Anderson Cooper: Beyoncé, como se envolveu no World Humanitarian Day? Beyoncé: Eu fui definitivamente atraída a criar sensibilização para este dia de reconhecimento Eu, sabes, descobri que 22 pessoas perderam as suas vidas a ajudar pessoas e - Anderson Cooper: Em Baghdad, na explusão. Beyoncé: Sim, em Baghdad E, tu sabes, eu achei que seria incrível transformar isso em algo positivo e tentar incluir o mundo em algo que é bom para outro alguém. Anderson Cooper: E na canção que tu estás a dedicar a isto, "I was here", qual é a mensagem da canção? Beyoncé:"I was here", diz "Eu quero deixar as minhas pegadas nas areias do tempo" e, basicamente é o sonho de todos, acho eu, e esse sonho é deixar a nossa marca no mundo. Eu sinto que todos queremos saber que a nossa vida teve significado, e que nós fizemos algo por outra pessoa, e que espalhámos o positivismo, sem importar o quão grande ou pequeno este foi. Por isso a canção foi perfeita para Humanitarian Day Anderson Cooper: E é isso que tu queres fazer, espalhar o positivismo? Beyoncé: Sem dúvida. Eu sinto que, todos nós temos um propósito, e todos temos os nossos pontos fortes, e é -- Eu não sei se é egoísta ou altruísta, mas sabe tão bem fazer algo por outra pessoa, e, eu acho, que para as Nações Unidas quererem incluir todo o mundo foi algo importante, e eu sinto que é isso que eu represento. Anderson Cooper: Valerie, estás a tentar atingir um bilhão de pessoas através do World Humanitarian Day. O que estás à espera de alcançar, quer dizer, qual é a ideia por trás disso? Valerie Amos: Bem há milhões de pessoas à volta do mundo que necessitam de ajuda, e parte do meu trabalho é espalhar esta mensagem. Mas eu poderia fazer publicidade para o resto da minha vida, e nós não conseguiríamos conhecer -- atingir tantas pessoas como a Beyoncé pode. Portanto esta parceria é -- Anderson Cooper: Não sejas modesta. Valerie Amos: Bem, bem obrigada por isso. Anderson Cooper: Tu trabalhas imenso. Viajas a todo o tempo. Valerie Amos: Obrigada, sim, mas isto no fundo é sobre dizer às pessoas lá fora que este é um dia tanto de sacrifício porque há imensas pessoas que perdem as suas vidas a tentar ajudar pessoas, mas é também uma celebração das coisas que as pessoas fazem. Há uma quantidade incrível de coisas que as pessoas fazem todos os dias pelas quais não têm reconhecimento. Por isso isto é sobre as coisas grandes mas é também sobre as pequenas coisas. Anderson Cooper: Tu preocupas-te com, quer dizer, as pessoas vêem as noticias, e elas vêem a mortandade na Syria, elas vêem a crise humanitária lá agora. Elas vêem o que se está a passar no Congo Oriental com milhões de pessoas que morreram ao decorrer dos anos, e muitas das vezes elas sentem-se sem esperança, e impotentes. Quer dizer, como é que tu, Valerie, como é que neutralizas isso? Valerie Amos: Bem essa é a mensagem que estamos a tentar espalhar hoje, é que com uma pequena contribuição tu podes fazer uma grande diferença. Mas não nos vamos esquecer que existem pessoas aqui nos Estados Unidos, há pessoas em -- à volta do mundo que estão a fazer coisas todos os dias a ajudar os sem-abrigo, por exemplo. Muitas coisas pequenas que as pessoas fazem, e uma das mensagens da World Humanitarian Day é que nós podemos fazer a diferença, nós podemos fazer a diferença através de um pequeno acto. Anderson Cooper: No dia 19 de Agosto, estão ambas à espera que pessoas por todo o mundo -- façam o que poderem, que se voluntariem nas suas comunidades, que doem dinheiro, que doem tempo, seja o que for. Beyoncé:Sem dúvida. Anderson Cooper: Sabes o que esperas fazer nesse dia? Beyoncé: Bem eu pensei em imensas coisas diferentes. Eu sei, uma coisa que vou começar a trabalhar a partir de agora, todos os dias vou tentar fazer algo, e basicamente dar exemplos de atitudes de bondade em que as pessoas evidentemente sintam que podem fazer algo mesmo que seja algo pequeno como alimentar os sem-abrigo ou, sabes, dar o teu casaco a alguém que precisa dele, ou ajudar os mais velhos a atravessar a rua, ou -- Anderson Cooper: É inspirador, porque, quer dizer, no começo do Furacão Katrina, tu tiveste uma fundação que tentou ajudar as pessoas em Nova Orleães. Beyoncé: The Survivor Foundation.(A fundação dos sobreviventes) Anderson Cooper: Sim, e tu tiveste carrinhas com comida em um dos teus concertos. Beyoncé: Sim, tive. Anderson Cooper: E é fantástico, acho eu, em Nova Orleães, para mim o exemplo do que aconteceu depois do Katrina, nós vimos isso também em Haiti, é o poder de indivíduos a chegarem à frente. Quer dizer, tantos grupos de igrejas e ONG's, e apenas indivíduos foram até Nova Orleães e a Costa do Golfo para -- para dar uma mão, construir uma casa, fazer tudo o que podiam fazer. É verdadeiramente inspirante. Beyoncé: Sim. É mesmo. E nós construímos lares de trancisão -- casas para muitos dos sobreviventes do Katrina o que é importante porque as pessoas precisam de tomar uma posição, e é mais do que apenas um dia, é algo que, sabes, as pessoas necessitam a todos os momentos, e eu sinto que uma coisa boa acerca do video, é que com esperança as pessoas verão e serão recordadas disso, sabes, todos os dias, a mínima coisa ajuda. Anderson Cooper: Por acaso, quando me estava a formar da faculdade, eu pensei em ser um trabalhador humanitário, e eu percebi que não tinha a resistência para tal, sabes, viver numa tenda durante anos por um período de tempo, no tipo de situações em que muitas dessas pessoas -- quer dizer, vocês viram como estas pessoas trabalham à volta do mundo. Quer dizer, é extraordinário o que fazem. Beyoncé: Pois é, e eu tenho o maior respeito por eles. E, sabes, nem todos têm o tempo, ou às vezes todos nos sentimos um pouco sufocados. Tens apenas respeito pelas pessoas que arriscam as suas vidas. Mas, eu sinto que, se todos nos apercebermos de que fazemos estas pequenas coisas e se todos nós num dia fizermos algo eficaz, vai ter um grande impacto