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O paradoxo da eficiência

  • 0:01 - 0:03
    Quem não adora eficiência?
  • 0:03 - 0:04
    Eu adoro.
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    Eficiência significa mais por menos.
  • 0:07 - 0:11
    Mais quilômetros por litro,
    mais energia elétrica por watt,
  • 0:11 - 0:13
    mais palavras por minuto.
  • 0:14 - 0:16
    Mais por menos é a próxima melhor coisa
  • 0:16 - 0:18
    depois de algo por nada.
  • 0:19 - 0:24
    Algoritmos, "big data" e a nuvem
    estão nos dando mais por menos.
  • 0:24 - 0:28
    Será que estamos caminhando
    rumo a uma utopia livre de atritos
  • 0:28 - 0:31
    ou a um pesadelo de vigilância?
  • 0:31 - 0:32
    Não sei.
  • 0:32 - 0:34
    Meu interesse está no presente.
  • 0:34 - 0:36
    E eu gostaria de mostrar a vocês
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    como o passado pode nos ajudar
    a entender o presente.
  • 0:40 - 0:43
    Não há nada que resuma
  • 0:43 - 0:46
    tanto a promessa
    quanto o perigo da eficiência
  • 0:46 - 0:48
    como a humilde batata.
  • 0:48 - 0:50
    A batata se originou nos Andes
  • 0:50 - 0:55
    e se espalhou para a Europa
    a partir dos antigos incas.
  • 0:56 - 1:00
    A batata é uma obra-prima
    da nutrição balanceada.
  • 1:01 - 1:04
    E tinha alguns amigos muito poderosos.
  • 1:05 - 1:07
    O rei Frederico, o Grande, da Prússia,
  • 1:08 - 1:10
    foi o primeiro entusiasta.
  • 1:11 - 1:13
    Ele acreditava que a batata poderia ajudar
  • 1:13 - 1:16
    a aumentar a população
    de prussianos saudáveis.
  • 1:16 - 1:19
    E, quanto mais prussianos saudáveis,
  • 1:19 - 1:22
    mais soldados prussianos saudáveis.
  • 1:22 - 1:25
    E alguns desses soldados
    prussianos saudáveis
  • 1:25 - 1:28
    capturaram um farmacêutico militar
    francês chamado Parmentier.
  • 1:29 - 1:32
    Parmentier, a princípio, ficou horrorizado
  • 1:32 - 1:36
    com a dieta de batatas
    de manhã, ao meio-dia e à noite,
  • 1:36 - 1:39
    oferecida a prisioneiros de guerra,
  • 1:39 - 1:41
    mas acabou apreciando-a.
  • 1:41 - 1:45
    Achou que elas o estavam tornando
    uma pessoa mais saudável.
  • 1:45 - 1:46
    Assim, quando foi libertado,
  • 1:46 - 1:51
    ele decidiu divulgar a batata na França.
  • 1:51 - 1:54
    Ele tinha alguns amigos poderosos.
  • 1:54 - 1:59
    Benjamin Franklin o aconselhou
    a dar um banquete,
  • 1:59 - 2:02
    em que todos os pratos incluíssem batatas.
  • 2:03 - 2:06
    E Franklin foi um convidado de honra.
  • 2:06 - 2:08
    Até o rei e a rainha da França
  • 2:08 - 2:12
    foram persuadidos a vestir batatas,
  • 2:12 - 2:14
    flores de batata, me desculpem.
  • 2:14 - 2:15
    (Risos)
  • 2:15 - 2:20
    O rei pôs uma flor de batata
    em sua lapela;
  • 2:20 - 2:24
    a rainha, em seu cabelo.
  • 2:24 - 2:28
    Essa foi realmente uma ótima ideia
    de relações públicas.
  • 2:28 - 2:29
    Mas havia um problema.
  • 2:30 - 2:33
    A batata era eficiente demais
    para o bem da Europa.
  • 2:33 - 2:35
    Na Irlanda, parecia um milagre.
  • 2:35 - 2:39
    As batatas prosperavam,
    a população crescia.
  • 2:39 - 2:41
    Mas havia um risco oculto.
  • 2:41 - 2:44
    As batatas da Irlanda
    eram geneticamente idênticas.
  • 2:44 - 2:47
    Eram de uma espécie
    muito eficiente chamada Lumper.
  • 2:48 - 2:50
    O problema com a Lumper
  • 2:50 - 2:54
    era que uma praga da América do Sul
  • 2:54 - 2:56
    que afetasse uma batata
  • 2:56 - 2:57
    afetaria todas.
