O orgulho e o poder da representatividade no cinema
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0:01 - 0:06O Vale do Silício e a internet
me deram superpoderes, -
0:06 - 0:09ferramentas com as quais lutar,
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0:09 - 0:12um traje à prova de balas
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0:12 - 0:16e um sinal gigante no céu
que me dizia a hora de lutar. -
0:17 - 0:21Na verdade, não posso provar nada disso.
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0:21 - 0:23Não sou "cientista",
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0:23 - 0:24não tenho "fatos".
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0:25 - 0:28Minha avaliação no site Rotten Tomatoes
está em torno de 50% agora. -
0:28 - 0:30Não sei por que me deixaram entrar.
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0:30 - 0:31(Risos)
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0:32 - 0:35Mas, se falamos de enfrentar um poder
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0:35 - 0:37maior do que nós,
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0:37 - 0:38então estou no lugar certo,
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0:38 - 0:40porque o ano passado, para mim,
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0:40 - 0:43foi interessante com um filme
chamado "Podres de Ricos" que fiz. -
0:43 - 0:44(Vivas)
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0:44 - 0:45Muito obrigado.
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0:45 - 0:47(Aplausos)
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0:47 - 0:49E se falamos de conexão
especificamente hoje, -
0:49 - 0:52sei que minha história só é possível
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0:52 - 0:56por causa de várias conexões
que aconteceram ao longo de minha vida. -
0:56 - 0:59Assim espero que, ao contar
um pouco da minha história, -
0:59 - 1:02eu ajude alguém a encontrar seu caminho
um pouco mais cedo do que eu. -
1:02 - 1:07Minha história começou quando abri
o livro sagrado pela primeira vez... -
1:08 - 1:11O livro sagrado dos gadgets,
é claro: "Sharper Image". -
1:11 - 1:12(Risos)
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1:12 - 1:14Sim, aqueles que o conhecem.
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1:14 - 1:17Era uma revista mágica de sonhos
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1:17 - 1:21e tinha coisas que sabíamos
que não poderiam existir, -
1:21 - 1:22mas estavam ali.
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1:22 - 1:24Podíamos encomendar; vinha pelo correio.
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1:24 - 1:26E algumas coisas que talvez
nunca deveriam ter existido, -
1:26 - 1:30como "Gregory", um manequim
portátil e realista -
1:30 - 1:33que impede o crime pela aparência
forte e masculina dele. -
1:33 - 1:34Isso é real.
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1:34 - 1:35(Risos)
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1:35 - 1:36A propósito, é de verdade.
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1:36 - 1:37(Risos)
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1:37 - 1:42Mas meus olhos estavam voltados
para o Sima Video Ed/it 2. -
1:42 - 1:44Essa coisa era tão legal aos dez anos.
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1:44 - 1:47Podíamos conectar
todos os nossos videocassetes -
1:47 - 1:49e gravar algo juntos.
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1:49 - 1:51Liguei para meus pais
e os convenci a comprá-lo para mim. -
1:51 - 1:52Mas, antes disso,
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1:52 - 1:55vou falar um pouco sobre meus pais.
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1:55 - 1:58Eles vieram para os Estados Unidos
quando eram jovens. -
1:58 - 2:00São de Taiwan, na China,
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2:00 - 2:03e foram morar em Los Altos, Califórnia -
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2:03 - 2:05o Vale do Silício
antes do Vale do Silício - -
2:05 - 2:09e abriram um restaurante
chamado Chef Chu's. -
2:09 - 2:11Hoje, 50 anos depois,
ainda trabalham no restaurante, -
2:11 - 2:12ainda estão lá.
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2:12 - 2:14Cresci lá; então, foi ótimo.
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2:14 - 2:17Falando de conexão,
esse lugar era um centro de conexão. -
2:17 - 2:22As pessoas comemoravam lá
aniversários, festas, acordos de negócios, -
2:22 - 2:23para comer, beber...
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2:23 - 2:24Conexão.
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2:24 - 2:26Pude crescer naquele ambiente.
