positiva para o bem. -
12:06 - 12:08Uma das coisas que aprendi
-
12:08 - 12:13é que as pessoas pensam que as pessoas
de sucesso não se sentem fraudes. -
12:14 - 12:17Mas acho, especialmente conhecendo
muito empreendedores, -
12:17 - 12:19que o oposto é mais verdadeiro.
-
12:20 - 12:25As pessoas mais bem sucedidas
que conheço não se questionam, -
12:25 - 12:28mas questionam profundamente,
regularmente, as suas ideias -
12:28 - 12:30e os seus conhecimentos.
-
12:30 - 12:33Sabem quando estão
acima das suas capacidades, -
12:33 - 12:35e não têm medo de pedir conselhos.
-
12:35 - 12:37Não vêem isso como algo negativo.
-
12:37 - 12:40E usam os conselhos para aprimorar
as suas ideias, melhorá-las -
12:40 - 12:41e aprender.
-
12:41 - 12:44É normal por vezes estarmos
acima das nossas capacidades. -
12:44 - 12:46Estou frequentemente nessa posição.
-
12:46 - 12:48É normal estarmos nessa posição.
-
12:48 - 12:51É normal estarmos numa situação
em que não é apenas carregar num botão, -
12:51 - 12:53desde que não bloqueemos,
-
12:53 - 12:56desde que aproveitemos a situação,
não fiquemos paralisados, -
12:56 - 12:59e tentarmos transformar a situação
em algo bom e positivo. -
12:59 - 13:02É importante frisar o "aproveitar",
-
13:02 - 13:04porque é uma parte importante
da treta da psicologia-pop -
13:04 - 13:07sobre como conquistar
a síndrome de impostor. -
13:07 - 13:09É somente ter a noção que ele existe.
-
13:09 - 13:13De facto, estou plenamente consciente
de me sentir um impostor neste momento -
13:13 - 13:15aqui em cima,
na posição de pseudo-especialista -
13:15 - 13:19de um sentimento que nem conhecia
há uns meses, -
13:19 - 13:21quando acedi a fazer esta palestra.
-
13:21 - 13:24Que, vendo bem as coisas,
é um bocado o objectivo, não é? -
13:24 - 13:25(Risos)
-
13:25 - 13:26Obrigado.
-
13:26 - 13:29(Aplausos)
- Title:
- Como utilizarmos a síndrome do impostor para nosso benefício
- Speaker:
- Mike Cannon-Brookes
- Description:
-
Alguma vez duvidaram das vossas capacidades, tiveram medo de serem descobertos como uma "fraude"? A isso dá-se o nome de "síndrome do impostor", e não são os únicos que se sentem assim, quem o diz é o empresário e CEO Mike Cannon-Brookes. Nesta palestra engraçada e simpática, ele fala sobre a sua própria experiência com a síndrome de impostor e como esta síndrome o ajudou a alcançar o sucesso — e também explica como o utilizar em proveito próprio.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 13:42
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Flávio Eleutério edited Portuguese subtitles for How you can use impostor syndrome to your benefit | ||
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