  • 2:58 - 3:01
    A exploração e a insensibilidade
    da Grã-Bretanha tiveram parte nisso,
  • 3:01 - 3:05
    mas foi por causa dessa monocultura
  • 3:05 - 3:07
    que 1 milhão de pessoas morreram
  • 3:07 - 3:11
    e outros 2 milhões
    foram forçados a emigrar.
  • 3:11 - 3:14
    Uma planta que deveria acabar com a fome
  • 3:14 - 3:17
    criou uma das mais trágicas.
  • 3:18 - 3:20
    Os problemas de eficiência hoje
  • 3:20 - 3:22
    são menos drásticos, mas mais crônicos.
  • 3:22 - 3:26
    Eles também podem prolongar
    os males que pretendiam resolver.
  • 3:26 - 3:28
    Considerem os registros
    médicos eletrônicos.
  • 3:28 - 3:32
    Parecia ser a resposta
    para o problema da caligrafia dos médicos
  • 3:32 - 3:37
    e tinha o benefício de fornecer dados
    muito melhores para os tratamentos.
  • 3:37 - 3:41
    Em vez disso, significou, na prática,
    muito mais papelada eletrônica,
  • 3:41 - 3:46
    e os médicos reclamam agora
    que têm menos tempo
  • 3:46 - 3:49
    para atender os pacientes individualmente.
  • 3:50 - 3:54
    A obsessão por eficiência pode,
    na verdade, nos tornar menos eficientes.
  • 3:54 - 3:58
    A eficiência também responde
    com falsos positivos.
  • 3:58 - 4:01
    Os hospitais têm centenas de aparelhos
    que registram alarmes.
  • 4:01 - 4:03
    Muitas vezes, soam um alarme falso.
  • 4:03 - 4:05
    Leva tempo para desconsiderá-los,
  • 4:05 - 4:10
    e esse tempo resulta em fadiga,
    estresse e, mais uma vez,
  • 4:10 - 4:14
    na negligência dos problemas
    de pacientes reais.
  • 4:15 - 4:18
    Há também falsos positivos
    no reconhecimento de padrões.
  • 4:18 - 4:20
    Um ônibus escolar, visto do ângulo errado,
  • 4:20 - 4:22
    pode parecer um saco de pancadas.
  • 4:23 - 4:28
    Portanto, é necessário um tempo precioso
    para eliminar a identificação incorreta.
  • 4:28 - 4:31
    Falsos negativos também são um problema.
  • 4:31 - 4:34
    Os algoritmos podem aprender
    muito e rapidamente,
  • 4:34 - 4:36
    mas só conseguem nos falar
    sobre o passado.
  • 4:36 - 4:42
    Muitos clássicos do futuro receberam
    críticas ruins, como "Moby Dick",
  • 4:42 - 4:44
    ou foram recusados por várias editoras,
  • 4:44 - 4:46
    como a série "Harry Potter".
  • 4:46 - 4:49
    Pode ser antieconômico
    tentar evitar todo o desperdício.
  • 4:50 - 4:54
    A eficiência também é uma armadilha
    quando a oposição a copia.
  • 4:54 - 4:59
    Considerem a peça de artilharia francesa
    de 75 milímetros do final do século 19.
  • 4:59 - 5:02
    Era uma obra-prima do design letal.
  • 5:02 - 5:06
    Essa peça podia disparar um projétil
    a cada quatro segundos.
  • 5:06 - 5:08
    Isso não era tão incomum,
  • 5:08 - 5:12
    mas o genial era que,
    devido a seu mecanismo de recuo,
  • 5:12 - 5:15
    ela conseguia retornar
    exatamente à mesma posição
  • 5:15 - 5:16
    sem precisar ser reapontada.
  • 5:16 - 5:20
    Portanto, a taxa efetiva de disparo
    foi drasticamente aumentada.
  • 5:20 - 5:23
    Essa parecia ser uma maneira de a França
  • 5:23 - 5:26
    derrotar a Alemanha
    na próxima vez que lutassem.
  • 5:27 - 5:32
    Mas, previsivelmente, os alemães
    trabalhavam em algo muito semelhante.
  • 5:32 - 5:34
    Quando eclodiu a Primeira Guerra Mundial,
  • 5:34 - 5:37
    o resultado foi a guerra de trincheiras,
  • 5:37 - 5:40
    que durou mais do que o esperado.