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2:26 - 2:29Meus pais sempre disseram que os EUA
são o melhor lugar do mundo. -
2:30 - 2:35Se você ama algo, pode trabalhar muito
e conquistar o que quiser. -
2:35 - 2:39Eles criaram cinco filhos
totalmente norte-americanos. -
2:39 - 2:40Sou o caçula.
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2:40 - 2:42Vocês podem ver que sou
o de olhos fechados ali. -
2:43 - 2:46Batizaram minha irmã e a mim
Jennifer e Jonathan, -
2:46 - 2:50por causa de Jennifer e Jonathan Hart
da série de TV "Casal 20". -
2:50 - 2:52(Risos)
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2:52 - 2:55Era tanto assim que amavam
os Estados Unidos, pelo jeito. -
2:55 - 2:57Eles achavam que éramos os Kennedys,
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2:57 - 2:59minha mãe especificamente.
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2:59 - 3:01Ela nos vestia o tempo todo parecidos
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3:01 - 3:05e nos colocava em aulas
de etiqueta e de dança de salão, -
3:05 - 3:09garantia que tivéssemos
o plano odontológico certo. -
3:09 - 3:10(Risos)
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3:10 - 3:12Esta é uma foto minha
de verdade; não é falsa. -
3:12 - 3:14Sou grato a ela.
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3:14 - 3:18Eu era responsável pela câmera de vídeo
toda vez que saíamos de férias, -
3:18 - 3:21Eu reunia todos esses vídeos
e não tinha nada para fazer com eles. -
3:21 - 3:24Portanto, o Sima Video Ed/it 2.
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3:24 - 3:26Convenci meus pais a comprarem-no
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3:26 - 3:29e passei a noite toda
lutando com os videocassetes -
3:29 - 3:32do quarto de meus irmãos,
num emaranhado de fios, -
3:32 - 3:34e aí eu tinha algo para lhes mostrar.
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3:34 - 3:36Certa noite, eu os levei
para a sala de estar. -
3:36 - 3:38Devia ser em 1991, ou algo assim,
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3:38 - 3:40e os coloquei na sala de estar.
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3:40 - 3:43Meu coração disparava,
a respiração era profunda, -
3:43 - 3:44mais ou menos como agora.
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3:44 - 3:46Apertei a tecla "play",
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3:46 - 3:50e aconteceu algo extraordinário.
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3:50 - 3:51Eles choraram.
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3:52 - 3:53E choraram,
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3:53 - 3:56não por ser a edição de vídeo caseiro
mais incrível de todos os tempos, -
3:56 - 3:58embora fosse muito boa,
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3:58 - 3:59(Risos)
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3:59 - 4:04mas porque eles viram nossa família
como uma família normal que se encaixava -
4:04 - 4:06e pertencia à tela em frente a eles,
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4:06 - 4:09assim como nos filmes que eles adoravam
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4:09 - 4:11e nos programas de TV
que inspiraram nossos nomes. -
4:11 - 4:14Lembro-me, como o caçula de cinco filhos,
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4:14 - 4:16de me sentir ouvido pela primeira vez.
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4:16 - 4:18Havia isso onde todas
essas coisas em minha mente -
4:18 - 4:22podiam estar nesse lugar lá fora,
grande e elétrico, existir e escapar, -
4:22 - 4:25e eu sabia, a partir daí, que eu queria
fazer isso pelo resto da vida, -
4:25 - 4:26fosse algo remunerado ou não.
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4:26 - 4:30Eu tinha essa paixão
e precisava de ferramentas. -
4:30 - 4:32Meu pai trabalhava,
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4:32 - 4:35continuava se gabando de minha habilidade
de editar vídeos caseiros -
4:35 - 4:37para os clientes do Chef Chu's.
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4:37 - 4:39Por sorte, esse é o Vale do Silício.
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4:39 - 4:42Eles trabalham em coisas,
hardware e software. -
4:42 - 4:43São todos engenheiros
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4:43 - 4:47e me ofereceram coisas
para edição de vídeo digital. -
4:47 - 4:50Era em meados ou no início dos anos 90,
-
4:50 - 4:53quando essas coisas não existiam
para crianças como eu. -
4:53 - 4:57Eu conseguia softwares e hardwares
experimentais de lugares como a HP e a Sun -
4:57 - 5:00e de Russell Brown da Adobe.
