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O que acontece na nossa garganta ao fazermos "beatboxing"?

  • 0:02 - 0:04
    (Beatboxing) E aí?
  • 0:04 - 0:07
    Chamo-me Tom Thum,
  • 0:07 - 0:10
    e quero dizer que é um prazer
    estar de volta ao TEDx.
  • 0:11 - 0:15
    Quando pisei pela primeira vez
    o palco em Sydney em 2013
  • 0:15 - 0:17
    como um rapazinho ingénuo de Brisbane,
  • 0:17 - 0:23
    não fazia ideia de que estava prestes
    a fazer o TEDx mais visto de sempre.
  • 0:24 - 0:25
    (Risos)
  • 0:25 - 0:27
    (Aplausos)
  • 0:28 - 0:32
    Mas vocês sabem, eu fiquei satisfeito
    porque foi completamente inesperado.
  • 0:32 - 0:35
    No entanto, diante de vocês hoje,
    está uma versão de mim mesmo,
  • 0:35 - 0:39
    ligeiramente inchada e desgastada
    pelo tempo, cinco anos depois,
  • 0:39 - 0:41
    e estou muito confiante.
  • 0:41 - 0:43
    (Risos)
  • 0:43 - 0:46
    Confiante de que estou prestes a fazer
  • 0:46 - 0:50
    a palestra mais execrável
    de todos os tempos,
  • 0:50 - 0:54
    que vos dará vontade de fugir
    e que vos fará vomitar.
  • 0:57 - 1:00
    Dentro de instantes
    vou mostrar-vos coisas
  • 1:00 - 1:03
    que, segundo penso,
    dificilmente esquecerão,
  • 1:03 - 1:06
    mas tudo em nome da ciência.
  • 1:07 - 1:10
    Primeiro, para quem não está
    familiarizado com o que eu faço,
  • 1:10 - 1:14
    acho que se vocês destilassem
    isso até à sua essência,
  • 1:14 - 1:16
    chamar-me-iam um "beatboxer".
  • 1:16 - 1:18
    (Beatboxing) Por exemplo...
  • 1:19 - 1:21
    esta é uma demonstração:
  • 1:21 - 1:23
    (Beatboxing)
  • 1:31 - 1:33
    (Mudança de ritmo)
  • 1:46 - 1:48
    (Aplausos)
  • 1:48 - 1:50
    Obrigado.
  • 1:50 - 1:52
    (Aplausos)
  • 1:52 - 1:54
    Ser um "beatboxer",
  • 1:54 - 1:56
    significa que, profissionalmente,
  • 1:56 - 1:58
    sou 100% dependente da...
  • 1:58 - 2:03
    (Beatboxing) ... flexibilidade
    da voz humana sem filtro.
  • 2:03 - 2:07
    Durante anos, os meus contemporâneos e eu
    temos vindo a lidar com perguntas do tipo:
  • 2:07 - 2:10
    "Meu Deus, isso é giríssimo.
  • 2:10 - 2:12
    "Quando é que descobriste
    que conseguias fazer isso?"
  • 2:12 - 2:15
    Depois de ter praticado
    milhares e milhares de horas.
  • 2:15 - 2:17
    (Risos)
  • 2:17 - 2:19
    "E qual é o teu emprego a sério?"
  • 2:19 - 2:21
    "Eu sou "beatboxer" a tempo inteiro,
    Meritíssimo."
  • 2:21 - 2:25
    Mas há uma pergunta
    que me fazem com frequência
  • 2:25 - 2:28
    e que é um pouco
    mais difícil de responder.
  • 2:28 - 2:30
    e é como conseguimos fazê-lo.
  • 2:30 - 2:32
    "Como é que fazes esses barulhos?"
  • 2:32 - 2:36
    Ou seja, eu sei que a memória muscular
    dita o sítio onde posiciono os lábios,
  • 2:36 - 2:37
    no intuito de...
  • 2:37 - 2:40
    (Beatboxing)
  • 2:40 - 2:44
    mas não faço ideia de qual
    a mecânica interna das coisas.