  • 5:41 - 5:45
    Uma tecnologia projetada
    para encurtar a guerra a prolongou.
  • 5:46 - 5:50
    O maior custo de todos
    podem ser oportunidades perdidas.
  • 5:50 - 5:53
    A economia de plataforma
    que conecta compradores e vendedores
  • 5:53 - 5:55
    pode ser um ótimo investimento,
  • 5:55 - 5:58
    e vimos isso nas últimas semanas.
  • 5:58 - 6:01
    Empresas que ainda estão perdendo
    centenas de milhões de dólares
  • 6:01 - 6:05
    podem estar criando bilionários
    com ofertas públicas iniciais.
  • 6:07 - 6:10
    Mas as invenções realmente difíceis
  • 6:10 - 6:13
    são as físicas e as químicas.
  • 6:13 - 6:15
    Elas significam riscos maiores.
  • 6:15 - 6:18
    Podem estar fracassando,
    porque o hardware é difícil.
  • 6:18 - 6:23
    É muito mais difícil ampliar
    uma invenção física ou química
  • 6:23 - 6:25
    do que uma invenção baseada em software.
  • 6:26 - 6:27
    Considerem as baterias.
  • 6:28 - 6:32
    As baterias íon-lítio
    de aparelhos portáteis e carros elétricos
  • 6:32 - 6:34
    são baseadas em um princípio de 30 anos.
  • 6:35 - 6:37
    Quantas baterias de smartphone atualmente
  • 6:38 - 6:41
    duram um dia inteiro com uma carga única?
  • 6:41 - 6:43
    Sim, o hardware é difícil.
  • 6:45 - 6:50
    Levou mais de 20 anos para que a patente
    sobre o princípio da fotocópia a seco
  • 6:50 - 6:53
    de Chester Carlson, em 1938,
  • 6:53 - 7:00
    resultasse na copiadora
    Xerox 914, lançada em 1959.
  • 7:01 - 7:06
    A pequena e corajosa empresa
    Haloid, em Rochester, Nova York,
  • 7:06 - 7:11
    teve que passar pelo que a maioria
    das empresas nunca teria tolerado.
  • 7:11 - 7:13
    Houve um fracasso após o outro,
  • 7:13 - 7:16
    e um dos problemas especiais foi o fogo.
  • 7:16 - 7:20
    De fato, quando a 914
    foi finalmente lançada,
  • 7:20 - 7:25
    ainda tinha um dispositivo
    chamado eliminador de queimaduras,
  • 7:25 - 7:29
    mas, na verdade, era um pequeno
    extintor de incêndio incorporado.
  • 7:30 - 7:35
    Minha resposta a todas essas perguntas
    é: ineficiência inspirada.
  • 7:35 - 7:38
    Dados e medição são essenciais,
    mas não são suficientes.
  • 7:39 - 7:43
    Vamos deixar espaço para intuição
    e habilidades humanas.
  • 7:43 - 7:47
    Há sete aspectos
    da ineficiência inspirada.
  • 7:47 - 7:50
    Primeiro: tomem o caminho pitoresco,
    digam sim ao acaso.
  • 7:50 - 7:53
    Saídas erradas podem ser produtivas.
  • 7:53 - 7:56
    Certa vez, quando eu explorava
    a margem leste do Mississippi,
  • 7:56 - 7:58
    peguei a saída errada.
  • 7:58 - 8:02
    Eu me aproximei de uma ponte de pedágio
    que cruzava o grande rio,
  • 8:02 - 8:05
    e o cobrador disse
    que eu não poderia retornar.
  • 8:05 - 8:09
    Então, paguei meus US$ 0,50,
    era só isso na época,
  • 8:09 - 8:12
    e cheguei a Muscatine, Iowa.
  • 8:12 - 8:14
    Eu mal tinha ouvido falar de Muscatine,
  • 8:14 - 8:17
    mas se revelou um lugar fascinante.
  • 8:17 - 8:21
    Muscatine tinha alguns dos leitos
    de mexilhão mais ricos do mundo.
  • 8:22 - 8:27
    Há um século, um terço dos botões do mundo
    era produzido em Muscatine,
  • 8:27 - 8:29
    1,5 bilhão por ano.
  • 8:29 - 8:31
    As últimas fábricas estão fechadas agora,
  • 8:31 - 8:35
    mas ainda existe um museu
    da indústria de botões de pérolas,
  • 8:35 - 8:38
    que é um dos mais incomuns do mundo.