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5:00 - 5:02Eu não tinha manual,
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5:02 - 5:05eu tinha que me virar
e me apaixonava ainda mais. -
5:05 - 5:08Comecei a estudar na Escola
de Arte Cinematográfica da USC. -
5:08 - 5:12Meus pais sempre me ligavam
aleatoriamente e me lembravam -
5:12 - 5:17de que eu tinha que fazer filmes
sobre minha tradição chinesa. -
5:17 - 5:20Que a China seria um enorme
mercado para filmes algum dia. -
5:20 - 5:22Eu dizia: "Tá certo, pessoal".
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5:22 - 5:23(Risos)
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5:23 - 5:25Sempre escutem seus pais.
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5:25 - 5:27(Risos)
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5:28 - 5:31Eu queria ser Zemeckis, Lucas e Spielberg.
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5:31 - 5:34A última coisa de que eu queria falar
era minha identidade cultural, -
5:34 - 5:36minha etnia.
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5:36 - 5:38Eu não tinha ninguém para conversar,
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5:38 - 5:40ninguém na escola
com quem eu pudesse me abrir. -
5:40 - 5:42Mesmo se tivesse, o que eu diria?
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5:42 - 5:45Ignorei e segui em frente com minha vida.
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5:45 - 5:47Passando para 15 anos depois,
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5:47 - 5:48consegui chegar a Hollywood.
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5:48 - 5:50Fui descoberto por Spielberg,
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5:50 - 5:54trabalhei com The Rock,
Bruce Willis e Justin Bieber. -
5:54 - 5:58Até vim ao palco do TED para apresentar
minha companhia de dança LXD, -
5:58 - 6:00e foi ótimo.
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6:00 - 6:01Então, alguns anos atrás,
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6:01 - 6:03eu me sentia um pouco
perdido, criativamente. -
6:04 - 6:06O motor estava ficando lento,
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6:06 - 6:07e recebi um sinal...
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6:08 - 6:10Ouvi vozes do céu...
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6:11 - 6:13ou eram mais como pássaros.
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6:13 - 6:15Tá bom, era o Twitter.
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6:15 - 6:16E o Twitter...
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6:16 - 6:17(Risos)
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6:17 - 6:19Era a Constance Wu no Twitter,
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6:19 - 6:21era o Daniel Dae Kim,
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6:21 - 6:23era a Jenny Yang, que está aqui hoje,
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6:23 - 6:24era o Alan Yang,
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6:24 - 6:28todas essas pessoas que escreviam
sobre suas frustrações -
6:28 - 6:30com representatividade em Hollywood.
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6:30 - 6:32Até que enfim entendi.
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6:32 - 6:34Eu pensava nisso, mas nunca registrei.
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6:34 - 6:37Eu estava concentrado
e tinha sorte de estar trabalhando. -
6:37 - 6:39Aí me dei conta:
-
6:39 - 6:40o que há de errado com Hollywood?
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6:40 - 6:42Por que não fazem isso?
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6:42 - 6:46Então, me olhei no espelho
e me dei conta de que eu sou Hollywood. -
6:46 - 6:47Eu, literalmente,
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6:47 - 6:49levantei meu colarinho antes de vir aqui.
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6:49 - 6:50Isso é o quanto sou Hollywood.
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6:50 - 6:51(Risos)
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6:51 - 6:53Ainda está levantado? Muito bom.
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6:54 - 6:55(Aplausos)
-
6:56 - 6:59Por todos esses anos,
senti que eu havia recebido tanto, -
6:59 - 7:03e o que eu estava devolvendo
ao negócio do cinema que eu amava? -
7:03 - 7:05Eu tinha sorte de estar aqui,
-
7:05 - 7:08mas, nesse momento, percebi
que não tinha só a sorte de estar aqui, -
7:08 - 7:10como também o direito.
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7:10 - 7:11Não, eu merecia esse direito.