  • 2:44 - 2:47
    Todas essas coisinhas instáveis
    penduradas
  • 2:47 - 2:49
    e como interagem entre elas...
  • 2:49 - 2:50
    (Risos)
  • 2:50 - 2:52
    de uma forma que me permita...
  • 2:52 - 2:56
    (Beatboxing)
  • 2:56 - 2:58
    Metaforicamente falando,
  • 2:58 - 3:00
    eu sei como conduzir,
  • 3:00 - 3:03
    só não sei o que está debaixo do capô.
  • 3:03 - 3:05
    Então, decidi descobrir
  • 3:05 - 3:08
    e convidei 5000 estranhos cativos,
  • 3:08 - 3:11
    algumas câmaras pouco confortáveis,
  • 3:11 - 3:14
    todos a assistir "online"
    e o histórico do seu navegador
  • 3:14 - 3:19
    num lugar onde nem mesmo
    o mais íntimo dos meus encontros esteve:
  • 3:19 - 3:21
    a minha garganta.
  • 3:21 - 3:23
    Para me ajudar a fazer isso,
  • 3:23 - 3:27
    vou convidar para subir ao palco
    um convidado muito especializado
  • 3:27 - 3:29
    do Centro de Voz de Queensland,
  • 3:29 - 3:33
    um homem que esteve na minha boca
    mais vezes do que gostaria de admitir,
  • 3:33 - 3:34
    uma lenda da laringe,
  • 3:35 - 3:37
    Médico otorrinolaringologista
    e cirurgião laríngeo,
  • 3:37 - 3:39
    Matthew Broadhurst.
  • 3:39 - 3:41
    (Aplausos)
  • 3:42 - 3:44
    MB: Obrigado, Tom, obrigado.
  • 3:44 - 3:46
    E boa noite a todos
  • 3:46 - 3:49
    É um prazer estar aqui,
    no palco do TEDx esta noite.
  • 3:49 - 3:50
    (Risos)
  • 3:50 - 3:51
    Uf!
  • 3:51 - 3:53
    (Risos)
  • 3:53 - 3:55
    TT: Ele não está a aquecer as mãos.
  • 3:55 - 3:58
    Não fica assim tão íntimo.
  • 3:58 - 4:00
    MB: Partimos há pouco tempo
  • 4:00 - 4:03
    para tentar ir ao fundo
    do mundo e da garganta
  • 4:03 - 4:06
    deste extraordinário "beatboxer"
  • 4:06 - 4:11
    para tentar perceber como é possível
    humanamente uma tal variedade de sons.
  • 4:11 - 4:13
    e o que descobrimos
  • 4:13 - 4:15
    — estes vão entrar na boca —
  • 4:15 - 4:19
    e o que descobrimos foi uma coisa
    absolutamente maravilhosa.
  • 4:19 - 4:23
    Mesmo depois dos meus dois anos
    de cirurgia laríngea
  • 4:23 - 4:25
    na Faculdade de Medicina de Harvard
  • 4:25 - 4:27
    com o professor mundialmente
    conhecido, Steven Zeitels,
  • 4:27 - 4:31
    nunca vimos algo tão extraordinário
    ou fascinante como isto,
  • 4:31 - 4:34
    e é isso o que vos vamos
    mostrar esta noite.
  • 4:35 - 4:37
    (Risos)
  • 4:39 - 4:42
    Muito bem, então para aqueles
    que podem ter um estômago sensível,
  • 4:42 - 4:45
    os próximos 10 minutos vão
    ser cada vez mais gráficos
  • 4:45 - 4:47
    e podem dar-vos a volta ao estômago.
  • 4:47 - 4:49
    Então, vamos deitar mãos à obra.
  • 4:49 - 4:50
    TT: Podem usar o balde.
  • 4:50 - 4:51
    (Risos)
  • 4:51 - 4:53
    MB: Quando produzimos sons,
  • 4:53 - 4:56
    usamos as cordas vocais
    para puxar o ar dos pulmões
  • 4:56 - 5:00
    e depois transformá-lo numa coluna
    de ar em vibração na garganta.