  • 8:38 - 8:40
    Mas os botões foram apenas o começo.
  • 8:40 - 8:42
    Esta é a casa em Muscatine
  • 8:42 - 8:45
    onde o futuro presidente
    da China ficou em 1986,
  • 8:45 - 8:48
    como membro de uma delegação agrícola.
  • 8:48 - 8:51
    Agora é a Sino-US Friendship House,
  • 8:51 - 8:54
    e é um local de peregrinação
    para turistas chineses.
  • 8:54 - 8:56
    Como eu poderia prever isso?
  • 8:56 - 8:57
    (Risos)
  • 8:58 - 9:02
    Segundo: levantem-se do sofá.
  • 9:02 - 9:05
    Às vezes, pode ser mais eficiente
    fazer as coisas do modo mais difícil.
  • 9:05 - 9:07
    Considerem a internet das coisas.
  • 9:07 - 9:10
    É maravilhoso poder controlar as luzes,
  • 9:10 - 9:13
    ajustar o termostato
    e até passar aspirador na sala
  • 9:13 - 9:15
    sem sair da cadeira.
  • 9:15 - 9:17
    Mas pesquisas médicas demonstraram
  • 9:17 - 9:20
    que, na verdade, se mexer,
    se levantar e passear
  • 9:20 - 9:23
    são as melhores coisas
    que podemos fazer pelo coração.
  • 9:24 - 9:26
    Faz bem ao coração e à cintura.
  • 9:27 - 9:30
    Terceiro: lucrem com seus erros.
  • 9:30 - 9:35
    Acidentes podem levar a criações
    importantes com o uso da imaginação.
  • 9:35 - 9:38
    Tad Leski, arquiteto
    da Metropolitan Opera,
  • 9:38 - 9:39
    no Lincoln Center,
  • 9:39 - 9:43
    trabalhava num esboço quando caiu
    um pouco de tinta branca no desenho.
  • 9:44 - 9:47
    Outros poderiam simplesmente
    ter jogado fora o esboço,
  • 9:47 - 9:52
    mas Leski teve a inspiração de produzir
    um lustre com formato de raios,
  • 9:52 - 9:57
    que foi provavelmente
    o mais notável do gênero do século 20.
  • 9:57 - 10:00
    Quarto: às vezes, tentem
    da maneira mais difícil.
  • 10:00 - 10:04
    Pode ser mais eficiente ser menos fluente.
  • 10:04 - 10:06
    Os psicólogos chamam isso
    de dificuldade desejável.
  • 10:06 - 10:09
    Tomar notas detalhadas com um teclado
  • 10:09 - 10:12
    parece ser o melhor modo de entender
    o que um palestrante está dizendo,
  • 10:12 - 10:15
    para poder revisá-lo literalmente.
  • 10:16 - 10:19
    No entanto, estudos mostraram
    que, quando temos que abreviar,
  • 10:20 - 10:23
    quando temos que resumir
    a fala de um palestrante,
  • 10:23 - 10:27
    quando anotamos no papel
    com caneta ou lápis,
  • 10:27 - 10:29
    nós processamos essa informação.
  • 10:29 - 10:31
    Fazemos isso sozinhos
  • 10:31 - 10:33
    e aprendemos muito mais ativamente
  • 10:33 - 10:37
    do que quando só transcrevemos
  • 10:37 - 10:39
    o que é dito.
  • 10:39 - 10:42
    Quinto: obtenham segurança
    por meio da diversidade.
  • 10:42 - 10:43
    A monocultura pode ser fatal.
  • 10:43 - 10:45
    Lembram-se da batata?
  • 10:45 - 10:47
    Foi eficiente até não ser mais.
  • 10:47 - 10:49
    A diversidade também se aplica
    a organizações.
  • 10:50 - 10:56
    O software pode dizer o que fez as pessoas
    de uma organização terem êxito no passado.
  • 10:56 - 10:59
    E é útil, às vezes,
    na triagem de funcionários,
  • 10:59 - 11:03
    mas lembrem-se: o ambiente
    muda constantemente,
  • 11:03 - 11:07
    e o software de triagem
    não consegue saber,
  • 11:07 - 11:08
    nem nós,
  • 11:08 - 11:12
    quem será útil no futuro.
  • 11:12 - 11:17
    Portanto, precisamos complementar
    tudo o que o algoritmo nos diz
  • 11:17 - 11:18
    usando a intuição
  • 11:18 - 11:23
    e procurando pessoas
    com origens e perspectivas diversas.