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7:11 - 7:15Todas aquelas noites sem dormir,
aquelas festas de sexta que perdi, -
7:15 - 7:18cada amigo e namorada que perdi
porque eu estava editando... -
7:18 - 7:22Mereci o direito de estar aqui não apenas
para ter uma voz, mas para dizer algo, -
7:22 - 7:23e dizer algo importante.
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7:23 - 7:25Eu tinha, na verdade, o poder,
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7:25 - 7:29o superpoder de mudar as coisas,
se eu realmente quisesse. -
7:29 - 7:30[SUPERPODER]
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7:30 - 7:33Quando tentamos contar histórias sobre nós
-
7:33 - 7:36e pessoas parecidas conosco
e com nossa família, -
7:36 - 7:37pode ser assustador,
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7:37 - 7:39e todas aquelas sensações
de solidão voltarem. -
7:39 - 7:41Mas foi a internet que me disse;
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7:41 - 7:45que enviou o sinal de que haveria
um exército inteiro à minha espera -
7:45 - 7:46para me apoiar e me amar.
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7:47 - 7:51Então, encontrei o incrível romance
de Kevin Kwan, "Podres de Ricos", -
7:51 - 7:53e fomos ao trabalho.
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7:53 - 7:55Criamos esse filme.
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7:55 - 7:57O primeiro elenco
totalmente asiático em 25 anos -
7:57 - 7:59com uma história contemporânea.
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7:59 - 8:02(Aplausos) (Vivas)
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8:02 - 8:07Mas, quando começamos,
não havia nenhuma garantia. -
8:07 - 8:10Não havia espaço para esse tipo de filme.
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8:10 - 8:14Toda vez que fazíamos pesquisas e tal,
o público não aparecia. -
8:14 - 8:15Mesmo em exibições experimentais,
-
8:16 - 8:19quando damos ingressos gratuitos
às pessoas para assistirem ao filme, -
8:19 - 8:21tivemos uma proporção de 1 para 25,
-
8:21 - 8:23ou seja, após 25 pedidos,
só 1 pessoa aceitou, -
8:23 - 8:25o que é baixíssimo
para esse tipo de negócio. -
8:25 - 8:28Os asiáticos que conheciam o livro
não confiavam em Hollywood, -
8:28 - 8:32os asiáticos que não conheciam o livro
achavam o título ofensivo, -
8:32 - 8:36e outras pessoas não asiáticas achavam
simplesmente que o filme não era pra elas. -
8:36 - 8:39Estávamos bem ferrados.
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8:39 - 8:41Felizmente, a Warner Brothers
não nos rejeitou. -
8:41 - 8:44Mas a energia, em algum lugar,
voltou a funcionar, -
8:44 - 8:50e esse exército de escritores, repórteres
e blogueiros ásio-americanos, -
8:50 - 8:55que, ao longo dos anos, ascenderam
por meio de suas publicações, -
8:55 - 8:57começaram a trabalhar,
sem meu conhecimento. -
8:57 - 8:58E começaram a fazer publicações.
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8:58 - 9:02O pessoal da tecnologia daqui também
começou a publicar nas mídias sociais, -
9:02 - 9:06a escrever sobre nós
em artigos no "LA Times", -
9:06 - 9:09no "The Hollywood Reporter"
e no "Entertainment Weekly". -
9:09 - 9:14Foi como uma rebelião popular
de nos tornarmos notícia. -
9:15 - 9:16Que coisa incrível de se testemunhar.
-
9:17 - 9:23E a onda de apoio se transformou
numa conversa on-line -
9:23 - 9:25entre todos esses ásio-americanos,
-
9:25 - 9:27na qual podíamos debater e discutir
-
9:27 - 9:29que histórias queríamos contar,
-
9:29 - 9:32quais deveriam ser contadas ou não...
-
9:32 - 9:33Podemos tirar sarro de nós mesmos?
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9:33 - 9:36E quanto ao elenco? O que podemos fazer?
-
9:36 - 9:38E não entrávamos em acordo,
e ainda não entramos. -
9:39 - 9:40Mas a questão não era essa.