  • 5:00 - 5:02
    Se pensarem nisso como um trompete,
  • 5:02 - 5:04
    temos o bocal que são as pregas vocais
  • 5:04 - 5:07
    e depois a secção da corneta
    que é a garganta.
  • 5:07 - 5:10
    Se arrancarmos a cabeça
    e um pouco do pescoço
  • 5:10 - 5:14
    e ficarmos apenas com o tronco
    com as cordas vocais, a vibrar,
  • 5:14 - 5:16
    o som seria assim.
  • 5:16 - 5:18
    (Som flatulento)
  • 5:19 - 5:23
    MB: Seria muito difícil a comunicação,
    mas, por sorte, temos uma garganta.
  • 5:23 - 5:25
    Temos todos os tecidos moles,
  • 5:25 - 5:29
    e isso dá-nos todas as incríveis
    dinâmicas do som
  • 5:29 - 5:31
    que vamos escutar esta noite.
  • 5:31 - 5:34
    Isto é um laringoscópio rígido.
  • 5:36 - 5:37
    TT: Hum, rapaz picante.
  • 5:38 - 5:39
    MB: Eu sei, eu sei
  • 5:39 - 5:40
    (Risos)
  • 5:40 - 5:42
    Dez milímetros de diâmetro,
  • 5:42 - 5:46
    que nos dá a mais alta resolução
    de imagem da laringe que podemos obter.
  • 5:46 - 5:49
    E marcamos com um estroboscópio aqui
  • 5:49 - 5:51
    e um microfone disparador.
  • 5:52 - 5:54
    O microfone vai captar as frequências
  • 5:54 - 5:58
    e isso permitir-nos-á mostrar
    como tudo isto funciona.
  • 5:58 - 6:00
    Então, podemos apagar as luzes?
  • 6:01 - 6:02
    TT: (Voz grave)
  • 6:02 - 6:04
    MB: Acendam a luz aqui.
  • 6:05 - 6:08
    TT: (Sons agudos e graves)
  • 6:09 - 6:13
    MB: Eu tenho a frequência do som
    compatível com o estroboscópio.
  • 6:13 - 6:16
    Esta é a luz que vocês estão a ver
    a cintilar no copo.
  • 6:16 - 6:18
    TT: (Tom grave)
  • 6:18 - 6:20
    MB: E isto está a cerca
    de 80 hertz ou mais.
  • 6:20 - 6:23
    Portanto, o que podemos fazer
    é agarrar nisto
  • 6:23 - 6:28
    e colocar na fase do estroboscópio
    e o som ficará fora de sincronia.
  • 6:28 - 6:32
    Isso permite-nos captar em tempo real,
    a atividade em câmara lenta
  • 6:32 - 6:34
    dos tecidos em vibração.
  • 6:34 - 6:35
    Quando aplicamos isso à laringe,
  • 6:35 - 6:40
    obtemos este movimento lento, fluido
    das cordas vocais em vibração.
  • 6:40 - 6:43
    Então é isto o que vamos
    encontrar e fazer.
  • 6:46 - 6:48
    Estás pronto?
  • 6:48 - 6:49
    TT: Estou.
  • 6:50 - 6:51
    MB: OK, então cá vamos.
  • 6:51 - 6:54
    Vamos dar uma olhadela
    à caixa de voz.
  • 6:56 - 6:58
    (Risos)
  • 7:00 - 7:02
    É muito difícil não se engasgar com isto.
  • 7:02 - 7:04
    Diz "i."
  • 7:04 - 7:05
    TT: ♪ iiiiiiii
  • 7:05 - 7:08
    MB: Aqui em baixo,
    vemos as cordas vocais,
  • 7:08 - 7:10
    as pequenas estruturas em forma de cordão.
  • 7:10 - 7:12
    (Risos)
  • 7:12 - 7:14
    Agora olhem para a pele do pescoço
  • 7:14 - 7:18
    e verão quão forte a luz penetra na pele.
  • 7:23 - 7:25
    Certo, podem ligar
    as luzes novamente?