  • 11:23 - 11:28
    Sexto: alcancem a segurança por meio
    de redundância e habilidades humanas.
  • 11:28 - 11:31
    Por que duas aeronaves 737 Max caíram?
  • 11:31 - 11:33
    Ainda não conhecemos a história completa,
  • 11:33 - 11:36
    mas sabemos como evitar tragédias futuras.
  • 11:36 - 11:39
    Precisamos de vários
    sistemas independentes.
  • 11:39 - 11:42
    Se um falhar, os outros
    poderão assumir o controle.
  • 11:43 - 11:46
    Também precisamos de operadores
    qualificados para o resgate,
  • 11:46 - 11:48
    o que significa treinamento constante.
  • 11:49 - 11:52
    Sétimo: sejam esbanjadores racionais.
  • 11:52 - 11:55
    Thomas Edison foi pioneiro
    na indústria cinematográfica,
  • 11:55 - 11:57
    bem como na tecnologia de câmeras.
  • 11:57 - 12:01
    Ninguém fez mais pela eficiência
    do que Thomas Edison.
  • 12:01 - 12:03
    Mas seu corte de gastos fracassou.
  • 12:04 - 12:07
    Seu gerente contratou
    o chamado engenheiro de eficiência,
  • 12:07 - 12:09
    que o aconselhou a economizar dinheiro
  • 12:09 - 12:13
    usando mais do rolo de fita
    que ele havia filmado,
  • 12:13 - 12:15
    tendo menos refilmagens.
  • 12:15 - 12:16
    Bem, Edison era um gênio,
  • 12:16 - 12:19
    mas ele não entendia as novas regras
    dos longas-metragens,
  • 12:19 - 12:24
    e o fato de que o fracasso
    estava se tornando o preço do sucesso.
  • 12:25 - 12:28
    Por outro lado, alguns grandes diretores,
    como Erich Von Stroheim,
  • 12:28 - 12:29
    eram o oposto.
  • 12:29 - 12:31
    Eram excelentes dramaturgos,
  • 12:31 - 12:34
    e Stroheim também era um ator memorável.
  • 12:34 - 12:36
    Mas não conseguiam viver
    dentro do orçamento,
  • 12:36 - 12:38
    o que não era sustentável.
  • 12:39 - 12:43
    Foi Irving Thalberg,
    ex-secretário com gênio intuitivo,
  • 12:43 - 12:46
    que alcançou o esbanjamento racional,
  • 12:46 - 12:49
    primeiro na Universal e depois na MGM,
  • 12:49 - 12:53
    e se tornou o ideal
    do produtor de Hollywood.
  • 12:53 - 12:56
    Em resumo, para ser
    verdadeiramente eficiente,
  • 12:56 - 12:58
    precisamos de ineficiência ideal.
  • 12:59 - 13:01
    O caminho mais curto pode ser uma curva
  • 13:01 - 13:03
    em vez de uma linha reta.
  • 13:03 - 13:06
    Charles Darwin entendeu isso.
  • 13:06 - 13:09
    Quando encontrava um problema difícil,
    ele fazia um circuito de trilha,
  • 13:09 - 13:12
    o caminho de areia
    que construiu atrás de sua casa.
  • 13:13 - 13:16
    Um caminho produtivo
    pode ser físico, como o de Darwin,
  • 13:16 - 13:20
    ou virtual, ou um desvio imprevisto
  • 13:20 - 13:21
    de um caminho que traçamos.
  • 13:22 - 13:25
    Muita eficiência pode
    enfraquecer a si mesma,
  • 13:25 - 13:28
    mas um pouco de ineficiência
    inspirada pode fortalecê-la.
  • 13:29 - 13:33
    Às vezes, a melhor maneira
    de seguir em frente
  • 13:33 - 13:35
    é andar em círculos.
  • 13:35 - 13:36
    Obrigado.
  • 13:36 - 13:39
    (Aplausos)
Title:
O paradoxo da eficiência
Speaker:
Edward Tenner
Description:

Será que nossa obsessão com a eficiência está, na verdade, nos tornando menos eficientes? Nesta palestra reveladora, o escritor e historiador Edward Tenner discute as promessas e os perigos de nossa pressão de conseguir que as coisas sejam feitas o mais rápido possível e sugere sete maneiras pelas quais podemos usar a "ineficiência inspirada" para sermos mais produtivos.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
13:53

Portuguese, Brazilian subtitles

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