-
9:40 - 9:43A questão era que a conversa
estava acontecendo. -
9:43 - 9:47E esse fluxo de conversas
tornou-se uma infraestrutura. -
9:47 - 9:51Havia todos esses grupos diferentes
que tentavam alcançar o mesmo objetivo -
9:51 - 9:55e nos uniram nesse tecido conectivo.
-
9:55 - 9:56De novo, não era perfeito,
-
9:56 - 10:01mas era o começo de como determinamos
nossa própria representação no cinema. -
10:02 - 10:05E se tornou mais físico
quando fui ao cinema. -
10:05 - 10:07Nunca me esquecerei
do fim de semana de estreia, -
10:08 - 10:10quando fui ao cinema,
e não havia apenas asiáticos, -
10:10 - 10:11mas todo tipo de pessoas.
-
10:11 - 10:12Entrei e me sentei.
-
10:12 - 10:15As pessoas riam, choravam.
-
10:16 - 10:19Quando entrei no saguão,
-
10:19 - 10:20as pessoas continuavam lá.
-
10:21 - 10:23Era como se elas não quisessem sair.
-
10:23 - 10:24Elas apenas se abraçavam,
-
10:24 - 10:26se cumprimentavam, tiravam selfies,
-
10:26 - 10:28debatiam, riam daquilo.
-
10:28 - 10:30Todas essas coisas diferentes.
-
10:30 - 10:34Eu tinha um relacionamento
tão íntimo com esse filme, -
10:34 - 10:37mas não entendia enquanto o produzíamos
-
10:37 - 10:40o que estávamos fazendo até que acontecia,
-
10:40 - 10:45que era o mesmo que meus pais sentiram
ao assistir aos nossos vídeos de família -
10:45 - 10:47naquele sala naquele dia.
-
10:47 - 10:50Há um poder em nos vermos na tela,
-
10:50 - 10:53e o único modo de descrevê-lo é orgulho.
-
10:53 - 10:56Sempre entendi essa palavra
de modo intelectual, -
10:56 - 10:59já devo ter falado sobre ela,
-
10:59 - 11:00mas sentir orgulho de verdade;
-
11:00 - 11:03e aqueles que já sentiram sabem;
-
11:03 - 11:07é como se quiséssemos gostar,
tocar em todos, agarrar e correr por aí. -
11:07 - 11:08É como uma...
-
11:08 - 11:09Não sei explicar.
-
11:09 - 11:11É uma sensação muito física,
-
11:11 - 11:15tudo por causa de um longo
padrão de conexão. -
11:15 - 11:16[ORGULHO]
-
11:16 - 11:19O cinema foi uma dádiva para mim
-
11:19 - 11:21e, ao longo dos anos, aprendi muito.
-
11:21 - 11:25Você pode planejar, escrever roteiros,
fazer seus storyboards, -
11:25 - 11:27mas, num certo momento,
-
11:27 - 11:29seu filme responderá a você,
-
11:29 - 11:31e sua tarefa é escutar.
-
11:32 - 11:34É esse organismo vivo,
e ele meio que se apresenta. -
11:34 - 11:37É melhor você pegá-lo
antes que escorregue pelas mãos, -
11:37 - 11:39e essa é a parte mais
empolgante de fazer filmes. -
11:39 - 11:42Quando observo a vida,
ela não é tão diferente assim. -
11:42 - 11:46Fui levado por essa espécie
de trilha de conexões -
11:46 - 11:49por pessoas, circunstâncias
-
11:49 - 11:50e pela sorte.
-
11:50 - 11:55E isso mudou quando percebi
que, ao começar a escutar -
11:55 - 11:57as batidas silenciosas
e os ruídos confusos ao redor, -
11:58 - 12:02percebemos que já existe
uma bela sinfonia escrita para nós, -
12:02 - 12:04uma linha direta para nosso destino.
-
12:05 - 12:06Nosso superpoder.