  • 7:27 - 7:28
    (Risos)
  • 7:29 - 7:31
    (Aplausos)
  • 7:31 - 7:35
    OK, dá-nos um confortável "i."
  • 7:35 - 7:37
    TT: ♪ iiiiii
  • 7:38 - 7:39
    (Risos)
  • 7:39 - 7:41
    TT: ♪ iiiiii
  • 7:41 - 7:43
    TT: ♪ iiiiii
  • 7:43 - 7:46
    MB: Esta é a vibração das cordas vocais;
  • 7:46 - 7:48
    a cerca de 120 hertz.
  • 7:48 - 7:51
    Isto significa que as cordas
    colidem 120 vezes por segundo
  • 7:51 - 7:54
    apenas para fazer este som.
  • 7:55 - 7:59
    E podemos ver também que eles estão
    absolutamente, perfeitamente normais.
  • 7:59 - 8:03
    Por isso, todo o seu "beatboxing",
    todos esses sons durante anos
  • 8:03 - 8:05
    com a maneira como o Tom os faz
  • 8:05 - 8:07
    sem quaisquer danos.
  • 8:07 - 8:09
    É realmente notável.
  • 8:09 - 8:11
    Parabéns.
  • 8:12 - 8:14
    TT: (Som agudo) Entendido. ♪ iiiiii
  • 8:14 - 8:18
    MB: Agora, vejam as cordas vocais
    irem do agudo ao grave.
  • 8:18 - 8:22
    Vê-las-ão a passarem de longas e delgadas
    para curtas e grossas.
  • 8:24 - 8:25
    Diz "i."
  • 8:26 - 8:30
    TT: (Do tom agudo ao grave) I.
  • 8:34 - 8:36
    MB: OK.
  • 8:36 - 8:39
    TT: (Do tom alto ao baixo) ♪ iiiiii
  • 8:41 - 8:45
    MB: E o que vemos é que
    o seu alcance vocal é muito grande,
  • 8:45 - 8:48
    muito maior do que qualquer outro
    artista com quem já trabalhei.
  • 8:48 - 8:51
    A máquina não pode captar
    os tons muito altos
  • 8:52 - 8:53
    TT: (Tom muito alto)
  • 8:53 - 8:58
    MB: Sabemos que o registo de um apito
    se situa por volta dos 2092 hertz.
  • 8:58 - 9:00
    Isto significa que as cordas vocais,
  • 9:00 - 9:02
    em mais de 2000 vezes por segundo,
  • 9:02 - 9:05
    estão a bater juntas
    só para fazer este som.
  • 9:05 - 9:07
    Isto é realmente extraordinário.
  • 9:07 - 9:10
    Se pensarem nelas,
    têm só15 milímetros de comprimento,
  • 9:10 - 9:12
    quase não atingem a largura
    do vosso polegar.
  • 9:12 - 9:14
    Isto é incrível.
  • 9:14 - 9:15
    (Risos)
  • 9:15 - 9:19
    É incrível este órgão
    poder fazer uma coisa destas.
  • 9:19 - 9:24
    Agora vamos trocar
    para um laringoscópio flexível.
  • 9:24 - 9:27
    Isto é um pouco mais gráfico.
  • 9:27 - 9:29
    TT: Ele comprou isto na SEXPO.
  • 9:29 - 9:31
    (Risos)
  • 9:32 - 9:34
    MB: Isso não estava no guião.
  • 9:34 - 9:36
    (Risos)
  • 9:36 - 9:37
    (Aplausos)
  • 9:39 - 9:41
    TT: Em segunda mão.
  • 9:41 - 9:43
    (Risos)
  • 9:45 - 9:49
    MB: Ora bem, para esta parte
    tivemos que calcular o tempo com precisão
  • 9:49 - 9:51
    por causa da necessidade
    de anestesia local.
  • 9:51 - 9:54
    É preciso adormecer o nariz
    e colocar a câmara lá dentro.
  • 9:54 - 9:56
    Esta máquina não ajuda muito
    na produção de sons,
  • 9:56 - 9:59
    mas dá-nos uma boa visão
    do que está a acontecer.
