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Com que rapidez conseguimos produzir uma vacina? — Dan Kwartler

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    Quando surge um novo patógeno,
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    o nosso corpo e os sistemas de saúde
    ficam vulneráveis.
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    Nessa altura, necessita-se
    de uma vacina com urgência
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    para criar uma imunidade generalizada
    com uma perda mínima de vidas.
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    Então, com que rapidez podemos criar
    vacinas quando mais precisamos delas?
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    O desenvolvimento de vacinas geralmente
    pode dividir-se em três fases.
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    Na investigação experimental,
    os cientistas testam métodos diferentes
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    para encontrar conceções
    de vacinas seguras e replicáveis.
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    Após serem aprovadas em laboratório,
    passa-se aos testes clínicos
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    onde se avalia a sua segurança,
    eficácia e efeitos colaterais
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    em vários tipos de populações.
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    Por fim, passa-se à produção,
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    ou seja, o fabrico
    e a distribuição para uso público
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    Em circunstâncias normais, este processo
    leva em média 15 a 20 anos.
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    Mas, durante uma pandemia, os cientistas
    empregam diversas estratégias
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    para completar cada etapa
    o mais depressa possível.
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    A investigação experimental
    talvez seja a mais flexível.
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    O objetivo desta etapa
    é encontrar uma forma segura
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    de apresentar o vírus ou a bactéria
    ao nosso sistema imunológico.
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    Assim, o nosso corpo recebe a informação
    necessária para criar anticorpos
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    capazes de combater uma infeção real.
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    Há diversos modos de induzir essa
    resposta imunitária de forma segura,
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    mas os mais eficazes são os que
    levam mais tempo a produzir.
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    As vacinas atenuadas tradicionais
    geram uma resistência mais duradoura.
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    Mas dependem de estirpes
    virais enfraquecidas
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    que devem ser cultivadas
    em tecido não humano
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    durante longos períodos de tempo.
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    As vacinas inativadas seguem
    um método muito mais rápido,
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    ao aplicar calor, ácido, ou radiações
    diretamente para enfraquecer o patógeno.
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    As vacinas de subunidades, que injetam
    fragmentos inofensivos de proteínas virais
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    também são rápidas de elaborar.
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    Mas essas técnicas mais rápidas
    geram uma resistência menos robusta.
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    Estes são apenas três
    dos muitos tipos de vacinas existentes,
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    cada um com as suas vantagens
    e desvantagens.
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    Nenhum método garante o sucesso,
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    e todos requerem
    uma investigação demorada.
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    A melhor forma de acelerar as coisas
    é que diversos laboratórios
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    trabalhem em diferentes modelos
    simultaneamente.
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    Esta estratégia dinâmica
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    produziu a primeira vacina testável
    para o vírus Zika em sete meses,
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    e a primeira vacina testável
    para a COVID-19, em apenas 42 dias.
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    Ser testável não significa
    que a vacina terá sucesso.
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    Mas os modelos considerados seguros
    e de fácil duplicação
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    seguem para os testes clínicos, enquanto
    outros laboratórios exploram alternativas.
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    Mesmo quando uma vacina testável
    é produzida em 4 meses ou 4 anos,
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    a etapa seguinte é geralmente a mais longa
    e imprevisível no seu desenvolvimento.
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    Os testes clínicos têm três fases,
    cada uma delas com múltiplos ensaios.
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    Os ensaios da Fase I focam-se na
    intensidade da resposta imunitária gerada,
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    e tentam avaliar se a vacina
    é segura e eficaz.
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    Os ensaios de Fase II estabelecem
    a dosagem e o plano de administração
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    para uma população mais ampla.
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    E os ensaios da Fase III
    determinam a segurança
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    na população de uso primário da vacina,
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    enquanto também identificam efeitos
    colaterais raros e reações negativas.
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    Dado o número de variáveis
    e o foco na segurança a longo prazo,
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    é extremamente difícil
    acelerar os testes clínicos.
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    Em circunstâncias extremas,
    os investigadores realizam vários ensaios
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    na mesma fase ao mesmo tempo.
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    Mas ainda precisam de cumprir critérios
    rigorosos de segurança antes de continuar.
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    Às vezes, os laboratórios
    podem acelerar o processo
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    utilizando tratamentos já aprovados.
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    Em 2009, os investigadores adaptaram
    a vacina anual da gripe para tratar o H1N1
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    produzindo uma vacina disponível
    em larga escala em apenas seis meses.
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    No entanto, esta técnica só funciona
    quando lidamos com patógenos conhecidos
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    que tenham conceitos de vacina
    bem estabelecidos.
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    Após obter sucesso na Fase III,
    um órgão regulador nacional
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    revê os resultados e aprova
    as vacinas seguras para produção.
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    Cada vacina tem uma mistura única
    de componentes químicos e biológicos
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    que requerem uma linha
    de produção especializada.
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    Para começar a produção
    assim que a vacina é aprovada,
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    têm de ser feitos planos de fabrico
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    em paralelo com as experiências
    e os testes
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    Isso requer uma coordenação constante
    entre laboratórios e fabricantes,
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    assim como recursos para se adaptarem
    a mudanças abruptas na conceção da vacina,
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    mesmo que isso signifique
    deitar fora meses de trabalho.
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    Com o tempo, os avanços
    na investigação experimental e produção
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    devem tornar o processo mais rápido.
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    Estudos preliminares sugerem
    que os futuros investigadores
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    talvez possam trocar material genético
    de diferentes vírus
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    no mesmo modelo de vacina.
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    Essas vacinas baseadas em ADN e ARNm
    podem acelerar drasticamente
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    todos os três estágios
    da produção de vacinas.
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    Mas enquanto tais avanços não acontecem,
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    a nossa melhor estratégia é que
    os laboratórios de todo o mundo cooperem
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    e trabalhem paralelamente
    em métodos diferentes.
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    Dividindo conhecimentos e recursos,
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    os cientistas podem dividir
    e vencer qualquer patógeno.
Title:
Com que rapidez conseguimos produzir uma vacina? — Dan Kwartler
Speaker:
Dan Kwartler
Description:

Vejam a lição completa em: https://ed.ted.com/lessons/how-fast-can-a-vaccine-be-made-dan-kwartler

Quando surge um novo patógeno, o nosso corpo e os sistemas de saúde ficam vulneráveis. Quando esse patógeno causa uma pandemia, há a necessidade urgente de uma vacina para criar uma imunidade generalizada com uma perda mínimo de vidas. Então, com que rapidez é possível criar uma vacina quando mais precisamos dela? Dan Kwartler descreve as três fases de desenvolvimento de uma vacina.

Lição de Dan Kwartler, realização de Good Bad Habits.

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English
Team:
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Project:
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Duration:
05:32
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