-
12:06 - 12:09O cinema foi uma dádiva para mim,
-
12:10 - 12:15incentivado por meus pais
e apoiado por minha comunidade. -
12:15 - 12:19Pude ser quem eu queria ser
quando eu precisava ser. -
12:20 - 12:22Minha mãe fez uma publicação
no Facebook outro dia, -
12:22 - 12:25o que costuma ser muito ruim
de se dizer em voz alta. -
12:26 - 12:28É assustador, ela não deveria
ter Facebook... -
12:28 - 12:30(Risos)
-
12:30 - 12:32Ela publicou isso, e era um "meme",
-
12:32 - 12:33sabem, aquelas coisas engraçadas,
-
12:33 - 12:36que dizia: "Você não pode mudar
alguém que não quer mudar, -
12:36 - 12:39mas nunca subestime
o poder de plantar uma semente". -
12:39 - 12:42Enquanto eu dava os retoques
finais nesta palestra, -
12:42 - 12:45eu me dei conta de que todas
as conexões poderosas em minha vida -
12:45 - 12:51vieram por meio de generosidade,
bondade, amor e esperança. -
12:51 - 12:54Quando penso em meus filmes
"Podres de Ricos" e "In the Heights", -
12:54 - 12:56no qual estou trabalhando agora...
-
12:56 - 12:57(Vivas)
-
12:57 - 12:58Sim, é um bom filme.
-
12:58 - 12:59(Aplausos)
-
12:59 - 13:04Tudo o que quero fazer
é mostrar alegria e esperança neles, -
13:04 - 13:07porque me recuso a pensar
que nossos melhores dias já passaram, -
13:08 - 13:10mas sim estão chegando.
-
13:10 - 13:14Porque o amor é o superpoder que me deram.
-
13:14 - 13:18O amor é o superpoder que me passaram.
-
13:19 - 13:23O amor é a única coisa que pode parar
uma bala em alta velocidade -
13:23 - 13:25antes mesmo de ela ser disparada.
-
13:25 - 13:27O amor é a única coisa
que pode saltar por um edifício -
13:27 - 13:30e fazer toda a comunidade
olhar para o céu, -
13:31 - 13:32dar as mãos
-
13:32 - 13:36e ter a coragem de enfrentar
algo impossivelmente maior do que ela. -
13:37 - 13:40Tenho um desafio para mim
e para todos aqui. -
13:40 - 13:42Enquanto trabalham no seu negócio,
-
13:42 - 13:43na sua empresa,
-
13:43 - 13:48e dão vida a esse negócio,
e tornam possível o impossível, -
13:48 - 13:51não nos esqueçamos
de ser gentis uns com os outros, -
13:52 - 13:55porque acredito que essa é
a forma mais poderosa de conexão -
13:55 - 13:57que podemos dar a este planeta.
-
13:57 - 14:00Na verdade, nosso futuro depende disso.
-
14:00 - 14:01Obrigado.
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14:01 - 14:04(Aplausos) (Vivas)
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14:04 - 14:05Obrigado.
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14:05 - 14:07(Aplausos)
- Title:
- O orgulho e o poder da representatividade no cinema
- Speaker:
- Jon M. Chu
- Description:
-
Logo após o sucesso estrondoso de seu filme "Crazy Rich Asians" ("Podres de Ricos"), o diretor Jon M. Chu reflete sobre o que o motiva a criar, e defende com fervor o poder da conexão e da representação na tela.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 14:21
Gustavo Rocha approved Portuguese, Brazilian subtitles for The pride and power of representation in film | ||
Gustavo Rocha edited Portuguese, Brazilian subtitles for The pride and power of representation in film | ||
Gustavo Rocha edited Portuguese, Brazilian subtitles for The pride and power of representation in film | ||
Gustavo Rocha accepted Portuguese, Brazilian subtitles for The pride and power of representation in film | ||
Gustavo Rocha edited Portuguese, Brazilian subtitles for The pride and power of representation in film | ||
Gustavo Rocha edited Portuguese, Brazilian subtitles for The pride and power of representation in film | ||
Maurício Kakuei Tanaka edited Portuguese, Brazilian subtitles for The pride and power of representation in film | ||
Maurício Kakuei Tanaka edited Portuguese, Brazilian subtitles for The pride and power of representation in film |