  • 9:59 - 10:02
    Então, façam das tripas coração,
    e observem o que podemos fazer.
  • 10:02 - 10:04
    (Audiência) Oh!
  • 10:05 - 10:08
    Vamos até à parte de trás do nariz.
  • 10:11 - 10:13
    E ai podemos ver o véu do palato.
  • 10:13 - 10:15
    Muito dos sons que fazemos no dia a dia,
  • 10:15 - 10:17
    mesmos os mais simples,
  • 10:17 - 10:19
    são incrivelmente complexos.
  • 10:19 - 10:21
    O som "kh" por exemplo.
  • 10:21 - 10:24
    É o véu do palato a colar-se
    exatamente na parte de trás do nariz.
  • 10:25 - 10:28
    Se dissermos isso alto, cinco vezes,
  • 10:28 - 10:31
    sentimos o palato mole a estalar
    contra a parte de trás da garganta.
  • 10:32 - 10:35
    Kh, kh, kh, kh, kh.
  • 10:35 - 10:39
    Muito bem, então é assim que deve soar
    quando o Tom reproduz esse som.
  • 10:39 - 10:41
    TT: Kh, kh, kh, kh, kh.
  • 10:41 - 10:45
    "Uma cacofonia de kookaburras
    cacarejantes e cacatuas em Kakadu
  • 10:45 - 10:48
    "não conseguia confrontar a ketamina."
  • 10:48 - 10:50
    (Risos)
  • 10:50 - 10:52
    (Aplausos)
  • 10:52 - 10:54
    MB: OK, agora no mundo do "beatbox",
  • 10:54 - 10:57
    eles podem usar isso
    para todo o tipo de efeitos diferentes.
  • 10:58 - 11:00
    Eu posso ajudar-te.
  • 11:00 - 11:03
    TT: Está tudo bem, somos profissionais.
  • 11:03 - 11:04
    (Risos)
  • 11:05 - 11:08
    (Beatboxing)
  • 11:25 - 11:26
    MB: Muito bem.
  • 11:26 - 11:29
    (Aplausos)
  • 11:29 - 11:32
    Agora, vamos deslizar para baixo
    e um pouco mais adiante.
  • 11:32 - 11:36
    Se apagarem as luzes
  • 11:36 - 11:39
    e tentarem ver a luz algures na boca.
  • 11:39 - 11:41
    Verão exatamente
    onde se encontra a câmara.
  • 11:42 - 11:44
    (Risos)
  • 11:45 - 11:47
    TT: (Cantando).
  • 11:47 - 11:49
    (Risos)
  • 11:50 - 11:51
    MB: OK.
  • 11:52 - 11:55
    O que vemos ali é a base da língua.
  • 11:56 - 11:58
    As paredes laterais do ecrã,
  • 11:58 - 11:59
    é a faringe,
  • 11:59 - 12:01
    todos as paredes musculares,
  • 12:01 - 12:03
    e no convés profundo e escuro
    está a laringe.
  • 12:03 - 12:06
    TT: Podemos acender as luzes?
    Acho que é uma boa ideia.
  • 12:06 - 12:09
    Está a ficar um pouco estranho
    com as luzes apagadas.
  • 12:09 - 12:11
    MB: Acendam as luzes, obrigado.
  • 12:11 - 12:15
    Agora depois de examinar mais de 15 000
    laringes e gargantas na minha vida,
  • 12:15 - 12:18
    posso dizer-vos
    que a garganta e a laringe de Tom
  • 12:18 - 12:21
    é anatomicamente normal
    como a de qualquer outra pessoa.
  • 12:21 - 12:25
    É apenas o uso de todos os músculos
    e tecidos moles
  • 12:25 - 12:28
    que lhe permitem fazer
    todos esses sons maravilhosos
  • 12:28 - 12:30
    que vocês vão escutar.
  • 12:30 - 12:33
    Agora vamos dissecar
    alguns sons para vocês.
  • 12:34 - 12:36
    TT: Está lá mesmo. Definitivamente.
  • 12:36 - 12:37
    (Risos)
  • 12:38 - 12:38
    OK.
  • 12:40 - 12:42
    (Sons agudos)
  • 12:47 - 12:48
    (Pios)
  • 12:53 - 12:55
    MB: O que ele está a fazer
    é a alterar o formato
  • 12:55 - 12:58
    e o tamanho da coluna de ar em vibração
  • 12:58 - 13:00
    usando contrações rítmicas
    de todos os músculos
  • 13:00 - 13:03
    para gerar todos aqueles sons
    que vocês estão a ouvir.
  • 13:03 - 13:06
    (Beatboxing)
  • 13:07 - 13:09
    (Risos)
  • 13:09 - 13:11
    (Tom grave)
  • 13:11 - 13:14
    MB: E agora há movimentos rítmicos
  • 13:14 - 13:16
    das cartilagens aritenoides lá em baixo
  • 13:16 - 13:19
    balançando para e frente e para trás
    criando este som diferente.
  • 13:19 - 13:23
    TT: (Tons graves)
  • 13:25 - 13:28
    MB: Nós gostamos de lhe chamar
    "baixo esfíncter".
  • 13:29 - 13:30
    (Risos)
  • 13:30 - 13:34
    E o que vemos é que o colapso
    de todo o tecido
  • 13:34 - 13:35
    (Risos)
  • 13:35 - 13:38
    permite um tipo diferente
    de uma nota grave muito profunda.
  • 13:39 - 13:41
    Muito bem, com os anestésicos a bordo,
  • 13:41 - 13:43
    e uma grande mangueira no nariz,
  • 13:43 - 13:45
    vamos soltar um pedacinho
    de seu repertório
  • 13:45 - 13:47
    e ver tudo isso a atuar.
  • 13:48 - 13:51
    E vamos mover-nos com cuidado.
  • 13:56 - 13:58
    TT: Podes puxá-lo apenas um pouco?
  • 13:58 - 14:00
    (Risos)
  • 14:02 - 14:04
    TT: (Beatboxing)
  • 14:04 - 14:07
    Talvez um pouquinho mais.
  • 14:08 - 14:10
    Ok, fixe, acho que estamos prontos.
  • 14:11 - 14:13
    (Beatboxing) Essa vai para todos
    os meus amigos
  • 14:13 - 14:15
    que vieram para se afundarem
    como num abismo
  • 14:15 - 14:17
    — vejam isto.
  • 14:17 - 14:19
    (Beatboxing)
  • 15:25 - 15:27
    (Aplausos)
  • 15:27 - 15:31
    (Beatboxing)
  • 15:32 - 15:35
    Partimos do básico
    e construímos do zero,
  • 15:35 - 15:37
    (Disco arranhado)
  • 15:37 - 15:38
    Sim, tipo isto.
  • 15:39 - 15:41
    (Beatboxing)
  • 16:15 - 16:19
    (Som de trompete)
  • 16:38 - 16:41
    (Beatboxing) De volta ao básico.
  • 16:42 - 16:44
    (Beatboxing)
  • 16:48 - 16:50
    (Beatboxing) Vocês conhecem o som.
  • 16:53 - 16:56
    (Beatboxing) Façam algum barulho.
  • 16:56 - 16:59
    (Aplausos)
  • 16:59 - 17:01
    (Assobios)
  • 17:02 - 17:03
    (Aplausos)
  • 17:04 - 17:06
    TT: Muito obrigado.
Title:
O que acontece na nossa garganta ao fazermos "beatboxing"?
Speaker:
Tom Thum e Matthew Broadhurst
Description:

O "beatboxer" Tom Thum tem uma orquestra na boca, mas como é que ele faz todos aqueles sons? Vejam de perto e pessoalmente como o cirurgião da laringe Matthew Broadhurst coloca uma câmara na garganta de Thum enquanto ele cria uma impressionante variedade de ruídos. Esta palestra e exibição divertida, pode dar-vos a volta ao estômago, e por isso não é para os fracos!
(Contém imagens médicas gráficas)

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
17:20

Portuguese subtitles

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